Sexta-feira, 31 de Maio de 2019

Lx Trail Monsanto

Pelo segundo ano consecutivo a ala mais “trailista” da nossa equipa compareceu à chamada para mais uma edição do Lx Trail Monsanto, na modalidade de mais de vinte quilómetros.

Não há provas ideais. Mas este “Trail”, disputado na Serra de Monsanto, é, seguramente, uma das corridas da modalidade de “Trail Running” que mais se aproxima daquele objectivo. O cenário envolvente é grandioso, digamos mesmo que paradisíaco. Uma vegetação luxuriante, com árvores bastante frondosas, mostra-nos a natureza em estado quase puro. O ecossistema da Serra de Monsanto tem conseguido manter-se de alguma forma preservado e, por enquanto, a salvo dos “crimes” ambientais que têm sido cometidos um pouco por toda as zonas verdes. E, para além da beleza natural envolvente, conseguimos ter uma prova com sombra em praticamente todo o percurso, pormenor nada desprezável numa altura em que as temperaturas têm subido bastante prenunciando um Estio que se aproxima a passos largos.

As organizações das provas estão cada vez mais profissionalizadas, e nós também. Há muito que todas aquelas tarefas de ordem logística, desde o estacionar o carro, levantar os “kits” de participação e encontrarmo-nos, deixou de ser um drama. Agora tudo flui muito mais naturalmente.

Os ponteiros do relógio marcavam as nove da manhã quando o Frederico aparece na Avenida da Universidade Técnica, no Campus Universitário da Ajuda, montado na sua “acelera” que faz as delícias para contornar o trânsito da cidade de Lisboa nos trajectos casa/trabalho e vice-versa. Está completamente rendido a esta mais recente aquisição. Trocados os cumprimentos habituais, e depois de devidamente equipados e com o dorsal bem à vista, os dois atletas cumprem as poucas centenas de metros até ao local da partida com a vantagem de ser sempre a descer. Foi o nosso aquecimento inicial. Mas não precisávamos de nos esforçar muito pois quentes já nós estávamos em virtude da temperatura que já se fazia sentir àquela hora.Tudo levava a crer que iríamos ter um percurso muito idêntico ao do ano passado, com os mesmos locais de Partida e de Chegada. No entanto muitas foram as novidades introduzidas na edição deste ano.

Passavam trinta minutos das nove e meia da manhã, ou um pouco mais, e inicia-se o Trail Longo. Aguardavam-nos mais de vinte quilómetros pelas entranhas da Serra de Monsanto. Para começar bem temos logo a já nossa sobejamente conhecida subida desde o campo de jogos do Rio Sêco até começarmos a incursão pelos vários trilhos e “single treks” que nos iriam ser “servidos” com toda a pompa e circunstância. O Federico aplica a sua táctica das provas de trail: começar o mais atrás possível e vencer os primeiros obstáculos a andar para não se desgastar inutilmente logo no princípio. Alguns dos locais de passagem já nos eram familiares, fosse de outras provas ou da edição de 2018. Mas a Serra de Monsanto tem uma infinidade de caminhos alternativos que permite às organizações montarem percursos praticamente novos todos os anos. É todo um Mundo novo a descobrir. Podemos andar horas sem repetir caminhos. Pelo meio cruzamo-nos com alguns dos muitos BTTistas que habitualmente escolhem estes trilhos para praticarem a sua modalidade preferida. Por vezes têm de parar para darem passagem aos corredores. E, aqui e além, vamos também encontrar caminheiros, isolados ou em grupo, a disfrutarem de um agradável e saudável passeio no meio desta magnífica zona verde. Há espaço para todos. E também começamos a ser ultrapassados pelos participantes no Trail Curto nos troços comuns às duas provas.

Há momentos em que nos sentimos completamente perdidos. De vez em quando tomamos contacto com a civilização quando temos de atravessar alguma estrada para seguirmos o nosso caminho. Como também é habitual em corridas desta natureza os atletas começam de forma espontânea a organizarem-se em pequenos grupos puxando uns pelos outros e, muito importante, evitando seguirem por caminhos errados quando a sinalização não está bem visível. Mesmo assim ainda houve alguns “desvios” do traçado correcto.

