Para o Frederico foi mais uma Corre Jamor. Para o Carlos Gonçalves foi uma estreia. E que estreia já que esta prova, com um misto de vários pisos, excedeu largamente as suas expectativas tendo afirmado no final que é para repetir.
Eram quase dez e meia da noite de Sábado quando o Frederico lança o alerta no WhatsApp das Lebres e Tartarugas: “Alguém vai amanhã à Corrida do Jamor?” Resposta imediata de um dos Tartarugas: “Ainda se podem fazer inscrições?”
De imediato o Carlos Gonçalves “correu” para a página oficial do evento e, verificando que as inscrições ainda se encontravam abertas, tratou logo de assegurar a companhia ao Frederico a quem se apressou a comunicar a situação.
E foi assim que, num domingo bastante chuvoso, os nossos dois atletas rumaram ao Estádio Nacional para a nona edição da Corre Jamor. Durante o caminho o Frederico informou ainda o seu colega de que, após terminar a corrida, seguiria directamente para a casa a correr, dando cumprimento ao Plano de Treinos que já encetou tendo como objectivo a participação na Maratona de Sevilha.
Antes das dez horas, e depois de um programa de aquecimento orientado por uma Monitora, é feito um minuto de silêncio, a pedido do Clube Olímpico de Oeiras, em homenagem ao Triatleta Luís Grilo recentemente desparecido. Foi arrepiante. O silêncio foi total, como nem sempre tem sido hábito neste tipo de situações.
Feita a homenagem dá-se início à contagem decrescente para o início da prova. Cinco, quatro, três, dois, um e PARTIDA. Os atletas cumprem a volta à magnífica Pista de Atletismo do imponente Estádio Nacional. Por mais de uma vez que temos elogiado todas as corridas com partida e chegada numa Pista de Atletismo de um qualquer Estádio de Futebol. Por momentos sentimo-nos como verdadeiros atletas do Olimpo.
Saídos do Estádio Nacional cumprimos uma primeira fase deambulando pelos caminhos do Complexo Desportivo do Jamor rumo à zona da Pista de Canoagem. É como que a fase de aquecimento em corrida e durante a qual experimentamos diversos tipos de Piso. Como a chuva e humidade persistiam todo o cuidado era pouco. De regresso à Praça da Maratona cumprem-se os primeiros três quilómetros. E começa a fase mais importante da Corrida Corre Jamor. Entramos em regime de trilhos que, sem ser demasiado exigente, impõe alguma atenção tendo em consideração a irregularidade do Piso. É mais corta-mato do que “trail” mas é bem melhor do que correr em alcatrão. Sem que nos apercebamos estamos a correr em direcção ao mar. Do lado direito perfila-se a Capela do Alto da Boa Viagem. E continuamos pelo interior da mata do Jamor. A lama começa a dar os primeiros sinais dificultando a progressão dos atletas. Os mais prevenidos optaram por usar sapatilhas de Todo o Terreno que vieram, mais tarde, a verificar-se muito eficazes em segmentos de descidas mais acentuadas e, sobretudo, mais enlameadas.
Faltam dois quilómetros para chegarmos à Meta. Damos uma volta de honra pela parte superior das bancadas do Estádio após a qual somos de novo devolvidos ao corta-mato.
Estamos no último quilómetro. De regresso à Pista de Atletismo temos escassos duzentos metros de pista de tartan para cumprir até à meta. Como sempre é a altura de um último “sprint” e de fazer as derradeiras ultrapassagens.
Tendo terminado a sua prestação o Carlos Gonçalves efectua os habituais exercícios de alongamentos enquanto vê o Frederico entrar na Pista. Já sabia de antemão que o seu colega iria imprimir um ritmo mais de treino. Ao passar pela Meta os dois Tartarugas cumprimentam-se e cada um segue o seu caminho. O Frederico irá continuar a correr até casa. O Carlos seguirá na sua viatura.
Valeu a pena e, como já se afirmou, excedeu largamente as expectativas do Tartaruga estreante.
Para o ano há mais. Mas até Fevereiro todos os Tartarugas continuarão, ou encetarão, um “rigoroso” (tanto quanto possível) plano de preparação para os quarenta e dois quilómetros, e alguns metros, que nos esperam em Sevilha já no próximo mês de Fevereiro.
