Terça-feira, 19 de Abril de 2016

ESTAFETA CASCAIS/LISBOA

Domingo de manhã 7h20m toca o despertador, após uma noite mal dormida e uma festa de aniversário na véspera  as perspetivas não eram as melhores para quem ia correr 20 KM. Após 40 minutos equipei-me, preparei a logística para a prova, tomei o pequeno almoço e fiz-me à estrada.

 

Eram 8.20 quando estacionei perto da estação fluvial de Belém, depois dirigi-me para a gare da estação de comboios onde ia apanhar o comboio para o Estoril, este chegou dez minutos depois e de pronto ficou cheio de atletas. Surpreendentemente numa clareira foi possível ver um lugar por ocupar, o que foi excelente, passadas as primeiras estações já estava a dormitar, mas eis que em S .Pedro aparece o revisor que na brincadeira dizia quantos destes passageiros não têm bilhete? Seguiu-se uma risada geral e entretanto estávamos do Estoril.

 

No Estoril junto à partida deu para confraternizar com o amigo Favas antigo colega do Badminton dos Lebres e Tartarugas e também com alguns colegas do trabalho que também andam habitualmente nesta aventura das corridas, estas presenças amenizaram a ausência dos meus companheiros Lebres e Tartarugas.

 

A partida foi dada às 9h30m em ponto junto ao casino do Estoril e meia hora antes do início da estafeta Cascais/Lisboa que é a prova rainha desta organização, os primeiros metros a subir nada agradáveis para um atleta que estava com uma grande preguiça, mas felizmente rapidamente começamos a descer em direção à marginal e o fresquinho da manhã ajudou-me a finalmente concentrar-me na prova.

 

Chegados à marginal e percorridos alguns metros começamos a subir em direção a São João do Estoril e o primeiro quilómetro já era festejado por um atleta mais efusivo, os cinco kms foram atingidos na Parede e depois na zona de Carcavelos o calor intermediado com algumas caretas das nuvens foi fazendo a sua aparição.

 

Ao contrário da passagem aos 5 Km, as dos 10km e 15 km constituíram os obstáculos mais difíceis da prova pois coincidiram com as subidas de Oeiras e Cruz Quebrada, a partir daqui e após a descida do Estadio Nacional foi sempre planinho até à meta, mas não esquecer a cumprida e quente reta de Algés.

 

Tratou-se como sempre de uma prova muito agradável pelo cenário que a envolve, embora este tartaruga não tivesse nas suas melhores condições para desfrutar do mesmo, tendo cumprido com algum cansaço os últimos Kms da prova.

 

Antes de acabar a crónica quero agradecer a presença na meta do tartaruga Frederico Sousa, apesar de nos termos desencontrado e desejar-lhe as rápidas melhoras da sua arreliadora lesão e dar os parabéns ao tartaruga Carlos Gonçalves pelos sucessivos trails que tem efetuado, enriquecidos sempre pelas suas brilhantes e detalhadas crónicas.

[Crónica de Carlos Teixeira]

 

Atletas que concluiram a prova: 720

Vencedor: TELMO SILVA (A M Atibá)- 1:08:36

 

CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 1249)

Classificação Geral: 244º - Classificação no Escalão M5559: 16º

Tempo Oficial: 1:41:29/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:41:16

Tempo médio/Km: 5m:04s  <=> Velocidade média: 11,85Km/h (*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Calendário para o Mês de Abril

  • 3 - Trilhos do Almourol (Entroncamento) - 25/42 Km
  • 3 - Corrida dos Sinos (Mafra) - 15 Km
  • 10 - Corrida do SLB (LIsboa) - 10 Km
  • 17 - Cork Trail Running (Coruche/Erra)  - 23 Km
  • 17 - Estafeta Cascais/Lisboa - 20 Km
  • 24 - Montejunto Trail - 38 Km
  • 25 - Corrida da Liberdade (Lisboa) - 11 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 23:10

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Segunda-feira, 18 de Abril de 2016

CORK TRAIL

Pouco passa das oito horas da manhã quando chego a Vila Nova da Erra. Não se vê vivalma. Apenas alguns cães preenchem as ruas desertas desta pequena freguesia do Concelho de Coruche. E o que faço eu sozinho nesta vila quando a maioria da população ainda se encontra a dormir e ainda mal o Sol começou a aquecer o ambiente? Venho participar pela primeira vez no Cork Trail. Sendo o Trail Running uma modalidade em crescendo nos últimos anos, cada a vez a oferta é maior.

