Se quisermos encontrar uma Corrida boa para bater recordes na distância de dez quilómetros o Grande Prémio do Atlântico é, sem dúvida, uma das que nos vem à memória. Com um percurso praticamente todo ele plano e um bom piso temos reunidas as condições para melhorarmos os nossos tempos na distância da légua. Só mesmo os últimos dois quilómetros, com areia à mistura, é que se revelaram o maior obstáculo para todos os atletas.
E se juntarmos ainda um domingo bastante solarengo a chamar pela Primavera que se deve apresentar a pouco mais de um mês então podemos dizer que estivemos perto da perfeição neste penúltimo Domingo de Fevereiro. E longe estão as edições que nos presentearam com chuva e vento forte que abalou fortemente o desempenho dos muitos atletas que, uma vez por ano, vêm visitar a Costa da Caparica, não para ir à Praia, mas para praticar um dos seus desportos favoritos.
A edição deste ano foi uma das mais concorridas com 1128 atletas a concluírem a prova principal com carácter competitivo.
O tempo quase primaveril chamou muitas pessoas, provavelmente muitos deles provenientes de Lisboa, para um passeio no Paredão da Costa da Caparica. Tendo como pano de fundo o Oceano Atlântico alguns surfistas abalançavam-se a tentar escalar algumas ondas, se bem que o Mar estivesse bastante agitado e com ondas muito desordenadas. E, em alternativa, sempre havia a possibilidade de dar uns toques de bola à beira-mar se bem que o espaço entre o mar e o paredão seja bem menor do que noutros tempos. Mas é sempre uma boa oportunidade para gozar o ar livre e despoluído.
A equipa das LEBRES E TARTARUGAS voltou a marcar presença, mas numa versão mais encolhida. Só os dois Carlos – Teixeira e Gonçalves – é que se decidiram inscrever no Grande Prémio do Atlântico que, uma vez mais, se realiza nesta pacata localidade, agora já Cidade, eque se tem assumido como a grande alternativa de Praias para quem vive dos dois lados do Tejo. Na realidade já assim é há muitos anos quando a Costa da Caparica era o local onde alguma classe média lisboeta tinha escolhido para fins de semana de repouso. Ainda existem muitas das vivendas que na década de sessenta e setenta do século vinte se assumiam como o refúgio perfeito para recuperar energias.
Estamos numa fase em que somos mais criteriosos na escolha das provas em que iremos participar. Já não vamos a todas. Temos de preservar a nossa integridade física para podermos continuar a praticar um dos nossos desportos de eleição durante muitos e bons anos.
Algumas provas estão num cantinho particular e o Grande Prémio do Atlântico é uma delas. Qual virá a seguir ainda não sabemos.
O certo é que conseguimos uma boa performance com os nossos dois atletas a concluírem a prova em menos de uma hora. Nada mau, o que nos deixa bastante satisfeitos com o nosso desempenho.
Para manter a tradição só faltou a fotografia dos atletas.
Aguardamos o regresso do nosso atleta fundador Frederico Sousa assim que as suas lesões estejam curadas.
(Crónica de Carlos Gonçalves]
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