Acompanhado por duas lebres caminheiras desloquei-me para a zona ribatejana para representar os Lebres e Tartarugas em mais uma edição a 17ª dos 12 Km de Salvaterra de Magos.
Durante toda a viagem para Salvaterra choveu abundantemente sempre na esperança que à hora da partida a mesma fizesse um interregno mas do primeiro ao último metro da corrida foi sempre a levar com chuva que se prolongou ainda na viagem de regresso a casa.
Foi um regresso à mais tradicional prova de 12km que se realiza em Portugal após as participações nos anos de 2010, 2011 e 2012 acompanhado dos meus dois amigos tartarugas.
O facto de ser uma distância pouco usual acaba por ser o aspeto mais interessante e motivador da prova aleado ao facto de se realizar fora de Lisboa ar mais puro e menos confusão dado o número de participantes ser inferior.
Devido à chuva os momentos antes da corrida foram atribulados e de ansiedade para que a corrida começasse rapidamente em virtude do mau tempo que estava.
A corrida iniciou-se com a tradicional volta no centro de Salvaterra aproximadamente 1,5 Km e depois foi seguir pela Lezíria até ao Km 6,5 ponto de retorno e voltar pela mesma até ao Km 11 sendo o último Km disputado no centro de Salvaterra.
Apesar da chuva acabei por bater significativamente a minha melhor marca nesta competição ficando a escassos 23 s do meu record da distância obtido na “Bes Run” em Cascais.
O número de participantes ressentiu-se do mau tempo tendo concluído esta prova apenas 466 corajosos atletas.
Uma palavra final para as duas caminheiras Etelvina Teixeira e Domitília Gonçalves que percorreram estoicamente os 5 km em condições climatéricas muito más, sendo que é muito mais difícil suportar a chuva a andar do que a correr.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a prova: 466
Vencedor: HUGO CORREIA (Sporting CP) - 0:38:13
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 393)
Classificação Geral: 238º - Classificação no Escalão M5559: 18º
Tempo Oficial: 0:58:12/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:58:04
Tempo médio/Km: 4m:50s <=> Velocidade média: 12,40 Km/h(*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas do Mês de Março
Calendário para o Mês de Abril
Os Tartarugas reencontram-se após alguns meses de separação. Não digo que estiveram de “candeias às avessas” pois não houve qualquer desentendimento entre os membros que constituem este trio maravilha. Esta separação momentânea foi apenas, e tão só, o resultado de opções diferentes em termos de provas em que cada um decidiu participar e ainda da circunstância de um dos membros ter estado de “baixa prolongada”. A última corrida em conjunto remonta à Corrida São Silvestre de Lisboa no último dia do ano de 2016.
E, talvez por ironia do destino, o reencontro deu-se exactamente na prova que serviu de “pontapé de saída” para a fundação das LEBRES E TARTARUGAS, no já distante ano de 2009. Anteriormente todos os nossos atletas já se tinham iniciado no admirável mundo da corrida, muito antes do “running” ter entrado na moda.
A EDP Meia Maratona de Lisboa tem uma logística complicada para o transporte dos atletas para o local da partida. O acesso não é fácil sendo preciso deixar uma viatura tão próximo quanto possível da Meta e então rumar até à margem sul, preferencialmente através do comboio da Fertagus, passe a publicidade. Mas neste ano, e ao contrário do passado, os atletas marcaram encontro na zona do Pragal antes da descida para a Praça da Portagem. Às nove e meia, mais minuto menos minuto, dá-se a concentração da nossa equipa num local improvável atendendo à presença de largos milhares de pessoas nesta zona, participantes da Mini ou da Meia Maratona.
Em 2017 tivemos a maior representação de sempre. Só à sua conta o Frederico arregimentou 7 atletas para a Mini Maratona.
Se adicionarmos os quatro Semi-maratonistas e família, e ainda duas participantes extras, foram ao todo 16 os elementos que se juntaram à festa.