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Sigo as setas estrategicamente colocadas nos cruzamentos e bifurcações e vou à procura do Secretariado para levantar o meu dorsal. Finalmente encontro sinais de vida. Elementos da Organização local e do Trilho Perdido estão já a tratar dos preparativos para um evento que se quer que esteja pronto a horas e isento de falhas. As mangas insufláveis colocadas na zona da partida começam a tomar forma e a ficarem de pé.WP_20160417_08_09_42_Pro.jpg

Sem qualquer precipitação recolho o meu “Kit” de participante composto pelo dorsal e por uma camisola técnica de cor azul alusiva à prova na qual vou participar. Estão previstas três provas: duas corridas nas distâncias de 13 e de 23 quilómetros e ainda uma caminhada sem carácter competitivo. No meio dos poucos atletas que entretanto vão chegando encontro uma lenda viva das corridas de cariz popular, sejam de estrada ou de montanha. A Analice Silva está à conversa com um outro atleta contando-lhe algumas histórias e peripécias da sua já longa carreira de atleta. Ela é um exemplo de que correr não tem idade limite. Só é necessário querer e ter muita força de vontade. A Analice debruçava-se sobre as suas corridas de 100 ou mais quilómetros. E em resposta à minha pergunta fiquei a saber que a vou encontrar, uma vez mais, no Ultra Trail de São Mamede, na mítica e desafiante distância de cem quilómetros.

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Afasto-me deste convívio e regresso ao meu carro para me preparar para a minha prova. Aproveito para enviar uma mensagem via WhatsApp aos meus familiares. “O que faço aqui no meio do nada? Pronto para o Cork Trail em Vila Nova da Erra. E não estou sozinho (em referência à presença da Analice)”.

 

Uma última ida à Casa de Banho e dirijo-me para o local da partida. Encontro dois colegas de trabalho que vão participar na prova mais curta. Atendendo a que estamos numa zona pouco acidentada interrogamo-nos sobre como irá ser o percurso. Talvez seja muito fácil e sem grandes obstáculos. Mais tarde viemos a verificar que estávamos profundamente enganados. A ainda bem pois certamente que voltarei no próximo ano. Este é o segundo Trail organizado pelo Trilho Perdido e no qual participo. Depois dos Trilhos da Costa Saloia, de boa memória, pela segunda vez cumprem-se as minhas expectativas. Seguramente que tenho de acompanhar com maior atenção a oferta de corridas patrocinadas por esta organização.

 

Alguns minutos depois as nove e meia é dada a ordem de partida para o Trail Longo, antecedida do habitual “briefing”. A corrida começa muito rápida. Quando passamos pela placa do primeiro quilómetro temos oportunidade para ler um comentário bem motivador: “O primeiro quilómetro foi de aquecimento. Aprecia a paisagem Ribatejana”. Aliás vou constatar que ao longo de todo o percurso as placas quilométricas são invariavelmente acompanhadas de frases bem sugestivas.

 

Desde trilhos largos e suaves até “single treks” mais exigentes, vamos encontrando de tudo um pouco. O Cork Trail está a corresponder aquilo que me trouxe até estas paragens. Aqui e ali vou passando por outros atletas temporariamente mais lentos. Mais à frente cabe-me a mim ser ultrapassado. É assim mesmo. Uma das grandes vantagens das provas de Trail é que não estamos a correr contra o tempo nem para recordes. O grande objectivo é desfrutar ao máximo a corrida e apreciar a paisagem. Numa corrida de trilhos há tempo para tudo. Pensa-se muito. Em certa altura dou por mim a pensar que aquelas maleitas que me acompanham durante toda uma semana de trabalho, como seja aquela irritante tosse alérgica que periodicamente marca presença, desapareceu como que por magia. Devo estar no Paraíso. E aproveito os momentos em que corro sozinho para começar a construir algumas das histórias que vão, mais tarde, enriquecer a minha crónica do blogue das LEBRES E TARTARUGAS.

 

Depois de um “sobe desce” começam as primeiras escaladas. Sem elas certamente que a corrida não teria qualquer piada. Não participamos num Trail só para correr. Aliás Trail é mesmo isto. Após ultrapassar um troço a subir mais exigente chego a uma zona mais plana onde posso voltar a arriscar correr um pouco. Bom, penso eu. MAU. Porque a seguir vem uma daquelas descidas radicais onde todo o cuidado é pouco para manter a minha integridade física com um mínimo de qualidade. E acabo por concluir que subir é sempre melhor do que descer. Numa subida temos a Mãe Gravidade a ajudar-nos a controlar o nosso movimento. Se estamos mais cansados, e o declive é mais exigente, basta abrandar e recuperar um pouco. Nas descidas mais acentuadas transforma-se em MADRASTA empurrando-nos para o abismo e para o descontrolo total.

