Prenúncio da Primavera que se aproxima a passos largos e elogio de um dos nossos mais importantes bens que são as árvores que, a par das plantas, são responsáveis pela produção do oxigénio que respiramos.
A corrida da Árvore é das poucas provas de atletismo que se desenrola integralmente dentro de um espaço verde, a Serra de Monsanto, e que tem conseguido escapar incólume à destruição massiva através da construção de edifícios sem qualquer ordem ou contenção.
Fiel às suas origens, esta prova tem-se mantido inalterável, pelo menos nos últimos anos, em termos do percurso a cumprir pelos inúmeros atletas. E, uma vez mais, a equipa das LEBRES E TARTARUGAS fez-se representar pela sua ala “veterana”, composta pelo Frederico, o João Valério e os dois Carlos, Teixeira e Gonçalves. Este último viu-se forçado a desistir à última hora vítima de um súbito ataque de dores na região lombar e reflexo de uma lesão que o apoquentou há alguns anos. Como tinha na sua posse os dorsais da equipa não deixou de estar presente antes do início da corrida e nos momentos de concentração máxima dos seus companheiros.
Restou desejar-lhes boa sorte para uma corrida pela qual, apesar de ser em estrada, nutre algum carinho. E como não correu decidiu desde logo assumir as despesas da equipa em termos da produção da crónica da corrida.
Apesar da Corrida da Árvore já ir na 23ª edição continua a atrair largas centenas de atletas, perto de 700, homens e senhoras, novos e “menos novos, o que atesta bem o interesse que continua a desfrutar no meio do atletismo popular.
Com um início bastante fácil, predominantemente a descer até passarmos pelo Parque da Serafina, esta fase inicial é mais de aquecimento, excepto para as velozes lebres que aspiram a um lugar de destaque, se possível no pódio final. Lá mais para a frente, e já depois de termos passado pelas imediações do campo de Futebol do Casa Pia Atlético Clube, começam as dificuldades. Ou melhor A dificuldade com o já tradicional penúltimo quilómetro sempre a subir até à rotunda do Restaurante dos Montes Claros. De aí até à meta temos algumas centenas de metros de descontracção ou, para alguns, de “sprint final em busca de uma boa classificação e de um melhor tempo.
Conhecedores do trajecto os dignos representantes das LEBRES E TARTARUGAS fazem a corrida quase de olhos de fechados. Já não têm surpresas. Só o nosso estradista Carlos Teixeira quebrou um pouco na parte final tendo mesmo pensado em parar. As constantes e desgastantes viagens semanais entre Lisboa e Barcelona deixam as suas marcas e condicionam a manutenção de uma boa forma. Decerto que irá recuperar pois segue-se a Corrida dos Sinos tão do seu agrado e na qual tem participado, nos últimos anos, sem a companhia dos seus colegas de equipa. Desta vez não irá a Mafra sózinho.
Atletas que concluiram a Prova: 679
Vencedor: MARCO CARDOSO (CDR Ribeirinho): 0:34:09
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 773)
Classificação Geral: 222º - Classificação no Escalão M5559: 16º
Tempo Oficial: 0:53:01/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:52:23
Tempo médio/Km: 5m:14s <=> Velocidade média: 11,45Km/h (*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 774)
Classificação Geral: 389º - Classificação no Escalão M5054: 47º
Tempo Oficial: 0:59:14/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:58:36
Tempo médio/Km: 5m:52s <=> Velocidade média: 10,24Km/h (*)
JOÃO VALÉRIO (Dorsal Nº 775)
Classificação Geral: 379º - Classificação no Escalão M6064: 16º
Tempo Oficial: 0:58:53/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:58:13
Tempo médio/Km: 5m:49s <=> Velocidade média: 10,31Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas do Mês de Março
Um Trail não é uma Corrida. É, sobretudo, uma prova de transposição de obstáculos e de um sem número de dificuldades donde se destacam as descidas de cortar a respiração e as escaladas em “tracção total”. E, pelo meio, até se correm algumas centenas de metros, ou mesmo uns quantos quilómetros, aqui e ali intervalados por um ou outro acidente de maior ou menor grau de exigência. É isto que esperam os Trailistas quando se candidatam a uma prova desta categoria.
