Pelo segundo ano consecutivo uma comitiva das LEBRES E TARTARUGAS deslocou-se a Bucelas para participar no Trail e na Caminhada das Bruxas. Continuamos assim totalistas de uma prova na qual contamos participar nos próximos anos.
Em 2015 estiveram presentes o Trailista Carlos Gonçalves e a Caminheira, nossa Treinadora, Ana Luísa, substituta à última hora do Frederico que, por motivos imprevistos, não pôde comparecer.
Com as boas recordações da prova de 2015 o Carlos Gonçalves logo elegeu esta como uma corrida a não perder. Quase se poderá dizer que desde o dia 31 de Outubro de 2015, da mesma forma que uma criança começa a contar fervorosamente o número de dias que faltam ou para o seu aniversário ou para o Natal, começou a fazer “riscos” imaginários no Calendário da sua cabeça e a contar quantos dias faltavam para o próximo Halloween e para a abertura das inscrições para a segunda edição do Trail Nocturno de Bucelas.
E não só conseguiu arregimentar novamente a Caminheira Ana Luísa, repetente de 2015, mas também obteve o acordo do seu eterno companheiro das corridas de Trilhos, Frederico, para provar do que mais belo há no atletismo amador e popular: uma prova de Trail e uma corrida nocturna. O terceiro elemento fundador das LEBRES E TARTARUGAS, fiel aos seus princípios, optou por trocar uma deslocação a Bucelas pela estreia no dia seguinte nos Vinte Quilómetros de Almeirim. Será que teve medo de travar encontros imediatos do terceiro grau com alguma Bruxa ou com alguma “Alma Penada” no meio da Floresta? Só ele o poderá dizer …
Conhecedores da logística do ano passado os três Tartarugas marcaram encontro ao cair da noite em casa do Frederico. Só tinham de apanhar a CRIL, seguir até Odivelas, tomar a A8 e sair na zona do Infantado seguindo as setas de Bucelas, quando as mesmas fossem visíveis. Um percalço na escolha da direcção certa quase levou a nossa comitiva às instalações do MARL. Demos meia volta e, como seis olhos vêem melhor do que dois, lá encontrámos caminho certo.
Chegámos ao nosso destino e estacionámos o carro no mesmo local de sempre.
Tínhamos tempo de sobra para ir levantar os dorsais e regressar ao carro para deixar os acessórios supérfluos. O Frederico hesitava entre levar a mochila com uma garrafa de água ou deixar tal apetrecho no carro. Como a prova se iria desenrolar à noite, e não havia muito calor, poderia dispensar o peso adicional. Mas não o fez.
De regresso à zona da partida tiram-se as fotos que ilustrarão a nossa notícia.
Experimentam-se as diversas combinações de atletas. Mas como a “aselhice” por vezes impera não conseguimos registar para a posteridade a pose do Frederico com a Caminheira Ana Luísa.
O Pavilhão Desportivo dos Bucelenses estava pleno de animação. As Bruxas descansavam na Bancada aguardando para a sua entrada em acção.
Perante o Cenário envolvente o Frederico avançava que seria preferível desistir do Trail e optar pela Caminhada. As companhias e o convívio pareciam vir a ser bem melhores e mais compensadoras.
Mas acabou por se manter fiel à escolha inicial. Em conversa com a Treinadora/Caminheira cada um dos Tartarugas avançava com as suas previsões de tempo de duração da corrida. O Carlos Gonçalves apontava umas “ambiciosas” duas horas para os quinze quilómetros totais. O Frederico, um pouco mais modesto ou mais realista, arriscava duas horas e meia para a sua prestação. No final far-se-iam as contas. A Caminheira deveria chegar entre dos dois “Trailistas”.
"Em equipa que ganha não se mexe". Transposto este princípio para qualquer organização, nomeadamente de Corridas, o bom senso aconselha não fazer alterações numa fórmula que revelou algum sucesso. Trocando por miúdos, quando o Trail Nocturno de Bucelas teve na primeira edição o êxito que todos reconhecem, muitos deles tendo regressado em 2016, a sensatez aconselhava que não se mexesse muito na prova, principalmente no que se refere ao traçado e percurso da mesma.
