O início do ano de 2015 tem sido, de alguma forma, diabólico para os atletas das LEBRES E TARTARUGAS. Contando com a nossa participação no Grande Prémio Fim da Europa este foi o terceiro fim-de-semana seguido em plena actividade competitiva. E não vamos parar.
Com o Tartaruga Carlos Teixeira de baixa a tentar debelar uma lesão com contornos finalmente definidos, os dois outros atletas lançaram-se à repetição de uma prova na qual já tinham estado em 2012. E, como tem sido hábito, recrutaram o Pedro Antunes, um dos seus atletas mais novos e que, com alguma regularidade, vem demonstrando que o “bichinho” já lá mora. Nesta deslocação a Mem Martins, contaram com a companhia da nossa “treinadora” Ana Luísa. Não sabemos se foi para nos dar apoio ou se para ver se nos comportávamos condignamente perante algum ataque de uma lebre mais “espevitada” …
À chegada a Mem Martins a nossa principal preocupação era encontrar o local da partida. Perante algumas tabuletas indicativas do sentido da Corrida todos os passageiros não quiseram dar ouvidos aos sábios conselhos do atleta mais velho e “obrigaram-no” a seguir as setas. Após alguns quilómetros chegámos todos à conclusão que, na realidade, estávamos a fazer de automóvel todo o percurso da corrida. Só quando nos víamos cada vez mais próximos da hora da partida é que decidimos que teríamos de deixar para trás o “reconhecimento da prova” e, urgentemente, tentar encontrar o caminho até ao ponto onde deveria estar o Secretariado da prova. E também tínhamos de encontrar um local para estacionar o automóvel e levantar os dorsais, tudo isto quando o relógio se aproximava perigosamente das dez horas da manhã.
Não obstante toda esta azáfama afinal acabámos por conseguir resolver os problemas que mais nos atormentavam e sem mais sobressaltos. Sem “stress” conseguimos ainda ter algum tempinho para regressar ao nosso carro e proceder à árdua tarefa da colocação do dorsal e do “chip” de controlo do tempo. Cumpridas as necessidades fisiológicas de última hora atrás de um autocarro e longe dos olhares mais indiscretos, houve também oportunidade para a pose do costume.
Como o frio apertava só nos libertámos dos nossos “abafos” mesmo em cima da hora da partida ficando a nossa “mister” como fiel depositária destes apêndices. Enquanto aguardamos pacientemente pelo tiro de partida fazemos alguns exercícios de aquecimento e conversamos com os atletas em redor.
Com alguns minutos de atraso é dado finalmente o sinal de partida. Sabíamos de antemão que não iríamos ter pela frente uma prova muito fácil. Pouco plana e em constante “sobe e desce”. O começo foi mesmo bom para aquecer os músculos e as articulações sendo maioritariamente a descer. Por volta do quilómetro três lá encontrámos a terrível subida da Bomba de Gasolina que, como verificámos no reconhecimento e ainda nos lembrávamos de há dois anos atrás, teríamos de repetir um pouco mais tarde. Às voltas pelas imediações de Mem Martins presenciamos, com algum entusiasmo, que “o povo saiu à rua” para nos aplaudir e incentivar à nossa passagem.
Após passagem pela estação de comboios das Mercês espera-nos o segundo ataque à subida da Bomba de Gasolina, que, por sinal, até pareceu mais fácil do que na primeira volta, apesar de já termos mais quilómetros nas pernas. Mas, momentos antes, precisámos de redobrar a atenção com uma descida quase a pique. Por vezes cansamo-nos mais a descer do que a subir. E como este troço deixou marcas. Que o diga o Pedro que cruzou a meta com dores nos joelhos.
Dentro das nossas expectativas cada um dos Tartarugas completou a sua prova com o testemunho da “treinadora”. E desta vez coube ao Pedro fazer-se acompanhar durante praticamente toda a corrida, por algumas atletas do Montepio. Também este atleta já percebeu o “espírito” das LEBRES E TARTARUGAS. Nós somos as Tartarugas sempre disponíveis para alguma Lebre mais “tresmalhada” e à procura de companhia e de apoio “espiritual”. Isto “Toca a Todos”. E desta vez tocou a um atleta menos experiente nestas andanças.
Como última nota não devemos passar em claro que, mais uma vez, a organização parece que tem alguma dificuldade em acertar com a medição da distância. Há dois anos verificámos que o último quilómetro foi na realidade um pouco mais comprido do que os restantes. Este ano o erro foi por defeito. E cedo demos por este lapso, chamemos-lhe assim, pois já quando passámos pela marca dos cinco quilómetros na realidade ainda só tínhamos percorrido pouco mais do que quatro mil metros. À chegada constatámos que ainda faltavam perto de duzentos metros para, na realidade, contabilizar dez quilómetros de corrida. Estranho nos dias que correm quando cada vez mais é fácil medir as distâncias com um simples relógio com GPS, instrumento que tem vindo a ser utilizado por um número crescente de corredores.
Como o frio ainda apertava, não havia tempo a perder e rapidamente “corremos” para o nosso carro de serviço. De regresso a Lisboa relembramos as próximas provas nas quais estamos já inscritos e acertamos as inscrições que temos pela frente. As LEBRES E TARTARUGAS não param. Sempre “na brecha”.
Atletas que concluiram a prova: 612
Vencedor:TIAGO LOUSA ( Casa do Benfica de Algueirão Mem Martins) - 0:34:00
PEDRO ANTUNES (Dorsal Nº450)
Classificação Geral: 476º - Classificação no Escalão M0034: 110º
Tempo Oficial: 1:07:50/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:07:34
Tempo médio/Km: 6m:45s <=> Velocidade média: 8,88 Km/h(*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº449)
Classificação Geral: 412º- Classificação no Escalão M5054: 29º
Tempo Oficial: 0:57:58/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:57:43
Tempo médio/Km: 5m:46s <=> Velocidade média: 10,40 Km/h(*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº451)
Classificação Geral: 251º - Classificação no Escalão M5559: 17º
Tempo Oficial: 0:50:05/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:49:50
Tempo médio/Km: 4m:59s <=> Velocidade média: 12,04Km/h (*)
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