A prova vai avançando ao ritmo de cada um. De vez em quando os dois Tartarugas encontram-se com o Frederico a reclamar com o calor que se fazia sentir. Em situação diametralmente oposta o Carlos Gonçalves sentia-se como peixe na água. Há muito tempo que ansiava por um Trail com calor, muito calor mesmo caso fosse possível. Os dois atletas já só se voltam a encontrar na meta.
Este Lx Trail Monsanto teve tudo, e do bom. Desde algumas subidas mais longas para atestar a resistência dos atletas até escaladas de natureza bem mais técnica para colocarem à prova a destreza e alguma habilidade. E algumas, poucas descidas onde o maior cuidado era de evitar tropeçar nalguma raíz mais escondida que poderia provocar uma queda espalhafatosa e de consequências mais imprevisíveis. É, certamente, uma prova a repetir em 2020. Esperamos que se mantenha no muito concorrido calendário de Trail Running.

Felizes e contentes os dois membros das LEBRES E TARTARUGAS regressam às suas casas. O Carlos Gonçalves ainda tenta convencer o Frederico a acompanhá-lo em mais alguns trail a realizar nos próximos meses de Junho e Julho.

Veremos...

[Crónica de Carlos Gonçalves]

 

Vencedor: JOSÉ GASPAR (WeRun): 1:36:11

 Atletas que concluiram a Prova: 240

Atletas Dorsal Escalão

Classificação Geral

Classificação Escalão

Tempo Oficial Tempo Líquido

Ritmo min/Km

Velocidade Km/h

Carlos Gonçalves
135
M6099
197º

3:05:10
3:05:10
8:25
7,13
Frederico Sousa
136
M5564
213º
12º
3:13:19
3:12:49
8:46
6,85

NOTA: O Ritmo e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos líquidos

Corridas do Mês de Maio

  • 1- Corrida do 1º de Maio (Lisboa ) - 15 Km
  • 5 - Meia Maratona de Setúbal (Setúbal)- 21,0975 Km
  • 12 - Corrida de Belém (Lisboa) - 10 Km
  • 26 - Lx Trail Monsanto (Lisboa) - 20 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 23:32

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Quarta-feira, 15 de Maio de 2019

CORRIDA DE BELÉM

Com partida e chegada no Estádio do Restelo realizou-se mais uma edição da corrida de Belém.

 

Lebres e Tartarugas representados por : Carlos Teixeira e Frederico Sousa.

 

No dia da corrida registava-se uma temperatura elevada para a altura do ano às 9h30m era de 23,5 graus.

 

A corrida iniciou-se na pista de um degradado estádio do Restelo onde mais tarde se festejaria a subida de divisão do Clube Futebol os Belenenses num derby com o Estrela da Amadora.

 

O percurso foi igual ao de 2018 sendo a maior parte da prova disputada na marginal e o maior desafio a subida entre o oitavo e nono quilómetro em plena zona do restelo.

 

Não é uma prova para fazer grandes tempos, nem de grande interesse, mas foi bom para perder calorias e adicionar mais uma corrida ao nosso historial.

 

De lamentar o insuficiente fornecimento de água face ao calor que se fazia sentir, mas também de salientar a promoção de algumas iniciativas de proteção ao nosso detorado ambiente.

 

Comparativamente com o ano anterior houve um aumento significativo dos atletas que completaram a prova mais 257 (895 em 2019 contra 640 em 2018) o que é uma excelente evolução.