Mas assim não o entenderam todos aqueles que contribuíram para voltar a pôr de pé um Trail/Caminhada que teve como mote a Noite das Bruxas. Arriscando, sem o ser necessário, foram introduzidas algumas alterações ao percurso, principalmente na primeira metade do mesmo, e recuperando parte do traçado do Trail de Bucelas que se disputou nesta mesma zona no Domingo de Carnaval de 2016. Mas podemos considerar que a aposta foi ganha. Quer os estreantes quer os repetentes ficaram agradados com o traçado escolhido. Sendo uma prova nocturna não seria de esperar trilhos demasiado técnicos e que comportassem algum risco desnecessário. Mas também não podemos afirmar que foi uma prova muito fácil e só para passar o tempo. Alguns troços apelavam à atenção e à concentração dos corredores não fossem colocar mal um pé ou tropeçarem em alguma pedra ou raiz mais escondida e que levasse a um trambolhão certo.
Mas a prova também teve a sua dose de dureza. O facto de os troços não serem muito exigentes permitia, a quem o desejasse, fazer todas as subidas sempre em passo de corrida, o que provocaria um desgaste adicional.
Apesar da Coincidência, ou talvez não, parece que a organização, formada pelo consórcio, chamemos-lhe assim, Bucelas Aventura e Clube de Futebol Os Bucelenses, gosta de realizar provas desportivas com algum carácter temático. Foi assim no Trail Diurno disputado no Domingo de Carnaval e agora, uma vez mais, em cima da Festa do Halloween. Será coincidência ou talvez não? Se é propositado então só os temos de saudar por tal decisão.
Às oito e vinte era dado o tiro de partida para a prova principal. Os atletas tomaram de assalto a estrada, e posterior entrada em ambiente de trail, cumprindo o primeiro quilómetro sempre a subir. Foi uma subida longa e a traçar desde logo as diferenças dentro do pelotão. Os mais bem preparados, e com outras ambições que não só o puro divertimento, desaparecem num ápice na escuridão da noite. Quando se atinge o primeiro ponto mais alto presenciamos o espectáculo típico das corridas nocturnas. Os inúmeros frontais brilhando no meio da montanha assemelham-se a uma enorme cobra luminosa que se estende por todo o caminho.
Começam a avistar-se os Caminheiros que partiram um pouco mais tarde do que os trailistas. Os primeiros 6 quilómetros são comuns. Lá mais para a frente, sensivelmente por volta do quilómetro treze, juntam-se os dois grupos cumprindo o mesmo percurso até à meta. A única diferença está no facto dos Caminheiros terem sido poupados à subida ao ponto mais alto da montanha, se é que assim lhe poderemos chamar, onde estava colocado o único abastecimento reservado só aos atletas do Trail. Feito o segundo controlo de passagem dos atletas estes lançam-se numa louca e vertiginosa descida ao encontro dos Caminheiros que desfilam uns bons metros mais abaixo.
Ao longo de toda a prova vão-nos surgindo algumas surpresas que têm como missão assustar um atleta mais distraído. Que o diga o Frederico que, absorto nos seus pensamentos, apanhou um valente “cagaço”, desculpem-nos o termo, que o fez dar um salto.
Fosse um esqueleto pendurado numa árvore, uma mão jazendo no chão, supostamente cortada do corpo de um qualquer ser com tudo menos de humano, ou até um corpo morto e bastante mutilado junto à base de um arbusto, tudo servia para tentar assustar os atletas e colocar alguma animação naquela noite das bruxas.
Os miúdos que participavam com os Pais na Caminhada divertiam-se aparentando uma falsa calma que não tinham e escondendo o nervosismo, quiçá medo, próprio de um ambiente fantástico mas ao mesmo tempo assustador.
