Uma semana depois novamente um trio representou os Lebres e Tartarugas em mais uma corrida de 10 km, Frederico Sousa e Carlos Teixeira repetiram a presença e em vez de Gonçalo Sousa participou André Catela.
Depois de conseguirem estacionar as respetivas viaturas os atletas confraternizaram em uma delas uma vez que a manhã em Mem Martins estava muito fria acompanhada por um vento cortante.
O Frederico como sempre mostrava-se preguiçoso e sem vontade nenhuma de correr, mas esta atitude já é normal neste atleta, no entanto no final da corrida estava bem contente por ir descansar.
Perto do início da corrida fomos aquecendo até à meta comentando o frio que estava, mas como sempre junto à partida face à aglomeração dos atletas a temperatura estava mais suportável.
Participaram na corrida perto de 400 atletas e como o jovem André comentou, a maior parte eram atletas com já alguma veterania o que não é o caso dos dois outros atletas dos Lebres e Tartarugas que estão cada vez mais novos.
A corrida teve um começo muito rápido por um lado porque o percurso ajudava e por outro porque a própria temperatura convidava, mas chegados ao KM 1,8 tudo se transformou com uma subida bem dura de aproximadamente 600 metros e com uma fase final mais complicada junto a uma bomba de gasolina, felizmente logo seguida havia uma boa descida. Depois de algumas partes planas entre os 6 e 7kms volta-se novamente a subida atrás referida, sendo que depois da mesma viramos para a esquerda e não para a direita como na 1ª volta, onde enfrentámos uma descida cujo declive era bastante acentuado. A parte final foi algo desorganizada com muitos caminheiros no meio da estrada a dificultar a prestação dos atletas.
O Grande Prémio de Mem Martins é uma prova com alguma dificuldade mas que se torna agradável pela diversidade do percurso composto de subidas, descidas e piso plano, menos monótona do que as habituais corridas de 10km totalmente planas.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a prova: 371
Vencedor: CARLOS SILVA (GDR Reboleira) - 0:32:13
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 381)
Classificação Geral: 185º - Classificação no Escalão M5559: 13º
Tempo Oficial: 0:50:54/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:50:43
Tempo médio/Km: 5m:04s <=> Velocidade média: 11,83 Km/h(*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº382)
Classificação Geral: 318º - Classificação no Escalão M5054: 29º
Tempo Oficial: 1:02:10/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:01:57
Tempo médio/Km: 6m:12s <=> Velocidade média: 9,69 Km/h(*)
ANDRÉ CATELA (Dorsal Nº 383)
Classificação Geral: 317º - Classificação no Escalão M0034: 56º
Tempo Oficial: 01:02:10/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:01:59
Tempo médio/Km: 6m:12s <=> Velocidade média: 9,69 Km/h(*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário do Mês de Fevereiro
Há mortes que nos marcam e impressionam. E há as que nos batem bem fundo. Esta foi mesmo MUITO forte.
Eu, e penso que ninguém, estava preparado para esta "despedida" trágica e antecipada.
A Analice, agora que tinha encontrado o seu "cantinho da felicidade", não merecia esta partida. E nós também não. Habituámo-nos a ver nela uma companheira da mesma luta e imbuída dos mesmos ideais. Era um estímulo.
Vou sentir muito a sua falta. Em Maio, quando estiver na fila de partida para a Ultra Maratona de Portalegre, não vou reparar nos muitos atletas que, como eu, vão tentar desafiar com sucesso os cem quilómetros da prova. "Apenas" vou sentir a falta de uma "simples" atleta. Simples apenas por ser só uma corredora no meio de algumas centenas. Mas que corredora. E, para todos nós, é uma "simples" MUITO GRANDE. A sua memória vai ser a razão do meu treino dos próximos meses para levar de vencida novamente esta grande prova.
E, quando enfrentar alguns momentos de fraqueza, a sua memória vai ajudar-me a seguir em frente.
Este meu desabafo certamente que também é corroborado por muitos dos companheiros da Analice e, à cabeça, pelos meus colegas de equipa.