Há trails para todos os gostos. Desde os de quinze quilómetros para os iniciados nestas lides, passando pelos de distância intermédia entre 20 e 30 quilómetros, até aos “Ultras” que podem facilmente chegar à centena de milhares de metros. Mas para estes é imprescindível uma preparação física e psicológica mais avançada. Podemos então considerar que os trails mais equilibrados são justamente aqueles que oferecem um desafio de vinte e tal quilómetros. São difíceis quanto baste mas que nos permitem terminar vivos e satisfeitos e não num registo de sobrevivência.
E tanta conversa para quê? Esta introdução serve para explicar porque razão o Carlos Gonçalves convenceu o Frederico a inscrever-se no Trail da Costa Saloia prova que já tinha feito há dois anos e que repetiu em 2017 e da qual tem guardado belas recordações.
Vinte e três quilómetros de pura diversão são o que nos oferece o Trail da Costa Saloia que vai já na quarta edição. Um início bastante simples, já com alguma lama à mistura, e que serve essencialmente para aquecimento e adaptação ao novo meio ambiente. Aliás atendendo ao que choveu nas últimas semanas o piso até estava bastante bom. Com atenção constante para evitar alguma queda de consequências mais imprevisíveis, após passarmos pela habitual queda de água entramos num novo cenário. Deixamos para trás o piso mais escorregadio e abeiramo-nos da primeira escalada que, após atingirmos o ponto mais alto, descemos até à Praia do Magoito. Apesar dos alertas iniciais o passadiço em madeira até não se apresentou perigoso e escorregadio.
Segue-se um conjunto de escaladas, algumas “às quatro patas”, e de correspondentes descidas até que, após passarmos um marco geodésico, aproximamo-nos da Costa. O cenário é, como sempre, deslumbrante. O Mar, em máxima fúria, atemoriza até o mais destemido. E o vento marca forte presença tentando derrubar-nos sem qualquer pudor.
À passagem por um dos abastecimentos informam-nos que, em relação ao ano passado, tinha sido introduzida uma nova escalada porque alguns dos atletas tinham referido na altura que o trail estava muito fácil. Tomem lá com uma subida, longa, íngreme e sem grande aderência, para se sentirem mais “confortáveis”.
Ao longo das falésias vamos até às Azenhas do Mar. Momento para deliciar a vista com a piscina natural de água salgada a estar completamente submersa pelas ondas bastante agitadas. Ainda se comenta entre os atletas “onde estão os surfistas”. Será que com tanta onda não há ali qualquer “material” que pudessem utilizar? Provavelmente que não.
Atém ao fim não há praticamente novidades. A única alteração é a de que, fruto da tal subida introduzida este ano, não andamos tanto às voltas dentro do Pinhal que nos levará até ao Campo de Futebol da União Desportiva Mucifalense.
Quando o Carlos Gonçalves dá a volta final no relvado sintéctico já o Frederico descansava nas bancadas. Tinha concluído a sua prova uns cinco minutos mais cedo.
“Gostaste”, pergunta-lhe o Carlos Gonçalves? “Prova a repetir”, responde-lhe o outro Tartaruga.
E com esta troca de comentários cada um segue o seu caminho.
Atletas que concluiram a Prova: 191
Vencedor: CARLOS PACHECO (Monsanto Running TEam): 1:49:23
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 235)
Classificação Geral: 175º - Classificação no Escalão M60: 6º
Tempo Oficial: 3:25:19/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ND
Tempo médio/Km: 8m:56s <=> Velocidade média: 6,72Km/h (*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 236)
Classificação Geral: 166º - Classificação no Escalão M50: 18º
Tempo Oficial: 3:18:34/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ND
Tempo médio/Km: 8m:38s <=> Velocidade média: 6,95Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas do Mês de Março
Vila Nova da Erra. Alguém sabe onde fica? Algures no Distrito de Santarém e numa zona onde a cultura do arroz e a exploração da cortiça são os principais sectores de actividade económica.