Valeu a pena? Sim. Este foi sem dúvida o sentimento partilhado por todos, mesmo por aqueles que, não correndo nem caminhando, foram os grandes obreiros e responsáveis por montar uma Festa que ficará gravada nas nossas memórias.
Superando as expectativas iniciais os nossos dois Trailistas concluíram a prova bem antes do tempo previsto e apesar de, na realidade, não terem sido quinze mas dezasseis quilómetros e trezentos e picos metros.
O Carlos, mal cortou a meta, assumiu para si a tarefa de registar fotograficamente a chegada de todos os membros das LEBRES E TARTARUGAS e enviar os testemunhos via WhatsApp para quem ficou em casa. Como foi o primeiro, decidiu tirar uma “selfie” a si próprio.
A falta de jeito e a ausência de qualquer sorriso fê-lo ficar mais parecido com um “zombie”. “Sorri”, comentou o filho Gonçalo.
Alguns minutos mais tarde chega a Caminheira.
Até que finalmente o Frederico surpreende-nos e rapidamente, antes do previsto, entra no Pavilhão para terminar a prova. Surpreendido o nosso fotógrafo de serviço atrapalha-se e começa a correr em “marcha-atrás”. Foi com estrondo que se espalhou ao comprido e quase provocando também a queda do Frederico. Depois de cortada a meta ficou o registo da conclusão da prova do nosso terceiro elemento.
Enquanto o “casalinho” Gonçalves foi até ao carro deixar as mochilas e trocar de camisola, o Frederico ficou a guardar lugar na fila do Jantar que engrossava a cada segundo que passava.
Uma tijela de Caldo Verde, uma Bifana no Pão e uma bebida à escolha era o nosso “banquete”. Pode não ter sido muito frugal mas, pelo menos, não ficámos de barriga vazia e a dar horas.
Ao som da entrega dos prémios a equipa das LEBRES E TARTARUGAS deixa o Pavilhão dos “Bucelenses” enceta o seu regresso a casa. Durante a viagem, tecem-se os mais resgados elogios à prova prometendo voltar em 2017.
Atletas que concluiram a prova: 186
Vencedor: JAILSON OLIVEIRA (Brigadas Ultra Sporting) - 1:08:20
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 144)
Classificação Geral: 103º - Classificação no Escalão M50: Não divulgado
Tempo Tempo Oficial: 1:55:13/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): Não divulgado
Tempo médio/Km: 7m:12s <=> Velocidade média: 8,33 Km/h (*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 145)
Classificação Geral: 166º - Classificação no Escalão M50: Não divulgado
Tempo Tempo Oficial: 2:19:26/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): Não divulgado
Tempo médio/Km: 8m:43s <=> Velocidade média: 6,89 Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Outubro
Todas as corridas têm uma história ou, pelo menos, um motivo que nos impele a nelas participar.
Para além da natureza solidária que levou o Montepio a organizá-la pelo quarto ano consecutivo, os quatro Tartarugas Presentes encararam a sua participação na Corrida "CORREMOS UNS PELOS OUTROS" como uma boa oportunidade de realizar um treino de curta duração mas em boa companhia. E obrigou-nos a levantar da cama mais cedo do que é habitual num Domingo que deve ser dedicado ao descanso e a pôr o sono em dia no final de mais uma semana de trabalho.
À partida, e para lá da questão humanitária, esta prova não reunia grandes atractivos. Com um percurso do tipo de “ida e volta”, e praticamente todo plano, não apresentava novidades face aos anos anteriores prenunciando vir a ser uma corrida muito rápida e de grande desgaste físico. Aliás a única grande diferença residiu no facto de, apesar de já estarmos em pleno Outono, o tempo ter-se manifestado com características mais primaveris. A ausência de qualquer ameaça de chuva e com uma temperatura bem amena, para gáudio do Carlos Gonçalves e desespero do Frederico, deixava no ar que iríamos soar as estopinhas e que afinal seria mais do que um simples treino bem acompanhado.
