Sempre à descoberta de novas emoções a equipa das LEBRES E TARTARUGAS adere a tudo o que é novidade.
Foi assim que em 2022 inscrevemos dois atletas na primeira edição da Meia Maratona de Torres Vedras ficando a representação da nossa equipa a cargo do Carlos Teixeira e do Carlos Gonçalves. Este último atleta desistiu à última hora em virtude de um imprevisto que o impediu de fazer companhia ao outro elemento das LEBRES E TARTARUGAS.
Em 2023 a nossa equipa decidiu inscrever-se novamente nesta prova que encarna os ingredientes típicos de uma Meia Maratona com um percurso maioritariamente plano, mas com a diferença de se desenrolar em terra batida. E, além dos dois Carlos, contámos ainda com um atleta de peso na nossa equipa. O Gonçalo Gonçalves encarna o verdadeiro espírito da nossa equipa não dizendo não a um novo desafio. Foi a sua segunda Meia Maratona e já se perfila para a Meia Maratona de Lisboa com a travessia da Ponte 25 de Abril em Lisboa.
Esta prova tem o formato de corrida em linha com partida e chegada em locais distintos. Assim a organização colocou à disposição dos atletas vários autocarros transportando-os desde Torres Vedras até à Praia de Santa Cruz de modo a minimizar ao máximo os constrangimentos dos participantes sem terem de mobilizar duas viaturas, uma junto da Partida e outra próxima da chegada, e com a obrigatoriedade de se deslocarem novamente até Santa Cruz para recolher o outro carro.
Entrámos num dos autocarros estacionados junto ao Pavilhão da Expo Torres que nos levaria até ao local da partida. Como sempre acontece nestas situações os diferentes atletas aproveitam para colocar a conversa em dia salientando as suas proezas, nomeadamente relatando a participação recente em diferentes Maratonas e Meia Maratonas em vários Países, da Europa e não só.
E para fazer bom ambiente o motorista do nosso autocarro encarregou-se de colocar na instalação sonora umas músicas de duvidoso gosto que tinha numa “playlist” no seu telemóvel.
A longa espera pela partida, aliada à deficiente qualidade dos assentos do autocarro, contribuiu para alguma impaciência dos atletas e para chegarem ao local da Partida um pouco “moídos”.
A manhã apresentava-se fria, bastante fria até. Mas, ao contrário do ano passado, desta vez a chuva não marcou presença. Apenas um vento um pouco agreste não fosse o facto de estarmos junto à Praia de Santa Cruz em plena costa atlântica. E o Sol fez questão de marcar presença ao longo de toda a prova amenizando um pouco a baixa temperatura que se fazia sentir, acompanhado, de vez em quando, por umas lufadas de ar mais frio.
Antes da hora da partida os nossos atletas refugiam-se no bastante simpático e acolhedor Café “O Veleiro” onde pudémos satisfazer as nossas necessidades fisiológicas e aquecer com um esplêndido café matinal.
A hora do começo da prova aproxima-se. Não são muitos os atletas à partida. Talvez umas três centenas, adiantamos. E verificamos também que a média de idades é, aparentemente, baixa. o que pode ser uma preocupação para quem não deseja terminar a Meia Maratona nos últimos lugares.
E aproveitamos para nossa habitual foto da equipa.
Às dez e meia é dado o “tiro” de partida.
E, para aquecer, começamos logo com uma subida de respeito. Uma autêntica parede que contribui para o desmembrar do pelotão. Os mais rápidos e mais bem preparados desparecem num ápice. São cerca de quatrocentos metros demolidores. Provavelmente o maior obstáculo de toda a prova.
O percurso é o mesmo de 2022. Sendo maioritariamente plano obriga os atletas a “puxarem” constantemente do princípio ao fim. E, na realidade, e analisando o registo nos nossos relógios “inteligentes”, constatamos que, tirando a “parede” inicial, e um “muro” por volta dos quinze quilómetros e meio, o percurso foi pouco acidentado mas com uma pendente positiva.
O ambiente em redor era tipicamente de uma lezíria Ribatejana com muitas zonas alagadas a acompanharem o nosso percurso. A inexistência de grandes acidentes permite-nos ver mais longe outros atletas mais adiantados. Este pormenor até pode ser considerado como um incentivo a mantermos um bom ritmo e, quiçá, tentarmos diminuir a distância aos corredores mais adiantados.
A Meia Maratona de Torres tinha a presença dos chamados “Pacers” que marcam diferentes ritmos de corrida e que ajudam os atletas a manterem um andamento constante acompanhando estas “lebres”. A presença dos “pacers” normalmente contribui para um desempenho superior ao que conseguiriam em condições normais. Por isso são sempre bem-vindos.
Os nossos três atletas posicionaram-se ao longo de toda a prova tendo como referência a atleta dos 6 minutos por quilómetro, um à frente e os outros dois atrás. E conseguiram realizar a corrida num ritmo de Meia Maratona, mas em alcatrão. O Carlos Teixeira conseguiu terminar a prova abaixo da barreira das duas horas enquanto os restantes elementos das LEBRES E TARTARUGAS ficaram um pouco mais atrás, na casa das duas horas e sete e duas horas e nove minutos.
Terminada a corrida os nossos atletas conseguem, apesar do cansaço, apresentar sinais de felicidade e de sentimento de dever cumprido.
E para terminar em beleza o nosso atleta mais velho obteve um meritório terceiro lugar no escalão de mais de sessenta e cinco anos. Quando se preparava para ir tomar banho ouviu na instalação sonora que iriam distribuir os prémios para o último escalão de Veteranos e disse para o filho: “espera que vão entregar os útimos troféus e talvez possa ser comtemplado com lugar de destaque e com direito a prémio”. E assim foi tendo de subir ao pódio para receber o prémio em causa.
Para aqui que ninguém nos ouve só terminaram três atletas deste escalão. Mas o que fica para a posteridade foi a subida ao pódio.
De realçar que numa prova em que terminaram trezentos atletas os nossos corredores ficaram com mais quarenta atrás deles. Foi um feito digno de registo tendo em consideração o reduzido número de atletas e que a esmagadora maioria era bastante mais nova e que aparentava uma boa preparação.
Para terminarmos em beleza esta nossa participação na Meia Maratona de Torres Vedras fomos recuperar energias num óptimo Restaurante que tinham aconselhado ao Gonçalo. Dificilmente nos esqueceremos do Páteo do Faustino onde celebrámos a nossa corrida na companhia das nossas “Personnal Trainers”. O Carlos Teixeira não nos pôde fazer companhia devido a compromisso familiar que o obrigava a regressar mais cedo a casa. Fica para a próxima.
Segue-se a Corrida do Fim da Europa já com a companhia do Frederico e do João Valério.
[Crónica de Carlos Gonçalves]
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