O ambiente foi igual ao das edições anteriores com a vantagem do São Pedro ter dado uma mãozinha. Sol, muito Sol, temperatura ideal, excepto para o Frederico, e total ausência de chuva, estavam criadas as condições ideais para uma manhã perfeita.
A Meia Maratona da Ponte 25 de Abril mantém-se igual de ano para ano, fazendo jus ao princípio de que “em equipa que ganha não se mexe”. Muitos milhares de participantes e, como é habitual, com imensos atletas estrangeiros que contribuem para a animação de uma das mais emblemáticas corridas das que se realizam em Portugal. A Ponte 25 de Abril é, sem dúvida, uma das mais belas do mundo recordando um tempo em que as pontes metálicas eram simultaneamente um meio de passagem para a outra margem e uma autêntica Obra de Arte. Aliás este é o nome actualmente dado às diversas pontes com que nos cruzamos todos os dias.
Curioso é o ponto alto da EDP Meia Maratona de Lisboa ser exactamente logo nos primeiros metros com a travessia a pé do Rio Tejo por uma via habitualmente reservada só aos veículos automóveis. E desfrutamos, logo de início, de uma esplendorosa imagem da encantadora e maravilhosa vista da nossa querida cidade de Lisboa. Curiosamente as melhores imagens que temos do Porto são exactamente as da outra margem do Rio Douro e antes da travessia através de uma qualquer das suas inúmeras pontes.
Como sempre a animação é grande. Ficámos também com a sensação de que neste ano havia mais participantes. Dado o sinal de partida não tivémos a confusão dos anos passados, com a mistura, logo de início, das duas categorias de participantes. Mas, nem por isso, a travessia foi isenta de atropelos e de empurrões. Aliás quem quer fazer bons tempos tem de escolher outras Meias Maratonas que não esta.
O percurso foi igual ao das outras edições, com os atletas de elite a partirem de um local diferente e já na margem Norte. E, ao longo dos mais de vinte e um quilómetros, foi quase sempre um constante aglomerado de atletas. Raros foram os metros em que conseguíamos correr a um ritmo mais elevado. Mas, e já o sabíamos, a EDP MEIA MARATONA DE LISBOA, mais do que uma competição, é, principalmente, um momento de fruição de agradáveis momentos de convívio quer com os outros atletas quer com o inúmero público que constantemente apoiava o nosso esforço e nos incentivava até à meta. Por momentos sentimo-nos como verdadeiros HERÓIS.
A nossa comitiva participante na Mini Maratona adorou. Os mais competitivos e arrojados Tartarugas da prova rainha cumpriram dentro das suas expectativas. De salientar a prestação do Frederico que, mesmo com uma arreliadora, e esperamos que não complicada, lesão, cumpriu até ao fim a sua prova. Antes já nos tinha avisado que, caso não se sentisse em condições de cumprir os 21,0975 quilómetros, quando chegasse a Alcântara viraria agulhas no sentido do percurso da Mini. Mas arriscou e ganhou a sua aposta. “Quem não arrisca não petisca”. O Frederico arriscou e ganhou.
No final, em frente aos Jerónimos, montou-se a habitual confusão. Daí o nosso reencontro ter sido previamente marcado para uma zona mais distante, e também menos confusa, em frente à entrada para o Museu da Presidência da República. Mas só se reencontrou parte da equipa. O Frederico e restante grupo virou agulhas para outro lado.
Foi a 131ª prova em conjunto dos três Tartarugas. Quando nos voltaremos a reencontrar não sabemos bem. Recomeça a participação em “Trails” e em provas de estrada com cada atleta a manter-se fiel às suas escolhas. Certo é que já temos já apalavrado para o início de Junho um regresso com o Georg, o nosso Tartaruga distante algures pelos States.
Agora é tempo de recuperar.