[Crónica de Carlos Teixeira]

 

Vencedor: PEDRO ARSÉNIO (Os Belenenses): 0:31:42

 Atletas que concluiram a Prova: 895

Atletas Dorsal Escalão

Classificação Geral

Classificação Escalão

Tempo Oficial Tempo Líquido

Ritmo min/Km

Velocidade Km/h

Frederico Sousa
944
M5564
582º
56º
1:00:25
1:00:05
6:01
9,99
Carlos Teixeira
945
M5564
214º
16º
0:49:16
0:48:58
4:54
12,25

NOTA: O Ritmo e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos líquidos

Corridas do Mês de Maio

  • 1- Corrida do 1º de Maio (Lisboa ) - 15 Km
  • 5 - Meia Maratona de Setúbal (Setúbal)- 21,0975 Km
  • 12 -Corrida de Belém (Lisboa) - 10 Km
  • 26 - Lx Trail Monsanto (Lisboa) - 20 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 22:14

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Quinta-feira, 9 de Maio de 2019

MEIA MARATONA DE SETÚBAL

Disputou-se mais uma edição da Alegro meia-maratona de Setúbal no passado dia 5 de Maio, um Domingo muito importante porque coincidiu com o dia da Mãe.

 

Nos últimos anos a participação dos Lebres e Tartarugas tem-se reduzido à presença do Carlos Teixeira, os outros Tartarugas não têm mostrado grande interesse em voltar a Setúbal.

 

No passado com o antigo traçado esta meia-maratona não era de facto muito interessante para além de quase sempre coincidir com dias de calor.

 

Nos últimos anos com a inclusão de uma parte do percurso na Serra da Arrábida a corrida tornou-se mais bonita, menos aborrecida mas também mais difícil.

 

Das meias-maratonas que se disputam em Lisboa e arredores a meia maratona de Setúbal será por certo das mais difíceis ao nível de por exemplo São João das Lampas.

 

Quando me dirigi para Setúbal ia um pouco apreensivo face ao calor que se fez sentir nos últimos dias antes da prova e às dificuldades que iria encontrar na mesma, num período em que não tenho tido possibilidades de treinar adequadamente.

 

Ao chegar a Setúbal dirigi-me para o Centro Comercial Alegro onde a organização tinha reservado um parque para os atletas poderem estacionar os respetivos veículos, depois calmamente ainda deu tempo para antes da prova, levantar o dorsal, beber um café , cumprir as necessidades fisiológicas e efetuar um aquecimento de dez minutos.

 

Mais uma vez a patrona da prova foi a pequena Isabel Silva apresentadora da TV e vencedora da edição de 2017, a partida foi dada pela Presidente da Câmara de Setúbal.

 

A Temperatura estava quente mas mesmo assim tolerável uma vez que o céu estava com algumas nuvens que em certos momentos encobriam o sol e soprava igualmente um vento agradável.

 

A prova iniciou-se no centro comercial Alegro seguindo na direção de Lisboa ao chegar à rotunda virou-se para a direita e depois foi um sobe e desce constante (mais a descer felizmente) até se chegar ao rio Sado. Depois de atingido o Rio seguiu-se na direção da Luísa Tody  e aos 5km atingiu-se o carismático estádio do Bonfim. Passado o Estádio foram dois longos kms quase sempre a subir e depois retornou-se a descer passando novamente por aquele local, sendo o km 10  atingido em nova passagem pela Avenida Luisa Tody. Depois de deixarmos a principal Avenida de Setúbal um pouco antes do Km 11 entrou-se em plena serra da Arrábida. Na Serra entre os Kms 11/12 e 15/16 enfrentou-se provavelmente as subidas mais difíceis de toda a prova.

 

Uma agradável descida adornada por uma excelente paisagem entre o km 16 e o 17,5 km trouxe-nos de regresso ao Centro de Setúbal com os dois últimos kms a disputarem-se na Avenida Tody onde estava instalada a meta.

 

De salientar qua a organização disponibilizou autocarros para transportar os atletas da Avenida Tody ao Centro Comercial Alegro.

 

Deixando os meus parabéns à organização e desejando que continuem a melhorar, ficou completada a minha 307ª corrida e a meia-maratona nº 51.

