Tartarugas muito preguiçosos
Passava pouco das 7h30m quando o meu telemóvel apitou era uma mensagem do Carlos Gonçalves “ Atletas não esperem por mim porque eu não vou à corrida”, infelizmente o nosso tartaruga todo o terreno não ia participar devido a uma lesão no joelho que esperamos seja debelada rapidamente.
Assim mais uma vez não foi possível reunir os 3 lebres e tartarugas em mais uma corrida.
Com um atraso de 10 minutos prontamente criticado pelo Frederico cheguei a casa deste tartaruga, estávamos ambos com muito preguiça, mas lá fomos cambaleando até à estação de Algés onde apanhámos o comboio para o Estoril.
Logo no comboio constatámos que o número de participantes que ia participar na corrida não seria muito elevado o que confirmámos no momento da partida e no número final de atletas chegados apenas 618.
Antes da partida os atletas saudaram-se e o Frederico pediu para não esperar porque ia demorar muito tempo segundo ele dificilmente teria capacidade para correr 5 kms seguidos.
O percurso manteve a tradição não se registando qualquer alteração em relação às edições anteriores, os momentos mais difíceis foram os das passagens pelas praias desde o Estoril até à Torre que convidavam a um mergulhinho face ao calor que se fazia sentir.
Apesar dos tartarugas já por diversas vezes terem corrido na marginal é sempre agradável participar nesta corrida pela magnífica paisagem que se desfruta o que ajuda a que os Kms passem mais depressa.
Tal como na corrida do SLB ainda houve tempo para mais uns momentos de confraternização com o nosso amigo Favinha.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a prova: 618
Vencedor: PAULO GUIMARÃES (A Minha Corrida/Kalengi): 1:11:21
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 2431)
Classificação Geral: 277º - Classificação no Escalão M5559: 14º
Tempo Oficial: 1:46:19/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:45:40
Tempo médio/Km: 5m:17s <=> Velocidade média: 11,36Km/h (*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 2432)
Classificação Geral: 602º - Classificação no Escalão M5054: Não considerada por ter corrido com o Dorsal de outro atleta mais velho
Tempo Oficial: 02:28:30/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 02:27:50
Tempo médio/Km: 7m:24s <=> Velocidade média: 8,12Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas do Mês de Abril
Calendário para o Mês de Maio
2 Leões no reino das Águias
A representação dos Lebres e Tartarugas na corrida do SLB foi curiosamente assegurada por dois prestigiados sócios do Sporting, Carlos Teixeira e o filho André Catela.
Estacionada a viatura no Centro Colombo e colocados os dorsais caminhamos até perto do Hospital da Luz onde se localizava a partida.
Significativo número de participantes deixavam um espaço exíguo para os atletas efetuarem a chamada corrida de aquecimento, mas acabamos por aquecer bem com os exercícios que a organização proporcionou.
A temperatura quente que se fazia sentir era a principal preocupação dos dois tartarugas apesar de ligeiramente atenuada por uma brisa que se fazia sentir.
Antes da partida houve oportunidade de confraternizar com o amigo Favinha antigo jogador de badminton a exemplo dos três membros fundadores dos Lebres e Tartarugas.
As 11h15m hora nada habitual para início de uma corrida de atletismo deu-se o arranque dos atletas cuja aglomeração face ao espaço disponível tornava muito difícil as ultrapassagens.
O percurso não sofreu qualquer alteração em relação ao ano anterior, no entanto ficou mais uma vez a sensação de esta prova ser uma das mais difíceis que se realiza em Lisboa e arredores dentro desta distancia pela constante
variação da altimetria, mas abaixo das dificuldades das corridas de Mem Martins e Corrida de Belém.
