Foi o regresso das LEBRES E TARTARUGAS à cidade de Vendas Novas. Num tempo em que a oferta era bastante mais reduzida, esta foi uma das corridas que fazia parte do nosso calendário incondicional. Logo no ano da nossa estreia, no já longínquo 2009, cumprimos um mês de Maio diabólico em que estivemos envolvidos todos os fins-de-semana em provas de atletismo:
Foi um tempo em que a nossa Paixão pelas Corridas começava a tomar conta das nossas vidas. Quantas mais melhor, sem olhar a qualquer preocupação em termos de desgaste físico.
Em 2010 regressámos a Vendas Novas para uma corrida que ficou marcada pelo som das “Vuvuzelas” usadas pelos apoiantes dos atletas, fenómeno marcado pela proximidade da realização do Campeonato do Mundo de Futebol na África do Sul. E houve ainda um outro episódio que não deixámos de recordar agora com alguma nostalgia e que envolveu um dos nossos atletas. Duas semanas antes, na Corrida do 1º de Maio, o Frederico tinha contraído uma lesão muscular que o obrigou a fazer parte do percurso dentro de uma ambulância. Ainda em fase de recuperação dessa maleita, no final da Corrida de Vendas Novas ressentiu-se do esforço apresentando algumas dores ao nível muscular. Os seus dois companheiros “obrigaram" o colega a entregar-se às mãos “milagrosas” de uma massagista disponibilizada pela organização.
A história das LEBRES E TARTARUGAS tem vindo a ser construída e enriquecida por episódios como este.
Regressámos em 2011 para a nossa última participação. Estávamos no início da crise económica que assolou o nosso País e que levou a cortes naquilo que fora considerado não essencial. E no meio desses cortes, por falta de apoios vitais para manter de pé este tipo de organizações, assistimos à suspensão de algumas provas mais emblemáticas, das quais destacamos a Corrida de Vendas Novas, .
Mas também começaram a aparecer como cogumelos novas corridas, um pouco por todo o lado, e que também quisemos experimentar. E assim aconteceu o nosso abandono a Vendas Novas.
Este ano o Frederico, numa fase de maior actividade desportiva, recuperou esta prova antiga e lançou o desafio aos seus dois “compagnons de route”. Além de repetirmos uma participação numa prova lendária descobrimos que mantinha o encanto de antes, muito particularmente no preço das inscrições. Numa fase em que a existência de alguma “liberalização” em termos de oferta de organizações de provas não conduziu a um natural decréscimo, ou pelo menos manutenção, dos preços reencontramos uma prova a cinco Euros que representa de cerca de metade, ou mesmo um terço, dos valores normais “de mercado”. Estranho, não é? Talvez o segredo resida na associação da EDP a este evento.
A uma hora pouco natural, dez e vinte da manhã, tinha início a corrida principal de dez quilómetros. Por isso foi com alguma calma que os dois atletas se encontraram no Centro Sul, em Almada, e encetaram a viagem até Vendas Novas. Sem pressas encontrámos facilmente lugar para o nosso carro e procedemos ao levantamento dos nossos dorsais, “chips” e restante “kit” do atleta.
Apesar do céu se encontrar pintado com algumas núvens, o Frederico começava a ficar muito preocupado com o calor que poderia aparecer. E olhando em redor percebemos que os atletas para a corrida dos dez quilómetros não deveriam ultrapassar as três centenas. Na realidade foram perto de 400 mas, mesmo assim, longe dos 502 de 2010 e dos 581 de 2011.
À medida que nos aproximávamos da hora aumenta o movimento de atletas a realizarem os recomendados exercícios de aquecimento. Os dois Tartarugas resolveram, à sua maneira, fazer a preparação dos músculos e articulações. Preparámo-nos para a corrida sentados, ou deitados, na primeira sombra que encontrámos.
Estava feito o nosso “aquecimento” …
Há um terrível hábito dos Portugueses. As horas marcadas não são para se cumprirem. E, sem razão aparente, é às dez e vinte da manhã que se fazem os discursos de agradecimento aos participantes e a todos aqueles que ajudaram a colocar de pé esta prova. E com esta conversa partimos logo com três minutos de atraso. Sem comentários …
Vendas Novas é uma cidade plana, típica da orografia do Alentejo. Daí não se esperarem grandes dificuldades no percurso. Em vez de andarmos aos “ziguezagues”, e sem o recurso a um percurso em duas voltas como anteriormente, encontramos longas rectas que são essencialmente desgastantes ao nível psicológico. Assim cumprimos o primeiro quilómetro.
Entretanto descobre-se o Sol para gáudio de uns e desgraça de outros. Não se dando bem com o calor o Frederico teve uma quebra por volta do quarto quilómetro realizando, a partir desse ponto, uma corrida com algum esforço. O outro Tartaruga encontrou o seu “habitat” natural e, apesar de um início que parecia mais complicado, reencontrou um ritmo a que não tem estado habituado e conseguiu terminar em boas condições. Das lesões que o têm assolado praticamente não teve notícias. Mesmo assim os dois dignos representantes da LEBRES E TARTARUGAS conseguiram terminar a corrida abaixo de uma hora, o que é bom atendendo às suas actuais condições físicas.
Desde a Corrida do 1º de Maio que os nossos três fundadores não correm juntos. Quando se dará o reagrupamento das LEBRES E TARTARUGAS não o sabemos. O certo é que todos eles vão continuar em intensa actividade.
Atletas que concluiram a Prova: 380
Vencedor: HERMANO FERREIRA (SL Benfica): 0:31:05
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 342)
Classificação Geral: 345º - Classificação no Escalão M5054: 41º
Tempo Oficial: 0:59:54/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:59:43
Tempo médio/Km: 5m:58s <=> Velocidade média: 10,05Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 343)
Classificação Geral: 318º - Classificação no Escalão M6064: ND
Tempo Oficial: 0:56:53/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:56:41
Tempo médio/Km: 5m:40s <=> Velocidade média: 10,59Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário do Mês de Maio
. GRANDE PRÉMIO DO ATLÂNTIC...
. CORRIDA SÃO SILVESTRE DE ...
. MEIA MARATONA DE S. JOÃO ...