Esta será, talvez, a mais estranha crónica de todas as que narram as corridas das LEBRES E TARTARUGAS. Com um dos atletas ausente de Portugal em férias Pascais, e com o outro provavelmente atafulhado em afazeres profissionais e pessoais, coube ao terceiro atleta a responsabilidade de redigir algumas palavras sobre a Meia Maratona de Lisboa e na qual não participou. Ainda aguardou pelo texto dos seus colegas mas sem sucesso. Assim, e para que nenhuma prova fique sem a respectiva “história, lançou mãos à obra e passou ao papel algumas ideias baseadas não só no que os seus dois colegas lhe relataram (pouco) mas também na sua experiência de anteriores edições.
Vamos a isso.
No passado fim de semana a equipa das LEBRES E TARTARUGAS voltou à actividade. Apenas dois dos elementos fundadores marcaram presença numa clássica do atletismo luso e que desfruta de uma notoriedade além-fronteiras sendo uma das provas na qual os atletas africanos se sentem mais à vontade. O Carlos Gonçalves interrompeu uma série de participações nesta meia maratona devido ao baptizado do seu neto Afonso marcado precisamente para o Domingo 20 de Março. Convém lembrar que foi na Meia Maratona da Ponte 25 de Abril que o Carlos Gonçalves, o Carlos Teixeira e o Frederico Sousa participaram pela primeira vez em conjunto numa prova de atletismo. Iniciaram uma nova página na sua história de desportistas após alguns anos em que os seus caminhos se cruzaram no seio de outra modalidade.
A Meia Maratona de Lisboa, por se iniciar na Praça da Portagem da Ponte 25 de Abril e terminar mesmo em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, obriga a uma logística algo complicada. Nos últimos anos o Carlos Gonçalves deslocava-se de manhã bem cedinho a Lisboa e recolhia os seus dois companheiros e amigos na zona da Estação Fluvial de Belém e transportava-os até à zona do Pragal para todos, em conjunto, procurarem um lugar na “Grelha de Partida”. Este ano as coisas ficaram um pouco mais complicadas. Assim os dois tartarugas da margem “norte” de Lisboa tiveram de arranjar uma solução alternativa. Com recurso aos transportes públicos disponíveis, de autocarro (ou à boleia de alguém?) apanharam (presume-se) o combóio da Fertagus até à Estação do Pragal e daí caminharam até à linha de partida. Como as condições meteorológicas se apresentavam mais adversas os dois atletas equiparam-se com sacos/manga de plástico para se protegerem da chuva bem como de golas para que as respectivas gargantas não viessem a sofrer com a baixa temperatura prevista para esta manhã de Domingo.
À hora prevista, penso eu, deu-se início a um evento que junta no mesmo cenário atletas de competição e caminhantes cujo principal objectivo é atravessar a pé a Ponte 25 de Abril, um feito não alcançável em condições normais do “dia-a-dia”.
Talvez porque tenham partido bem mais perto da frente do que é habitual, os dois atletas das LEBRES E TARTARUGAS não sentiram tanto a confusão e os atropelos comuns nas edições anteriores.
A fazer fé nas anteriores edições, só quando se deu em Alcântara a separação entre a Meia e a Mini Maratona é que houve tempo para cada um se encaixar no seu ritmo. Tem sido assim sempre e, o mais provável, é que assim tenha sido em 2016. O percurso, salvo algumas ligeiras alterações na zona do Cais do Sodré motivadas pelas obras que nunca mais parecem acabar, foi o mesmo dos últimos anos. Até a fatídica recta do Dafundo deve ter feito das suas, principalmente até à viragem no ponto de retorno.
Satisfeitos como sempre os atletas Catela e Frederico terminaram mais uma prova a juntar ao seu já longo palmarés. Os objectivos eram diferentes, mas ambos se esforçaram por honrar o nome das LEBRES E TARTARUGAS. O Carlos Teixeira conseguiu mesmo o melhor registo nesta Meia Maratona. Para os mais curiosos esclarece-se que o Frederico correu com o dorsal do ausente Carlos Gonçalves.
E está assim terminada uma crónica “cega” mas que não deixa sem registo a Meia Maratona de Lisboa.
Atletas que concluiram a prova: 10274
Vencedor: SAMMY KIROPI KITWARA (Quénia) - 0:59:44
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 2515)
Classificação Geral: 2523º - Classificação no Escalão M55: 114º
Tempo Oficial: 1:46:54/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:45:36
Tempo médio/Km: 5m:00s <=> Velocidade média: 11,99Km/h (*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 2625)
Classificação Geral: 8723º - Classificação no Escalão M55: Não considerado por ter corri com o dorsal de outro atleta
Tempo Oficial: 2:23:05/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:21:46
Tempo médio/Km: 6m:43s <=> Velocidade média: 8,93Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
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