Há tradições que se vão mantendo. E a participação na Corrida do Fim da Europa é uma delas. Esta prova, a par da Corrida do 1º de Maio, é uma das que pertence ao nosso grupo de favoritas nas quais as LEBRES E TARTARUGAS fazem sempre questão de marcar presença.
Apenas por motivo de lesão é que algum dos nossos atletas do grupo Fundador não compareceu à chamada. E que o diga o Frederico que, não estando em condições de desafiar o frio da Serra de Sintra em pleno mês de Janeiro, fez questão de comparecer e de contribuir para engrossar o lote de corredores presentes à partida. Aliás o Frederico é o nosso único totalista em participações nesta Corrida.
A manhã apresentava-se bastante fria de tal modo que até o Frederico considerou que a temperatura era mesmo baixa. Felizmente que o Sol apresentava-se em grande força e sem a presença de vento. É preferível o frio à chuva, pelo menos na hora da Partida.
A Corrida do Fim da Europa começou mais cedo com a deslocação de véspera a Sintra para deixarmos um carro na Azóia que se destinava a transportar os nossos atletas no regresso no dia seguinte após terminarem a corrida.
Ano após ano há duas certezas. Uma é a de que o percurso não muda nem um milímetro. A outra é a forte adesão popular àquela que tem sido apelidada como a Corrida Mais Bonita do Mundo. De assinalar que dos 2458 atletas inscritos terminaram 2029. Nada mau.
A Corrida do Fim da Europa tem mantido uma vitalidade ao longo dos anos tendo sobrevivido a tudo, mormente à pandemia de má memória. Contrariamente ao que tem acontecido nas anteriores edições este ano não vimos caras conhecidas. Este facto significa que a Corrida está a atrair novos atletas substituindo os que vão desistindo. A manter-se esta tendência podemos ficar descansados que a Corrida do Fim da Europa tem a sua sobrevivência garantida.
Tudo o que há dizer sobre a Corrida do Fim da Europa já foi praticamente dito. O ambiente mágico da Serra de Sintra contagia-nos de tal modo que quase não damos conta das dificuldades. O início, com perto de três quilómetros sempre a subir, e com uma forte pendente negativa, faz com que os atletas rapidamente aqueçam. E nem mesmo a terrível “parede” entre os quilómetros 9,5 e 10,5 consegue abalar os atletas. Uma inclinação de 15% é bastante exigente mesmo para os mais experimentados e mais bem preparados. Mas a tudo resistimos. Só queremos chegar ao Cabo da Roca e juntar mais uma corrida ao nosso já extenso currículo.
E para o ano voltaremos.
[Crónica de Carlos Gonçalves]
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