Nunca se tinha assistido a uma "performance" tão boa das TARTARUGAS. Na mesma corrida todos os três atletas bateram os recordes pessoais numa distância, e logo em quinze quilómetros.
O parco calendário de provas para o mês de Janeiro levou-nos a esta terra ribatejana a fim de participarmos nos 15 KM de Benavente. Normalmente esta corrida realiza-se em Setembro. Este ano, com a realização do Campeonato Nacional de Estrada, a organização decidiu também realizar uma "prova aberta" destinada a todos aqueles que lutam por um melhor lugar em função dos resultados pessoais mas sem terem como objectivo prioritário a conquista de um qualquer título desportivo. Basta-nos superarmo-nos, corrida a corrida e bater as nossas próprias marcas, que já nos consideramos "CAMPEÕES".
A azáfama matinal era a habitual neste tipo de realizações desportivas. Acrescia ainda o ingrediente da realização de um Campeonato Nacional de Estrada para dar ainda mais animação a Benavente. Os "profissionais" estavam lá todos. E "nós a vê-los passar". Se bem que com espíritos diferentes todos alinhámos para dar maior colorido às ruas desta simpática localidade da Lezíria Ribatejana.
Cedo também verificámos que o número de atletas inscritos era substancialmente inferior ao que a numeração dos dorsais antevia. Será que era desta que corríamos o sério risco de um dos nossos atletas ficar em último lugar? Não. Afinal começávamos a encontrar algumas referências de outras "guerras", caras conhecidas que nos permitiam acalentar a esperança de manter o nosso lema: "Não ficar em primeiro lugar nem em último, para não darmos nas vistas".
Com a confusão habitual da partida os nossos atletas lançaram-se a percorrer um circuito de três voltas com o começo e a chegada exactamente no mesmo local. O nosso percurso era o mesmo dos atletas inscritos no Campeonato Nacional de Estrada. A primeira volta serviu para conhecer as características do traçado: maioritariamente plano e sem se criar a sensação de andarmos às voltas num perímetro relativamente curto. Após a segunda passagem pela linha da meta os atletas encontram o seu melhor ritmo e começam a consolidar as posições na classificação.
Cumprida a primeira volta e meia ouvimos no "speaker" de um carro da organização que se aproximavam os atletas competidores no Campeonato Nacional de Estrada. Estavam eminentes as primeiras "dobragens" e, portanto, deveríamos facilitar a tarefa daqueles que lutavam por outras metas. A nós, apesar de passarem como setas, ainda nos davam algum ânimo e até conseguiram que, pelo menos durante alguns momentos, aumentássemos o nosso ritmo de corrida. E até foi bom como se comprova nos nossos resultados finais.
Os quilómetros nas pernas começam a dar frutos. É rara a corrida em que, pelo menos um dos Tartarugas, não consegue melhorar o seu tempo quer da prova quer da distância. Como vemos o esforço e a dedicação compensam. Para nós dez quilómetros começam a saber a pouco. Tempos vindo a procurar a distância para a qual nos sentimos como "peixe na água". Dez quilómetros já são curtos e, principalmente, muito rápidos. Estamos talhados para distâncias maiores. Alô Maratonas que se aproximam!
Foi uma experiência nova e num local diferente do habitual, cumprindo-se a nossa intenção de diversificação de provas na procura de novas experiências. Mas uma crítica fica no ar no tocante à organização da corrida. Estamos habituados, ao longo destes três anos de intensa actividade, a que na maioria das corridas os tempos sejam verificados através do recurso aos já famosos "chips"que possibilitam à organização a apresentação dos resultados finais tanto em termos da classificação - geral e por escalão - como registar as "marcas" de cada atleta. Aqui foi a desilusão total. Após cortarmos a linha de chegada era uma completa azáfama: uns a controlar os números dos dorsais e a encaminharem os atletas para o "funil" da chegada e no final alguém a coleccionar os dorsais a fim de estabelecer a ordem da clasifficação. Pensamos que isto é lamentável nos dias que correm e, ainda por cima, numa prova que serviu de base a um Campeonato Nacional. Será que nas outras edições dos 15 KM de Benavente as coisas já decorrem dentro da normalidade? É esperar pela próxima edição para vermos.
Atletas que concluiram a prova: 418
Vencedor: Pedro Gomes (Odimarq Alumínios): 0:49:42
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 478)
Classificação Geral: 366º - Classificação no Escalão M45: Não divulgado
Tempo Oficial: N.D./Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:23:42
Tempo médio/Km: 5m:35s <=> Velocidade média: 10,75Km/h (*)
MELHOR TEMPO NA DISTÂNCIA DE QUINZE QUILÓMETROS
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 479)
Classificação Geral: 322º - Classificação no Escalão M50: Não divulgado
Tempo Oficial: N.D./Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:17:45
Tempo médio/Km: 5m:11s <=> Velocidade média: 11,58Km/h (*)
MELHOR TEMPO NA DISTÂNCIA DE QUINZE QUILÓMETROS
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº480)
Classificação Geral: 265º - Classificação no Escalão M55: Não divulgado
Tempo Oficial: N.D./Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:13:25
Tempo médio/Km: 4m:54s <=> Velocidade média: 12,26Km/h (*)
MELHOR TEMPO NA DISTÂNCIA DE QUINZE QUILÓMETROS
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o mês de Janeiro
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