[Crónica de Carlos Teixeira]

 

Vencedor: MARCO MIGUEL (Clube de Praças da Armada): 1:11:54

 Atletas que concluiram a Prova: 387

Atletas Dorsal Escalão

Classificação Geral

Classificação Escalão

Tempo Oficial Tempo Líquido

Ritmo min/Km

Velocidade Km/h

Carlos Teixeira
255
V55
178º
10º
1:49:23
1:49:12
5:11
11,59

NOTA: O Ritmo e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos líquidos

Corridas do Mês de Maio

  • 1- Corrida do 1º de Maio (Lisboa ) - 15 Km
  • 5 - Meia Maratona de Setúbal (Setúbal)- 21,0975 Km
  • 26 - Lx Trail Monsanto (Lisboa) - 20 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 12:31

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CORRIDA DO 1º DE MAIO

1º de Maio. Dia do Trabalhador.

 

Cada um celebra esta data à sua maneira. De alguma maneira todos nós somos, ou fomos, Trabalhadores pelo que este dia é nosso, é de todos. Muitas são as formas encontradas por cada um para comemorar este dia mundialmente reconhecido. Ele há concertos com intérpretes bastante ligados ao período revolucionário que se seguiu ao 25 de Abril e que aproveitam estes espectáculos para recordar as canções mais emblemáticas do antes e do após a revolução dos cravos. Há também manifestações de rua, normalmente com desfiles, que invariavelmente terminam num qualquer comício alusivo ao Dia do Trabalhador.

E há também aqueles que optam por celebrar este dia praticando desporto, uma das suas “profissões” de eleição. E foi isto que aconteceu, uma vez mais, com os Fundadores das LEBRES E TARTARUGAS. O quarto Veterano Maratonista e herói de Sevilha – João Valério – desistiu à última hora.

 

A Corrida do 1º de Maio, anualmente organizada pela CGTP/União dos Sindicatos de Lisboa, é um caso especial de popularidade no actual panorama das provas de Corridas do Atletismo Popular, com a adesão de mais de um milhar de atletas. Nos últimos anos tem vindo a perder algum fulgor com uma queda contínua no número de participantes. Se olharmos para os últimos dez anos, que coincidem com a explosão do “running” em Portugal, temos um crescimento contínuo desde 882 atletas até ao pico de 1550 em 2014. De então para cá tem sido sempre a descer até aos 1043 corredores que concluíram a edição deste ano. Este facto foi, de algum modo, perceptível antes e durante a corrida, nomeadamente pelo menor número de atletas estrangeiros que habitualmente costumam visitar Lisboa nesta altura do ano e aproveitam para participar nesta Corrida.

 

A oferta de provas é actualmente grande pelo que alguns atletas começam a experimentar novas corridas. Mas, mesmo assim, a Corrida do 1º de Maio continua a ocupar um lugar muito particular e imprescindível no calendário desportivo das LEBRES E TARTARUGAS.

 

É interessante verificar como uma prova que já vai na 38ª edição, praticamente sem alterações nos últimos anos, ainda consegue cativar mas de um milhar de atletas. O segredo talvez esteja na distância de quinze quilómetros, que não é muito habitual, ficando a meio caminho entres os tradicionais dez quilómetros e a Meia Maratona.

 

A Corrida do 1º de Maio tem sabido, de algum modo, resistir à erosão da sua longa vida, mantendo uma qualidade de organização acima da média e, sobretudo, com um muito competitivo preço das inscrições de seis euros, valor este muito abaixo do que é comummente praticado em corridas de dez quilómetros. E, no lugar da habitual t-shirt técnica que nos oferecem na maioria das provas, temos direito à tão saudada camisola em algodão, muito útil para usarmos em casa, em tarefas de jardinagem, para levarmos para a Praia ou, tão só, para dormirmos com ela.

 

Esta prova tem uma logística muito boa. Senão vejamos:

 

  • Partida e Chegada no mesmo local
  • Boa acessibilidade devido à existência muito perto de Estações de Metro e dos comboios suburbanos
  • O estacionamento automóvel é mais complicado por estarmos numa zona predominantemente residencial; mas, se chegarmos cedo, e com alguma paciência, lá arranjamos um “buraquito" para metermos o nosso carro.