Atletas que concluiram a prova: 10560
Vencedor: JAKE THOMAS ROBERTSON (Nova Zelândia) - 1:00:01
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 6257)
Classificação Geral: 3005º - Classificação no Escalão M55: 133º
Tempo Oficial: 1:50:36/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:48:57
Tempo médio/Km: 5m:10s <=> Velocidade média: 11,62 Km/h(*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 8023)
Classificação Geral: 4075º - Classificação no Escalão M60: 84º
Tempo Oficial: 1:56:28/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:54:48
Tempo médio/Km: 5m:26s <=> Velocidade média: 11,03 Km/h(*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 8956)
Classificação Geral: 752º - Classificação no Escalão M5054: 72º
Tempo Oficial: 2:27:57/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:26:18
Tempo médio/Km: 6m:56s <=> Velocidade média: 8,65 Km/h(*)
JOÃO VALÉRIO (Dorsal Nº 13778)
Classificação Geral: 4720º - Classificação no Escalão M60: 102º
Tempo Oficial: 1:59:33/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:57:49
Tempo médio/Km: 5m:35s <=> Velocidade média: 10,74 Km/h(*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas do Mês de Março
Calendário para o Mês de Abril
Por ser perto de sua casa, o Frederico optou por participar numa prova de 10 kms em estrada, no que foi acompanhado pelo seu filho Gonçalo.
Ainda a recuperar de uma pequena lesão no tendão (proveniente da dança no lamaçal do fim de semana anterior na Corrida das Lezírias), o Frederico dispôs-se ainda assim a participar mais nesta prova para verificar se estaria em condições para a Meia Maratona do fim de semana seguinte.
Ponto de encontro em sua casa e deslocação a pé até à partida – uma caminhada de aquecimento de 15 minutos.
As condições metereológicas para o fim de semana melhoraram significativamente face aos dias anteriores – leia-se - o tempo piorou com nuvens, um pouco de vento e chuviscos. Ainda assim o sol teimou em aparecer.
O trajecto era simples e plano – partida junto ao Mosteiro dos Jerónimos em direcção a Algés, retorno até Alcantara e de novo até aos Jerónimos.
O calcanhar do Frederico aguentou-se bem durante 9 kms e meio, mas ao ver que, com algum esforço, conseguia acabar a prova dentro de uma hora, estragou-se tudo.
Um esticão nos últimos metros e ficou acesa uma luz amarela para a participação no fim de semana seguinte.
A ver vamos como decorre a recuperação.
Quanto ao Gonçalo reafirmou-se como o 4º tartaruga ao completar, com esta prova, 20 participações.
Temos atleta.
[Crónica de Frederico Sousa]
Atletas que concluiram a prova: 953
Vencedor: SAMUEL FREIRE (S L Benfica) - 0:31:43
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 744)
Classificação Geral: 752º - Classificação no Escalão M5054: 72º
Tempo Oficial: 1:01:09/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:59:57
Tempo médio/Km: 6m:00s <=> Velocidade média: 10,01 Km/h(*)
GONÇALO SOUSA (Dorsal Nº 961)
Classificação Geral: 734º - Classificação no Escalão M0034: 134º
Tempo Oficial: 1:00:34/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:59:21
Tempo médio/Km: 5m:56s <=> Velocidade média: 10,11 Km/h(*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário do Mês de Março
Ainda não refeito totalmente das mazelas do Off-Road da Barreira o Trailista Solitário das LEBRES E TARTARUGAS regressou a um local onde já foi muito feliz. De volta ao seu “habitat” natural reencontrou uma prova que lhe deixou boas recordações em 2016.
Mais do que uma corrida um “trail” é, acima de tudo, um conjunto de emoções e de puro convívio e confraternização entre os vários participantes. Aqueles que, muito legitimamente, participam numa prova desta natureza aspirando a uma boa classificação desaparecem num ápice deixando o caminho livre aos que encaram a sua participação mais numa lógica de convívio e de diversão. E é precisamente neste grupo que se enquadra o atleta das LEBRES E TARTARUGAS que voltou a repetir o “Trail da Costa Saloia".
