Esta é uma crónica que vai ser necessariamente curta.
Já vamos em nove participações na Corrida do Fim da Europa, incluindo nesta contagem o então denominado Treino do Fim da Europa num ano em que esteve em risco a continuidade de uma das mais emblemáticas provas de atletismo popular.
Pouco há a acrescentar ao que já foi dito em crónicas anteriores. A Corrida do Fim da Europa é muito mais do que uma "Corrida". É uma verdadeira Paixão. E por ser uma Paixão pode assumir momentos de alguma irracionalidade. E uma pergunta impõe-se: "Porquê participarmos, ano após ano, numa corrida em que nada muda?"
E a resposta é: "Porque sim", fórmula normalmente utilizada sempre que não se consegue encontrar uma justificação plausível para determinado comportamento.
Desde o percurso que se tem mantido inalterável desde o início, às mesmas caras e animação de sempre, na realidade continuamos todos os anos a aguardar ansiosamente por dois momentos: em primeiro lugar a abertura das inscrições que se costumam esgotar. O segundo momento, e porventura o mais aguardado por todos, é o tão desejado dia da Corrida.
E por tudo que foi dito acima é que os "Veteranos" das LEBRES E TARTARUGAS voltaram a juntar-se numa habitualmente fria manhã de Janeiro na simpática e encantadora Vila de Sintra.
Ainda não eram dez horas e já nos perfilávamos perto da linha de partida, na denominada "Volta do Banho", e aguardando com alguma impaciência pelo momento do início da prova.Devido ao elevado número de participantes, nos últimos anos a organização tem previsto dois blocos de partida para, de algum modo, diminuir o congestionamento do tráfego de atletas durante os primeiros dois quilómetros ao longo dos quais a via é um pouco estreita para tanta gente.
A dificuldade do percurso é sobejamente conhecida, pelo menos para a maioria dos "habitués", e está bem gravada na nossa memória. Desde os primeiros três quilómetros sempre a subir e com uma pendente capaz de desanimar o mais arrojado atleta, passando pelo terrível "obstáculo" entre os dez e os onze quilómetros onde muitos desistem momentaneamente de correr, até à perigosa, e por vezes descontrolada, descida vertiginosa durante cerca de sete quilómetros, tudo isto faz parte do encanto da Corrida do Fim da Europa. E este ano só faltou mesmo aquele nevoeiro normal na Serra de Sintra e que traz ainda mais encanto à paisagem. E a tudo isto os atletas souberam resistir e dar uma reposta à altura.
Após cortarem a meta a felicidade dos participantes é enorme e já começamos a fazer a contagem decrescente para a edição de 2019. Sim, porque voltaremos de aqui a um ano.
Afinal a crónica acabou por ser um pouco mais extensa do que afirmámos inicialmente. É a Paixão pela Corrida do Fim da Europa. Um amor pode terminar e acabar por desaparecer. Uma Paixão NUNCA.
Vemo-nos em 2019.
Atletas que concluiram a prova : 2263
Vencedor: ADELINO OLIVEIRA (ACRSD): 0:59:39,8
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 1509)
Classificação Geral: 1899º - Classificação no Escalão M60: 44º
Tempo Oficial: 1:52:50,6/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ND
Tempo médio/Km: 6m:40s <=> Velocidade média: 9,01Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 1510)
Classificação Geral: 664º - Classificação no Escalão M55: 23º
Tempo Oficial: 1:29:15/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ND
Tempo médio/Km: 5m:16s <=> Velocidade média: 11,39Km/h (*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 1511)
Classificação Geral: 1690º - Classificação no Escalão M50: 145º
Tempo Oficial: 1:47:04,2/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ND
Tempo médio/Km: 6m:19s <=> Velocidade média: 9,50Km/h (*)
JOÃO VALÉRIO (Dorsal Nº 1512)
Classificação Geral: 1311º - Classificação no Escalão M60: 30º
Tempo Oficial: 1:39:39,0/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ND
Tempo médio/Km: 5m:52s <=> Velocidade média: 10,22Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
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