Apesar de se tratar de uma corrida organizada por um dos 3 grandes tudo correu com muita normalidade mesmo para aqueles que tiveram a ousadia de envergar tshirts do clube rival como foi o caso do André Catela, de facto seja em que desporto for os atletas respeitam-se, o problema são os outros intervenientes.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a prova: 5048
Vencedor: RUI PINTO (SLBAtletas): 0:30:34
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 14324)
Classificação Geral: 1020º - Classificação no Escalão Vet IV: 55º
Tempo Oficial: 0:51:34/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:50:23
Tempo médio/Km: 5m:02s <=> Velocidade média: 11,91Km/h (*)
ANDRÉ CATELA (Dorsal Nº 14325)
Classificação Geral: 2971º - Classificação no Escalão Seniores: 1248º
Tempo Oficial: 01:02:52/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 01:01:41
Tempo médio/Km: 6m:10s <=> Velocidade média: 9,73Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário do Mês de Abril
“E depois da tempestade veio a Bonança”.
Uma semana após o pequeno tormento dos Trilhos do Almourol o “trailista solitário” regressa ao seu meio ambiente de preferência repetindo uma prova da qual guardou boas memórias da edição de 2016. Com um grau de dificuldade médio, e uma distância bastante apelativa (apenas 23 quilómetros), o Cork Trail é uma prova de trilhos boa seja para uma estreia nesta modalidade ou para, simplesmente, “rolar” sem grandes preocupações e completamente imersos em ambiente de natureza. Sem ter conseguido que algum dos seus outros dois colegas fundadores das LEBRES E TARTARUGAS o acompanhasse nesta aventura, nem por isso rumou completamente sozinho a Vila Nova da Erra, tendo levado como companhia a nossa treinadora Ana Luísa que se inscreveu na Caminhada.
O Cork Trail é um evento para toda a família e para todos os gostos. Os mais experimentados têm à sua disposição o chamado Trail Longo com uma simpática distância de 23 quilómetros e um grau de dificuldade médio. Os menos “batidos” podem optar peloTrail Curto com 13 quilómetros, e os restantes, que não querem ou não podem correr, não ficam de “mãos a abanar” a assistir meramente como espectadores, tendo à sua espera uma Caminhada com sete mil metros de distância. O início e o fim de todos os percursos são coincidentes, sendo que a divisão se faz lá mais para a frente. E também foi prevista uma corrida para crianças denominada de “Trail Kids.
De manhã bem cedo já os habitantes desta simpática localidade do Concelho de Coruche eram acordados pela invasão dos inúmeros atletas que se dispunham a uma manhã de domingo bem passada. E o tempo estava bastante bom para qualquer actividade ao ar livre. Ultimavam-se os preparativos para que nada falhasse e começasse à hora marcada. Presenciávamos também o frenesim habitual com os atletas a cruzarem-se em sentido contrário. Uns ainda procuravam pelo levantamento dos dorsais. Os mais despachados já regressavam às suas viaturas para completarem os últimos preparativos ou para uma visita à casa de banho.
Os concorrentes ao Trail Longo eram os primeiros a partir. O briefing habitual transmite a todos um conjunto de informações úteis, seja sobre a natureza do percurso ou seja pela respectiva sinalização. Um alerta especial para as últimas descidas, mais técnicas e com um grau de dificuldade acrescido. Devido à ausência de chuva nos últimos dias iríamos encontrar um piso bastante mais duro e seco e com uma aderência bastante reduzida. Todo o cuidado seria pouco para se evitar alguma queda com consequências mais desagradáveis. Por último a organização prestou uma merecida homenagem àquela simpática atleta veterana que recentemente nos deixou e que era uma totalista de todas as edições do Cork Trail. Estamos a falar da ANALICE SILVA, que tem sido justamente homenageada nos últimos meses e em diversas provas, sejam elas de estrada ou de “Trails”. E a organização decidiu exibir o dorsal com o número 100 em fundo rosa que nunca mais será atribuído e tendo como “proprietária” vitalícia aquela tão especial corredora.
E eis que finalmente é dado o sinal de partida. Os mais rápidos e aspirantes a uma boa classificação voam e desaparecem da nossa vista logo na primeira subida. Ficam para trás todos aqueles que, apesarem darem o seu máximo, procuram essencialmente momentos de diversão e de fruição deste contacto estreito com um ambiente muito distante da poluição dos meios urbanos.