A manhã apresentava-se fria mas solarenga. As temperaturas altas, dignas de uma Primavera anunciada mas ainda longe, afastavam o fantasma da enorme quantidade de lama que tinha caracterizado o Off-Road da Barreira, realizado uma semana atrás. Por outro lado o grande número de atletas presentes eliminavam também o outro fantasma que tinha acompanhado até ao fim o nosso atleta Carlos Gonçalves. Falamos, evidentemente, da simpática, mas indesejável, companhia de um ou de uma atleta vassoura que fecha o pelotão e se cola ao aleta que tem o azar de estar exactamente em último lugar. Não é que esta posição seja desprestigiante. Mas terminar em último é o que ninguém deseja.
Mantendo o mesmo percurso do ano passado manteve-se o encanto de uma prova de trail que entra, ou melhor já entrou, para o grupo restrito das provas a não perder.
Um trail é muito mais do que uma simples corrida de atletismo. A atenção é redobrada. Não nos temos de preocupar com os atletas que vão à nossa frente. As diferenças na classificação serão “negociadas” mais lá para a frente. Mas uma pedra escondida no meio da vegetação, ou da lama, pode provocar uma inesperada queda ou, pior ainda, uma lesão mais grave. É fácil “pisar” mal e partir um tornozelo. Todo o cuidado é pouco. E, sempre que necessário, devemos dar passagem a algum atleta que nos precede num ritmo mais elevado. “Amigo não empata amigo”.
OS primeiros dez quilómetros são o aquecimento para o que nos espera daí para a frente. Ainda travamos conhecimento com alguma lama, quanto baste, e atravessamos algumas ribeiras. Perfeito, estamos mesmo numa corrida de trail.
À passagem por uma queda de água (que pena não ter tirado uma foto) entramos na zona mais técnica do percurso. Até aqui conseguimos ter feito toda a prova sempre a correr. A partir deste ponto, a especificidade do percurso, todo ele muito técnico, obriga-nos a andar e evitar alguma queda mais aparatosa. Nesta fase “ninguém ultrapassa ninguém”.
Chegamos à Praia do Magoito. Temos pela frente as últimas, mas mais selectivas, subidas de todo o Trail. Custou um pouco mas sabemos, pelo menos os repetentes, que, daí para a frente, o pior já passou. Entramos em sucessivos trilhos junto à costa e que dão o nome à corrida. Estamos na Costa Saloia. Ao longe e lá mais em baixo o Mar apresenta-se bravo e imponente. Num sucessivo sobe e desce chegamos às Azenhas do Mar. Que beleza. O vento até decidiu dar-nos uma “ mãozinha”, soprando forte e por trás. O nosso atleta, lembrando-se dos saltadores de trampolim na neve, junta os braços ao corpo e adopta a forma de concha em cada mão. Realidade ou apenas suposição sente um aproveitamento do vento empurrando-o no sentido da corrida.
Último abastecimento de líquidos. O Tartaruga Solitário não pára. Apenas olha para trás. Só que tropeça numa qualquer pedra e cai sobre a perna esquerda, exactamente sobre a mazela de há uma semana a atrás.
Os últimos quilómetros são engolidos com uma facilidade que certamente não esperaria. Tudo é exactamente igual ao ano anterior. É nestes quilómetros finais que muitos quebram.
Na marca dos 22 quilómetros encontra-se uma seta a indicar a direcção correcta. O meu relógio marca 21,9 km. Talvez tenha feito alguns “cortes” no percurso ou, simplesmente e como já habitual, a distância final seja ligeiramente menor.
Um último ânimo, um derradeiro esforço. Este último quilómetro é feito sempre a correr, num ritmo constante e vigoroso. Conseguem-se as últimas ultrapassagens. Ainda antes de entrar no Campo de Futebol da União Mucifalense já tinha feito as pazes com a distância da corrida. O meu Garmin marca mais de vinte e três mil metros. Trezentos metros mais à frente cruzo a linha da chegada.
A satisfação é total, tanto pela minha prestação como pelo sentimento de dever cumprido.
Manteve-se a aura mágica do Trail da Costa Saloia. É uma prova que continuará a figurar no meu “Quadro de Honra” de Corridas de Trilhos. Tenho de arregimentar mais alguém para me fazer companhia em 2018.