O Tartaruga CARLOS GONÇALVES
Esta é a crónica que não queria escrever por ser baseada numa notícia que nunca queria receber.
Pois é. Infelizmente tudo tem um fim. Mas, por tudo o que passou, a Analice não merecia deixar tão cedo a companhia de todos os que a adoravam e admiravam.
Muito se tem escrito sobre esta exemplar atleta. A sua experiência de vida normalmente conduziria a um desfecho bem mais trágico. Mas, a Analice Silva sempre soube dar a volta a todos os problemas da sua vida e encontrar no atletismo uma motivação extra que a levou a momentos de satisfação, de amizade e de admiração de todos os sortudos que com ela privaram. Isto é a essência do Desporto. Não é só competição mas amizade e respeito pelos "adversários". A Analice não era nossa adversária. Apenas, e já é muito, uma AMIGA com muitos interesses em comum.
Os atletas das LEBRES E TARTARUGAS tiveram o grande prazer de se cruzarem muitas vezes com esta lenda do atletismo português. Apesar de ter naturalidade brasileira, há muito que já tinha adoptado Portugal como seu porto de refúgio. Desde as tradicionais provas de estrada, com predominância para as Maratonas e Meias Maratonas nas quais nos habituámos a encontrar a figura deste franzina atleta no alto dos seus setenta e tal anos, cruzarmo-nos-íamos com ela em muitas corridas de trilhos às quais a Analice emprestava o seu nome para a lista de participantes. Prova em que a Analice marcasse presença significava que era mesmo uma corrida a desafiar.
Nos cem quilómetros da Ultra Maratona de Portalegre a Analice, com uma leveza impressionante, deixava para trás muitos atletas que perguntavam a si próprios com era possível que uma pessoa daquela idade completasse uma prova que muitos ambicionavam terminar mas nem todos o conseguiram.
Guardo com muito orgulho o facto de ter andado com a Analice "às cavalitas" para a ajudar a saltar sobre um muro que sozinha não conseguiria transpor. E, logo após esta ajuda, ela "se sumiu", em bom sotaque brasileiro, só voltando a ter notícias dela após ter concluído mais um Ultrail de São Mamede.
Na última edição da UTSM, em Maio de 2016, no momento de cruzarmos a primeira ribeira o aglomerado de atletas era grande. A certa altura uma atleta tenta furar e passar à frente de todos os que aguardavam pela sua oportunidade. Em condições normais gerar-se-ia uma tremenda confusão. Alguns perguntavam mesmo quem era aquela "penetra" a pretender passar à frente de muitos. "É a Analice, referi". Ok. Tem passagem livre.
Na Ultra Maratona Melides/Tróia a Analice corria descalça e voava sobre a areia com uma leveza tal que nos levava invariavelmente a perguntar "Como?".
E muitas mais histórias haverá para recordar sobre esta extraoridária atleta.
Em muitas corridas a Analice foi a nossa verdadeira "Lebre" que nos estimulava a fazer sempre mais. Temirnar perto dela já era um grande feito. Ultrapassá-la era uma tarefa, na maioria das vezes, impossível.
Todos os que se cruzavam com a Analice deleitavam-se com os relatos das suas experiências. Quase que éramos "arrancados" da conversa para irmos correr, na realidade o propósito que nos tinha levado a certas paragens.
A Analice perdeu a sua última corrida. Agora vai desafiar a Ultra Maratona da Eternidade. E já a venceu pois nunca mais nos esqueceremos do seu nome. Continuará a ser uma das nossas referências mais importantes. Se ela conseguiu ultrapassar alguns obstáculos significa que nós também o conseguiremos.
ADEUS ANALICE!
Disputou-se na Costa da Caparica mais uma edição do Grande Prémio do Atlântico a 18ª, prova já tradicional no calendário nacional e também com a presença habitual de alguns tartarugas.