E falando de companhia o Frederico comentava que nestas provas procura colar-se a uma “lebre” um pouco mais lenta do que ele e assim poder fazer a corrida com “boas vistas”.
“Ups”… esta crónica não pode resvalar para o brejeiro… Atenção à censura!
Como o estacionamento não é fácil na zona ribeirinha de Lisboa, com maior agravamento devido às inúmeras e intermináveis obras nas quais a cidade se encontra mergulhada, os quatro atletas optaram por se encontrarem num sítio satisfatório e de fácil acesso a todos. Com hora marcada para as oito e quarenta e cinco da manhã, e junto ao Pingo Doce do Bairro do Restelo, os quatro companheiros – Pedro, Frederico, Carlos Teixeira e Carlos Gonçalves – iniciaram viagem até às imediações do Cais Sodré com alguma margem de tempo para encontrarem um estacionamento para a viatura e seguirem, em ritmo de aquecimento, até ao ponto de partida.
Faltou à chamada um nosso futuro atleta que, apesar de já se encontrar devidamente equipado, com umas belas, e adequadas à corrida, "crocs azuis", e já portador do seu dorsal, teve de trocar a corrida pela Natação na companhia da Mãe Catarina e da Avó babosa Ana Luísa, nossa habitual Treinadora. Recorde-se que Mãe e Filha são também membras efectivas da nossa equipa na vertente de Caminheiras.
Assim a participação da nossa esperança AFONSO ficará para outra altura. Por ora o seu papel nas LEBRES E TARTARUGAS reside-se ao apoio aos restantes atletas, particularmente ao Pai PEDRO, tanto à partida como à chegada.
Aquecimento só para alguns pois apenas dois dos atletas é que efectuavam algumas “corridinhas” enquanto os restantes membros caminhavam calmamente em amena cavaqueira e contemplando as belas visitas que o Tejo nos proporciona com Almada em pano de fundo.
Chegamos ao Rossio bem a tempo da hora de partida. Dado que nenhum dos atletas trouxe consigo o seu telemóvel não pudemos tirar a habitual fotografia de grupo. O Frederico ainda atirou para o ar a hipótese de pedir a uma atleta para nos tirar uma foto e a enviar para o seu telemóvel. Era um “dois em um”. Passo a explicar. Não só passávamos a ter uma fotografia para colocar no nosso blogue mas também o Frederico passava a ter acesso ao número de telemóvel da atleta. Bem pensado. Só nos bastava encontrar a vítima certa.
Atendendo ao elevado número de atletas presentes, que seriam mais de onze mil como não se cansava de referir o “speaker de serviço, a organização decidiu, e muito bem, compartimentar os atletas da prova dos dez quilómetros de acordo com os tempos expectáveis. O Carlos Teixeira foi para os Sub 50, devendo o Frederico e o Carlos Gonçalves “encaixarem-se” na zona dos Sub 60. O Pedro viu-se relegado para os Mais de 60.
As partidas foram dadas de forma diferenciada com aproximadamente cinco minutos de intervalo. Mas mesmo assim não se evitaram os constrangimentos nas primeiras centenas de metros. Estava pior do que a Baixa à hora de ponta.
Já em plena 24 de Julho inicia-se a longa recta até ao ponto de inversão nas imediações do Centro de Congressos de Lisboa, antiga FIL.
De regresso ao Terreiro do Paço todos os nossos atletas constataram mais tarde que realizaram a segunda metade da corrida em ritmo mais acelerado do que nos primeiros cinco quilómetros. Foi uma corrida sem sossego nem descanso. Todos conseguiram no final tempos ao nível dos seus melhores desempenhos num passado mais recente e para uma corrida de dez quilómetros. Nada mau. E foi também um bom treino para os dois Carlos que se preparam para, dentro de duas semanas, desafiarem mais uma Maratona da Cidade do Porto.
Feito o reagrupamento da equipa regressamos ao nosso carro enfrentando um vento bem mais desagradável do que se manifestou ao longo de toda a prova.
