Segunda-feira, 25 de Março de 2019

DEZ ANOS DE CORRIDA - EDP MEIA MARATONA DE LISBOA

10 Anos de Corridas das LEBRES E TARTARUGAS

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Dez Anos.

 

Dez Anos de Vida das LEBRES E TARTRAUGAS. Parece que é muito tempo e, no entanto, voaram num ápice.

 

Foi no longínquo dia 22 de Março de 2009 que começou um novo percurso na vida de três amigos que se conheceram na sua modalidade desportiva de eleição, o Badminton. Na realidade tanto o Carlos Gonçalves, como o Carlos Teixeira (Catela para os amigos) e o Frederico Sousa, já tinham experimentado o doce prazer da Corrida em algumas provas de estrada. O primeiro aventurou-se sozinho e os outros dois foram em conjunto.

 

Um acaso da vida fez com que estes três “magníficos” desportistas se encontrassem na Meia Maratona de Lisboa EDP com passagem pela Ponte 25 de Abri. E durante muito tempo esta foi a nossa distância de eleição que encarávamos com algum respeito e um grande desafio. Seguiram-se a Corrida dos Sinos, a Corrida do Metro, a Corrida do SLB e, muito respeitavelmente, a Corrida Del Monte que ainda hoje é recordada pela dureza sentida na fase final da mesma devido à forte pendente do último quilómetro.

 

Estava dado o passo para que o “running” passasse a ser uma prioridade na vida desportiva destes três companheiros e amigos de longa data.

 

Por mais ambiciosos e ousados que éramos nunca pensámos em chegar aonde chegámos. E para fortalecer o espírito de grupo e o compromisso destes atletas fundámos a equipa das LEBRES E TARTARUGAS. Não era obrigatório estar inscrito na Federação de Atletismo. Bastava que em cada prova nos inscrevêssemos como uma equipa.

 

Foi simples. O nome foi proposto e adoptado pela equipa iria dar que falar. Em simultâneo o criámos o nosso Blogue como espaço de divulgação das nossas opiniões e de relato das nossas várias experiências.

 

Pouco a pouco foram-se juntando mais atletas, desde Corredores até Caminheiros. Todos eles contribuíram, e ainda contribuem, para levar bem longe e bem alto o nome das LEBRES E TARTARUGAS. Vamos até onde nos for possível. E é também com alguma ponta de orgulho que podemos agora afirmar que as LEBRES E TARTARUGAS já são conhecidas no meio do denominado atletismo popular.

 

A partir do ponto em que a nossa actividade passou a ser cada vez mais regular fomos assumindo uma postura crescentemente mais competitiva e profissionalizada. Já não pensávamos só em correr mas começávamos a dar uma maior importância aos treinos. E começa a pesar nas nossas cabeças o desejo de desafiar a prova rainha das corridas de Meio Fundo. Falamos obviamente da Maratona.

 

E do desejo à concretização do sonho foi um ápice. Decorridos dois anos e meio desde a nossa estreia vamos ter um primeiro atleta a começar, a desafiar e a terminar uma Maratona. O desafio foi lançado na Maratona do Porto em Outubro de 2012.

 

Um segundo marco na nossa já longa vida, e devidamente assinalado e posteriormente comemorado, foi a marca das 100 Corridas em Equipa atingida em Abril de 2014 após a conclusão da Estafeta Cascais/Lisboa que os nossos três atletas cumpriram mas na modalidade de prova individual em linha. De então para cá cada vez tem sido mais difícil juntar os três fundadores das LEBRES E TARTARUGAS. Opções por provas alternativas ou lesões têm retirado a regularidade à participação em equipa. De modo que o número das 200 Corridas em Equipa está bastante mais difícil de atingir.

 

A internacionalização das LEBRES E TARTARUGAS passou a ser um desejo. Começou de uma forma mais simples com a “contratação” do nosso primeiro atleta estrangeiro, corria o ano de 2015. O Georg Waldshütz, oriundo da longínqua Alemanha, estava a residir em Portugal e respondeu ao apelo do Frederico para participar na Corrida do SLB. Além desta prova ainda nos acompanhou em mais algumas sendo de destacar a sua primeira Maratona ao participar na Lisbon Eco Marathon. Com a sua mudança para os Estados Unidos da América levou no coração o nome da nossa equipa a qual passou a aparecer em provas na terra do Tio Sam.

 

Mas faltava-nos a verdadeira internacionalização com a participação numa corrida além-fronteiras. Esta ambição já tinha sido discutida mas nunca concretizada.

 

Foi então em Setembro de 2018 que o Carlos Gonçalves lança para o ar a hipótese de inscrição na Maratona de Sevilha. Todos deram o seu sim inequívoco, até parecia que estávamos numa cerimónia de casamento. E também o João Valério fez questão de aderir a este "matrimónio".

 

Mas mais desafios vamos lançando para o ar. O próximo poderá passar por um regresso a Sevilha ou então participar numa outra Maratona algures no Continente Europeu, num local necessariamente mais longe mas igualmente emblemático.