 

O percurso também é fácil de descrever:

 

  • Partida na Pista de Atletismo do Estádio 1º de Maio
  • Saída do recinto pela Avenida Rio de Janeiro em direcção á Avenida do Brasil
  • Chegados ao Campo Grande iniciamos o trajecto dos túneis da Avenida da República; sempre a subir até ao Saldanha após o que iniciamos a longa descida até ao Terreiro do Paço
  • Viramos à esquerda – não se esqueçam que estamos no dia do Trabalhador - e seguimos pela Rua da Prata rumo à Praça da Figueira
  • Após passarmos pelo Martim Moniz encetamos a longa subida até ao Areeiro; curioso como este troço cada vez nos parece mais fáci
  • Avenida João XXI, Avenida de Roma até virar, desta vez à direita, na Avenida da Igreja
  • No final reentramos na Avenida Rio de Janeiro, damos uma volta final para inversão da marcha e, finalmente, regressamos ao Estádio 1º de Maio, que, após darmos meia volta à Pista cruzamos a linha de Chegada.

Pelo meio tivemos três abastecimentos de água, bem necessários para compensar o algum calor que se fez sentir. E pelo caminho ainda pudémos encontrar e ultrapassar uma lenda viva do atletismo Português. Armanda Aldegalega, o bem conhecido atleta do Sporting Clube de Portugal, ainda anda nestas provas apesar dos seus quase oitenta e dois anos. Mesmo regressado de uma lesão fez questão de participar nesta emblemática corrida acompanhado da sua colega de equipa Luzia Dias.

 

Tudo na mesma como em anos anteriores. Os Tartarugas aguardam uns pelos outros no relvado sintéctico do Campo de Futebol principal. Após a recuperação, e os necessários alongamentos musculares, cada um segue à sua vida com a certeza de que regressaremos em 2020.

 

Entramos agora numa fase em que coexistirão provas de Trail com corridas de estrada. Provavelmente os três Fundadores da equipa das LEBRES E TARTARUGAS só se voltarão a reunir lá mais para o final do ano.

[Crónica de Carlos Gonçalves]

 

Vencedor: PEDRO ARSÉNIO (CF Os Belenenses): 0:48:21

 Atletas que concluiram a Prova: 1043

Atletas Dorsal Escalão

Classificação Geral

Classificação Escalão

Tempo Oficial Tempo Líquido

Ritmo min/Km

Velocidade Km/h

Carlos Gonçalves 518 M6064 620º 34º 1:23:24 1:22:54 5:32 10,86
Carlos Teixeira
519
M5559
423º
26º
1:17:12
1:16:44
5:07
11,73
Frederico Sousa
520
M5559
826º
72º
1:31:03
1:30:32
6:02
9,94

NOTA: O Ritmo e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos líquidos

Corridas do Mês de Maio

  • 1- Corrida do 1º de Maio (Lisboa ) - 15 Km
  • 5 - Meia Maratona de Setúbal (Setúbal)- 21,0975 Km
  • 26 - Lx Trail Monsanto (Lisboa) - 20 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 10:35

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Sexta-feira, 3 de Maio de 2019

30 KMS VALE DOS BARRIS

O Parque Natural da Serra da Arrábida já não é um “santuário” exclusivo dos BTTistas. Há muito tempo que esta zona tem vindo a ser explorada pelos amantes da Caminhada que vão descobrindo os encantos de uma zona que ainda se consegue manter preservada apesar dos crimes que têm vindo a ser cometidos com as construções de algumas habitações de fim-de-semana ameaçando o equilíbrio paisagístico da zona.

 

Mais recentemente são as corridas de trilhos que começam igualmente a reivindicar a abertura da Arrábida aos amantes desta modalidade passando a desfrutar da grande variedade de trilhos originariamente ocupados pelas Bicicletas de Todo o Terreno.