[Crónica de Carlos Gonçalves]
Vencedor: NUNO ROCHA (Individual): 0:36:09
Atletas que concluiram a Prova: 716
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 708)
Classificação Geral: 550º - Classificação no Escalão: Não considerado por estar inscrito como Jún ior M
Tempo Oficial: 1:04:05/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:03:38
Tempo médio/Km: 6m:22s <=> Velocidade média: 9,43Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 1179)
Classificação Geral: 512º - Classificação no Escalão V60: 19º
Tempo Oficial: 1:01:54/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:01:26
Tempo médio/Km: 6m:09s <=> Velocidade média: 9,77Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Novembro
A Corrida da Água é uma das muitas provas em que nada muda, pelo menos de modo substancial, de ano para e que continua a atrair largas centenas de atletas.
Em contraste com o Trail da Real Tapada desta vez encontrámos muitas caras conhecidas e que costumam marcar presença em provas de dez quilómetros que se disputam na zona de Lisboa.
O percurso tem-se mantido inalterável desde a partida junto ao Parque do Calhau, passagem pela Ciclovia ao longo da Radial de Benfica, até atacarmos aquela inclinada e interminável subida até ao alto de Campolide. Para premiar o nosso esforço temos, no final, os melhores dois quilómetros de toda a prova. Um deles é gasto a percorrer o Aqueduto das Águas Livres, permitindo-nos disfrutar de umas vistas sobre o Vale de Alcântara não disponíveis de qualquer outro local. Os últimos mil metros são cumpridos dentro da Mata de Monsanto num ambiente bem mais agradável do que o alcatrão.
Sendo a Corrida da Água tendo sido exactamente neste aspecto que se tem revelado o ponto mais fraco com apenas um abastecimento e numa zona de estreitamento da pista junto aos Pupilos do Exército. Vá lá que este ano as coisas melhoraram um pouco já que houve entrega das garrafinhas de água dos dois lados da via. Menos mal mas continua a faltar um segundo abastecimento durante ou após a subida para Campolide.
Mas a Corrida da Água é um marco das LEBRES E TARTARUGAS pois foi em Outubro de 2014 a prova de estreia do João Valério na nossa equipa. Deixou-lhe um bichinho que depois disso já se tem assumido como o quarto Tartaruga mais regular. Já o conseguimos arrastar para o lamaçal dos Trilhos do Almourol como também tem sido presença regular em muitas provas emblemáticas donde se destaca, entre outras, a mítica Corrida do Fim da Europa. E, numa altura em que a nossa equipa se desafiou a si própria a internacionalizar-se com a participação na edição de 2019 da Maratona de Sevilha, o João disse logo presente tendo já arranjado um Plano de Treinos que pretende cumprir com grande rigor.
Mas até Fevereiro ainda temos um longo caminho pela frente. Ficou a revelação do Frederico que já tinha iniciado o seu programa de treino para Sevilha e se dispunha a cumpri-lo o mais rigorosa e assiduamente possível.
Registe-se também a ausência do Carlos Teixeira que, enquanto estes três atletas deambulavam pelas estradas da Serra do Monsanto, atacava a sua segunda Maratona do ano com um intervalo inferior a um mês entre a prova de Lisboa e a do Porto. Mas isso foi objecto de outra crónica.
[Crónica de Carlos Gonçalves]
Vencedor: JOÃO PEREIRA (Individual): 0:33:47
Atletas que concluiram a Prova: 80
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 676)
Classificação Geral: 648º - Classificação no Escalão M5559: 39º
Tempo Oficial: 0:57:33/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:57:33
Tempo médio/Km: 5m:45s <=> Velocidade média: 10,43Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 677)
Classificação Geral: 514º - Classificação no Escalão M6064: 22º
Tempo Oficial: 0:54:45/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:54:45
Tempo médio/Km: 5m:28s <=> Velocidade média: 10,96Km/h (*)
JOÃO VALÉRIO (Dorsal Nº 678)
Classificação Geral: 610º - Classificação no Escalão M6064: 28º
Tempo Oficial: 045:56:57/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:56:45
Tempo médio/Km: 5m:40s <=> Velocidade média: 10,60Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Novembro
Sábado ao final da manhã viajei para o Porto tranquilamente sem aquele nervoso que sentia em anos anteriores na véspera de uma maratona, os records ficaram para trás o importante é desfrutar a corrida e terminá-la sem grandes problemas físicos.
