Terça-feira, 5 de Julho de 2016

TRAIL RUNNING DOS MOINHOS SALOIOS

O que faziam o Frederico e o Carlos Gonçalves na Venda do Pinheiro numa manhã de domingo que se antevia bastante quente? Seria à procura de notícias sobre um qualquer “reality show” da TVI que normalmente assenta arraiais por estas bandas?

 

Não. O único “reality show” que os membros das LEBRES E TARTARUGAS protagonizam é o das corridas, sejam elas de estrada ou de trilhos.

 

Depois de, na véspera, o Carlos Teixeira encerrar em beleza a sua época, num meio que mais gosta e logo na corrida do seu clube do Coração – Corrida do Sporting, os dois amantes de Trilhos da nossa equipa escolheram o Trail Running dos Moinhos Saloios para enterrarem o “machado de guerra” e partirem para um período de descanso para a época 2016/2017.

 

Nesta fase da época estes dois atletas comungam do mesmo princípio, embora nada aconselhável a quem se aventura pelas montanhas, de que os treinos são precisamente as corridas. Nada de se prepararem ao longo da semana. E foi assim que se apresentaram para disputar, e disfrutar, uma nova corrida e num novo local antes nunca visitado em termos desportivos.

 

Depois de uma semana quente, para não dizer tórrida, e na qual o Verão finalmente chegou em força, o Frederico e o Carlos Gonçalves partiram à descoberta do desconhecido numa zona do Oeste bem conhecida pelos seus inúmeros Moinhos de Vento. E, imagem do progresso, os montes anteriormente povoados pelos seus encantadores moinhos com as suas belas velas brancas desfraldadas ao vento, albergam hoje em dia os novos Geradores Eólicos. Igualmente imponentes, às vezes até demasiado, perpetuam a abundância do vento por estas bandas e da sua importância, se devidamente aproveitada.

 

Cedo os atletas partiram de Lisboa à descoberta dos “Moinhos Saloios”. Só tinham de apanhar a CRIL, seguirem pela A8 e saírem em direcção à Malveira e à Venda do Pinheiro. Não havia nada que enganar. E, supostamente, em meia hora cumpririam o trajecto entre a casa do Frederico e o Estádio da Venda do Pinheiro. Mal passava das oito e meia da manhã e já tínhamos na nossa nossa posse os respectivos dorsais. Enquanto o Carlos foi até à Casa de Banho libertar-se de preocupações extras o Frederico ficou no carro a “passar pelas brasas”. Na véspera tinha-se cansado a tratar do Jardim de sua casa, ao Sol e sem qualquer sombra.

WP_20160703_08_57_36_Pro.jpg

Eram nove da manhã e não havia sinal de que a prova principal começaria à hora marcada. Como ainda havia muitos atletas a levantarem os seus dorsais a organização decidiu atrasar a partida em cerca de quinze minutos. Cada minuto que passava aumentava o temor nos atletas. O calor começava a apertar e quanto mais tarde se partisse maiores seriam os estragos.

 

O aquecimento foi dado por uma professora de uma Escola de Dança local. E quando a animação estava no auge o “speaker” interrompe a sessão dando a mesma por terminada para dar lugar ao habitual “briefing”.

 

Finalmente é dada a partida. O começo é desde logo um pouco durinho. Em alcatrão, e com umas subidas bastante desgastantes, os atletas dão uma volta pelo interior da Venda do Pinheiro até finalmente começarem a atacar a montanha. Desde logo ficou traçado o perfil deste “trail”. Seria um constante “sobe e desce”, com muitas sombras, e sem aqueles troços de dificuldade máxima. Só os “single treks” exigiam maior atenção da parte dos corredores. Por outro lado lama era coisa que não se via. O calor dos últimos dias tinha secado por completo o terreno aumentando a dificuldade em termos de tracção quer nas subidas, poucas, mais exigentes, quer nas descidas mais acentuadas.

 

Embora a temperatura ambiente já começasse a ser um pouco elevada, a existência de longas zonas à sombra ajudava os “heróis”. E foi sempre assim até ao final.

 

Sensivelmente por volta do quilómetro cinco temos o primeiro ponto de abastecimento (só líquidos) e controlo. “Já”? Pergunta o Carlos Gonçalves para um atleta que o acompanhava. “Foi mais depressa que estava à espera”. Ainda bem. E já só faltavam vinte quilómetros para o final.

 

Sempre à espera de um daqueles obstáculos tão típicos das provas de “Trail Running”, os atletas vão galgando os quilómetros. Pelo meio marca presença uma referência das provas de montanha e de estrada. A Analice Silva é o exemplo de que tudo é possível. Só basta querer. E se a descer ela fica um pouco para trás, é nas subidas, por mais íngremes que se apresentem, que esta lenda viva do atletismo popular mostra o que vale e dá uns valentes “bigodes” aos mais novos e porventura mais treinados.

