Não foram dez, nem onze nem doze. Foram exactamente 12,3 quilómetros que os atletas, que estiveram no passado fim-de-semana em Torres Vedras, tiveram de percorrer para completar mais uma edição da Rota da Fonte da Pipa. A quarta desde 2013.
Esta prova, organizada pela Casa do Benfica de Torres Vedras, tem conseguido reunir os condimentos necessários para atrair algumas centenas de atletas a um concelho da chamada zona saloia de Lisboa. A escassos cinquenta quilómetros da Capital, a Rota da Fonte da Pipa reúne um conjunto de ingredientes que tornam esta prova um pouco singular no meio do vasto calendário de corridas de cariz popular. A começar o facto de a distância ser acima da habitual dezena de quilómetros de uma prova de curta distância de “fundo”. Por outro lado a Rota da Fonte da Pipa tem ainda como aliciante uma parte da corrida, cerca de dois quilómetros, percorrer um trilho de “terra batida” com alguma irregularidade e lama tão do agrado dos adeptos das corridas de trilhos.
A fórmula vencedora está encontrada. E como “em equipa que ganha não se mexe” a organização tem optado, e muito bem, por manter inalterável aquilo que tem funcionado bem.
A zona de Torres Vedras começa a ser muito conhecida pelos atletas do chamado “Trail Running” com a realização de algumas corridas desta vertente na zona Oeste. Mas com a Rota da Fonte da Pipa os adeptos do alcatrão continuam a ter motivos de sobra para também eles visitarem esta região, nacionalmente conhecida pelos festejos carnavalescos, outrora também conhecida pelos múltiplos Moinhos de Vento que aqui foram implantados, e que alguns ainda se mantêm, se não em actividade pelo menos em bom estado de conservação.
É a terceira vez que a equipa das LEBRES E TARTARUGAS marca presença na Rota da Fonte da Pipa. Em 2014 os dois Carlos partiram à descoberta de uma nova corrida que lhes faltava ao seu vasto currículo. No ano seguinte foi a vez do Frederico se juntar ao Carlos Gonçalves e, na companhia do Sportinguista Hugo Ferreira, inscreverem o seu nome na Rota da Fonte da Pipa. Em 2016 o núcleo fundador das LEBRES E TARTARUGAS abraçou novamente o desafio desta corrida. Á última hora o Frederico teve de ser substituído indo no seu lugar um atleta bem mais novo, André Gonçalves, filho de um dos tartarugas, e que aceitou o desafio de uma corrida numa distância que nunca tinha percorrido.
Após o encontro prévio em Odivelas a equipa das LEBRES E TARTARUGAS partiu em direcção ao Oeste, não ao “Far West” por ser actualmente bem perto de Lisboa. Chegaram bem cedo, aliás mais cedo do que previam, porque quarenta quilómetros em auto-estrada cumprem-se num ápice, e só tiveram de encontrar a Casa do Benfica de Torres Vedras. Levantados os dorsais e chips” urgia encontrar um lugar para estacionar o carro e então calmamente nos prepararmos para a prova. Núvens ameaçadoras pairavam no céu sobre as nossas cabeças. E como o frio também marcava presença os atletas prepararam-se mentalmente para o pior.
Com o aproximar-se das dez horas deixamos para trás o aconchego do carro e partimos para um curto período de aquecimento. O Sol começou a aparecer atirando para outras paragens a ameaça de chuva. Já não foi mau.
Os primeiros dois quilómetros são sempre a subir. É bom para aquecer os músculos. Segue-se um período de sobe e desce, com algumas partes em plano. Deixámos para trás o bulício, pouco, de uma cidade e entramos no chamado Mundo Rural. À entrada do sétimo quilómetro trocamos o alcatrão por um caminho agrícola, plano e com algumas zonas mais enlameadas. Estamos na melhor fase da corrida. Um pouco mais à frente regressamos à estrada. Mas por pouco tempo. Voltamos a uma estrada de acesso a algumas zonas de exploração agrícola.
Já com a cidade de Torres Vedras à vista retomamos definitivamente o alcatrão entrando na Circular da Cidade. Lá mais ao fundo vislumbramos a manga pneumática que assinala a Meta da Rota da Fonte da Pipa.
Mais uma corrida a juntar ao nosso rol de provas. O André cumpriu, com satisfação e algumas dores nos pés, uma corrida numa distância nunca antes feita, pelo menos em competição. Satisfeito mas cansado ficamos a aguardar pela sua presença numa nova oportunidade.
Atletas que concluiram a prova: 547
Vencedor: PEDRO MORAIS NOGUEIRA (Casa do Benfica de Torres Vedras) - 0:42:29
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 318)
Classificação Geral: 299º - Classificação no Escalão M5054: 51º
Tempo Oficial: 1:03:27/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:02:58
Tempo médio/Km: 5m:07s <=> Velocidade média: 11,72Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 319)
Classificação Geral: 266º - Classificação no Escalão M5559: 41º
Tempo Oficial: 1:01:13/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:00:46
Tempo médio/Km: 4m:56s <=> Velocidade média: 12,15Km/h (*)
ANDRÉ GONÇALVES (Dorsal Nº 320)
Classificação Geral: 452º - Classificação no Escalão: Não considerado por ter corrido com o dorsal de outro Atleta
Tempo Oficial: 1:13:54/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:13:24
Tempo médio/Km: 5m:58s <=> Velocidade média: 10,05Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
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