Falta só mencionar um pormenor bastante importante. Na Corrida do Montepio o Carlos Teixeira cumpriu a sua centésima corrida de dez quilómetros desde que começou a participar competitivamente em provas desta distância, antes ou depois da fundação das LEBRES E TARTARUGAS.
PARABÉNS. Venham agora as duzentas.
Nas próximas semanas temos um programa bastante preenchido. E estes quatro Tartarugas só se voltarão a encontrar em simultâneo lá mais para a frente em Dezembro no Grande Prémio de Natal. Antes disso os três fundadores das LEBRES E TARTARUGAS reencontrar-se-ão na Meia Maratona dos Descobrimentos.
No próximo fim-de-semana os Trailistas Frederico e Carlos Gonçalves participarão no Trail Nocturno de Bucelas, também conhecido como Trail das Bruxas, e tendo a companhia da nossa Treinadora que participará na Caminhada. O Carlos Teixeira, por seu turno, estrear-se-á nos 20 quilómetros de Almeirim cumprindo finalmente um desejo antigo mas muitas vezes adiado. É uma estreia da nossa equipa numa nova prova.
Atletas que concluiram a prova: 5520
Vencedor: HERMANO FERREIRA (Sporting Clube de Portugal) - 0:30:42
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 4902)
Classificação Geral: 1481º - Classificação no Chip: 1589ª - Classificação no Escalão V60: 35º
Tempo Tempo Oficial: 0:48:45/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:48:19
Tempo médio/Km: 4m:50s <=> Velocidade média: 12,42 Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 4903)
Classificação Geral: 1237º - Classificação no Chip: 1248ª - Classificação no Escalão V55: 71º
Tempo Tempo Oficial: 0:47:35/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:46:54
Tempo médio/Km: 4m:41s <=> Velocidade média: 12,79 Km/h (*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 4904)
Classificação Geral: 3215º - Classificação no Chip: 3497 - Classificação no Escalão V50: 256º
Tempo Tempo Oficial: 0:57:02/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:56:37
Tempo médio/Km: 5m:40s <=> Velocidade média: 10,60 Km/h (*)
PEDRO ANTUNES (Dorsal Nº 4905)
Classificação Geral: 4806º - Classificação no Chip: 4795º - Classificação no Escalão SEN: 889º
Tempo Tempo Oficial: 1:07:37/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:05:05
Tempo médio/Km: 6m:30s <=> Velocidade média: 9,22 Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Outubro
Enquanto as duas lebres do nosso grupo se abalançaram, uma vez mais, na prova da Maratona, a Tartaruga Frederico decidiu, à ultima não ficar a ver os atletas passar e decidiu-se participar na prova da Meia Maratona.
Assim procedeu à sua tardia e dispendiosa inscrição e não obstante ter arrancado com os (poucos) treinos esta nova temporada propôs-se fazer novamente essa prova que de atractivo só tem a passagem pela ponte e pela meta.
Os objectivos eram ambiciosos – completar a prova dentro de 2h 30m …
Assim sendo depois de desejar boa sorte aos maratonistas deslocou-se para o Parque das Nações, onde, com a maior surpresa encontrou a Ana Luisa, mulher do colega maratonista Carlos Gonçalves, que ia participar na mini-maratona com alguns amigos.
Se tivéssemos combinado encontrarmo-nos não teria sido mais fácil do que foi.
E como a ocasião faz o ladrão, para picar o Carlos Gonçalves, pedimos a um fotografo presente no local para nos tirar umas fotografias bem abraçadinhos um ao outro.
As fotografias ficaram optimas para o efeito desejado – picar o Carlos Gonçalves – mas a um preço completamente inacessível. Assim estão apenas para consulta na net.
Depois do embarque nos autocarros e da longa viagem usual até à partida, separamo-nos então para as respectivas áreas de cada um.
Partida pontual às 10:30 numa boa moldura humana e com condições metereológicas perfeitas para a generalidade dos atletas, se bem que um pouco quente para esta acalorada Tartaruga.
