Há corridas que aparecem, duram algum tempo e desaparecem. E mesmo que não desapareçam de vez desaparecem os atletas. Mas não é o caso dos 20KM de Cascais. Quando abrem as inscrições em Novembro verifica-se logo um grande nervosismo dos atletas com o medo de perderem o lugar e por isso tem sido habitual as vagas esgotarem-se muito antes da data de realização da prova.
E numa fase em que as provas mais antigas começam a perder algum fulgor os 20KM de Cascais continuam a atrair muitos atletas sendo de realçar que foram mais de dois mil os que cruzaram a linha da meta.
Marcada habitualmente para o Domingo Gordo tem sido normal encontrar vários atletas com as inevitáveis máscaras carnavalescas. Contribuem para uma maior animação e colorido num pelotão já de si animado e cuja cor predominante este ano foi o amarelo fluorescente.
Sem qualquer hesitação, e apesar de nos aguardar uma manhã tradicionalmente fria, com algum vento e chuva à mistura – é o Inverno, pois é - os atletas das LEBRES E TARTARUGAS teimam em continuar a marcar presença em cada edição dos 20KM de Cascais. E, uma vez mais, estivemos com uma equipa mais alargada, como aliás já tem sido nosso hábito recentemente. A ausência mais marcante na nossa equipa foi a do Hugo que foi logo incluído na nossa inscrição de Novembro. O seu desejo em participar era enorme pelo que, esquecendo-se de que já estava inscrito pelo colegas, voltou a inscrever-se nesta última semana, ficando assim com uma dupla presença. Só que um azar nunca vem só e no Sábado o Hugo viu-se impedido, por doença, de participar na corrida pelo que ficámos com dois dorsais livres. Foi uma azáfama em contactos para colmatar esta ausência. O primeiro a avançar foi o Bartolomeu que encarou esta participação como uma primeira etapa da sua preparação tendo em vista a Lisbon Eco Marathon na qual já está inscrito. Mesmo assim ainda nos faltava arranjar mais um “pendura”. E foi então que o Gonçalo Gonçalves decidiu, à hora do jantar de Sábado, arriscar uma distância nunca antes feita, quer em treino quer em provas oficiais. Ficava completo o nosso sexteto: João, Bartolomeu, Frederico, Carlos Catela, Gonçalo e Carlos Gonçalves.
Mesmo o lesionado Catela arriscou um pouco a cura da lesão e fez questão de marcar presença nesta corrida, embora efectuando-a num ritmo mais calmo do que lhe é habitual. Segundo as suas expectativas começaria por fazer os primeiros cinco quilómetros, caso se sentisse bem continuaria até aos dez, colocando a hipótese de poder parar e fazer o resto a andar. Mas felizmente que se sentiu em perfeitas condições pelo que, uma vez mais, concluiu a prova e em boas condições não se ressentido das suas “maleitas”.
E também a nossa treinadora fez questão de voltar a acompanhar-nos em mais uma odisseia. Como dizia o Frederico pode alguém ter de ir a pé mas há sempre lugar para a TREINADORA.
Com a tarefa de levantamento dos dorsais já assegurada previamente pelo Frederico não era preciso madrugar muito. Às nove menos um quarto toda a comitiva concentrava-se em casa do Frederico. O João Valério aproveitou o facto de morar perto para logo cumprir com o seu aquecimento para a corrida. Um pouco cedo demais, talvez…
Como a partida iria ser feita por segmentos o nosso grupo teve de dividir-se em dois: os de menos de 1h45m e os de mais de 1h45m. No primeiro ficou o Carlos Catela e o Bartolomeu (dorsal nº 1 do Hugo) e no segundo compartimento juntaram-se os restantes Tartarugas.
E desta vez coube ao Gonçalo a “árdua” tarefa de ser interpelado por um grupo de atletas femininas – LEBRES – para lhes tirar uma fotografia comemorativa. E mal tinha disparado a foto no telemóvel de uma delas já o mesmo tocava pelo que não houve tempo para grandes confraternizações.
