A tradição ainda é o que era.
Pela décima terceira vez inscrevi o meu nome na oficial Corrida do Fim da Europa, não esquecendo o Treino do Fim da Europa num ano em que a habitual organização não avançou com a mesma.
E nestas edições desde 2013 só falhei a de 2020 em virtude de estar em recuperação de uma cirurgia ao menisco do meu joelho esquerdo.
Mas também podia avançar que “ A tradição já não é o que era”, pois, pela primeira vez, não tive, à partida, a companhia de qualquer membro das LEBRES E TARTARUGAS. Os tempos são outros e estamos numa fase em que percorremos caminhos paralelos, desportivamente falando.
O dia começou muito cedo. Levantei-me às seis e trinta da manhã. Tal como no ano passado optei por deixar o carro na localidade de Azóia, na estrada que dá acesso ao Cabo da Roca, e apanhar o “Bus” para Sintra. Deste modo ficava resolvida a questão logística da distância entre a partida e a chegada da corrida. E pela amostra cada vez são mais os atletas a optarem por esta solução.
O percurso não muda. E ainda bem.
Apesar das condições meteorológicas verificadas nos últimos dias quando cheguei a Sintra a temperatura estava amena, para um mês de Janeiro, não chovia e o céu apresentava-se nublado, mas com nuvens altas. E vento era fenómeno que também não se sentia.
Parti por volta das dez quinze, integrado na segunda caixa de partida.
Conhecedor do percurso lanço-me com as habitais cautelas. Os primeiros dois quilómetros e meio são, seguramente, os mais exigentes. Um número significativo de atletas opta por cumprir algumas centenas de metros a andar. É nesta fase que se começam a estabelecer distâncias entre atletas e com reflexos na classificação final.
Só o “Muro” por volta dos dez quilómetros é que nos exige um esforço mental mais desafiante. A partir desse ponto é praticamente sempre a descer até à meta. Mas com cautelas…
Sensivelmente a meio do percurso as nuvens começam a descer dando lugar ao conhecido “capacete”, característica da Serra de Sintra e tão habitual quer no Inverno como no Verão.
Visitar a Serra de Sintra sem um nevoeiro mais ou menos denso é algo a que não se está muito habituado. E com nevoeiro Sintra tem mais encanto.
Apesar de manter o traçado dos anos anteriores a organização decidiu inovar na informação dos quilómetros. Assim este ano começámos por encontrar marcos não indicadores da distância percorrida, mas dos quilómetros que faltavam até à Meta.
Ficou lançada a confusão. De tal modo que até a “parede” dos dez quilómetros quase passou despercebida.
Com o Cabo da Roca em pano de fundo os muitos atletas percebem que o fim da sua aventura está próximo. E o local da meta também foi ligeiramente diferente nesta edição. Porquê não sabemos bem.
Cumpriu-se a 34ª edição daquela que é considerada provavelmente como a Prova Mais Bonita.
E, cumprindo um desejo que formulamos ano após ano, cá voltaremos na próxima edição. Espero que com mais acompanhantes e, caso possível, com estreantes nesta corrida. A ver vamos.
[Crónica de Carlos Gonçalves}
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