 

Todas as corridas em que participámos ao longo destes dez anos ficaram gravadas nos nossos corações. Todas elas foram, ou ainda são, muito importantes para nós. No entanto há três corridas que nos são particularmente queridas e que, por nada deste mundo, queremos deixar passar ao lado. O Fim da Europa, a Corrida do 1º de Maio e a São Silvestre de Lisboa estão no topo das nossas preferências. Embora haja outras igualmente importantes como a Corrida dos Sinos ou os Trilhos do Almourol, não conseguem granjear a paixão de todos.

 

E como a nossa história também é feita de números resume-se assim a nossa década de fulgor:

 

  • Cumprimos 396 Corridas com um ou mais membros da equipa fundadora, das quais 141 em equipa (com os três fundadores)

 

Começámos pela estrada

 

  • 157 corridas na distância de 10Km
  • 30 corridas na distância de 15 Km
  • 16 corridas na distância de 20 Km
  • 51 Meia-maratonas
  • 17 Maratonas

 

e também passámos pelos “Trails”

 

  • 70 provas de Trilhos
  • 13 Ultramaratonas (mais de 42 Km) sendo uma de 100 Km e duas na areia

 

Esta é a nossa história mas que queremos que esteja muito longe de estar completa.

 

EDP MEIA MARATONA DE LISBOA

 

E se é de corridas que normalmente falamos neste blogue, e são elas as responsáveis por termos chegado a este ponto, convém então falar um pouco desse desporto tão cada vez mais popular.

 

Cumprimos mais uma Meia-Maratona de Lisboa cujo ponto alto é logo no início da mesma com a passagem, a correr ou a andar, pela bela Ponte 25 de Abril, ou simplesmente Ponte sobre o Tejo, se quisermos retirar-lhe alguma carga ideológico-política.

 

Nos anos mais recentes esta prova manteve-se inalterável. Só no ano passado é que, devido às adversas e gravíssimas condições meteorológica, a partida foi mudada para um local na avenida 24 de Julho de onde parte os atletas de Elite, os Quenianos, os Etíopes e outros africanos reais candidatos a uma vitória, mas também com os nossos melhores fundistas da actualidade.

 

Em 2019 tudo regressou à normalidade. A Meia e a Mini Maratona voltaram a começar na praça da Portagem e terminaram, como também é já habitual, na Praça do Império mesmo em frente ao Mosteiro dos Jerónimos

 

A logística em termos de deslocação até ao ponto de partida obrigou a que dois dos nossos elementos da equipa se tenham encontrado na estação de Campolide tomando o comboio da Fertagus rumo ao Pragal onde se viriam a juntar ao restante Tartaruga. Fruto da experiência acumulada nestas andanças a reunião da equipa deu-se já passava das nove e meia da manhã. Assim aquela longa espera até ao tiro da partida foi bem menor. 

  IMG_20190317_095955.jpgIMG_20190317_100003.jpgIMG_20190317_100020.jpg

Falava-se um pouco sobre as expectativas de cada. O Frederico ainda aproveitou para descansar um pouco.

IMG_20190317_100107.jpg

Como os nossos atletas conseguiram partir de um lugar bem à frente não tiveram, desta vez, os habituais atropelos em pleno tabuleiro da Ponte 25 de Abri com os participantes na Caminhada/Mini Maratona.

 

O tempo que começou por ser bastante soalheiro veio a ceder às preces do Frederico e de todos aqueles que não apreciam muito correr com céu limpo e temperatura mais amena. Por pouco que até caíam algumas pingas de chuva. Estavam criadas as condições para uma prova num andamento bastante vivo.

 

Cumpridos os primeiros oito quilómetros dá-se o primeiro ponto de viragem no Cais do Sodré. Segue-se a habitual e já não tanto temida recta até ao Dafundo rumo ao segundo ponto de viragem a partir do qual é “só” acelerar até à meta.

 

Sabendo bem como é a confusão final após cruzarem a linha da Meta, os nossos Tartarugas tinham antes combinado que ninguém esperaria por ninguém indo à sua vida após a conclusão da prova.

 

Pouco há mais a dizer que não tenha sido dito ou escrito antes.

 

Satisfação do dever cumprido. No início certamente nenhum de nós arriscaria afirmaraque passados dez anos ainda nos encontraríamos nestas circunstâncias.

 

Que venham mais dez anos.

[Crónica de Carlos Gonçalves]

 

Vencedor: MOSINET GEREMEW (Etiópia): 0:59:35

 Atletas que concluiram a Prova: Não divulgado

AtletasDorsalEscalão

Classificação Geral

Classificação Escalão

Tempo OficialTempo Líquido

Ritmo min/Km

Velocidade Km/h

Frederico Sousa
1444
W55 ?
5303º
?
2:00:45
2:00:05
5:42
10,54
Carlos Gonçalves
4440
M60
5890º
198º
2:03:39
2:02:59
5:50
10,29
Carlos Teixeira
4441
M55
2386º
92º
1:45:37
1:44:59
4:59
12,06

NOTA: O Ritmo e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos líquidos

 

Calendário para o Mês de Março

  • - Meia Maratona de Cascais - 21,0975 Km
  • 17- Meia Maratona de Lisboa - 21,0975 Km
  • 31 - Cork Trail (Erra/Coruche) - 21 Km
  • 31 - Corrida dos Sinos (Mafra) - 15 Km

 

publicado por Carlos M Gonçalves às 16:15

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