 

Quilómetro vinte. “Tens pela frente um quilómetro sempre plano”. Tranquilizador. Era mesmo disto que estava a precisar. A andar ou a correr estes mil metros parecem ter voado. Pudera. Entra-se no Trilho dos Moinhos. Durante algumas centenas de metros vou acompanhar uma zona de canais de rega. Avisto um sinal triangular de perigo com a frase “Attention”. O que me esperará? Suspiro de alívio quando o único perigo era o de ir atravessar uma estrada. Feito mais um controlo no meu dorsal por elementos da organização avisam-me que tenho seguir ao longo de uma ribeira mas em sentido contrário à corrente. Aproveito a água fria da ribeira para arrefecer os meus músculos que já começavam a acusar o desgaste da prova. Volto a reentrar numa zona de canais de rega tendo mesmo de passar por cima das comportas de seccionamento dos circuitos da água. Olho para o meu Garmin e vejo que só falam cerca de mil e seiscentos metros para o final. Descanso pois já falta pouco. Pois, mas em tantas centenas de metros ainda é possível muita maldade. Alguma ainda vou encontrar. Mas o pior já tinha ficado para trás.

 

Quando falta cerca de um quilómetro para o final começo a contagem decrescente. Subitamente, e sem que me tivesse apercebido, uma trailista mais atrasada consegue apanhar-me e até mesmo ultrapassar-me. Tento reagir e recolocar-me junto a ela. Percebo que as suas forças também já não são muitas. Vou animando a minha companheira de ocasião informando-a de que já falta pouco. Entramos em Vila Nova de Erra. São só quinhentos metros. Já só faltam quatrocentos, trezentos, duzentos. E entramos nos cem metros finais. Pois mas no relógio da colega já se tinham atingido os vinte e três quilómetros. Curva para a esquerda e mais à frente, após virarmos à direita, avistamos finalmente a meta.

 

Foi mais uma prova de trail a juntar ao currículo. E foi também mais um conjunto de peripécias “para mais tarde recordar”. Recorro novamente ao WhatsApp” para informar a minha família de que tinha terminado. Entretanto também já tinha no telemóvel uma mensagem do outro Tartaruga Carlos que tinha participado na Estafeta Cascais/Lisboa na modalidade de corrida em linha.

 

Antes de regressar a casa ainda vou atacar a excelente bifana a que tinha direito, bem acompanhada por uma divinal e bem fresquinha cerveja.

 

Atletas que concluiram a prova: 122

Vencedor: TIAGO ROMÃO (Gafanhori) - 1:42:53

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 161)

Classificação Geral: 104º - Classificação no Escalão M50: 13º

Tempo Oficial: 3:24:11/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 3:24:08

Tempo médio/Km: 8m:53s  <=> Velocidade média: 6,76Km/h (*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Calendário para o Mês de Abril

  • 3 - Trilhos do Almourol (Entroncamento) - 25/42 Km
  • 3 - Corrida dos Sinos (Mafra) - 15 Km
  • 10 - Corrida do SLB (LIsboa) - 10 Km
  • 17 - Cork Trail Running (Coruche/Erra)  - 23 Km
  • 17 - Estafeta Cascais/Lisboa - 20 Km
  • 24 - Montejunto Trail - 38 Km
  • 25 - Corrida da Liberdade (Lisboa) - 11 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 00:14

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Sexta-feira, 15 de Abril de 2016

CORRIDA DO BENFICA

Um TARTARUGA sportinguista na corrida do Benfica.

Surpreendentemente a representação dos Lebres e Tartarugas na 11ª corrida do Sport Lisboa e Benfica ficou a cargo do único tartaruga sportinguista.

 

De manhã a primeira dúvida sobre a cor da camisola a utilizar correr com a t-shirt da prova estava fora de questão, utilizar uma do clube rival como alguns sportinguistas mais arrojados o fizeram também não me pareceu a melhor ideia, a decisão acabou por recair no preto em função do mau  tempo que se fazia sentir de manhã. A chuva o frio e a confusão do trânsito foram de facto as primeiras figuras que antecederam a corrida, ao fim de voltas e mais voltas lá foi possível estacionar a viatura no parque estacionamento do Centro Comercial Colombo.

 

A partida teve lugar junto ao Hospital da Luz pelo que face ao frio que se fazia sentir a distância entre aquele local e o Colombo foi aproveitada para iniciar o aquecimento, simpaticamente o S. Pedro foi fechando a torneira que só foi pingando pontualmente antes e durante a corrida.

