“The Turtles Strike again”
“As Tartarugas voltam ao ataque”
Aos poucos o calendário de provas de atletismo tenta regressar à normalidade, normalidade do pré-Covid, entenda-se.
O Grande Prémio de Natal é uma das provas de estrada mais antiga. Várias foram as edições que contaram com a participação das LEBRES E TARTARUGAS. Mas ainda perdura na nossa memória uma edição com um final dramático no qual os atletas se aglomeraram na Praça dos Restauradores com a meta à vista e tiveram de aguardar alguns minutos até poderem dar como concluída a sua prova. Estávamos também numa época em que dávamos grande importância aos tempos realizados em cada prova tendo sempre na nossa mente a queda de recordes pessoais. “O Sonho comanda a vida” e o nosso sonho era, basicamente, melhorar as nossas prestações em cada corrida.
Entretanto foram ultrapassados os constrangimentos e o Grande Prémio de Natal voltou a captar o interesse dos inúmeros atletas populares. Melhor do que ficar em casa ainda há quem prefira levantar-se um pouco mais cedo e partir à descoberta da cidade de Lisboa numa manhã fria de Dezembro tendo o Natal como “pano de fundo”.
Nos últimos anos o traçado da prova tem-se mantido inalterado. Partida junto ao Hospital da Luz mesmo em frente a um Residência “Sénior” reservada aos mais afortunados e na qual se encontravam à varanda alguns residentes a admirarem aquele cenário. Provavelmente alguns deles também já tinham estado há alguns anos na nossa privilegiada condição de atletas. “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as vontades”. Mudam-se as nossas capacidades mas não se muda o nosso espírito jovem.
A tradição ainda é o que era. A equipa das LEBRES E TARTARUGAS volta a marcar presença no Grande Prémio de Natal.
Uma corrida em que os locais de partida e de chegada são diferentes e distantes obriga a uma logística especial. Deixar o carro perto da zona da meta ou, antes, ir directamente para o local da partida e, no final, optar por regressar via transportes públicos. São normalmente estas as opções. Havia ainda uma terceira via na qual deixaríamos um carro perto do final da prova e ir noutro até à partida.
Perto das nove e meia da manhã os Carlos encontraram-se no Príncipe Real mesmo à porta do Pavilhão Chinês. Aí ficaram a aguardar pelo Frederico e pela Paula. E foi então que decidiram ir para a zona do Colombo utilizando a linha azul do Metropolitano de Lisboa, já que as viagens eram à borla para quem ostentasse o dorsal da Corrida. Foi rápido, simples e eficaz. Uma boa opção, sem dúvida. Como chegámos em cima da hora da partida não houve oportunidade para a nossa habitual foto de grupo. Também faltava o nosso atleta João Valério que também se tinha inscrito no Grande Prémio de Natal mas que “correu” fora do convívio dos restantes Tartarugas.
Os atletas teriam de partir num bloco respeitante ao seu escalão de tempo. Todos estávamos escalados para o compartimento Sub60. No entanto como a Paula também iria participar na corrida o Frederico optou por partir no final do pelotão e, assim, acompanhar a sua “mais que tudo” ao longo dos dez quilómetros do percurso.
A manhã apresentava-se bastante ensolarada e com algum frio, mas propícia à realização de uma boa prestação.
A confusão do costume durante os primeiros quilómetros. O percurso começava uma vez mais nas imediações de Carnide com uma terrível subida até chegarmos ao Colégio Militar. Começam as primeiras fracturas no denso pelotão. Passando pelo complexo desportivo do Sporting Clube de Portugal vamos encontrar o eixo Campo Grande/Saldanha/Marquês de Pombal/Restauradores já bem nosso conhecido.
O “sobe e desce” ao longo dos túneis da Avenida da República é ultrapassado com o “Rebuçado” dos dois últimos quilómetros vertiginosos e sempre a descer até à meta.
Ao longo da corrida temos o habitual incentivo do público premiando com palmas e gritos de apoio o esforço dos atletas.
A Meta vislumbra-se desde a passagem pela Praça do Marquês de Pombal.
Um último esforço permite a ultrapassagem de alguns atletas que seguiam “teimosamente” à nossa frente.
Terminada a Corrida reencontraram-se o Carlos Teixeira e o Carlos Gonçalves. A prova tinha decorrido dentro das suas expectativas, sem o fulgor de outros tempos é certo, mas, mesmo assim, com um desempenho digno de registo. Foram dez quilómetros feitos abaixo da hora. Nada mau.
Como o Frederico e a Paula esperavam fazer a prova a um ritmo substancialmente inferior, combinámos logo de início não esperar pelo “Casalinho”. Do João Valério nem vislumbre.
Depois de concluído o Grande Prémio do Natal tínhamos ainda pela frente a dura subida do Elevador da Glória desde os Restauradores até São Pedro de Alcântara. Mesmo a passo foi difícil.
Chegados ao ponto de encontro do início da manhã os dois atletas regressam a casa para aproveitar o que ainda faltava do Fim de Semana. Provavelmente para fazerem mais algumas compras de Natal.
Segue-se a São Silvestre de Lisboa para o Frederico e para o Gonçalo.
A menos que ainda nos venhamos a inscrever em alguma prova no mês de Janeiro, talvez a Grande Prova do Camarnal com sugerimos caso esta se venha a realizar, espera-nos a mítica Corrida do Fim da Europa que foi deslocada para o início de Fevereiro.
A equipa das LEBRES E TARTARUGAS continua bem viva e para as curvas.
Aguardemos pelos próximos eventos.
[Crónica de Carlos Gonçalves]
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