A maratona do Porto é uma grande festa do atletismo internacional a comprová-lo a participação na edição deste ano de atletas de 73 países diferentes e representando 5 dos 6 continentes. Como habitualmente o primeiro grande momento ocorre na véspera na lindíssima Alfândega do Porto, local onde está instalada a feira do desporto e onde são recolhidos os Kits para a corrida.
Recolhidos os dorsais e restantes endereços seguiu-se um almoço tardio num restaurante típico regado por uma excelente imperial.
Repostas as energias foi tempo para me dirigir ao hotel e após o check-in seguiram-se 2 horas de descanso na horizontal.
Seguiu-se o jantar numa churrascaria da emblemática Avenida da Boavista regado com um jarro de tinto da casa que serviu de relaxante muscular.
No dia da prova tudo se passou muito depressa, pequeno almoço tomado em conjunto com atletas de diferentes países e que depois também me acompanharam no transfer do hotel para a partida.
Cheguei à linha de partida seção C às 8.31 com muita preguiça para quem ia correr uma Maratona, mas com a ajuda do speaker e da animação à volta de atletas e acompanhantes, fui-me descontraindo e quando chegou o momento da partida estava preparado.
Os primeiros 5,5 km são a parte menos interessante do atual percurso primeiro pelo aglomerado de atletas cada vez há mais a participantes na Maratona e porque se anda às voltinhas.
Em Matosinhos atingiu-se os 10 Km, com algum frio intervalado com chuva miudinha aí cheguei após 52m35s, fiquei contente pela recuperação que fiz entre os primeiros e os últimos 5 Km.
Entre Matosinhos e a Alfândega correu-se o percurso entre os 10 km e os 20 Km bem melhor que os anteriores 10 Km corridos por mim em 54 m, havia que abrandar para continuar confortável.
O percurso entre os 20km e os 30km percorreu-se entre a Ribeira, passando por Gaia e retorno pela ponte D.Luis,( incrível a quantidade de espetadores que estavam na ponte apoiando de forma espetacular todos os atletas) sendo que o Km 30 foi atingido na descida para a ponte do Freixo , neste troço de
10km demorei 55,08.
Infelizmente o meu Gramim avariou entre o Km 15 e 16 e a única indicação de tempo que tive a partir deste momento foi ao Km 21, pelo que no Km 30 sabia que ia bem mas não tão bem como realmente estava face às minhas capacidades atuais.
O percurso entre os 30 e 40 já é mais sinuoso e as pernas começaram a ressentir-se e a partir dos 38km a chuva intensificou-se significativamente, aqui a performance já se ressentiu e precisei de 1h e 2 s para cumprir esta parte da corrida.
Os últimos 600 m são a subir e foram bastante difíceis, mas fi-los feliz porque não tendo passado a bandeira das 4 h, sabia que ia fazer menos tempo o que nas atuais condições era muito bom.
Com grande alegria minha e da minha companheira que me esperava à chuva cruzei a meta da minha 14ª Maratona de estrada com boa saúde e com o tempo de 3h55m09s.
A Maratona do Porto continua a ser para mim diferente pelo ambiente proporcionado pelos atletas e a forma de apoiar das gentes do norte que diferença para o que se passa em Lisboa.
Sendo discutível qual dos percursos é melhor ou pior a Maratona do Porto continua a ser para mim superior á de Lisboa pelo ambiente de festa que se vive, se tudo correr bem lá estarei para o ano.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Vencedor: ROBERT CHEMONGES (Uganda): 2:09:05
Atletas que concluiram a Prova: 4658
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 5928)
Classificação Geral: 2351º - Classificação no Escalão M55: 138º
Tempo Oficial: 3:57:12/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 3:55:09
Tempo médio/Km: 5m:35s <=> Velocidade média: 10,77Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário do Mês de Novembro
Um Tesouro no Oeste Português, a escassos trinta minutos da cidade de Lisboa.
Foi precisamente a Tapada de Mafra que o Frederico e o Carlos Gonçalves escolheram para o regresso à vertente do Trail Running de que tanto gostam e que lhes tem dado muitas alegrias.