 

Ao quilómetro dez, mais coisa menos coisa, temos o segundo ponto de abastecimento e controlo. Como já temos direito a alguns suplementos sólidos os atletas aproveitam para descansar um pouco. As pernas, que não as vistas. Estamos, provavelmente, no ponto mais alto do percurso. Olhando em 360 graus vemos até onde a vista alcança. O Rio Tejo, atravessado pela Ponte Vasco da Gama, mostra uma calmaria e uma tranquilidade próprias de um dia muito quente. Mais para a direita vemos a Serra de Sintra, tendo por fundo o oceano Atlântico. Perfeitamente deslumbrante. Não fosse estarmos no meio de uma corrida e certamente que a maioria ficaria por ali longos minutos a admirar a paisagem e a tentar identificar alguns locais seus conhecidos.

 

Deixamos para trás o “Moinho do Avô” e partimos. “The show must go on”. A corrida tem de continuar.

 

Chegamos a Montemuro. É o regresso à civilização. Antes visitámos, por breves instantes, o “paraíso”. Um “single trek”, no meio de densa vegetação, sempre a descer, à sombra e com um ventinho fresquinho a marcar presença. Era mesmo disto que estávamos a precisar.

 

Passando a Sociedade recreativa temos de atacar uma das subidas mais difíceis. Foi em alcatrão a anteceder o “Trilho do Multibanco”. Curioso o nome. Mas para nos animar ainda mais do lado esquerdo do caminho apresenta-se um letreiro bem sugestivo. “Descansa que já vais começar a subir”. Já não me lembro exactamente das palavras mas foi algo deste género. E até nem foi assim tão desgastante.

 

Por volta dos vinte quilómetros temos o último abastecimento de líquidos. Antes já o Carlos Gonçalves teve de abastecer de água o seu “Camel Bak” numa fonte à beira do caminho. Os mais de dois litros e meio de água "às costas" com que tinha partido da Venda do Pinheiro estavam perigosamente quase a esgotar-se.

 

O relógio marcava vinte e um quilómetros. Um elemento da organização avisava-nos que eram só mais três. Ou ele estaria enganado ou então a prova seria um pouco mais curta. Animados os atletas vão buscar as últimas forças para terminarem a corrida em beleza.

 

Avista-se o Estádio de Futebol. Só que não iríamos já dar por findo o nosso "Trail". Somos obrigados a percorrer algumas centenas de metros sobre um escaldante alcatrão, que quase derretia à nossa passagem, e sem qualquer sombra. Foi neste ambiente demasiado árido que os atletas regressam momentaneamente a um último trilho que os conduzirá até à meta. As duas últimas centenas de metros são novamente em alcatrão e com uma inclinação considerável até entrarmos finalmente no recinto desportivo de onde tínhamos partido algumas horas antes. Para quem, como o Carlos Gonçalves, esperava terminar em descida prolongada este foi o último revés.

 

Terminada a sua prestação guarda alguns momentos para os necessários, e muitas vezes esquecidos, exercícios de alongamentos musculares. Envia uma mensagem aos seus familiares e prepara-se para tirar uma fotografia ao seu colega de equipa Frederico que deveria transpor a linha de meta alguns minutos mais tarde. Sente uma mão no seu ombro. O Frederico, com o ar mais fresco deste mundo, abeira-se do colega. “Terminaste agora?", pergunta o Carlos. "Fizeste um belíssimo tempo”.

 

Na realidade o Frederico não tinha completado a prova. No segundo posto de controlo sentiu-se um pouco tonto e decidiu desistir. Enviou uma mensagem ao seu colega de equipa a informar do sucedido. Como durante a corrida não há tempo para consultar SMS o Carlos Gonçalves ficou sem saber deste percalço.

 

Mas felizmente que o Frederico já tinha recuperado e estava, pelo menos aparentemente, em condições. Tinha tomado a decisão certa na altura certa.

 

Quanto ao “Trail dos Moinhos Saloios” congratulamo-nos pela excelência do mesmo. Descontando o atraso desnecessário no momento da partida, tudo o resto funcionou na perfeição. A sinalização do percurso foi excelente. Só se poderia perder quem fosse a conversar com outros atletas e descurasse a necessária vigilância às fitas e setas sinalizadoras. Por outro lado, provavelmente tendo em atenção que já estávamos em Julho, foi montado um percurso exigente, muito interessante, mas sem a dureza de outras provas que se disputam sob temperaturas bem mais baixas. Como resultado tivemos uma prova bastante rápida com o vencedor a cumprir os cerca de vinte e cinco quilómetros em duas horas.

 

E, uma vez mais, o “TRILHO PERDIDO” presenteou-nos com uma bela corrida. Já não é a primeira vez que participamos em provas de “Trail” desta organização e em todas elas não temos nada de negativo a apontar. Continuem assim.