 

Antes da corrida houve oportunidade de conviver com alguns adeptos benfiquistas ainda em estado de euforia face à vitória da equipa de futebol em Coimbra na véspera, mas também já com o pensamento no jogo europeu de 4ª feira.

 

As 11h15m deu-se o tiro de partida uma hora tardia para as habituais 10h mas que acabou por ser muito positivo não só porque permitiu dormir mais mas também devido ao mau  tempo.

 

O percurso não sofreu qualquer alteração desde o ano passado, não é um traçado fácil com algumas subidas difíceis sendo na minha opinião uma das mais difíceis na distancia que se realizam na zona de Lisboa.

 

Tal como a corrida do Sporting não é uma prova muito interessante sendo o melhor momento indiscutivelmente a passagem apesar de curta pelo interior do Estádio da Luz e os piores momentos aqueles em que se ouviram os gritos de incentivo ao SLB, mas há que ter “fairplay”.

 

Para a minha história de corrida ficou cumprida a corrida 224 tendo superado o meu record individual nesta corrida e uma foto a correr no estádio do rival.

[Crónica de Carlos Teixeira] 

 

Atletas que concluiram a prova: 6012

Vencedor: HÉLIO GOMES (Atletismo SLB)- 0:30:16

 

CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 589)

Corrida do Benfica 10-04-2016 - CT.JPG

Classificação Geral: 870º - Classificação no Escalão Veterano IV: 46º

Tempo Oficial: 0:48:10/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:48:00

Tempo médio/Km: 4m:48s  <=> Velocidade média: 12,50Km/h (*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Calendário para o Mês de Abril

  • 3 - Trilhos do Almourol (Entroncamento) - 25/42 Km
  • 3 - Corrida dos Sinos (Mafra) - 15 Km
  • 10 - Corrida do SLB (LIsboa) - 10 Km
  • 17 - Cork Trail Running (Coruche/Erra)  - 23 Km
  • 17 - Estafeta Cascais/Lisboa - 20 Km
  • 24 - Montejunto Trail - 38 Km
  • 25 - Corrida da Liberdade (Lisboa) - 11 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 00:50

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Domingo, 10 de Abril de 2016

CORRIDA DOS SINOS

Disputou-se este fim de semana mais uma edição da corrida dos sinos que faz parte das corridas de 15 km mais carismáticas que se disputam na zona de Lisboa e arredores juntamente com as corridas das Lezírias, Fogueiras, 1º de Maio e mais recentemente Benavente.

 

Pessoalmente trata-se de uma distância que gosto muito de fazer e participo regularmente em 4 das cinco referidas anteriormente, no caso concreto da corrida dos sinos tratou-se da 8ª participação seguida.

 

Tratou-se de mais um fim de semana em que os tartarugas se separaram assim o Carlos Gonçalves participou numa longa e enlameada maratona em Almourol, e o Frederico Sousa ficou em casa a tratar das mazelas. 

 

Depois de um início de ano em que participámos em conjunto em diversas provas chegou agora a altura em que cada um segue o seu caminho escolhendo as corridas, os pisos, as distâncias e os locais que mais gosta.

 

Foi assim que na manhã de Domingo sem os meus companheiros me desloquei para a Mafra depois de vencer uma luta difícil com o sono, percorridos os primeiros kms da A8  começou a chover mas por pouco tempo e à chegada a Mafra já o sol começava a fazer caretas. Ao chegar a Mafra uns minutos antes das 9h30m surpreendentemente a Polícia ao contrário dos outros anos já impedia o acesso dos veículos à zona da partida o que me obrigou a deixar o carro a aproximadamente 1km daquele local.

 

Seguiu-se o processo de levantamento dos dorsais na zona das piscinas do complexo desportivo de Mafra com a maior parte dos atletas masculinos a reclamar uma t-shirt L, mas estas já se tinham evaporado totalmente o que gerou alguma confusão, eu trouxe uma M com tanta T-shirt é um tema que já não ligo a não ser quando surge alguma muito diferente do habitual.

 

Como o carro estava longe do local da partida e ainda mais do local de levantamento dos dorsais acabei por fazer uma aquecimento mais longo do que o habitual muito perto dos 3 Kms.

 

A hora certa foi dada a partida com a habitual batida do sino, para fugir à confusão de outros anos coloquei-me o mais possível perto da linha da partida, mas acabei por não arrancar bem e o primeiro Km acabou por ser um dos mais lentos 5m10s.

 

O percurso foi exatamente igual ao dos anos anteriores, com passagem pelo centro de Mafra, pelo fabuloso convento do Século XVIII mandado construir pelo rei D. João V, e pelas localidades de Paz, Achada e Sobreiro terminando em chegada olímpica no complexo desportivo de Mafra.