À partida o Trail da Real Tapada reunia todos os ingredientes para uma manhã desportiva bem passada. Os vinte e cinco quilómetros estão dentro daquilo que os nossos atletas consideram como uma distância equilibrada e que lhes permite disfrutar ao máximo do meio envolvente com algum, muito, esforço mas também sem exagerado, o quanto baste, sacrifício. Sim, porque uma prova de trail exige sempre sacrifício do atleta, sacrifício esse que, se inexistente, retiraria todo o interesse à corrida.
As previsões meteorológicas eram um pouco incertas pelo que os atletas tinham neste capítulo alguma dúvida aliada ao próprio desconhecimento do traçado e da exigência do percurso.
O Grau de dificuldade técnica era relativamente baixo o que deixava antever uma prova tranquila e sem que tivéssemos momentos de arriscar a nossa integridade física. Ficava apenas, como maior desafio, os vinte e cinco quilómetros previstos.
À chegada ao Portão do Codeçal, uma das entradas para a Tapada de Mafra, os nossos atletas depararam logo com os primeiros sinais de uma organização exemplar. O estacionamento das viaturas foi muito bem coordenado pelos elementos da organização, com marcações no piso para que ninguém estacionasse a sua viatura ao acaso.
A partida estava agendada para as dez da manhã. Como neste fim-de-semana estava prevista a mudança para a hora de Inverno os atletas tiveram mais uma hora de sono de “borla” o que lhes permitiu acordarem e prepararem-se sem grande ”stress”.
Uma primeira surpresa se apodera dos Lebre e Tartarugas. O reduzido número de atletas presentes poderia significar que teríamos de lutar muito para não ficar na cauda da classificação. Não é que essa seja uma grande preocupação dos nossos atletas mas é sempre mais agradável não ficar em último. Constatamos que não há caras nossas conhecidas. Apenas uma atleta - Célia Azenha - “companheira” de outras aventuras, se perfila como a nossa referência.
Um pouco antes da hora marcada é feito o “briefing” tão usual como necessário nos “Trails”. Não nos reservam grandes temores quanto à natureza do percurso apenas nos chamando à atenção para a sinalização do percurso, pontos de abastecimento e de separação dos vários atletas consoante a modalidade em que se inscreveram.
Às dez em ponto é dada a partida. E, quase em simultâneo, aparece a chuva a relembrar que o tempo ameno e seco há muito que pertence ao passado. Para aquecer começamos logo com uma pequena subida. O perfil altimétrico previamente divulgado antevia uma corrida em “sobe e desce”, o que não atemoriza os atletas. Para pouparem energias então o melhor seria ficarem em casa.
A Tapada de Mafra apresenta-se como um local onde nada está ao acaso. E como bem lembrava o Frederico no final da prova, apenas encontrámos o que a natureza tem para nos dar. Lixo nenhum, nem mesmo aquele que os atletas pudessem eventualmente deixar à sua passagem.
O frio e o vento forte marcam presença. Mas nada esmorece o espirito dos atletas.
De animais nem qualquer sinal. Havia alguma esperança de encontrarmos algum exemplar mas, ou assustaram-se com a presença de novos visitantes, ou propositadamente, foram afastados dos locais de passagem dos “trailistas”.
Um percurso todo ele bem sinalizado não dá qualquer azo a que alguém se perca. As marcas quilométricas estão bem visíveis ao longo de todo o trajecto. E como nos prometeram os dois últimos quilómetros aparecem como contagem decrescente. A marca do último quilómetro convida os atletas a um sprint final e vigoroso.
Prova terminada e seguramente a repetir. Foi um Trail perfeito.
[Crónica de Carlos Gonçalves]
Vencedor: RUI LUZ(AMCD - Arrábida Team Trail): 1:55:48
Atletas que concluiram a Prova: 80
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 143)
Classificação Geral: 74º - Classificação no Escalão M60: 2º
Tempo Oficial: 3:25:44/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ND
Tempo médio/Km: 8m:14s <=> Velocidade média: 7,29Km/h (*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 163)
Classificação Geral: 69º - Classificação no Escalão M50: 13º
Tempo Oficial: 3:22:57/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ND
Tempo médio/Km: 8m:07s <=> Velocidade média: 7,39Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas do Mês de Outubro
Calendário para o Mês de Novembro
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