Na ressaca da Festa da conquista do 38º título de Campeão Nacional de Futebol pelo meu Benfica apresentei-me na Alameda Keil do Amaral, na Serra de Monsanto, para cumprir mais uma edição do Lisboa Green Trail. Desta vez a camisola oficial das LEBRES E TARTARUGAS foi substituída pela do clube do meu coração. As emoções da véspera foram de tal modo fortes que decidi fazer a minha homenagem ao meu clube, depois de ter estado no Estádio da Luz a torcer e a comemorar um título que nos escapava há quatro anos.
Que me desculpem os meus colegas de equipa. Mas como também estava sozinho considero que não fiz uma grande ofensa às Lebres e Tartarugas.
O resultado da véspera contribuiu, de sobremaneira, para me apresentar de peito cheio. Nem quero imaginar qual seria o meu estado de espírito se, por qualquer ironia do destino, o SLB visse escapar no último jogo do campeonato um título que tanto ambicionava.
A Serra de Monsanto tem vindo nos últimos anos a ocupar um espaço de eleição para os amantes do desporto, sejam as corridas de Trail, as Caminhadas ou o BTT.
O aparecimento de provas competitivas na variante de todo-o-terreno tem contribuído para que seja dado a conhecer uma miríade de trilhos outrora desconhecidos seja para a maioria dos Lisboetas seja para os habitantes dos arredores da Capital.
A Serra de Monsanto dá-nos um pouco de tudo o que os atletas de “Trail” mais gostam.
A Werun, organizadora do Lisboa Green Trail, esteve, uma vez mais, à altura das expectativas. Quase que me apetece dizer que foi uma prova cinco estrelas. A dificuldade do percurso, e refiro-me apenas ao “Trail Longo” que foi aquele em que participei, foi digna de uma prova desta categoria.
A diversidade de cenários contribuiu para que o Lisboa Green Trail fosse um êxito contribuindo para que as expectativas dos atletas fossem amplamente cumpridas.
Após a Partida no anfiteatro Keil do Amaral mergulhamos de imediato no paraíso da Serra de Monsanto.
São cada vez menos os trilhos completamente desconhecidos. E facilmente constatamos que partilhamos os trilhos da Serra de Monsanto com a classe dos amantes do BTT. Este é, cada vez mais, um dos seus “Santuários”. Existe um estado de boa convivência entre todos.
Um dos pontos mais interessantes do percurso culminou com a dupla passagem pelo Aqueduto das Águas Livres. A meio da travessia invertemos a marcha passando pelo interior do próprio aqueduto e atravessando a conduta de água que, nos seus primórdios, fazia o abastecimento a Lisboa.
O percurso do Lisboa Green Trail é um misto dos vários trilhos existentes na Serra de Monsanto. Ao longo da corrida vamos identificando as setas das diferentes rotas existentes e que fazem as delícias principalmente dos Caminheiros.
Um pormenor sempre demasiadamente importante, mas às vezes desprezado, é o da sinalização do percurso. Os atletas querem abraçar a prova, mas sem se perderem. E neste aspecto a organização esteve à altura. Quando não se vislumbrava qualquer fita bastava olhar para o chão e lá encontrávamos pedras ou raízes pintadas de um laranja bem visível. Se estas marcas não existiam só tínhamos de levantar a cabeça e procurar alguma fita sinalizadora da Werun indicando-nos que não estávamos perdidos e qual o caminho a seguir. Gratificante.
Podíamos ficar aqui a enaltecer o encanto da Serra de Monsanto. Mas o melhor mesmo é dedicarmos algumas horas de um fim de semana de descanso a percorrer algumas das várias rotas existentes. E a Serra de Monsanto tem sempre alguma surpresa à nossa espera.
Foi mais um “trail” com a presença de atletas das LEBRES E TARTARUGAS. E que se mantenha por muitos anos.
Já depois de terminada a minha participação vim a saber que um outro atleta das LEBRES E TARTARUGAS tinha participado na Corrida de Belém. Longe dos trilhos o Carlos Teixeira deu preferência a uma prova de estrada com o aliciante de começar e terminar na Pista de Atletismo do "velhinho", mas encantador, Estádio do Restelo.
[Crónica de Carlos Gonçalves]
Mais uma Corrida do 1º de Maio. Igual como sempre, bela como nunca. Provavelmente a mais bonita corrida de 15 Km.
LEBRES E TARTARUGAS sempre presentes.
Desde 2010, ano da nossa primeira participação, que os elementos da nossa equipa têm contribuído para o colorido e para a grande adesão à Corrida evocativa do Dia Mundial dos Trabalhadores.
Tal como aconteceu com todas as manifestações de índole desportiva durante a pandemia, a CGTP viu-se forçada a suspender as edições de 2020 e 2021. Pelo meio ainda realizámos uma Corrida do 1º de Maio “virtual” com seis dos nossos atletas a participarem, separadamente, cada um em seu local.
Mas logo que foi possível a Corrida do 1º de Maio foi reactivada. Temia-se que a paragem forçada levasse a que, como em outras situações, esta prova fosse suspensa durante um tempo indeterminado. Mas, felizmente, que isso não aconteceu.
A Corrida do 1º de Maio já não é o que era quando assistíamos a uma grande adesão de atletas estrangeiros. Mas os Portugueses, pelo menos os mais indefectíveis, continuam a fazer de questão de se associarem a uma prova que, apesar de ter uma carga política importante como a celebração do Dia do Trabalhador e o facto de ser organizada por uma Central Sindical umbilicalmente ligada ao Partido Comunista Português, não deixa de ter algum encanto e alguma pureza principalmente numa época em que este Partido tem cada vez menor importância e representatividade no espectro político português. Para os atletas a política está relegada para segundo plano. A tradição ainda é o que era. Ainda podemos sonhar.
“E o sonho comanda a vida”.
[Crónica de Carlos Gonçalves]
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