E Coruche? Aí provavelmente que a maioria das pessoas já ouviu falar. Até porque além do Arroz (o arroz Cigala é produzido e embalado aqui) e da cortiça esta Vila é também bem conhecida pelas Touradas que reúne aqui bastantes aficionados. E para terminar esta introdução resta ainda acrescentar que José Peseiro, conhecido treinador de Futebol que já orientou equipas tão diversas como o Sporting Clube de Portugal, o Futebol Clube do Porto, o Sporting de Braga e agora o Vitória de Guimarães, é natural de Coruche.
Mas estamos aqui para falar de Corridas, mais propriamente de Trail.
Pelo quinto ano consecutivo o Trilho Perdido organizou uma corrida designada por Trilho da Cortiça ou Cork Trail. A maioria das pessoas decerto que se intriga onde iremos encontrar uma orografia própria desta natureza de provas já que associamos Coruche à várzea do Rio Sorraia e na qual impera a cultura de regadio. Mas de onde menos se espera por vezes surgem as maiores surpresas.
Estando a equipa das LEBRES E TARTARUGAS uma vez mais presente neste trail, o Carlos Gonçalves já constatou por três vezes que estamos em presença de um desafio tudo menos fácil. E a edição deste ano contou ainda com um aliado terrível que foi a chuva que se sentir bastante na semana anterior. Muita água, e ainda mais lama, foi algo que acrescentou desta vez maiores dificuldades aos bravos heróis que, muitos deles, partiram à descoberta de uma nova paisagem e que sentiram bem nas pernas a exigência de cada corrida, fosse ela a de quinze ou a vinte e cinco quilómetros.
À chegada a Vila Nova da Erra fomos recebidos com algum nevoeiro. Apesar de se tratar de uma aldeia simpática e pacata, logo desde cedo que esta pacatez foi quebrada com o rebuliço dos inúmeros atletas que aqui se deslocaram.
Houve tempo para fazer tudo com calma desde a procura de um lugar para estacionar o carro até ao levantamento dos dorsais.
O único representante das LEBRES E TARTARUGAS pousou junto à manga de partida e aproveitou para tirar uma selfie (ficando com má cara como é habitual) e enviar via WhatsApp aos amigos anunciando que estava pronto para disputar o Cork Trail, ou talvez o Fog Trail devido ao nevoeiro que se fazia sentir um pouco.
Com um começo igual ao dos anos anteriores a organizou montou de novo um percurso cheio de muitas novidades e de dificuldades pelo que foram poucos os sítios por onde passámos e que se repetiam de outras edições. Nevoeiro quanto baste. Frio era algum, água e Lama em grandes doses. Enquanto progredia no caminho o nosso atleta tentava reconhecer aqui e acolá troços de outras edições. Mas não foram muitos. E pensava para si que este Trail estava a ter de tudo um pouco só faltando mesmo a chuva. Talvez fôssemos poupados a ela.
Mas a lama foi mesmo o nosso principal adversário. Não sabemos mesmo se eram mais difíceis as descidas, algumas bastante íngremes, se as subidas. Nas primeiras todo o cuidado era pouco para evitar alguma queda mais aparatosa e a deslizar encosta abaixo. Nas segundas, apesar dos socalcos postos de propósito ou abertos pelos atletas mais adiantados darem alguma ajuda, a falta de tracção era enorme. De tal modo que a certa altura, quando se preparava para vencer um desnível mais acentuado o Carlos Gonçalves, de pés e mãos enterrados na lama, foi surpreendido pelocomentário de uma atleta que vinha mesmo atrás de si: “Perdeu alguma coisa?” “Sim”, respondi-lhe. “Perdi a tracção. E ela lá seguiu alegremente à minha frente com uma ligeireza própria de quem levava uns muito úteis bastões.