Atletas que concluiram a prova: 359
Vencedor: JOÃO FREIRE (Clube de Praças da Armada) - 1:47:33
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 370)
Classificação Geral: 230º - Classificação no Escalão M60: 8º
Tempo Oficial: 2:54:15/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ND
Tempo médio/Km: 7m:35s <=> Velocidade média: 7,92 Km/h(*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário do Mês de Março
Pelo nono ano consecutivo os Lebres e Tartarugas estiveram representados na corrida das Lezírias por Frederico Sousa e Carlos Teixeira.
A corrida das Lezírias é uma das quatro carismáticas corridas de 15km em que ao longo desta última década temos participado as outras são as Fogueiras em Peniche, os Sinos em Mafra e a corrida do 1º de Maio em Lisboa.
Destas corridas a das Lezírias não é exatamente uma prova de 15 Km, mas sim de 15,3 Km aproximadamente, curiosamente a organização no passado anunciava que se tratava de uma prova de 15Km e agora publicita 15.5 Km, mas na realidade a distancia percorrida é sempre superior a 15 e inferior a 15,5 km.
Ao contrário das outras três corridas a prova de Vila Franca de Xira tem também a particularidade de a maior parte da corrida ser percorrida em piso de terra (aproximadamente 9 Km).
Pela primeira vez segui antes da prova integralmente o programa de aquecimento proporcionado pela organização perante a observação estática e sorridente do tartaruga Frederico.
Á partida o tempo ameaçava chuva, mas estava uma temperatura ideal para correr e durante a corrida foi aparecendo alguma cacimba que ajudou a hidratar.
O percurso foi exatamente igual à das outras oito edições em que participámos sendo a ponte de Vila Franca e algumas partes do piso no centro da cidade com os habituais quadrados os momentos mais difíceis de ultrapassar, no entanto na edição deste ano apareceu-nos perto do km oito uma surpresa que se prolongou durante 1,5 Km que foi a lama. Esta parte da corrida foi difícil de ultrapassar porque os pés escorregavam e/ou enterravam-se na lama, não deixando de ter alguns momentos divertidos foi um alívio quando se chegou ao fim da Lezíria.
É sempre uma prova bonita de participar num ambiente agradável na Lezíria e onde o local de partida e chegada no parque desportivo da cidade é também bastante simpático.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a prova: 1373
Vencedor: ANDRÉ COSTA (UFC Indústria Atletismo) - 0:52:34
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 989)
Classificação Geral: 541º - Classificação no Escalão M5559: 43º
Tempo Oficial: 01:17:19/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:16:45
Tempo médio/Km: 4m:57s <=> Velocidade média: 12,12 Km/h(*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº990)
Classificação Geral: 1234º - Classificação no Escalão M5054: 146º
Tempo Oficial: 1:39:54/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:39:19
Tempo médio/Km: 6m:24s <=> Velocidade média: 9,36 Km/h(*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário do Mês de Março
Lama, lama, muita lama, “estou farto de lama”, ainda mais lama …
Foi neste ambiente que a equipa das LEBRES E TARTARUGAS, através do seu atleta solitário Carlos Gonçalves, abriu o ano de 2017 no que a provas de “trail” diz respeito.
Em quatro edições desta prova a nossa equipa esteve presente três vezes apenas falhando a primeira. E, apesar do Frederico, o outro trailista da equipa, ter sido mordido por um cão na edição de 2015 não foi este o motivo que o afastou do Trail da Barreira. Ter-se cruzado uma lixeira em plena floresta marcou indelevelmente o nosso atleta não tendo qualquer motivação para regressar à Barreira.
Do outro lado da barricada está o Carlos Gonçalves que ficou de tal modo encantado com o traçado da prova e do ambiente que a rodeia que elegeu o Off-Road da Barreira como um “trail” a não perder.
