A Serra de Monsanto tem vindo a afirmar-se como um local de culto para a prática do tão popular “running”. Seja na vertente das provas de estrada, seja na cada vez mais popular versão de “Trail”, de ano para ano aparecem novas corridas com a vantagem de atrair a esta enorme zona verde mais pessoas, Atletas e Caminheiros.
A Corrida da Água tem como ponto alto a travessia do Aqueduto das Águas Livres, ex-libris da Cidade de Lisboa e com todas as lendas e histórias associadas a esta magnífica obra de engenharia essencialmente dedicada ao abastecimento de água à cidade de Lisboa.
Em 2012 não se realizou esta prova. Mas foi por pouco tempo. Em 2013 regressou com ligeiras alterações no traçado, mas mantendo a sua essência e com a passagem pelos locais mais emblemáticos. Não se perdeu o espírito e mantiveram-se os mesmos atractivos das edições anteriores.
Preocupados com as questões ambientais a organização tentou minimizar o desperdício das garrafinhas de plástico normalmente distribuídas por volta do quilómetro cinco, bem pertinho das instalações dos Pupilos do Exército. Com este intuito fazia parte do “kit” de atleta um recipiente reutilizável que os atletas poderiam encher no habitual ponto de abastecimento. Também poderiam partir logo com uma reserva de água que até não causava grande transtorno, principalmente para quem não lutava por um lugar no “podium” e procurava simplesmente usufruir e disfrutar dos encantos da Serra de Monsanto. Mesmo assim ao quinto quilómetro ainda distribuíram as habituais garrafas para permitir a todos que não ficassem sem água, se bem que o calor não fosse grande ameaça para uma manhã típica do final do mês de Novembro.
Após termos percorrida toda a ciclovia desde Pina Manique até às imediações de Campolide enfrentámos a parte mais difícil da prova. A subida da rua de Campolide mostrou-se, uma vez mais, bastante demolidora. Mas, no final, temos a bem merecida recompensa com a entrada no Aqueduto das Águas Livres. Durante a travessia veio-me à ideia o nome de Diogo Alves, o lendário Assassino do Aqueduto das Águas Livres que, depois de assaltar as pessoas e lhes roubar os seus pertences, forçava-as a atirarem-se do Aqueduto estatelando-se mortas lá em baixo. Terrível e que nos provocam algum susto no momento da nossa passagem pelo local.
Mas lendas são lendas.
A Meta está bem próxima num local diferente das edições anteriores.
Foi mais uma edição da Corrida da Água que esperamos que se mantenha no calendário das provas de atletismo popular de estrada.
Sozinho assumi a inscrição do nome das LEBRES E TARTARUGAS em mais uma prova. Aguarda-se o regresso da nossa equipa em força.
[Crónica de Carlos Gonçalves]
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