Toda a prova do Trail Longo desenrola-se num autêntico carrossel de sobe e desce constante. Não encontramos subidas muito longas que normalmente marcam distâncias. Mas as descidas eram de tal modo exigentes que em muitos casos, e para os mais rápidos e dotados de maior técnica, as diferenças anulam-se num ápice.
Para os repetentes do ano passado as novidades foram muitas. Só de vez em quando é que encontrámos locais já nossos conhecidos. Foi mais uma prova com todos os condimentos necessários para se repetir. Ficou na cabeça dos repetentes que a edição deste ano foi mais exigente, o que não significa que tenha sido pior. Antes pelo contrário.
De regresso a Vila Nova da Erra faltam pouco mais de trezentos metros. Olhando para trás o Carlos Gonçalves sente-se “ameaçado” por uma atleta que se aproxima rapidamente dele. Acelera o passo para aumentar a distância. Na última curva antes da meta encontra a sua cara-metade, aliás a Treinadora, incitando-o para um último esforço. O fim está ali à vista, no final de uma curta subida. O nosso atleta foi buscar algumas reservas para terminar em beleza mais uma edição do Cork Trail. As expectativas mantêm-se em alta pelo que será uma prova a repetir em 2018.
Depois de um retemperador banho de água fria Atleta e Caminheira procuram o local do almoço. Pelo caminho vão apreciando as inúmeras casas, algumas delas provavelmente que estão habitadas apenas ao fim de semana. Muito bem cuidadas e na maioria com muitas flores. De destacar uma cerejeira carregada de flores brancas que mais parecia uma típica amendoeira algarvia. E muitas orquídeas, sinal de que esta flôr se dá bem com este clima.
Com o sentimento do dever cumprido a nossa equipa regressa a casa. A Treinadora conduz enquanto o Trailista aproveita para descansar os olhos mal deixam Coruche para trás. Pelo o caminho ainda fala com o outro Tartaruga que, com a companhia do seu filho André, participaram na Corrida do Benfica.
Atletas que concluiram a prova: 192
Vencedor: LUÍS SEMEDO (AC Portalegre/UTSM): 1:49:52
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº167)
Classificação Geral: 152º - Classificação no Escalão M60: 4º
Tempo Oficial: 3:31:40/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ND
Tempo médio/Km: 9m:12s <=> Velocidade média: 6,52Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário do Mês de Abril
“ Quando a cabeça não tem juízo, quando te esforças mais do que é preciso, o corpo é que paga”…
Seis da manhã. A ainda recente mudança da hora faz com que, a esta hora, o céu se apresente completamente escuro sem qualquer indício do amanhecer que aí vem. Apenas as estrelas quebram a monotonia dando algum brilho ao nosso “tecto” natural.
E também não se vê vivalma. Não é de todo estranho dado que estamos numa madrugada de Sábado para Domingo com a esmagadora maioria das pessoas ainda a dormir, a recuperar das energias gastas durante a semana. Mas duas criaturas já estão de pé e encontram-se algures na zona do Bairro do Restelo para partirem para o Entroncamento. Espera-nos mais uma edição dos Trilhos do Almourol, prova emblemática e que detém um lugar de destaque na nossa Galeria de Honra em termos de provas de “Trail”. O Frederico esteve até à última hora a avaliar a sua lesão no tendão de aquiles fazendo tudo para se convencer que reunia as condições mínimas para desafiar os cerca de 26 quilómetros para os quais se tinha inscrito. O seu colega de equipa, Carlos Gonçalves, estava pronto para, uma vez mais, se abalançar à prova da Maratona com todos os riscos e dificuldades desta distância mas em regime de trilhos. Facilidades era exactamente aquilo que estes dois Tartarugas menos esperavam. E vieram a confirmar-se, uma vez mais, as suas expectativas.
Não havia tempo a perder. Tínhamos de chegar ao Entroncamento com alguma margem de manobra para as tarefas habituais. A edição deste ano foi totalmente renovada. Todos os participantes, fossem eles do Trail, da Maratona Trail ou da Caminhada, iriam partir em conjunto cumprindo um curto trajecto a pé até à Estação Ferroviária do Entroncamento, onde nos aguardava um comboio só para nós, e que nos levaria até ao local da partida.