Sozinho partiu de Lisboa de manhã bem cedo até Leiria. Grande parte da viagem foi feita de noite e com algum sono à mistura. Chegou à simpática localidade da Barreira com tempo para tudo. A chuva que se fez sentir ultimamente prenunciava um terreno bem pesado. E no “briefing” fomos logo avisados que a primeira parte da corrida iria ser mais técnica. Nos dias que antecederam a prova o terreno estava em bom estado. No entanto era expectável que um piso enlameado marcasse presença endurecendo a corrida e exigindo o máximo dos atletas presentes.
E voltamos ao início desta crónica. Lama, muita lama, foi uma constante ao longo de todo o percurso. Só ao fim de quatorze quilómetros é que tivemos direito a umas centenas de metros de piso bem consistente. Com a entrada na floresta formada por um emaranhado de pinheiros e de eucaliptos pensávamos reencontrar um piso bem rolante à semelhança das edições anteriores. Mas até neste ponto iríamos verificar mais à frente que estávamos rotundamente enganados. A lama mostrou-se-nos com uma irritante constância ao longo de toda a corrida.
Logo após a partida, e após algumas centenas de metros iniciais da prova do Trail Longo, o Tartaruga presente olhou de relance para trás e verificou que atrás de si apenas estavam uma meia dúzia de atletas. Nada animador pois, caso as coisas não lhe corressem bem, em breve teria como companhia, e como que a “morder-lhe” os calcanhares, a atleta “Vassoura”.
Mas o que interessa é terminar e desfrutar ao máximo o ambiente único das provas de trilhos.
Com a lama a ditar a lei o mais difícil era mesmo mantermo-nos de pé e evitar alguma queda mais aparatosa e de consequências bem imprevisíveis. Nestas condições o esforço exigido aos atletas foi bastante acima do previsto. E, neste capítulo, o único membro das LEBRES E TARTARUGAS veio a pagar bem caro o desgaste provocado pela inesperada dureza da prova. Uma escorregadela que lhe deixou marcas na perna esquerda, seguida de um erro no percurso que o obrigou a voltar para trás acrescentando algumas centenas de metros ao percurso original, empurrou perigosamente o atleta para os últimos lugares.
De olhos postos no seu caminho apenas vislumbrava, aqui e acolá, uma atleta que o ultrapassara aquando do engano no percurso. Olhando para trás ainda não via sinais da atleta vassoura.
Com algum esforço conseguiu chegar à companhia da atleta que o precedia. Nos próximos quilómetros o esforço passou a ser dividido entre este duo motivando-se mutuamente.
Mas o cansaço começa a dar os seus primeiros sinais. Ao passar por um refrescante curso de água começam a surgir as primeiras cãibras. Mau. Não era necessariamente este tipo de sinais que o atleta mais necessitava. Abrandando o ritmo da corrida, e pensando sobretudo em terminar o Off-Road da Barreira nas melhores condições possíveis, eis que, contra os seus desejos, vê-se inexoravelmente “caçado” pela última atleta que seguia em companhia da atleta “vassoura”.
- “Pensava que estava em último lugar?”
- Sim, respondo eu.
- Mas não está pois quem vai ser a última pessoa a cortar a meta sou eu.
Faltavam menos de dez quilómetros. Ao ritmo que este humilde atleta conseguia avançar seriam perto de duas horas que iríamos ter pela frente. Conversa puxa conversa, e a conversa é como as cerejas, os últimos quilómetros passaram num ápice. Cada um contava os seus feitos e as suas perspectivas futuras encontrando muitos pontos comuns no encanto e na beleza das corridas de “Trail”. E, naturalmente, que a conversa resvalaria para o tema do momento. O súbito desaparecimento da Analice e do seu exemplo de vida a ser assumido por todos nós.
Chegamos ao último abastecimento. O fim está próximo, mesmo ali ao virar da esquina. “Quando faltam dez quilómetros não temos desculpa para não terminar, a menos que surja alguma lesão. É sempre a descer até à meta”. É este o princípio deste humilde tartaruga armado em trailista e numa modalidade mais virada para os mais novos e mais bem preparados.
