Pela quinta vez a equipa das Lebres e Tartarugas marca presença no Trail dos Moinhos Saloios que se realiza nas imediações da União de Freguesias da Venda do Pinheiro/Santo Estêvão das Galés.
Esta é uma das minhas corridas preferidas na modalidade de “Trail”. Habitualmente tenho marcado presença na versão de 25 quilómetros. Mas como em 2023 terminei a corrida para lá das 5 horas, com muito sofrimento e demasiado desgate, além de uma valente reprimenda da minha esposa, tomei como opção passar a inscrever-me na opção de Trail Curto quando existe essa alternativa. E normalmente tenho-me dado bastante bem. Mais do que participar numa prova é bastante importante disfrutar ao máximo da experiência sem atingir momentos de grande sofrimento e passar a preocupar-me principalmente em terminar a corrida e sem gozar ao máximo do prazer de contacto com a natureza normalmente disponibilizado pelas provas de trilhos.
E foi assim que em 2024 inscrevi-me no Trail Curto com uma distância aproximada de quinze quilómetros.
Numa altura em que a regularidade de participação em provas tem diminuído substancialmente a escolha tem de ser bastante criteriosa. E a opção pelas corridas de trail tem sido a minha escolha.
No panorama actual das Corridas parece que a oferta tem diminuído. E foi assim que decidi por inscrever-me no Trail dos Moinhos Saloios.
À partida já sabia que me iria apresentar sozinho. O meu colega de Trails Frederico não está ainda nas condições mínimas para abraçar uma prova de grande exigência, principalmente para quem padece de uma lesão no joelho e ainda sem contornos bem definidos. Quanto ao Carlos Teixeira esqueçam a sua participação em “Trails”. Ele é mais adepto das corridas de estrada ou de Pista. Cada um é para o que nasce.
E foi assim, sozinho, que me apresentei na Venda do Pinheiro para o oitavo Trail dos Moinhos Saloios e na versão mais curta.
Como é habitual antecede sempre um pequeno “briefing” antes de cada prova. E tínhamos à escolha três opções:
Cada um com a correspondente dureza e para as capacidades e destreza física mais consentâneas com as características de cada um.
Bem cedo que o nosso único participante chegou ao Parque Ecológico da Venda do Pinheiro para levantamento do respectivo dorsal.
Uma das grandes vantagens do Trail dos Moinhos Saloios é que se reinventa de ano para ano.
O tempo apresentava-se um pouco frio e com uma neblina a esconder o Sol que se esperava que marcasse presença na sua máxima força.
Aproveitei para descansar um pouco já que tinha acordado bem cedo por voltas das seis e meia da manhã. Não queria chegar atrasado. Mas por pouco que perdia o início do meu “Trail”. Tendo passado pelas brasas só acordei já perto das nove e cinco.
Num ápice deixei o meu carro e encaminhei-me para o local da partida mesmo a tempo de escutar o “briefing” do Mini Trail e não se antes tirar uma “selfie” com o pórtico da partida em pano de fundo.
Um dos pontos que retive foi de que não iriamos esperar por um percurso fácil mas, acima de tudo, bastante bonito.
Aliás quem espera por facilidades em provas de trilhos esqueça, certamente que está na prova errada.
Após dado o tiro da partida os atletas lançam-se ao ataque à primeira subida logo bastante exigente e para aquecer os músculos e as articulações.
Ao longo da prova, e a cada quilómetro percorrido, constatava que a minha escolha pelo trilho curto tinha sido a mais acertada. Estava em condições para disfrutar ao máximo a beleza do percurso e sem me preocupar em poupar-me para a parte final.
Alguns troços do percurso já eram sobejamente conhecidos, principalmente aquela íngreme escalada até ao Posto de Alte Tensão. Mas daí para a frente tivemos grandes novidades.
Os percursos deste ano foram bastante exigentes. Ouvimos algumas queixas de alguns atletas.
O que posso dizer é que os quinze quilómetros que enfrentei este ano pareceram-me mais duros que os vinte e cinco do ano passado. Terá sido só uma impressão minha: em 2023 completei a prova em cerca de 5 horas e neste ano gastei à volta de quatro horas para menos dez quilómetros.
Fazendo um balanço final cada vez mais considero que fiz a opção correcta. E aquele “tenebroso” quilómetro vertical até não custou tanto a fazer. Já estava bem preparado do ano passado quando este troço nos era “oferecido” na parte final da prova.
E as condições meteorológicas foram as do meu total agrado. O calor marcou presença ao longo de toda a corrida e com aquele permanente bafo de calor que vem do chão, tão do meu agrado.
Gostei.
Espero voltar na próxima edição, se possível com alguma companhia dentro da min equipa.
[Crónica de Carlos Gonçalves)
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