Os dois atletas das LEBRES E TARTARUGAS tiveram uma dupla desilusão quando se deslocaram no domingo de manhã a Vila Franca de Xira para participarem em mais uma edição da Corrida das Lezírias. A primeira desilusão teve como responsável o S. Pedro. Ao invés de dar cumprimento às previsões meteorológicas que apontavam para um dia de sol e temperatura primaveril, no seguimento das condições verificadas no final da semana, surpreendeu-nos com um domingo frio e com alguns pingos de chuva como que a querer recordar-nos que ainda estávamos no Inverno. O segundo revés está mais directamente relacionado com a corrida propriamente dita. Esperávamos alguma inovação no percurso face aos dois últimos anos. Longe já vai o tempo em que, em plena lezíria, tínhamos um troço com o rio Tejo por companhia. Embora nessa zona o piso fosse mais irregular, o clima de tranquilidade que aí se respirava era sem qualquer dúvida a parte mais agradável da prova. E em cada cruzamento encontrávamos também um campino trajado a rigor e montado no seu garboso e elegante equídeo.
Mas a organização optou, mal segundo o nosso ponto de vista, por não mexer no percurso que foi adoptado nas duas edições anteriores. Se relativamente à primeira desilusão não se podem imputar responsabilidades à organização, quanto ao traçado da prova aí temos mesmo de apontar o dedo firme aos responsáveis. A rotina, o tédio, a ausência de inovação são factores que podem conduzir ao declínio e ao desinteresse de qualquer acontecimento seja ele desportivo, de trabalho ou simplesmente de lazer. Sem inovação tudo pode morrer. Optando por nada mudar encontrámos uma vez mais uma corrida puramente em linha, ida e volta, segundo o mesmo trajecto. Um primeiro troço urbano, num misto de alcatrão e de empedrado, com travessia da Ponte Marechal Carmona seguida da entrada na terra batida de uma estrada da Lezíria Ribatejana. Por volta do quilómetro 7,5 atingimos o ponto extremo do percurso e regressamos a Vila Franca, exactamente pelo mesmo sítio por onde já tínhamos passado, mas em sentido contrário.
E temos ainda um outro reparo a fazer. Nos habituais dois abastecimentos de água a organização optou por uma solução pouco aconselhável. Em vez de nos darem a habitual garrafinha de 25 centilitros, que chega e sobeja para as nossas necessidades da ocasião, optaram por uma de meio litro, pesadona e nada transportável em corrida. Numa época de contenção assistimos a um gratuito desperdiçar de um precioso e cada vez mais escasso bem.
O último quilómetro e meio é o mais desgastante. Além do cansaço acumulado deparamo-nos com os paralelipípedos já nossos conhecidos e que parecem querer impedir-nos de terminar a corrida. Mas não foi nada a que não estivéssemos habituados.
Foi mais uma corrida realizada segundo os objectivos e capacidades de cada um dos dois Tartarugas presentes. Fazemos figas para que haja novidades na Corrida das Lezírias de 2015.
Atletas que concluiram a prova: 1356
Vencedor: BRUNO LOURENÇO(Fit 2 Run - Holmes Place Algés): 0:50:51
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº727)
Classificação Geral: 507º - Classificação no Escalão M50: ND
Tempo Oficial: 1:15:53/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:15:17
Tempo médio/Km: 4m:51s <=> Velocidade média: 12,35Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº726)
Classificação Geral: 770º - Classificação no Escalão M55: ND
Tempo Oficial: 1:22:20/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:21:34
Tempo médio/Km: 5m:16s <=> Velocidade média: 11,40Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Março
. TRAIL RUNNING DOS MOINHOS...
. MEIA MARATONA DE LISBOA 2...
. CORRIDA INTERNACIONAL DO ...
. GRANDE PRÉMIO DO ATLÂNTIC...
. CORRIDA DO 1º DE MAIO 202...