 

Ávido de experimentar novos desafios o nosso Tartaruga Carlos Gonçalves decidiu inscrever-se na edição de 2009 dos 30 KMS de Vale dos Barris. À escolha dos atletas a organização disponibilizou três modalidades de participação:

 

·         Trail Longo 20K+ com cerca de 30 quilómetros

·         Trail Curto 12K+ com 15 quilómetros

·         Caminhada com 10 quilómetros

 

Depois de divulgar no grupo de WhattsApp das LEBRES E TARTARUGAS a realização dos 30 KMS do Vale dos Barris foi o seu filho Gonçalo a mostrar-se entusiasmado com a prova decidindo-se a participar no trail curto, então com uma distância de 12 quilómetros. E também se juntaram ao nosso grupo a Catarina e a Loubna, uma estreante nestas andanças e tornando-se desde logo a nossa mais recente aquisição, para participarem na Caminhada. De uma assentada a nossa equipa apresentar-se-ia em Setúbal com uma equipa mais alargada e, simultaneamente, apresentava ao “mundo” a mais recente contratação, Loubna Kerfah. Faltou ainda a nossa “treinadora” que teve de desistir à última hora devido a problemas de coluna que a aconselharam a desistir desta Caminhada.

 IMG_20190428_085320.jpg

Foi também a nossa estreia numa nova prova e num novo local. Apesar de ser já conhecido dos nossos trailistas em passeios de BTT foi a primeira vez que rumámos até à Arrábida para participar em corridas de Trail.

 

Numa manhã solarenga e a cheirar a Verão chegámos ao local da partida das várias provas mesmo a tempo de cumprir as habituais formalidades. A animação era, como é habitual, bastante grande. Todavia grande não era o número de caras conhecidas.

 

As partidas, bem como os respectivos “briefings, foram individualizados para cada modalidade de participação. Primeiro largaram os atletas do Trail Longo. Quase meia hora depois partem os participantes no trail curto. Só mais tarde é que partiriam os “Caminheiros”.

 

Finalmente um dia de calor. Era este o pensamento, e o regozijo, do Carlos Gonçalves. Já está um pouco farto do frio, do vento e da chuva que tem caracterizado os últimos “trails” em que tem participado. É lógico que este não era o sentimento geral. Mas, felizmente para a maioria, que as zonas de sombras abundavam ao longo de todo o percurso.

 

As diversas provas começam logo com umas subidas respeitáveis. Alguns menos experientes lançam-se num ritmo talvez demasiado intenso para as suas capacidades. E mais à frente começam logo a pagar a factura.

 

Após as primeiras subidas segue-se um longo período descendente. O Gonçalo interpela-me sobre o que virá a seguir. Pois. Lá mais para a frente iremos certamente ter o reverso da medalha.

 

“Pai. Não te preocupes comigo. Vai no teu ritmo. Haveremos de nos encontrar no fim”. Estas eram as palavras do meu filho, ao que eu lhe respondia que era melhor ser ele a não ficar à minha espera e que seguisse no seu ritmo. Aliás foi o que se veio a verificar.

 

Aos cinco quilómetros temos o primeiro abastecimento de líquidos e de sólidos. Não seria mau não fosse o caso de vir a ser o ÚNICO abastecimento. Numa prova de trail de 15 quilómetros exige-se pelo menos mais um abastecimento, nem que seja apenas de líquidos tendo em consideração o calor que se esperava para este dia. Esta foi talvez a maior falha da organização.

 

Ao longo do nosso caminho fomos encontrando alguns praticantes de Bicicleta de Montanha. Normal dado que estávamos a ocupar alguns dos mais populares trilhos desta zona. Aqui e ali vamos avistando os Caminheiros. Depois de termos feitos alguns metros ao longo da Nacional 10, perto da Aldeia Grande, os atletas são postos à prova numa descida altamente técnica. Só os mais experientes, e os dotados de calçado próprio, é que conseguem passar quase incólumes por este desafio. O Gonçalo, de repente, quase leva com uma atleta que ameaça aterrar em cima dele tal era o descontrolo em que vinha. Lá se conseguiu agarrar a uns ramos e evitar uma queda de consequências bem imprevisíveis.