Mal iniciámos a nossa viagem a partir de Lisboa encontramos mais uma pessoa que se encontrava a pé aquela hora. Mas, ao contrário de nós, “ainda” estava acordada, aparentando estar a regressar a casa após uma noite, pensámos nós, bem passada e melhor divertida. Cada um com as suas opções.
Uma hora e picos depois chegamos ao Pavilhão Gimnodesportivo do Entroncamento. Lá dentro encontramos o frenesim habitual com atletas e elementos da organização a cruzarem-se e a cumprimentarem-se mutuamente. A recolha dos dorsais, e demais brindes com que a organização habitualmente nos presenteia, é a tarefa prioritária dos primeiros. Os segundos organizam-se para que nada falte e tudo funcione dentro das expectativas e do seu compromisso assumido com os vários participantes.
A cada minuto que passa chegam mais viaturas com atletas que se vêm juntar aos que, pacatamente, finalizam o seu equipamento e tiram as primeiras fotos do dia.
Um pouco atrasado relativamente ao estipulado, o comboio parte finalmente em direcção ao Castelo do Almourol. Apesar da grande animação reinante os nossos dois atletas conseguem “passar pelas brasas” e recuperarem algum do sono que ficou em falta. Se é que realmente conseguem recuperar as horas não dormidas. Deixamos o comboio e temos de andar, em regime de aquecimento, algumas centenas de metros que medeiam entre a estação ferroviária e o local da partida. Feito o “controlo zero” pedimos a outro atleta para nos tirar a fotografia da ordem com o Castelo de Almourol como pano de fundo.
Imediatamente esta foto vai “cair” no WhatsApp informando os nossos seguidores de que estamos prontos para mais uma aventura. Um breve “briefing”, só ouvido por quem estava perto do “speaker”, transmite as habituais e úteis informações sobre as diferentes provas. De antemão já sabíamos que em 2017 o percurso seria totalmente renovado. Pelo menos para a Maratona Trail.
Os primeiros quilómetros são comuns às duas corridas, o que causou alguns “atritos” entre os Trailistas, mais rápidos, e os Maratonistas. Esta fase inicial é composta por alguns “single treks” ao longo dos quais não há qualquer espaço para ultrapassagens. O que enervou ainda mais os primeiros corredores da prova mais curta. Queriam ultrapassar, a todo o custo, os que iam num ritmo mais lento. Alguns empurrões num “chega para lá que eu quero ir mais depressa”. E até ouvimos alguns comentários mais desagradáveis do género “ parecem Caminheiros” de tão devagar que vão. Aqui fica um reparo, ou talvez uma sugestão para a Organização, para que no futuro introduza uma maior diferença de tempo entre a partida das duas Corridas. Feita a separação, “26 Km para a esquerda e maratona para a direita”, acabam-se definitivamente estes conflitos pontuais.
Relativamente à prova da Maratona a mesma foi feita em sentido contrário da dos anos anteriores. Muito bela e a desenrolar-se ao longo dos rios Tejo, Zêzere e Nabão. E, a fazer jus ao princípio das edições anteriores, a primeira metade da corrida será inevitavelmente a mais exigente. Exigente no que ao desnível diz respeito mas sobretudo em termos de dificuldade técnica. E desta vez não tivemos a travessia do Rio Nabão através daquela ponte militar assente em barcaças.
Por volta dos dezoito quilómetros sentimos que o pior ficou para trás. É nesta altura que o nosso Maratonista começa a debater-se com os primeiros alertas de fadiga muscular. Se calhar começou a pagar cedo demais uma factura pela andamento mais rápido que imprimiu nos primeiros quilómetros.
O percurso que temos pela frente começa a parecer mais fácil. Mas, atenção, que facilidade é uma palavra que dificilmente se aplica aos Trilhos do Almourol.