E pensei para mim porque é que eu tenho de sempre de me armar em herói e deixar invariavelmente os bastões em casa. E que esta prova tenha servido de emenda. Ao longo da evolução no caminho o atleta tratou logo que pôde de arranjar uns bastões improvisados feitos de ramos ou pequenos troncos de pinheiro. Não mais os larguei. E como me foram úteis para vencer os últimos doze quilómetros.
Aqui e acolá apareciam-nos avisos de “CUIDADO” o que deixava logo antever que grandes dificuldades nos esperavam ao virar da esquina. A certa altura lá nos reencontramos com a habitual falésia, na qual temos de descer por uma reentrância e principalmente à custa da força dos braços. Para quem, como eu, já conhecia este acidente não havia nada a temer. Os estreantes perdiam ali algum tempo interrogando-se como melhor ultrapassar aquela zona.
E finalmente apareceu a chuva. Muita e a complicar ainda mais os últimos quilómetros ao longo dos quais a lama ditou a sua lei. Esta fase final foi igual pelo menos ao ano passado. Só que desta vez todo o piso era feito de uma lama profunda e extremamente escorregadia. A passagem por alguns precipícios tirava a respiração até ao mais ousado.
Placa do quilómetro vinte e quatro. Será que não iríamos ter mais lama? Sim. A partir deste ponto era só alcatrão até entrarmos de novo em Vila Nova da Erra. E como continuava a chover copiosamente as bermas estavam preenchidas por pequenos cursos de água e nos quais o Carlos Gonçalves procurava retirar alguma lama dos seus sapatos. Havia que terminar com boa apresentação, nada de pés cobertos e envoltos em lama.
Terminaram os 25 quilómetros da versão mais longa do Cork Trail. Ainda tentei tirar uma selfie com o meu ar bastante apresentável e na companhia dos meus “queridos bastões”. Só que a bateria do telemóvel “foi-se”. E nem sequer conseguia telefonar para casa ou deixar uma mensagem no WhatsApp.
Comi uma Bifana acompanhada de uma divinal cerveja, não uma mini que saberia a pouco. E enquanto degluto esta pequena refeição os vários elementos da organização perguntam-me com estou e se gostei. “Adorei e para o ano voltarei de certeza absoluta". E se calhar até acompanhado por mais algum Tartaruga.
A primeira preocupação agora era tomar um bom e retemperador banho. E como a esmagadora maioria dos atletas já tinha há muito terminado a prova fiquei com o balneário praticamente só para mim, longe das confusões normais.
Fiquei como novo. De regresso ao carro ainda passo pela zona da chegada e peço uma nova bifana pois já não chegaria a casa a tempo de almoçar com a família. Deste modo o estômago ficava “aconchegado” por algumas horas. Já sentado dentro do meu carro dou alguma carga ao telemóvel.
“Terminei. Foi durinho, não foi duro, aliás foi MUITO DURO. Ao nível de Almourol com muita lama e piso demasiado escorregadio. Tive de improvisar uns bastões recorrendo ao que a natureza nos dá: troncos de Pinheiro. Ah, e não fui o último.”
Com esta mensagem no WhatsApp pretendo tranquilizar os meus seguidores transmitindo-lhes que estava bem e como tinha sido difícil este Trail. Mas ao mesmo tempo muito belo e entusiasmante. As cinco horas e cinco minutos que gastei, e o desnível acumulado de 673 metros, atestam bem a dureza da corrida.
Para o ano há mais. Mas no próximo fim-de-semana volto a desafiar o Trilho da Costa Saloia onde também fui muito feliz em 2016 e 2017. Desta vez vou com a companhia do Frederico ao mesmo tempo que o Carlos Teixeira vai repetir a meia-maratona da Ponte 25 de Abril. Aliás a corrida onde tudo começou, ou seja a rampa de lançamento das LEBRES E TARTARUGAS.