O trajecto foi exactamente o mesmo do ano anterior com uma belíssima organização e bons abastecimentos.
A Tartaruga conseguiu pois cumprir o seu objectivo e completar a prova abaixo das 2 h e 23 minutos, tendo aparentemente chegado em paralelo com a Tartaruga Maratonista Carlos Gonçalves que cumpriu o dobro da distância com um avanço temporal de apenas 2 horas.
Foi um bom recomeço nas distâncias um pouco mais longas para esta Tartaruga.
Atletas que concluiram a prova: 5766
Vencedor: NGUSE AMLOSON (Eritreia) - 1:02:37
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 14396)
Classificação Geral: 4839º - Classificação no Escalão M50: 387º
Tempo Tempo Oficial: 2:29:02/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:22:35
Tempo médio/Km: 6m:45s <=> Velocidade média: 8,88 Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Outubro
A Maratona “Rock’n’Roll” de Lisboa, sendo uma das duas únicas Maratonas de Estrada que actualmente se realizam no nosso País, reúne todos os condimentos para ser uma prova de sucesso.
Um traçado do mais belo que se pode encontrar numa corrida com esta distância. Tendo como companhia o Oceano Atlântico desde Cascais até Oeiras, e terminando com o Tejo em “pano de fundo” na Meta instalada no Parque das Nações, na zona oriental de Lisboa, as paisagens são mais propícias a um maior relaxamento dos atletas do que à competição propriamente dita. O tempo também ajudou, e muito. Com “Sol Firme e Céu Azul” a ameaça de temperaturas mais altas, ainda no rescaldo dos valores escaldantes do Verão que até há bem pouco tempo ainda se fazia sentir, foram “controladas” aqui e acolá por uma ligeira e refrescante brisa que, em muito, ajudou os atletas. Por último salienta-se a quantidade e qualidade dos abastecimentos, principalmente de líquidos. A partir do quilómetro cinco, primeiro ponto de “paragem”, pudemos saciar a nossa sede a cada 2,5 quilómetros. Bem Bom. Se bem que para o fim já estivesse um pouco morna, a água foi sempre disponibilizada em grande quantidade.
Só a falta de treino “a sério” dos dois atletas das LEBRES E TARTARUGAS é que contrastava com todos os trunfos.
Longe das primeiras participações nas quais, além de terminarmos a distância mais emblemática do atletismo, a nossa preocupação era fazer os cerca de quarenta e dois quilómetros no menor tempo possível, estes dois “magníficos heróis, à sua dimensão, encaram agora com uma profunda naturalidade a corrida de uma Maratona. Os “medos” ficaram definitivamente para trás. Agora só queremos acrescentar mais um número ao nosso já longo historial.
E foi com este estado de espírito que os dois Tartarugas Maratonistas Carlos – Teixeira e Gonçalves – perspectivaram a sua prestação na Maratona de Lisboa de 2016. Sabiam de antemão que, por não terem cumprido um ambicioso e regrado plano de treinos, não poderiam aspirar a grandes tempos, em consonância com anteriores prestações. Mas o seu propósito consistia em terminarem mais uma Maratona e, acima de tudo, que a mesma servisse de aferição de capacidades para a Maratona do Porto que se realizará no próximo dia 6 de Novembro e na qual pretendem atingir o redondo número de uma dezena de maratonas de estrada.
O percurso, por ser igual aos das últimas edições, não trazia novidades. A fase inicial é sempre a mais complicada. Grande aglomeração de atletas com uma densidade por vezes superior à capacidade de escoamento das ruas de Cascais nas quais se desenvolvem os primeiros quilómetros.
Saídos desta simpática vila, muito apreciada sobretudo pelos turistas e inúmeros cidadãos estrangeiros que aqui habitam, entramos finalmente na corrida propriamente dita. Apreciando a paisagem os atletas vão galgando os quilómetros rumo à “vitória final”. Apesar de parecer plana a Marginal não é só facilidades. Além de algumas pequenas e suaves subidas e descidas temos longos períodos de “rolamento” sempre a “puxar”.