Ainda antes de ter completado a vintena de quilómetros, recebemos a mensagem do nosso tartaruga estradista informando a equipa, e seguidores, que tinha terminado a sua prestação na Corrida dos Sinos. “E eu anda vou a meio. Faltam cerca de 21 km. Até tenho tempo para responder”. O Carlos Gonçalves, num momento de maior descontracção, responde às mensagens que lhe vão caindo no seu telemóvel. Só o Catela, e outros seguidores que ficaram em casa, é que vão respondendo. “Estás à espera da Vassoureira? Não pois nesta prova é um Vassoureiro.” A conversa termina por aqui com um lacónico “Agora tenho de dar corda aos sapatos”.
Enquanto o Carlos Gonçalves vai cumprindo os quilómetros, o Frederico dá sinais de si. “Acabei”. E aproveita também para colocar no WhatsApp um vídeo a emborcar uma mini no abastecimento dos 20K.
“Enlouqueci”, é a sua legenda. “Tu não enlouqueceste!!! Tu és louco"!! Responde-lhe o Carlos Teixeira. Aliás loucuras como esta nunca acontecem durante uma prova de estrada, seja qual for a distância.
A partir deste momento fica a aguardar por notícias do seu companheiro de aventuras em provas de trilhos.
Integrado num grupo de duas + dois atletas o Tartaruga Maratonista lá vai cumprindo, como pode, os quilómetros que lhe restam.
Com menos de seis mil metros para o fim o cansaço e a fadiga muscular, bem perto da exuastão, começam a apoderar-se deste corredor solitário. Sabendo que o mais difícil já ficou para trás, nem por isso espera facilidades. As cãibras começam a revelar-se o seu maior obstáculo. E nem as pastilhas ISOSTAR, ricas em Magnésio, amenizam as suas dificuldades. É exactamente neste ponto que as palavras da canção do António Variações, citadas no início desta crónica, parecem fazer todo o sentido.
Quando faltam menos de dois quilómetros para a meta surge a “fantasmagórica” figura do atleta vassoura. Se ainda fosse uma “Vassoura” como na Barreira??? As últimas centenas de metros, apesar de já conhecidas, parecem eternas.
Mas temos de terminar com a maior dignidade. Aliás, mesmo em último lugar, cumpriu-se o principal objectivo deste atleta. Terminar mais uma Maratona dos Trilhos do Almourol, divertir-se e desfrutar ao máximo esta aventura. E, segundo este ponto de vista, foi mais uma experiência amplamente cumprida.
Junto à Meta o Frederico aguardava pacientemente pela chegada do seu companheiro de luta. “Chegou. Mais uma maratona nas pernas”.
De regresso a Lisboa os dois atletas vão relatando as suas experiências. Tanto um como outro mais uma vez que “simplesmente adoraram”. O Carlos Gonçalves começa a dizer que tem de reequacionar no futuro a prova dos Trilhos do Almourol pela qual irá optar. Se calhar a modalidade dos 26 quilómetros talvez seja a mais adequada e mais sensata. O Frederico recorda as palavras do companheiro noutras situações e que, no final, acaba por ceder às suas tentações.
Ponto Final. Os Trilhos do Almourol continuam a ser uma das nossas maiores paixões. E por aqui nos iremos manter fiéis nos próximos anos. Mas será que alguma vez conseguiremos desviar da Corrida dos Sinos o nosso companheiro Carlos Teixeira? Esta é, seguramente, a nossa maior incógnita.
Até 2018.
RESULTADOS FINAIS DA MARATONA TRAIL
Atletas que concluiram a prova: 175
Vencedor: LUÍS FERNANDES (U.F.Comércio e Indústria Atletismo): 3:41:13
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº64)
Classificação Geral: 174º - Classificação no Escalão M60: 9º
Tempo Oficial: 8:25:04
Tempo médio/Km: 12m:02s <=> Velocidade média: 4,99Km/h (*)
RESULTADOS FINAIS DO TRAIL
Atletas que concluiram a prova: 371
Vencedor: LUÍS SEMEDO (AC Portalegre/UTSM): 1:55:15
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº595)
Classificação Geral: 333º - Classificação no Escalão M50: 33ª
Tempo Oficial: 4:39:02
Tempo médio/Km: 10m:44s <=> Velocidade média: 5,59Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário do Mês de Abril
35ª Edição da Corrida dos Sinos – 250 corridas completadas
Pela nona vez participei na corrida dos sinos com uma motivação adicional se chegasse ao fim completaria o número de 250 provas concluídas.