 

Prova de trilhos sem passagem por uma ribeira não é digna do seu nome. E, numa destas passagens, temos de dar uma “mãozinha” extra às atletas que sentem alguma dificuldade para vencer os obstáculos de subida para o trilho logo após terem refrescado os pés. É o cavalheirismo e espírito de entreajuda no seu maior expoente.

 

Por volta dos dez quilómetros, e já no regresso ao local da partida, vamos enfrentar as maiores e mais desgastantes escaladas, duras mesmo quando as fazemos em cima de uma bicicleta. Fala a experiência.

 

Uma hora e cinquenta depois da partida o Carlos Gonçalves entra no Pavilhão Gimnodesportivo onde está instalada a Meta. Há mais de quinze minutos que o Gonçalo tinha chegado e aguardava ansiosamente pelo seu Pai.

 

Conversam sobre a prova que fizeram bem abaixo das duas horas que tinham previsto antes da partida.

 

Começam a chegar os primeiros Caminheiros. Os olhos dos dois trailistas fixam-se na zona de entrada por onde tinham passado há alguns minutos e por onde passariam a Catarina e a Loubna.

 

O Pedro, a Ana Luísa e o AFONSO já tinham chegado ao Pavilhão. Mesmo a tempo de presenciarem a chegada das Caminheiras. O Afonso, vendo a Mãe Catarina, corre para ela cortando a meta ao seu colo. De aqui por uns anos talvez vejamos este “Miúdo” nestas andanças.

 IMG_20190428_122024.jpgIMG_20190428_122032.jpg

Todos os nossos atletas estiveram em grande nível. No entanto é de inteira justiça salientar a prestação do Gonçalo que, na sua primeira prova de trail, ficou classificado na primeira metade da tabela. Certamente que angariámos mais um adepto desta modalidade. Como confidenciou ao Pai ao longo dos primeiros quilómetros “este tipo de corridas é muito mais giro do que as provas de estrada”. Diz tudo.

 IMG_20190428_122734.jpg

Depois do banho retemperador seguiu-se um bem merecido almoço de Choco Frito em Setúbal. A Loubna estava de tal modo contente que agora já quer fazer uma Caminhada Noturna. Temos aqui também uma nova entusiasta das LEBRES E TARTARUGAS.

 

O futuro da nossa equipa augura-se brilhante e bastante promissor.

[Crónica de Carlos Gonçalves]

 

Vencedor: PAULO GOMES (AminhaCorrida/MyProtein): 1:00:59

 Atletas que concluiram a Prova: 241

AtletasDorsalEscalão

Classificação Geral

Classificação Escalão

Tempo OficialTempo Líquido

Ritmo min/Km

Velocidade Km/h

Carlos Gonçalves692M6099149º1:50:241:50:247:228,15
Gonçalo Gonçalves
693
M2439
84º
31º
1:35:18
1:34:57
6:20
9,48

NOTA: O Ritmo e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos líquidos

 

Corridas do Mês de Abril

  • 14- 20 Km da Marginal (Cascais/Lisboa )- 20 Km
  • 14- 20 Km da Marginal (Cascais/Lisboa )- 20 Km
  • 14 - Trilhos do Almourol  (Entroncamento) - 25 Km
  • 28 - 30 Km Vale dos Barris(Serra da Arrábida) - 15 Km

Calendário para o Mês de Maio (sujeito a alterações)

  • 1- Corrida do 1º de Maio (Lisboa )- 15 Km
  • 5 - Meia Maratona de Setúbal (Setúbal)- 21,0975 Km
  • 11 - Trilho das Lampas (S. João das Lampas) - 20 Km
  • 26 - Lx Trail Monsanto (Lisboa) - 20 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 17:59

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