Desta vez os tartarugas tiveram representados pelos atletas Frederico Sousa e o seu filho Gonçalo Sousa (segunda prova consecutiva em 2017) e Carlos Teixeira na sua primeira aparição após umas primeiras semanas de 2017 em que por motivos de saúde não foi possível representar a sua equipa.
Na véspera e na manhã antes da corrida chovia a cântaros, antes de sair de casa ainda passei algumas vezes pelo telemóvel esperançado que os Sousas desitissem, mas os tartarugas apesar de estarem diferentes nunca desistem.
Curiosamente desde o tiro de partida até final não caíu um pingo e o sol até apareceu por diversas vezes.
Depois de levantamentar os dorsais o encontrei-me com os tartarugas Sousas junto da zona de partida, colocados os mesmos e os respetivos Chips deu-se uma tímida corrida de aquecimento e confratenização antes de a prova ter início.
O percurso foi exatamente igual ao de anos anteriores, nalguns espaços com diversas poças e à saida do pontão da praia com alguma lama mas tudo faz parte e neste caso não criaram grandes dificuldades aos atletas.
Chegados os 3 tartarugas foi o regresso a casa com mais uma manhã de corrida preenchida e nada mais do que isso os tartarugas estão diferentes deixaram de ter stress competitivo, de partilhar resultados, de falar sobre a prova, e cada um deles à sua maneira vai gerindo a rotina das corridas.
Será que chegou a hora destes amigos enfrentarem novos desafios !!!!!
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a prova: 980
Vencedor: JOÃO MOTA (Equipa Marinha - CEFA)) - 0:34:11
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº1056)
Classificação Geral: 729º - Classificação no Escalão M5054: 82º
Tempo Oficial: 1:01:10/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:00:30
Tempo médio/Km: 6m:03s <=> Velocidade média: 9,92 Km/h(*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 1057)
Classificação Geral: 399º - Classificação no Escalão M5559: 21º
Tempo Oficial: 0:51:28/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:50:48
Tempo médio/Km: 5m:05s <=> Velocidade média: 11,81 Km/h(*)
GONÇALO SOUSA (Dorsal Nº 1058)
Classificação Geral: 705º - Classificação no Escalão M0034: 180º
Tempo Oficial: 01:00:19/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:59:39
Tempo médio/Km: 5m:58s <=> Velocidade média: 10,06 Km/h(*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário do Mês de Fevereiro
Ainda na ressaca da Corrida do Fim da Europa os atletas das LEBRES E TARTARUGAS, ou pelo menos alguns deles, regressam à estrada para uma corrida que já faz parte do seu habitual calendário de provas.
Novidades não havia. Reforçados com o Gonçalo Sousa a equipa decidiu arriscar “todas as fichas” nesta corrida, não em termos competitivos mas mais na vertente da logística associada à mesma. Para uma prova que se iniciaria às dez e meia da manhã de um solarengo domingo de Fevereiro, os atletas marcaram encontro em casa do Frederico apenas às dez da manhã. Algo previa que estávamos mesmo a “andar em cima do arame”. Não tínhamos grande margem de manobra, fosse para estacionar o meio de transporte de equipa ou para recolha dos dorsais e “chips” obrigatórios.
Mal nos aproximamos das imediações do local da partida enfrentamos o primeiro contratempo com os agentes da autoridade a impedirem a nossa passagem. Sem entrarem em pânico o Frederico e o Gonçalo decidem “saltar” do carro, quase em andamento, e correrem à procura do local de levantamento dos “kits” de participantes. O Carlos e o João Valério ficaram para si com a tarefa de arranjar rapidamente um local de parqueamento. Não foi difícil pois, nas imediações do Restaurante “Mercado do Peixe”, havia muitos lugares. Faltavam pouco mais de vinte minutos e ainda tínhamos de ir à procura do resto da equipa. Em passo de corrida estes dois atletas vêem-se forçados a um período de aquecimento em passo de corrida que, apesar se ser sempre desejável, nem sempre é cumprido. Mas agora não havia nada a fazer.