Mas a vitória é terminar.
Cruzamos pela última vez uma estrada alcatroada. O acesso ao Jardim do Visconde da Barreira está bem à nossa frente.
A minha companheira incentiva-me a abordar as últimas centenas de metros sempre a correr para ficar bem na fotografia.
Quando todos já tinham concluído a sua prova sou recebido com aplausos como se fosse, na realidade, o vencedor. “Fui o primeiro dos últimos”.
Para memória futura e registo no blogue das LEBRES E TARTARUGAS peço ajuda a uma fotógrafa de serviço para tirar uma foto a este duo inesperado e que eu nunca desejaria formar no momento do tiro de partida.
Mas há males que vêm por bem. Uma simples foto representava bem o nome da nossa equipa: a Lebre acompanhada do Tartaruga…
Ponto final. Em 2017 voltarei à Barreira, sozinho ou na companhia de alguns outros LEBRES E TARTARUGAS.
Atletas que concluiram a prova: 110
Vencedor: DIOGO BAENA (Juventude Vidigalense) - 2:11:39
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 253)
Classificação Geral: 110º - Classificação no Escalão M60: 4º
Tempo Oficial: 4:52:15/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ND
Tempo médio/Km: 10m:49s <=> Velocidade média: 5,54 Km/h(*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário do Mês de Março
CASCAIS SOB O SIGNO DE ANALICE “ Ei de correr até que Deus queira”
Em pleno espírito carnavalesco realizou-se a primeira edição da meia-maratona de Cascais pondo fim a uma série de edições da antiga prova denominada “20Kms de Cascais”.
No habitual pelotão de participantes faltava uma pessoa muito querida de todas a Analice que recentemente nos deixou, a organização não se esqueceu e prestou-lhe uma justa homenagem antes da corrida que consistiu numa prolongada salva de palmas seguida de um minuto de silêncio. No nosso Blog o nosso redator chefe já lhe dedicou um texto em nome de toda a equipa dos Lebres e Tartarugas, todos a respeitávamos e admirávamos muito e ficamos com o seu exemplo.
Os Lebres e Tartarugas tiveram em sua representação o Frederico Sousa e o Carlos Teixeira dois atletas que passaram grande parte da sua vida em Cascais, pelo que tinham um bom conhecimento do percurso.
Face aos anos anteriores houve uma alteração no percurso que foi do agrado dos atletas tendo sido eliminada a volta dentro da Vila e prolongado até ao Guincho o trajeto junto do mar.
Como nas edições anteriores dos 20km muitos atletas iam mascarados, sendo já uma marca desta corrida, os que iam mascarados de corpo inteiro devem ter sofrido bastante porque apesar da prova se ter iniciado com o céu encoberto e com uma aragem fresca, acabou com sol e algum calor.
Sobre a corrida em si não há muito a dizer é certamente uma das meias-maratonas mais bonitas do Mundo face à paisagem que é possível desfrutar, é animada pela quadra em que se realiza e é eminentemente plana com as subidas no hipódromo logo no início e a do farol perto do fim como principais dificuldades, mas com duas faces porque também são descidas nos respetivos sentidos inversos.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a prova: 2165
Vencedor: JOSÉ GASPAR (Individual) - 1:07:32
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº321)
Classificação Geral: 1969º - Classificação no Escalão V50: 180º
Tempo Oficial: 2:19:59/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:17:56
Tempo médio/Km: 6m:32s <=> Velocidade média: 9,18 Km/h(*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 322)
Classificação Geral: 826º - Classificação no Escalão V55: 43º
Tempo Oficial: 01:47:29/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:47:04
Tempo médio/Km: 5m:04s <=> Velocidade média: 11,82 Km/h(*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas do Mês de Fevereiro
Calendário para o Mês de Março
. TRIATLO DE S. MARTINHO DO...
. 8ºTRAIL DOS MOINHOS SALOI...
. GRANDE PRÉMIO DO ATLÂNTIC...
. CORRIDA SÃO SILVESTRE DE ...