Foi com uma equipa em versão “light” que as LEBRES E TARTARUGAS se fizeram representar numa das mais famosas e concorridas corridas que se realizam em Portugal. Normalmente a Corrida do Fim da Europa regista a adesão do nosso grupo mais avançado na idade e que teima em não perder aquela que é considerada como uma das mais belas corridas do Mundo.
Este ano tivemos a baixa do Carlos Teixeira que esteve envolvido num campeonato de Badminton, modalidade à qual regressou após alguns anos de retirada do mundo da competição. Não tendo comparecido em Sintra esteve, pelo menos, a praticar desporto.
Quanto ao Frederico a sua ausência foi motivada por uma gripe que lhe deu alguma febre e o impediu de se juntar aos colegas.
Assim o João Valério e o Carlos Gonçalves fizeram as honras da casa.O ponto de encontro foi no local habitual no topo da escadaria de acesso ao Parque de Estacionamento nas imediações do Museu Anjos Teixeira.
Contrariando as previsões meteorológicas, e as temperaturas que se sentiram nos últimos dias, a manhã apresentava-se muito fria com um vento cortante que não nos dava algum descanso. Mas nada a que não estejamos habituados. Estranho era estar calor, o que já aconteceu num passado recente.
A Corrida do Fim da Europa obriga a uma logística complexa pois temos de assegurar o nosso transporte no final da prova. Ou deixamos de véspera um carro perto do local da meta ou optamos por nos inscrevermos no transporte disponibilizado pela organização que transporta os atletas desde o Cabo da Roca até Sintra. Não é certamente a melhor solução dado que o transporte só começa depois das treze horas quando a esmagadora maioria dos atletas já concluiu a sua prova.
Normalmente optamos pela hipótese de deixar um carro na localidade da Azóia. Esta é provavelmente a melhor escolha. Os cerca de dois quilómetros e meio desde o Cabo da Roca até à Azóia serve como recuperação activa dos atletas e tem ainda a vantagem de fugirmos à confusão normalmente instalada na zona da Meta.
Este ano optámos por inscrevermos um dos nossos atletas no transporte entre Azóia e o local de início da Corrida. Foi uma solução que se veio a revelar como eficaz. No entanto deparámo-nos com um problema de última hora. Como o nosso colega Carlos Gonçalves mora na Margem Sul teve de fazer uma viagem inesperadamente maior devido ao encerramento da Ponte 25 de Abril durante a noite de Sábado para Domingo para obras de manutenção. Assim teve de fazer uns quilómetros a mais, essencialmente o dobro, para atravessar o Rio Tejo na Ponte Vasco da Gama e, depois, andar para trás para apanhar a A5 de Lisboa até Cascais e depois seguir até à Malveira da Serra antes de virar para o Parque de Estacionamento na Azóia.
Havia um última opção que consistia em, no final da prova, fazer o percurso inverso desde o Cabo da Roca até Sintra. Esta opção é de longe a mais complicada tendo em consideração os cerca de 17 quilómetros que os atletas já tinham nas pernas. Foi uma solução que o Carlos Gonçalves adoptou anos atrás mas que não é muito aconselhável. Mas fica senpre como uma opção de reserva.
A Corrida do FIm da Europa manteve-se fiel ao traçado habitual o qual já não reserva surpresas para os "habituées". Nem mesmo o obstáculo dos dez quilómetros nos causa os mesmos temores de antigamente.
E para aumentar a nosso satisfação de dever cumprido ainda conseguimos realizar a nossa boa acção do dia ao “socorrermos" uma atleta que procurava por uma boleia até à Estação de Combóios de Sintra, local onde o João Valério tinha deixado o carro. E mesmo que o local fosse outro não iríamos deixar aquela atleta sozinha no Cabo da Roca à espera de uma hipotética vaga do autocarro de regresso a Sintra.
Deixados os dois atletas entregues a si próprios tinha ainda pela frente uma viagem uma viagem de regresso um pouco mais extensa do que o habitual. Os meus Filhos e os meu Netos aguardavam por mim em casa do Gonçalo e da Loubna para um almoço em família.
E agora só nos resta aguardar pela abertura das inscrições para a Corrida do Fim da Europa de 2025, talvez até com novos participantes das LEBRES E TARTARUGAS.
[Crónica de Carlos Gonçalves]
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