Uma vez mais somos “poupados” à subida do Alto da Boa Viagem, tendo a organização optado pelo percurso ribeirinho ao lado da linha do Combóio. Na Cruz Quebrada retomamos a Estrada Marginal. Neste ponto recebemos um apoio extra da Catarina, Pedro e Afonso. Sendo presenteado em primeiro lugar o atleta Carlos Teixeira com os apoios da claque, é o Avô Carlos Gonçalves que recebe um ânimo suplementar quando sentia os primeiros sinais de alguma quebra. Os incentivos da sua claque animam o atleta rumo à segunda metade da corrida.
A anterior “tenebrosa” recta do Dafundo, tão demolidora e desgastante, faz-se agora com “uma perna às costas”. Não há qualquer mudança no traçado longo e árido. Os nossos atletas é que, fruto da experiência acumulada, a tornam mais fácil. Atingimos metade da corrida. Até ao final só nos falta uma Meia-Maratona…
Chegados a Belém começamos a sentirmo-nos “em casa”. Aumenta a animação de rua com os vários apoios e incitamentos à passagem dos atletas.
Um pouco mais à frente, e sem que nos apercebamos, já estamos no imenso estaleiro de obras da zona ribeirinha entre o Cais do Sodré e o Terreiro do Paço. Foi num ápice. A ida ao Rossio, anteriormente também de grande desgaste sobretudo ao nível psicológico, quase nem se dá por isso. Um pouco mais à frente encontramos os atletas da Meia Maratona. É uma grande confusão com o abastecimento de líquidos e sólidos e um maior número de atletas. Temos pela frente oito quilómetros em comum até à Meta instalada em frente ao Pavilhão de Portugal no Parque das Nações. Curiosamente, ou talvez não, verificamos que os Maratonistas, apesar do cansaço acumulado nas pernas, mostram um ritmo superior à maioria dos atletas da Meia Maratona.
Começa a contagem decrescente dos últimos quilómetros. A entrada na Avenida D. João II reserva-nos o último quilómetro e meio de prova. A certa altura separam-se os atletas das duas provas competitivas. Uma última curva à direita e abordamos o terrível empedrado da Alameda dos Oceanos. Lá ao fundo avista-se o pórtico da Meta. A Glória está ali tão próxima. Fazem-se as últimas ultrapassagens na tentativa de se ganharem alguns preciosos segundos e se melhorar a classificação.
Foi a nona Maratona de Estrada dos Maratonistas das LEBRES E TARTARUGAS. Reencontram-se os atletas e cada um faz um balanço rápido da sua prestação.
Aguardam pelo terceiro Tartaruga que optou pela Meia-Maratona. Dada a confusão não é possível o reencontro do núcleo fundador da nossa equipa. Só mais tarde recebemos um telefonema do Frederico indicando que já se encontrava no seu carro de regresso a casa.
Os tempos ficaram aquém dos objectivos individuais. Mas com os treinos que tivemos dificilmente poderíamos esperar por melhores prestações.
É de tempo de recuperação e de começar a preparar a participação na Maratona do Porto.
Atletas que concluiram a prova: 3521
Vencedor: ALFRED KERING (Quénia) - 2:10:27
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 470)
Classificação Geral: 2269º - Classificação no Escalão M60: 52º
Tempo Tempo Oficial: 4:25:14/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 4:23:29
Tempo médio/Km: 6m:15s <=> Velocidade média: 9,61 Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 3615)
Classificação Geral: 1910º - Classificação no Escalão M55: 100º
Tempo Oficial: 4:12:39/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 4:10:54
Tempo médio/Km: 5m:57s <=> Velocidade média: 10,09 Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Outubro
. 8ºTRAIL DOS MOINHOS SALOI...
. GRANDE PRÉMIO DO ATLÂNTIC...
. CORRIDA SÃO SILVESTRE DE ...