Atletas que concluiram a Prova: 102
Vencedor: LUÍS FERNANDES (C.P.A./MARINHA): 2:09:10
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 176)
Classificação Geral: 99º - Classificação no Escalão M60: 4º
Tempo Oficial: 5:05:28/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ND
Tempo médio/Km: 12m:13s <=> Velocidade média: 4,91Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas do Mês de Março
Chegado ao Domingo o organismo, habituado à rotina, pediu-me um treino matinal.
Sem pensar muito no assunto decidi-me por um treino com cerca de 8 a 10 kms na zona ribeirinha até para admirar o estado revoltoso do mar.
Mas o destino prega-nos partidas.
Quando desço para Algés encontro a marginal fechada. Dirijo-me ao policia colocado junto a uns pinos e este informa-me que aí irá decorre dentro de minutos a corrida dos Salesianos, uma prova de 10 kms em que já tinha participado uns anos anteriores.
Decidi pois percorrer a marginal deserta em direcção à partida.
Quando estava a chegar a Belém cruzo-me então com os primeiros atletas a correr na direcção contrária.
Continuo na minha direcção até encontrar a cauda do pelotão e aí inverto o sentido e junto-me à prova.
Verifico pelo meu relógio que, face à distancia que já tinha percorrido e o ponto em que peguei a prova, acabaria o trajecto com um pouco mais de 11k.
O percurso era o esperado - Belém - Algés - retorno até à 24 Julho junto à Infante Santo e novo retorno em direcção a Belém.
Foi um treino interessante com boa companhia, direito a abastecimentos, a rolar nos 5.40" por km.
O crime compensa!
[Crónica de Frederico Sousa]
Neste fim de semana os três tartarugas seguiram cada um para seu lado depois de duas provas consecutivas onde se juntaram na Costa da
Caparica para realizar o Trail de Almada e o Grande Prémio do Atlântico. Assim o Carlos Gonçalves atascou-se de lama no Cork Trail, o Frederico Sousa aproveitou para treinar à porta de casa percorrendo alguns Kms da corrida dos salesianos e Carlos Teixeira participou pelo décimo ano consecutivo na Corrida das Lezírias, uma das provas mais antigas do calendário de atletismo.
As perspetivas para a corrida das lezírias não eram as melhores face à intempérie que atravessou o País durante o dia de sábado, quase de certeza que a corrida se ia desenrolar debaixo de chuva e na zona da lezíria entre o Km 9,5 e o Km11 previa-se que estivesse muita lama.
Foi com alguma dificuldade que de manhã cedo me levantei da cama para me deslocar para Vila Franca de Xira, a vontade de enfrentar a meteorologia por um lado e o facto de ir sozinho não me estava a motivar muito, mas nunca me passou pela cabeça não ir disputar a prova.
O S. Pedro contudo contrariou as previsões e durante toda a prova não caiu uma gota de chuva, a organização por sua vez face à situação de inundação em que se encontrava a lezíria decidiu alterar o percurso, cortando a parte da lama.
Como sempre os 15,5 Kms anunciados não foram percorridos a corrida teve aproximadamente 15,1Km e nos anos anteriores em média teve 15,3Km, este ano foi mais compreensível face á alteração de última hora do percurso.
O percurso foi igual ao dos anos anteriores com exceção da parte arenosa em torno da lezíria que foi mais longa face à alteração que foi necessária introduzir, de resto mantiveram-se as partes da prova de entrada e saída do centro de Vila Franca de Xira e as travessias nos dois sentidos da ponte da Vila.
Aproximadamente 1.200 atletas completaram a prova este ano fiquei com a ideia que o número de participantes foi mais reduzido, várias devem ter sido as razões, o mau tempo, a crescente transferência de atletas para o trail e o facto de apesar de ser bem organizada a prova necessitar de ser revitalizada com novos pontos de interesse.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a Prova: 1191
Vencedor: HUGO RODRIGUES (UA Povoense): 0:51:46
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 983)
Classificação Geral: 435º - Classificação no Escalão M5054: 25º
Tempo Oficial: 1:15:17/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:15:12
Tempo médio/Km: 4m:51s <=> Velocidade média: 12,37Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas do Mês de Março
Regressámos a um local onde já fomos felizes.