 

Atletas que concluiram a prova: 182

Vencedor: FÁBIO FONTOURA (Individual) - 0:30:53

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 80)

Classificação Geral: 110º - Classificação no Escalão M60: 3º

Tempo Oficial: 0:49:46/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:49:10

Tempo médio/Km: 8m:43s  <=> Velocidade média: 6,88 Km/h (*)

 

FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 81)

Classificação Geral: NT - Classificação no Escalão M50: NT

Tempo Oficial: --- /Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ---

Tempo médio/Km:----------  <=> Velocidade média: ---------- (*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Corridas do Mês de Julho

  • 2 - Corrida Sporting 2016 (Lisboa) - 10 Km
  • 3 - Trail  Running dos Moinhos Saloios (Venda do Pinheiro/Santo Estêvão das Galés) - 25 Km

 

publicado por Carlos M Gonçalves às 23:21

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6ª Corrida do Sporting a marcar o final de mais um período de muitas corridas dos Tartarugas

IMG_0562.jpg

Com a participação na corrida do Sporting (tartaruga Teixeira acompanhado do filho André) e Trail dos Moinhos Saloios (tartarugas Gonçalves e Sousa), os Lebres e Tartarugas encerraram um período de 10 meses ao longo do qual participaram em conjunto ou separadamente em diversas competições em estrada ou em Trail de diferentes distâncias. Seguem-se agora as férias das competições mas os treinos esses vão ter que continuar as maratonas de Lisboa e Porto assim o obrigam.

A corrida do Sporting disputou-se pela primeira vez à noite e integrada na comemoração do 110º aniversário do clube, ao contrário das anteriores 5 edições que se disputaram de manhã e quase sempre no mês de Outubro. Ao caminhar com o filho para a zona partida surgiu um primeiro contratempo ao verificar que o meu garmin estava com as baterias fracas, na noite anterior o relógio indicava que as mesmas estavam carregadas, tudo indica que o meu 4º garmin está em fim de vida à média de um por cada dois anos. O filho André logo se prontificou para emprestar o dele mas embora sabendo que o tempo da prova seria mais difícil de gerir optei por correr sem informação de tempo.

Quando chegámos ao local da partir deslocámo-nos para a entrada dos sub-50 e após alguns minutos o Presidente do Sporting deu o sinal de partida, o local da mesma é algo que se sugere seja mudado em anos futuros, por um lado porque é muito estreito sendo quase impossível correr e por outro porque se houver uma queda de atletas mais à frente existe alguma possibilidade de vários atletas caírem e magoarem-se.

O percurso da prova não sofreu qualquer alteração em relação a 2015 com a novidade de estar adornado com as obras das Avenidas da República e Fontes Pereira de Melo, as únicas exceções terão sido nesta última dado que o local de viragem me pareceu mais abaixo do que é hábito e a chegada foi logo à entrada no estádio.

A temperatura foi agradável com algum calor mitigado contudo pelo vento que se fazia sentir.

Ao chegar à meta a maior surpresa foi saber o tempo com que ia terminar a prova, pelo ritmo em que a fiz e sentindo-me bem na parte final previa chegar perto dos 48m, mas na realidade acabei com 49m10s o relógio é de facto indispensável para controlar o ritmo de corrida, por outro lado foi uma forma de desfrutar da corrida sem tanto stress com o tempo.

Alguns minutos depois chegou o André mas precisámos de aproximadamente 20 minutos ou mais  para sair do Estádio de Alvalade este ano os acessos à saída do mesmo estavam muito mais bloqueados e mal organizados.

Para o tartaruga Teixeira o regresso à competição está previsto para 10 de Setembro em São João das Lampas, fica já o desafio para os restantes tartarugas também participarem.

[Crónica de Carlos Teixeira]

 

Atletas que concluiram a prova: 3162

Vencedor: LICÍNIO PIMENTEL (SPORTING CP) - 0:30:53

 

CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 943)

IMG_0552.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Classificação Geral: 872º - Classificação no Escalão M5559: 49º

Tempo Oficial: 0:49:46/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:49:10

Tempo médio/Km: 4m:55s  <=> Velocidade média: 12,20 Km/h (*)

 

ANDRÉ CATELA (Dorsal Nº 944)

IMG_0561.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Classificação Geral: 1890º - Classificação no Escalão M0039: 682º

Tempo Oficial: 0:59:15/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:58:38

Tempo médio/Km: 5m:52s  <=> Velocidade média: 10,23 Km/h (*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Corridas do Mês de Julho

  • 2 - Corrida Sporting 2016 (Lisboa) - 10 Km
  • 3 - Trail  Running dos Moinhos Saloios (Venda do Pinheiro/Santo Estêvão das Galés) - 25 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 23:10

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