Entramos na recta da partida e nas imediações da qual já se aglomeram centenas de atletas. Mas dos Sousa, Frederico e Gonçalo, nem um sinal. Ouvimos o “speaker” avisar que faltam dez minutos para a partida. Sem entrar em pânico tentamos vislumbrar o resto da equipa. Andamos de um lado para o outro ao longo da fila de atletas que se preparam para a corrida. Quando faltam menos de cinco minutos dá-se finalmente o reencontro da equipa. Tudo sob o possível controlo. Distribuímos os dorsais e os chips. Cada um “monta” o dorsal com a calma e a ordem possíveis. Prendemos os chips nos atacadores das sapatilhas de corrida enquanto ouvimos que faltam apenas dois minutos para o sinal da partida. Finalmente podemos descansar um pouco, e numa posição mais atrasada do que é habitual relativamente aos atletas mais adiantados. Mas não há qualquer “stress” quanto a isto.
Às dez e meia em ponto ouvimos o sinal de abertura das hostilidades. Muita gente aglomerada, acotovelando-se e quase se atropelando, constitui a imagem de marca das primeiras centenas de metros. O percurso é rigorosamente o mesmo das últimas edições. Para os “habitués” tudo se vai desenrolar sem qualquer surpresa.
Para quem não procura um bom lugar na classificação final, partir nos últimos lugares tem mais vantagens do que inconvenientes. Principalmente do foro psicológico. Com o “avançar da carruagem” a diferença entre ultrapassar e ser-se ultrapassado pende mais para a primeira acção. Sentimos que estamos a fazer uma corrida de trás para a frente e em crescendo. Aqui e ali lá somos passados por um ou outro atleta mais rápido. Mas isto é mais a excepção do que a regra.
E o facto de já conhecermos o trajecto é uma grande vantagem no sentido de sabermos onde atacar ou onde nos pouparmos. E entre o oitavo e o nono quilómetro travamos o encontro com a arreliadora e bem conhecida subida final até às imediações do Restaurante dos Montes Claros.
Faltam pouco mais de quinhentos metros. Ao entrar na Alameda Keil do Amaral surge a meta ali mesmo ao nosso alcance da nossa vista. Um “sprint” final, ou perto disso, com o objectivo de umas últimas ultrapassagens e de tentarmos melhorar o nosso tempo.
Um a um os atletas das LEBRES E TARTARUGAS vão terminando a sua prestação em mais uma Corrida da Árvore. De regresso ao “autocarro” da equipa comentamos a prova, falamos das Lebres (cuidado que estamos a resvalar para um caminho perigoso), e abordamos o temoa das próximas corridas.
Desfeito o quarteto cada um segue à sua vida para um merecido repouso no que nos resta deste fim-de-semana.
Para a semana talvez haja mais alguma prova. E toda a equipa anseia pelo regresso do “lesionado/doente” Carlos Teixeira.
Atletas que concluiram a prova: 875
Vencedor: FILIPE JANUÁRIO (Millenniumbcp) - 0:34:45
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 944)
Classificação Geral: 697º - Classificação no Escalão M5054: 75º
Tempo Oficial: 1:05:24/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:04:25
Tempo médio/Km: 6m:26s <=> Velocidade média: 9,31 Km/h(*)
GONÇALO SOUSA (Dorsal Nº 945)
Classificação Geral: 689º - Classificação no Escalão M0034: 122º
Tempo Oficial: 1:54:09/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:53:45
Tempo médio/Km: 6m:26s <=> Velocidade média: 9,31 Km/h(*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 967)
Classificação Geral: 341º - Classificação no Escalão M6099: 30º
Tempo Oficial: 0:54:20/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:53:21
Tempo médio/Km: 5m:20s <=> Velocidade média: 11,25 Km/h(*)
JOÃO VALÉRIO (Dorsal Nº 968)
Classificação Geral: 411º - Classificação no Escalão M6099: 33º
Tempo Oficial: 0:55:54/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:54:54
Tempo médio/Km: 5m:29s <=> Velocidade média: 10,93 Km/h(*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário do Mês de Fevereiro
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