Eram uma vez três amigos que habitualmente se juntam para a prática da sua modalidade de eleição e que voltaram a marcar presença na Corrida do 1º de Maio em Lisboa: o Lesionado, o Emigrado e o Apaixonado.
Estranho estes cognomes, não é? Surgiram na cabeça deste cronista para lançar um pouco de mistério à história da Corrida e atendendo à actual situação de cada um deles. Mas qual a origem destes “apelidos”?
O Lesionado, por sinal o mais velho do trio, foi assim denominado devido à onda de lesões que o tem assolado nos últimos anos. Por enquanto ainda vai mantendo alguma actividade continuando a participar em corridas embora sem a regularidade de antigamente. Provavelmente está agora a pagar a factura das várias loucuras que foi cometendo e que vão deixando as suas marcas. Embora não o queira a realidade é que já não vai para novo…
O Emigrado, o nosso atleta em melhor forma e que tem “fugido” daquelas provas “off the road” que desafiam em maior grau a integridade física, é como que um emigrante especial que o obriga a passar muito tempo fora do seu País. Por motivos de um novo desafio profissional passa grandes períodos em Barcelona. Mas nem tudo são espinhos. Apesar de estar longe da família, a estadia na capital Catalã já lhe permitiu cumprir um sonho de muitos amantes do Futebol: assistir em pleno “Camp Nou” a uma eliminatória da Liga dos Campeões com o “dream team” do Barcelona e com o Mágico Messi à cabeça.
Por fim temos o Apaixonado. O elemento mais novo deste trio entrou recentemente numa nova fase da sua vida e como que renasceu apresentando uma nova disponibilidade para o desporto participando quase todas as semanas em provas e treinando mais afincadamente para a aquisição de uma forma física da qual se tinha afastado. O resultado deste novo ciclo da sua vida está bem à vista nas cada vez melhores prestações nas provas em que participa. O amor move montanhas e consegue os impossíveis. “Love is in the air”…
Feitas as apresentações encontrámos os três fundadores das LEBRES E TARTARUGAS, Carlos Gonçalves, Carlos Teixeira e Frederico Sousa, de volta a uma das mais “obrigatórias” provas e festejando à sua maneira o Dia do Trabalhador.
Por mais estranho que pareça, e que já temos referido por diversas vezes, a Corrida do 1º de Maio é uma prova em que nada muda, a começar pelo percurso, e que tem mantido uma organização impecável, sem erros ou falhas dignas de serem assinaladas. Aqui há, certamente, mão do Partido Comunista, sobejamente conhecido por, entre coisas, não deixar nada ao acaso. Evcontinua a atrair um número anormalmente alto de atletas.acimo do milhar. E, muito importante, oferece quinze quilómetros de grande prazer e com um preço quase que diríamos irreal. Numa época em que há cada vez maior escolha e se assiste a uma lenta mas inexorável escalada nos preços de inscrição, por seis Euros apenas percorremos os principais eixos viários da cidade de Lisboa, com direito a abastecimentos de água e controlo das forças policiais para que nada aconteça aos atletas.
Às nove e meia dá-se o encontro da equipa. Apesar do Sol brilhar em todo o seu fulgor ainda não foi desta vez que a temperatura assumiu que estamos na Primavera. Um dos pontos altos da Corrida do 1º de Maio é a partida na Pista de atletismo do Estádio com o mesmo nome.
Após o primeiro quilómetro de aquecimento, e jà perto da entrada no Campo Grande, os atletas entram em velocidade de cruzeiro e preparam-se para percorrer um troço bem conhecido daqueles que se inscrevem nas principais corridas da cidade de Lisboa. Estamos a falar do principal eixo da Capital com a passagem pelos túneis da Avenida da República sempre a subir até ao Saldanha. A partir desse ponto alto é sempre a acelerar até ao Terreiro do Paço. E, por fim, a outrora “tenebrosa” subida da Almirante Reis rumo à Praça do Areeiro.
Já dentro do quilómetro quatorze encontramos a única novidade do percurso. Na avenida Rio de Janeiro não viramos logo à esquerda na entrada para o Estádio 1º de Maio. Como a manga da partida foi colocada este ano cerca de duzentos metros mais à frente, temos de compensar esta “borla” com mais alguns passos fora do Estádio.
Cumprimos.
A Corrida do 1º de Maio fica à nossa espera até de aqui a um ano. E tão depressa os três fundadores das LEBRES E TARTARUGAS não se voltarão a encontrar em simultâneo.
Atletas que concluiram a Prova: 1161
Vencedor: BRUNO PAIXÃO (Beja AC): 0:48:10
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 792)
Classificação Geral: 309º - Classificação no Escalão M5559: 23º
Tempo Oficial: 1:42:43/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:42:43
Tempo médio/Km: 5m:08s <=> Velocidade média: 11,68Km/h (*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 791)
Classificação Geral: 845º - Classificação no Escalão M5054: 120º
Tempo Oficial: 1:26:38/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:25:54
Tempo médio/Km: 5m:44s <=> Velocidade média: 10,48Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 793)
Classificação Geral: 953º - Classificação no Escalão M6064: 59º
Tempo Oficial: 1:30:16/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:29:32
Tempo médio/Km: 5m:58s <=> Velocidade média: 10,05Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário do Mês de Maio
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. CORRIDA SÃO SILVESTRE DE ...
. MEIA MARATONA DE S. JOÃO ...