Os Tartarugas reencontram-se após alguns meses de separação. Não digo que estiveram de “candeias às avessas” pois não houve qualquer desentendimento entre os membros que constituem este trio maravilha. Esta separação momentânea foi apenas, e tão só, o resultado de opções diferentes em termos de provas em que cada um decidiu participar e ainda da circunstância de um dos membros ter estado de “baixa prolongada”. A última corrida em conjunto remonta à Corrida São Silvestre de Lisboa no último dia do ano de 2016.
E, talvez por ironia do destino, o reencontro deu-se exactamente na prova que serviu de “pontapé de saída” para a fundação das LEBRES E TARTARUGAS, no já distante ano de 2009. Anteriormente todos os nossos atletas já se tinham iniciado no admirável mundo da corrida, muito antes do “running” ter entrado na moda.
A EDP Meia Maratona de Lisboa tem uma logística complicada para o transporte dos atletas para o local da partida. O acesso não é fácil sendo preciso deixar uma viatura tão próximo quanto possível da Meta e então rumar até à margem sul, preferencialmente através do comboio da Fertagus, passe a publicidade. Mas neste ano, e ao contrário do passado, os atletas marcaram encontro na zona do Pragal antes da descida para a Praça da Portagem. Às nove e meia, mais minuto menos minuto, dá-se a concentração da nossa equipa num local improvável atendendo à presença de largos milhares de pessoas nesta zona, participantes da Mini ou da Meia Maratona.
Em 2017 tivemos a maior representação de sempre. Só à sua conta o Frederico arregimentou 7 atletas para a Mini Maratona.
Se adicionarmos os quatro Semi-maratonistas e família, e ainda duas participantes extras, foram ao todo 16 os elementos que se juntaram à festa.
O ambiente foi igual ao das edições anteriores com a vantagem do São Pedro ter dado uma mãozinha. Sol, muito Sol, temperatura ideal, excepto para o Frederico, e total ausência de chuva, estavam criadas as condições ideais para uma manhã perfeita.
A Meia Maratona da Ponte 25 de Abril mantém-se igual de ano para ano, fazendo jus ao princípio de que “em equipa que ganha não se mexe”. Muitos milhares de participantes e, como é habitual, com imensos atletas estrangeiros que contribuem para a animação de uma das mais emblemáticas corridas das que se realizam em Portugal. A Ponte 25 de Abril é, sem dúvida, uma das mais belas do mundo recordando um tempo em que as pontes metálicas eram simultaneamente um meio de passagem para a outra margem e uma autêntica Obra de Arte. Aliás este é o nome actualmente dado às diversas pontes com que nos cruzamos todos os dias.
Curioso é o ponto alto da EDP Meia Maratona de Lisboa ser exactamente logo nos primeiros metros com a travessia a pé do Rio Tejo por uma via habitualmente reservada só aos veículos automóveis. E desfrutamos, logo de início, de uma esplendorosa imagem da encantadora e maravilhosa vista da nossa querida cidade de Lisboa. Curiosamente as melhores imagens que temos do Porto são exactamente as da outra margem do Rio Douro e antes da travessia através de uma qualquer das suas inúmeras pontes.
Como sempre a animação é grande. Ficámos também com a sensação de que neste ano havia mais participantes. Dado o sinal de partida não tivémos a confusão dos anos passados, com a mistura, logo de início, das duas categorias de participantes. Mas, nem por isso, a travessia foi isenta de atropelos e de empurrões. Aliás quem quer fazer bons tempos tem de escolher outras Meias Maratonas que não esta.
O percurso foi igual ao das outras edições, com os atletas de elite a partirem de um local diferente e já na margem Norte. E, ao longo dos mais de vinte e um quilómetros, foi quase sempre um constante aglomerado de atletas. Raros foram os metros em que conseguíamos correr a um ritmo mais elevado. Mas, e já o sabíamos, a EDP MEIA MARATONA DE LISBOA, mais do que uma competição, é, principalmente, um momento de fruição de agradáveis momentos de convívio quer com os outros atletas quer com o inúmero público que constantemente apoiava o nosso esforço e nos incentivava até à meta. Por momentos sentimo-nos como verdadeiros HERÓIS.
A nossa comitiva participante na Mini Maratona adorou. Os mais competitivos e arrojados Tartarugas da prova rainha cumpriram dentro das suas expectativas. De salientar a prestação do Frederico que, mesmo com uma arreliadora, e esperamos que não complicada, lesão, cumpriu até ao fim a sua prova. Antes já nos tinha avisado que, caso não se sentisse em condições de cumprir os 21,0975 quilómetros, quando chegasse a Alcântara viraria agulhas no sentido do percurso da Mini. Mas arriscou e ganhou a sua aposta. “Quem não arrisca não petisca”. O Frederico arriscou e ganhou.
No final, em frente aos Jerónimos, montou-se a habitual confusão. Daí o nosso reencontro ter sido previamente marcado para uma zona mais distante, e também menos confusa, em frente à entrada para o Museu da Presidência da República. Mas só se reencontrou parte da equipa. O Frederico e restante grupo virou agulhas para outro lado.
Foi a 131ª prova em conjunto dos três Tartarugas. Quando nos voltaremos a reencontrar não sabemos bem. Recomeça a participação em “Trails” e em provas de estrada com cada atleta a manter-se fiel às suas escolhas. Certo é que já temos já apalavrado para o início de Junho um regresso com o Georg, o nosso Tartaruga distante algures pelos States.
Agora é tempo de recuperar.
Atletas que concluiram a prova: 10560
Vencedor: JAKE THOMAS ROBERTSON (Nova Zelândia) - 1:00:01
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 6257)
Classificação Geral: 3005º - Classificação no Escalão M55: 133º
Tempo Oficial: 1:50:36/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:48:57
Tempo médio/Km: 5m:10s <=> Velocidade média: 11,62 Km/h(*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 8023)
Classificação Geral: 4075º - Classificação no Escalão M60: 84º
Tempo Oficial: 1:56:28/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:54:48
Tempo médio/Km: 5m:26s <=> Velocidade média: 11,03 Km/h(*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 8956)
Classificação Geral: 752º - Classificação no Escalão M5054: 72º
Tempo Oficial: 2:27:57/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:26:18
Tempo médio/Km: 6m:56s <=> Velocidade média: 8,65 Km/h(*)
JOÃO VALÉRIO (Dorsal Nº 13778)
Classificação Geral: 4720º - Classificação no Escalão M60: 102º
Tempo Oficial: 1:59:33/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:57:49
Tempo médio/Km: 5m:35s <=> Velocidade média: 10,74 Km/h(*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
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