Quando o meu amigo Catela me desafiou a correr a Meia Maratona de S. João das Lampas imediatamente despertou em mim a vontade de marcar presença numa das mais emblemáticas provas na distância de 21,0975 quilómetros.
Há já alguns anos que me tinha desligado desta prova. Pelo meio ainda participei no Trilho das Lampas, uma prova de “Trail” disputada ao final da tarde com o grande interesse de ser disputada, em grande parte, já noite dentro.
Em fase de preparação para a Maratona de Lisboa verifiquei no meu plano de treinos que para este fim de semana específico estava prevista a participação numa Meia Maratona.
Perfeito. Tinha o pretexto para me juntar ao meu amigo/colega das LEBRES E TARTARUGAS neste fim de semana.
Num ápice formalizei a minha inscrição e organizei o meu Sábado para estar em S. João das Lampas às Cinco da Tarde.
Esta foi, é, uma prova mítica na distância da Meia Maratona.
Segundo a informação disponível na página oficial da organização a Meia Maratona de S. João das Lampas é a segunda prova mais antiga em Portugal nesta distância.
Mas outros factores contribuem para que esta Meia Maratona seja única. Contrariamente às provas de Fundo de estrada a Meia Maratona de S. João das Lampas não é uma corrida plana apresentando-se com fortes pendentes ao longo do traçado. Assemelha-se mais a uma etapa de uma prova ciclista de estrada com várias contagens para o Prémio da Montanha .Há também quem a apelide de Meia Maratona de S. João das “Rampas”. Os atletas não têm descanso ao longo de toda a corrida. A maioria dos declives marcam presença essencialmente na primeira metade da corrida até passarmos pela primeira vez pela zona da meta.
Uma prova desta natureza é também palco para competições dentro da prova principal. Após a primeira e mais desgastante subida estabelecem-se diferenças nas classificações momentâneas dos diferentes atletas. E é a hora de começar a recuperar posições. Fixa-se um, ou uma, atleta que nos deixou para trás e que, lá mais para frente, nos propomos ultrapassar. A pouco e pouco adquirimos um ritmo mais constante e só assim ganhamos ânimo para a segunda parte da corrida.
Por volta dos 13 quilómetros passamos pela zona da Meta. E como, psicologicamente , este momento pode revestir-se de algum desânimo. Vemos ali bem perto a tão desejada meta… Mas ainda não é para nós. E, para maior desespero, vemos os primeiros atletas precisamente a completarem a Meia Maratona. Como são diferentes os rtimos…
Se bem que um pouco mais acessível ainda temos algumas pequenas rampas para cumprir. Não temos descanso.
Se bem que menos exigente não podemos descansar de todo. Os últimos nove quilómetros estão longe de ser um belo passeio. Sendo a dureza uma imagem de marca desta corrida temos, por outro lado, um aspecto bem mais agradável.
Com a hora de partida marcada para as dezassete horas vamos fazer toda a prova tendo como pano de fundo o tão agradável e romântico ambiente associado ao pôr do Sol. Mais nos apetece baptizar esta corrida como Meia Maratona “Sunset” de S. João das Lampas. E com o Verão a queimar os últimos cartuchos, conseguimos, de certa maneira, escapar a temperaturas altas. Mesmo assim na primeira metade da corrida ainda se fez sentir algum calor. Mas nada de verdadeiramente insuportável.
Cada um no seu ritmo os dois atletas das LEBRES E TARTARUGAS completaram, uma vez mais, a Meia Maratona de S. João das Lampas.
Mais uma corrida para alimentar o nosso já bem recheado rol.
[Crónica de Carlos Gonçalves]
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