Pouco passava das dez da manhã quando é dado o sinal de partida. Os atletas que ficaram no compartimento de mais de 1h45m só cruzaram a linha de partida com cerca de dois minutos de atraso relativamente ao início da corrida. Para não cair no mesmo erro do ano passado, do qual resultou uma corrida de 20+1 Km, o percurso inicial foi ligeiramente alterado. Como sempre a animação em redor foi grande. Desde o público parado ao longo da estrada até aos Caminhantes, todos emprestavam um ambiente de festa à prova aproveitando também para incentivar os participantes na corrida maior. Mal deixamos a zona urbana de Cascais, e passamos pela Boca do Inferno, reencontramos o nosso amigo vento tão comum por estas paragens. Só que não soprava tão intensamente como em anos anteriores. E a temperatura ambiente não desceu tanto como é habitual. Para o Frederico estava mesmo um pouco quente. Quanto à chuva apenas fez uma tímida aparição minutos antes da partida e depois despareceu como que por encanto.
Até à viragem por volta dos onze quilómetros tivemos que lutar contra o vento que, apesar de não muito intenso, sempre nos dificultava um pouco a vida. No regresso mal damos por ele mas tê-lo-íamos agora como aliado. Aparentemente plano, já sabíamos de antemão que o troço em zona aberta é ligeiramente a descer em direcção ao Guincho. E que no regresso o último "obstáculo" findaria ao quilómetro dezassete, sempre a subir, pouco mas longamente. Quando passamos pelo último abastecimento sentimos que o fim está próximo. E também sabemos que no último quilómetro será sempre a descer tendo oportunidade para acelerar até à meta, haja pernas e energia para tal.
À medida que cada um de nós chega comenta-se a corrida. Para grande surpresa o Gonçalo, ainda pouco inexperiente em corridas de fundo, realizou provavelmente a melhor prova de todos nós tendo em consideração a sua preparação, e, seguramente, a sua melhor de sempre. É de realçar a sua prestação pois fazer pela primeira vez vinte quilómetros e em menos de 5 minutos e meio por quilómetro não é para qualquer um. Muitos dos mais novos e até mais experientes não conseguem lá chegar.
E para o fim estava guardada a maior surpresa. Quando nos preparávamos para regressar ao carro um dos atletas é interpelado por uma equipa da RTP Informação para uma pequena entrevista de circunstância. Começamos a ficar famosos. Não é que os repórteres estivessem muito à vontade nem a qualidade das perguntas exigiu um grande esforço de concentração do Tartaruga entrevistado. Mas fica para a nossa história e orgulho este momento alto que premeia o nosso esforço ao longo destes últimos seis anos.
Atletas que concluiram a prova: 2255
Vencedor:LUÍS PINTO ( Individual) - 1:03:19
GONÇALO GONÇALVES (Dorsal Nº2591)
Classificação Geral: 1447º - Classificação no Escalão: NC (Não considerado)
Classificação do Chip: 1427º
Tempo Oficial: 1:51:42/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:49:44
Tempo médio/Km: 5m:29s <=> Velocidade média: 10,94 Km/h(*)
BARTOLOMEU SANTOS (Dorsal Nº249)
Classificação Geral: 1053º - Classificação no Escalão: NC (Não considerado)
Class~ificação do Chip: 1096º
Tempo Oficial: 1:43:56/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:43:29
Tempo médio/Km: 5m:10s <=> Velocidade média: 11,60 Km/h(*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº248)
Classificação Geral: 1950º- Classificação no Escalão V50: 203º
Classificação do Chip: 1944º
Tempo Oficial: 2:05:31/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:03:34
Tempo médio/Km: 6m:11s <=> Velocidade média: 9,71 Km/h(*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº247)
Classificação Geral: 1166º - Classificação no Escalão V50: 115º
Classificação do Chip: 1230º
Tempo Oficial: 1:46:36/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:46:09
Tempo médio/Km: 5m:18s <=> Velocidade média: 11,30Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº246)
Classificação Geral: 1072º - Classificação no Escalão V55: 51º
Classificação do Chip: 1041º
Tempo Oficial: 1:44:27/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:42:30
Tempo médio/Km: 5m:08s <=> Velocidade média: 11,71Km/h (*)
JOÃO VALÉRIO (Dorsal Nº250)
Classificação Geral: 1621º - Classificação no Escalão V60: 53º
Classificação do Chip: 1596º
Tempo Oficial: 1:55:06/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:53:08
Tempo médio/Km: 5m:39s <=> Velocidade média: 10,61Km/h (*)
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