Nem nos meus melhores sonhos estava previsto chegar a este número quando em Outubro de 2008 em conjunto com o Frederico e a partir de Março de 2009 também com o Carlos Gonçalves iniciámos esta aventura e criámos a nossa equipa “Lebres e Tartarugas”. Mais algumas provas e também os restantes tartarugas atingirão esta marca porque as diferenças são pequenas.
Enquanto os meus companheiros lutavam ferozmente por completar mais um trail em Almourol lá fui eu para Mafra enfrentando uma manhã fresquinha mas com muito sol e algum vento que prejudicou um pouco a prestação dos atletas.
Ás 10.30 em ponto tocou o badal do sino e os atletas partiram em direção ao centro da Vila onde percorreram o primeiro Km nunca fácil porque é a subir, o segundo também tem as suas dificuldades em torno do majestoso Convento de Mafra dado que se percorre em piso empedrado, depois com passagem novamente pelo centro é sempre a descer até uma terra denominada Paz, daqui até ao Km 8,5 é a parte mais acessível da prova, no retorno a Mafra a maior dificuldade da prova entre os Kms 9,5 e 11 Km com a subida do Sobreiro. A meta tal como em edições anteriores estava instalada na pista do Parque Municipal um local sempre muito agradável.
Recolhido mais um Sino para a coleção desta vez verde, foi tempo de regressar a casa com mais uma corrida cumprida e aguardar por notícias dos meus colegas Tartarugas desta vez no papel de mouros.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a prova: 1650
Vencedor: JOSÉ GASPAR (Odimark Atletismo) - 0:46:53
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 1135)
Classificação Geral: 696º - Classificação no Escalão M55: 41º
Tempo Oficial: 1:15:35/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:15:14
Tempo médio/Km: 5m:01s <=> Velocidade média: 11,96 Km/h(*)
Calendário do Mês de Abril
Por ser perto de sua casa o Frederico optou por não acompanhar o Carlos Teixeira na sua deslocação a Salvaterra de Magos e optou por repetir a sua participação na corrida APAV de Alcântara a Belém.
Foi uma corrida de sacos de plástico.
Isto porque choveu durante toda a manhã o que tornou a corrida tão a gosto do Frederico.
O único senão é que a água era tanta no chão que certamente estava já misturada com água de esgoto, tal era a pressão no sistema de esgotos nesta zona tão baixa.
Para além disso a prova não teve grandes novidades de percurso, já tão calcorreado por estes atletas.
De Alcântara até ao Cais do Sodré, voltando até quase a Algés e novo retorno até Belém.
Os sinais de kms (1 a 9) estavam colocados cerca de 200 m mais cedo dando a impressão que a prova seria ligeiramente mais curta o que permitiria fazer um tempo total mais competitivo. Mas no último km tudo se compôs medindo no final 10.030 m, ou seja uma das marcações mais rigorosas de sempre.
Dadas as boas condições atmosféricas para o Frederico, registou um tempo final razoável. Só a perna direita é que teima em não melhorar, limitando de certa forma o esforço e colocando em risco a participação na semana seguinte no Trail de Almourol.
Uma nota final à adesão popular que aumentou significativamente nesta prova apesar do tempo.
[Crónica de Frederico Sousa]
Atletas que concluiram a prova: 965
Vencedor: CARLOS CARDOSO (GFD Running) - 0:33:03
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 1471)
Classificação Geral: 673º - Classificação no Escalão M: 543º
Tempo Oficial: 0:58:37/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:57:55
Tempo médio/Km: 5m:52s <=> Velocidade média: 10,24 Km/h(*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas do Mês de Março
Calendário para o Mês de Abril
. TRIATLO DE S. MARTINHO DO...
. 8ºTRAIL DOS MOINHOS SALOI...
. GRANDE PRÉMIO DO ATLÂNTIC...
. CORRIDA SÃO SILVESTRE DE ...