Uma semana depois do Almada Trail encontrámo-nos de novo na Costa da Caparica mas, desta vez, para cumprir os dez quilómetros em estrada do Grande Prémio do Atlântico, prova organizada pelo núcleo local do Sporting Clube de Portugal e que já vai na décima nona edição.
Sem grandes dificuldades, com um percurso praticamente todo ele plano, é uma corrida bastante simpática e que pode ser encarada como uma boa alternativa a um normal treino de manutenção da nossa forma física e que, com a companhia de muitos outros amantes da corrida, conseguimos imprimir um ritmo que não é habitual quando treinamos sozinhos.
A manhã apresentava-se-nos bastante ensolarada e já a querer dar ares de uma Primavera que todos desejamos mas que parece nunca mais chegar. Portanto foi com alguma normalidade que encontrámos muita gente a passear, a correr, a andar de bicicleta ou mesmo a surfar as magníficas ondas da Costa da Caparica.
Desta vez não houve direito a “aquecimento orientado” pelo que os atletas tiveram como alternativa dar umas corridinhas para prepararem convenientemente os seus músculos e articulações antes de se perfilarem junto à manga da partida.
Às dez da manhã , mais minuto menos minuto, é dada a ordem de partida. Com um traçado um pouco diferente do habitual, o Grande Prémio do Atlântico manteve, mesmo assim, a essência dos anos anteriores percorrendo-se algumas das artérias já nossas bem conhecidas e tendo como ponto alto a passagem pelo paredão junto à Praia. São provavelmente os melhores quilómetros, cerca de dois, de toda a corrida ao longo dos quais nos cruzamos com bastantes pessoas e crianças que também aproveitaram este magnífico início de dia para saírem de suas casas. Olhando de soslaio para o lado direito vemos muitos surfistas a desafiarem as ondas. À esquerda encontramos os restaurantes e bares bem conhecidos da zona, entre eles os do conhecido “Barbas”, figura emblemática dos adeptos benfiquistas.
A temperatura, apesar de um pouco fria para quem simplesmente só passeava, era a ideal para a corrida. E a ligeira brisa marítima surgia como um suplemento refrescante aos atletas em pleno esforço.
Desta vez todos os Tartarugas cumpriram a distância oficial sem que algum tivesse direito a desconto na distância. Os dez quilómetros foram para todos sem excepção.
Segue-se um período de “separação” devido a diferentes escolhas de corridas. Uns regressam aos Trails e outro à estrada.
Atletas que concluiram a Prova: 1460
Vencedor: MARCO TEIXEIRA (UFCI Atletismo): 0:32:13
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 894)
Classificação Geral: 398º- Classificação no Escalão M5559: 33º
Tempo Oficial: 0:48:52/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:48:33
Tempo médio/Km: 4m:51s <=> Velocidade média: 12,36Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 896)
Classificação Geral: 829º - Classificação no Escalão M6099: 70º
Tempo Oficial: 0:55:33/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:55:14
Tempo médio/Km: 5m:31s <=> Velocidade média: 10,86Km/h (*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 952)
Classificação Geral: 867º - Classificação no Escalão M5054: 115º
Tempo Oficial: 0:56:15/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:55:56
Tempo médio/Km: 5m:36s <=> Velocidade média: 10,73Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas do Mês de Fevereiro
Calendário para o Mês de Março
. CORRIDA DO FIM DA EUROPA ...
. TRIATLO DE S. MARTINHO DO...
. 8ºTRAIL DOS MOINHOS SALOI...
. GRANDE PRÉMIO DO ATLÂNTIC...
. CORRIDA SÃO SILVESTRE DE ...