E DESTA VEZ A CHUVA ESTEVE AUSENTE
Nas edições em que anteriormente participámos tivémos a companhia de forte chuva, vento e frio. Se bem que as previsões meteorológicas apontassem para um domingo sem chuva ao sairmos de Lisboa pensávamos seriamente que esse prognóstico iria estar, infelizmente, errado. Quando entrámos na A8 os primeiros salpicos fizeram questão de nos lembrar que estávamos em pleno Outono. E o céu em direcção a Norte apresentava-se bastante carregado. Porém ao aproximarmo-nos das Caldas da Rainha não só o Sol apareceu com grande fulgar mas também ainda fomos presenteados com um espectacular e perfeito arco-íris afastando os nossos maiores temores. Afinal as previsões do Boletim Meteorológico pareciam estar certas.
Reunidos os três TARTARUGAS preparavam-se para participar na mais antiga, e primeira, Meia-Maratona de Portugal. De ano para ano esta prova tem vindo a perder participantes. Só mesmo os mais indefectíveis teimam em contribuir para que esta corrida não morra. Mas, talvez fruto da crise, muitas das caras conhecidas residentes na área metropolitana de Lisboa já não se deslocam para longe com a frequência que faziam há um ano atrás.
À chegada à cidade da Nazaré cumprem-se os habituais rituais. Em primeiro lugar é necessário encontrar um lugar para estacionarmos a nossa viatura, suficientemente perto do local de levantamento dos dorsais e da linha de partida. Mas também simultaneamente longe da confusão para nos permitir sair rapidamente em direcção a Lisboa.
Colocados os dorsais e "chips", e após darmos lugar à satisfação das necessidades fisiológicas de última hora,tínhamos pouco mais de 15 minutos para chegar até à linha de partida. O aquecimento foi feito no percurso entre o nosso carro e o local de início da prova. E constatámos que, apesar da chuva parecer ter definitivamente desparecido, um frio agreste associado a vento forte iria acompanhar-nos durante grande parte da corrida.
O percurso era sobejamente conhecido sem alteração relativamente às últimas edições. Assim só tínhamos que procurar o ritmo mais adequado aos nossos objectivos. E para os dois Maratonistas um objectivo claro estava na nossa mente: melhorar a marca do ano passado e, se possível, estabelecer um novo recorde pessoal na distância. Apesar de inicialmente encararmos as corridas como um momento de lazer e sem grande "stress" o que acontece actualmente é que, na prática, não damos descanso às nossas pernas e às nossas mentes. É sempre a sofrer. Mas esta atitude não é partilhada pela totalidade do nosso grupo. Fiel aos nossos princípios o Federico é o único que não cede um milímetro na estratégia inicialmente traçada. Cada corrida é para ser disfrutada ao máximo, sem grandes preocupações e sem grandes correrias. Uns estão no "oitenta" e o outro está no "oito". E qual tal aproximarmo-nos pouco?
A primeira metade da prova era maioritariamente a subir pelo que antevíamos, após a inversão no sentido da prova (por volta do quilómetro treze), uma maior facilidade e um menor desgaste. Mas nem sempre o que parece é. À semelhança das edições anteriores o vento que soprava ligeiramente até parece que mudou repentinamente. Com grande intensidade e contrário ao sentido da nossa corrida tínhamos ali um obstáculo de peso. E quando entrámos na zona portuária aí é que ele ainda apertou mais. Alguns atletas escondiam-se atrás dos que seguiam à sua frente. Sempre conseguiam minorar um pouco esta adversidade.
Após o quilómetro vinte começámos a vislumbrar as mangas insfluváveis que marcam o final da corrida. Mas para os mais avisados não devemos esquecer que, apesar do fim parecer estar próximo, ainda temos um longo caminho a percorrer. Só no terceiro pórtico é que termina a corrida.
E o vento soprava com cada vez mais força. Não fossem os incentivos dos populares e talvez as forças nos faltassem. Pelo menos as acelerações e ultrapassagens finais foram em menor quantidade.
Cumprida mais uma prova, e após a necessária recuperação, tínhamos urgentemente de procurar abrigo na nossa viatura. O vento gélido ameaçava dar cabo de nós definitivamente. Procurávamos um caminho até ao parque através das ruas mais ensolaradas e mais abrigadas do vento.
Para trás ficava um cenário sem dúvida magnífico com o mar bastante agitado próprio para os "surfistas" mais arrojados.
Atletas que concluiram a prova: 1302 (1135 em 2011)
Vencedor: PEDRO CRUZ(J Cruz Irmãos): 1:09:42
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 738)
Classificação Geral: 1226º - Classificação no Escalão M45: 82º
Tempo Oficial: 2:12:01/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:11:25
Tempo médio/Km: 6m:14s <=> Velocidade média: 9,63Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 739)
Classificação Geral: 721º - Classificação no Escalão M50: 85º
Tempo Oficial: 1:46:14/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:45:40
Tempo médio/Km: 5m:01s <=> Velocidade média: 11,98Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA E NA DISTÂNCIA DA MEIA MARATONA
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº740)
Classificação Geral: 513º - Classificação no Escalão M55: 34º
Tempo Oficial: 1:40:25/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:39:52
Tempo médio/Km: 4m:44s <=> Velocidade média: 12,68Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA E NA DISTÂNCIA DA MEIA MARATONA
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o mês de Novembro
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