O ditado diz: "nem sempre o que parece é". Neste caso até foi pior.
Não que os nossos Atletas não estivessem avisados para as características do percurso. O gráfico altimétrico já prenunciava algumas dificuldades depois do quilómetro 4.
A prova até começou bem, com dois quilómetros para aquecimento e aquisição do ritmo ideal de andamento. No entanto mais uma vez os quilómetros pareceram não medir sempre o mesmo.
Seguiu-se uma descida rápida, e mais ou menos longa. Era aqui que os atletas poderiam, e deveriam, aproveitar para ganhar alguma margem para o tempo final. Sim, porque após aquele longo e acentuado declive descendente seguir-se-ia um forte e demolidor conjunto de subidas.
Primeiro veio a subida para a Estação de Combóios de Campolide. Foi o primeiro teste e já a prenunciar o que se seguiria. Só que, exceptuando os que já conhecessem o percurso, ninguém adivinhava as autênticas "paredes" de escalada que iríamos encontrar, e ter de ultrapassar, já dentro do Bairro da Liberdade, logo a seguir ao primeiro abastecimento (por volta dos 5 Km). Quantos corredores se arrastaram penosamente num esforço digno de salientar e evitando interrupção do ritmo de corrida. Nem todos resistiram. Certamente que as pulsações cardíacas saltaram para níveis altamente proibitivos e desaconselhados. E nem houve tempo para identificar "LEBRES". Onde estavam elas???
E quando, após uma ligeiramente descida (se calhar até estávamos em plano mas mais se assemelhava a uma retemperadora descida após o inferno das "paredes" que tínhamos acabado de escalar), julgávamos que poderíamos descansar (activamente e a correr) logo estava ali à nossa espera nova rampa ao longo do Aqueduto até à Estrada de Acesso ao Parque da Serafina. Não era muito inclinada, mas ... loooonga.
Pronto. Terminou o castigo. Agora inicia-se o trajecto plano e a antever o acesso ao Aqueduto das Águas Livres. Foi a parte mais bonita da prova a desenvolver-se já dentro da mata e culminando com a entrada naquela gigantesca construção.
Esqueceram-se todas as dificuldades passadas e ultrapassadas.Valeu o esforço para se chegar ali.
Quase a terminar o trajecto, já no interior do Aqueduto constata-se que a prova também se aproxima vertiginosamente do fim. Quilómetro 9 em pleno Aqueduto.
Era tempo de pensar em recuperar alguns dos segundos perdidos e darmos a aceleração final até à meta.
GRANDE PROVA.
Apesar das dificuldades o trajecto estava bastante bem delineado, os abastecimentos correctos e em quantidade (aos 5 e aos 8 Km). E a organização esteve impecável: Partida à hora e disponibilização das classificações pouco tempo após a chegada dos Corredores
É sem dúvida uma prova a repetir nas próximas edições.
Fica o registo do desempenho das nossas Tartarugas.
FREDERICO SOUSA
Tempo Oficial: 1:09:37 Classificação Geral: 500º/Classifcação no escalão (M45): 83º
CARLOS CATELA
Tempo Oficial: 0:59:41 Classificação Geral: 402º/Classifcação no escalão (M45): 65º
CARLOS GONÇALVES
Tempo Oficial: 0:53:38 Classificação Geral: 283º/Classifcação no escalão (M50): 41º
Agora recuperar as energias perdidas e prepararmo-nos para a próxima prova: CORRIDA DO DESTAK.
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