Quarta-feira, 23 de Novembro de 2022

OEIRAS TRAIL

Foram 20 Km de Sol, muita Lama e muitas subidas e descidas.

 

As previsões meteorológicas apontavam para um domingo com chuva elemento natural em corridas de trail e tão da preferência do nosso atleta Frederico. Aliás penso que foi com algum desalento que os nossos dois atletas partiram para esta prova. O Sol é bom, principalmente para quem se dá bem com o calor. Mas nesta altura do ano esperávamos outro tipo de condições. Mas não foi a ausência de chuva que afectou o Oeiras Trail. Até porque choveu bastante nos últimos dias contribuindo para um piso bastante lamaçento e do qual os Trailistas tanto apreciam.

 

Costuma-se dizer que em equipa que ganha não se mexe. O mesmo se aplica às organizações de eventos desportivos. Quando a fórmula resulta em sucesso não se deve mexer muito nas edições seguintes. Mas não é o que tem acontecido no Oeiras Trail.

 

Em três edições do Oeiras Trail a organização tem alterado todos os anos o percurso e a tecnicidade da corrida. Não se acomodaram arriscando à procura de um modelo que vá ao encontro do interesse dos participantes nas diferentes modalidades.

 

No que à opção do Trail 20 K+ diz respeito, que foi aquela em que se inscreveram os dois atletas da equipa das LEBRES E TARTARUGAS, a edição deste ano foi talvez a mais equilibrada.

 

Ao longo de toda a prova fomos verificando que o trajecto era substancialmente diferente do do ano passado. Apenas encontrámos alguns troços conhecidos mas que foram feitos em sentido contrário.

 

A corrida começou à hora marcada e sem as antigamente obrigatórias máscaras durante as fases mais críticas do Covid19.

 

Aos poucos a vida vai reentrando na normalidade.

 

Em andamento bastante vivo os atletas começam a atacar os 20 Km do Oeiras Trail. A partida é separada para cada distância.

 

Decorridos cerca de dois quilómetros temos um primeiro engarrafamento com o atravessamento de uma pequena ribeira imediatamente complementada com uma subida bastante exigente tendo em conta a lama existente que tornava o piso bastante escorregadio e com a necessidade de ser atacada em modo de tracção total.

 

A partir deste ponto entramos num carrocel de subidas e descidas, umas mais exigentes e outras nem tanto.

 

Por volta do quarto quilómetro temos novo congestionamento com a entrada num túnel bastante baixo. Em alguns locais quase que temos de andar de gatas para não batermos com a cabeça no tecto. Ao nosso lado direito corre um pequeno curso de água. Ainda pensámos se seria esgoto mas a ausência de qualquer cheiro levou-nos a concluir que se tratava apenas de uma linha de águas pluviais. No final desta travessia encontramos o porquê para as constantes paragens dentro do túnel. Aguardáva-nos uma pequena mas difícil escalada só possível com a ajuda de uma corda com nós estrategicamente colocada pelos Bombeiros que davam uma ajuda a quem mais dela necessitava.

 

Voltamos à superfície para, cerca de um quilómetro depois, termos o primeiro ponto de abastecimento.

 

Uma característica da prova deste ano foi o equilíbrio entre a condição física e o andamento dos atletas, sem contar com os que lutavam pelos melhores lugares da classificação. Ao longo de todo o percurso andamos praticamente sempre acompanhados o que motiva um andamento mais vivo com constantes ultrapassagens entre atletas. Um dos problemas de andar em grupo é fixarmo-nos apenas no atleta que vai mais à nossa frente descurando a observação das fitas sinalilzadoras do percurso. É um primeiro passo para nos enganarmos no caminho a seguir. Se o que vai mais à frente se engana aí vão todos os "cordeirinhos" atrás dele. E foi o que aconteceu por duas ou três vezes. Faz parte das provas de Trail.

 

Com o aproximar do fim os atletas começam a fazer a contagem decrescente dos quilómetros que ainda falta percorrer. Parece que cada quilómetro é mais comprido no final. E começa também a sensação de andarmos às voltas e aos ziguezagues até à meta. 

E só mais uma subida, logo seguida por uma descida até nova escalada antes de reentrarmos nas instalações dos Nirvana Studios.

 

Das três edições já realizadas esta foi, sem dúvida, a mais equilibrada.

 

Terminámos, uns em melhor estado, outros nem tanto.

 

Um curiosidade final.

 

O número do meu dorsal coincidia com a minha idade: 66.

 

Os astros estavam alinhados. Daí a prova ter-me corrido tão bem.

 

Se houver uma quarta edição cá estaremos de novo.

[Crónica de Carlos Gonçalves]

publicado por Carlos M Gonçalves às 23:46

link do post | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Novembro 2024

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
25
26
27
28
29
30

.posts recentes

. OEIRAS TRAIL

. TRIATLO DE S. MARTINHO DO...

. 8ºTRAIL DOS MOINHOS SALOI...

. CORRIDA DO 1º DE MAIO

. GRANDE PRÉMIO DO ATLÂNTIC...

. CORRIDA DO FIM DA EUROPA

. CORRIDA SÃO SILVESTRE DE ...

. CORK TRAIL 2023

. CORRIDA DA ÁGUA

. OEIRAS TRAIL 2023

.arquivos

. Novembro 2024

. Setembro 2024

. Junho 2024

. Maio 2024

. Fevereiro 2024

. Janeiro 2024

. Dezembro 2023

. Novembro 2023

. Outubro 2023

. Setembro 2023

. Junho 2023

. Maio 2023

. Março 2023

. Fevereiro 2023

. Janeiro 2023

. Dezembro 2022

. Novembro 2022

. Outubro 2022

. Setembro 2022

. Junho 2022

. Maio 2022

. Fevereiro 2022

. Dezembro 2021

. Novembro 2021

. Agosto 2021

. Maio 2020

. Abril 2020

. Março 2020

. Fevereiro 2020

. Janeiro 2020

. Dezembro 2019

. Novembro 2019

. Outubro 2019

. Setembro 2019

. Julho 2019

. Junho 2019

. Maio 2019

. Abril 2019

. Março 2019

. Fevereiro 2019

. Janeiro 2019

. Dezembro 2018

. Novembro 2018

. Outubro 2018

. Setembro 2018

. Julho 2018

. Junho 2018

. Maio 2018

. Abril 2018

. Março 2018

. Fevereiro 2018

. Janeiro 2018

. Dezembro 2017

. Novembro 2017

. Outubro 2017

. Setembro 2017

. Agosto 2017

. Julho 2017

. Junho 2017

. Maio 2017

. Abril 2017

. Março 2017

. Fevereiro 2017

. Janeiro 2017

. Dezembro 2016

. Novembro 2016

. Outubro 2016

. Setembro 2016

. Julho 2016

. Junho 2016

. Maio 2016

. Abril 2016

. Março 2016

. Fevereiro 2016

. Janeiro 2016

. Dezembro 2015

. Novembro 2015

. Outubro 2015

. Setembro 2015

. Agosto 2015

. Julho 2015

. Junho 2015

. Maio 2015

. Abril 2015

. Março 2015

. Fevereiro 2015

. Janeiro 2015

. Dezembro 2014

. Novembro 2014

. Outubro 2014

. Setembro 2014

. Julho 2014

. Junho 2014

. Maio 2014

. Abril 2014

. Março 2014

. Fevereiro 2014

. Janeiro 2014

. Dezembro 2013

. Novembro 2013

. Outubro 2013

. Setembro 2013

. Agosto 2013

. Julho 2013

. Junho 2013

. Maio 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Fevereiro 2013

. Janeiro 2013

. Dezembro 2012

. Novembro 2012

. Outubro 2012

. Setembro 2012

. Julho 2012

. Junho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Novembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Fevereiro 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Novembro 2009

. Outubro 2009

. Setembro 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

.links

.subscrever feeds