 

Após a chegada foi-me entregue o oitavo sino da minha coleção desta vez de cor preta.

[Crónica de Carlos Teixeira]

 

Atletas que concluiram a prova: 1604

Vencedor: PEDRO ARSÉNIO - 0:48:52

 

CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 589)

Classificação Geral: 612º - Classificação no Escalão M55: 37º

Tempo Oficial: 1:13:50/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:13:32

Tempo médio/Km: 4m:54s  <=> Velocidade média: 12,24Km/h (*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Calendário para o Mês de Abril

  • 3 - Trilhos do Almourol (Entroncamento) - 25/42 Km
  • 3 - Corrida dos Sinos (Mafra) - 15 Km
  • 10 - Corrida do SLB (LIsboa) - 10 Km
  • 17 - Cork Trail Running (Coruche/Erra)  - 23 Km
  • 17 - Estafeta Cascais/Lisboa - 20 Km
  • 24 - Montejunto Trail - 38 Km
  • 25 - Corrida da Liberdade (Lisboa) - 11 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 00:58

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TRILHOS DO ALMOUROL

Os Trilhos do Almourol reinventaram-se. Se comparar com as quatro últimas edições registei, com algum agrado, que grande parte do percurso foi novo. Não consigo quantificar se foram dois terços, quatro quintos, ou qualquer outra percentagem. O certo é que a maioria do trajecto foi substancialmente renovada relativamente aos anos anteriores. Não tendo perdido a dureza e a multiplicidade dos desafios que nos iam sendo propostos à medida que íamos avançando na prova, manteve-se a beleza e o interesse numa corrida que, pelo menos ma minha humilde opinião, é uma das mais interessantes corridas da modalidade de “Trail”. É, portanto, uma prova a não perder. Os Trilhos do Almourol pertencem ao núcleo restrito das corridas em que por nada deste mundo quero deixar de estar presente.

 

Após se ter iniciado o período normal de inscrições desafiei logo o Frederico, meu companheiro de sempre nestas aventuras um pouco mais malucas, a marcarmos presença nos Trilhos do Almourol. Em 2016 a nossa comitiva via-se substancialmente reduzida sem qualquer acompanhante na Caminhada. Mas nós não desistimos. Mesmo em cima da hora, uns dias antes, o Frederico avisa-me que não me poderá acompanhar até ao Entroncamento dado que tinha contraído uma pequena mas arreliadora lesão que o aconselhava a não enfrentar uma corrida que, apesar de bela, oferece uma dureza pouco aconselhável ao seu estado. Tudo bem. Lá teria eu de ir sozinho até aquelas paragens.

 

Em 2015 vi-me forçado a abandonar os Trilhos do Almourol devido a um forte ataque de cãibras, conforme referi na crónica de então. Assim tinha logo decidido que estava obrigado a desafiar novamente a Maratona Trail dos Trilhos do Almourol e provar a mim mesmo que o tinha acontecido no ano passado foi a excepção que confirma a regra.

 

Às sete e dez da manhã de Domingo partia eu de minha casa em direcção ao Entroncamento. Tinha pela frente uma viagem com um pouco mais de uma hora de duração. Sabia que às 8 e 50 partiria o meu autocarro que me levaria até ao ponto de partida. Mas como não era uma estreante nesta prova sabia que tinha tudo controlado. Cheguei a tempo de levantar o dorsal e de me preparar convenientemente para uma prova que se antevia, algo que eu já sabia, dura.

 

A animação é uma das imagens de marca das corridas. Ainda por cima havia atletas para tudo. Desde a Caminhada até à Maratona Trail, passando pelo Trail 25K, várias centenas de pessoas conferiam uma animação pouco habitual para uma manhã de domingo que, apesar de já termos entrado na primavera, mais parecia de Novembro. A temperatura era baixa e as previsões apontavam para o aparecimento da chuva. Mas “quem corre por gosto não cansa”, lá diz o ditado. E é bem verdade.

 

Já dentro do autocarro recebo um telefonema do Carlos Teixeira que iria participar em Mafra na Corrida dos Sinos. Procuro aconchegar-me e aproveitar para dormir um pouco. Desde a zona do Pavilhão Desportivo do Entroncamento até ao Parque de Campismo de Martinchel teria pelo menos uns vinte minutinhos durante os quais poderia recuperar algum do sono perdido na noite anterior. Mas a animação dentro do autocarro, principalmente vinda de um atleta mais esfusiante sentado no banco mesmo atrás do meu, não me permitiu cumprir o meu propósito. Ainda fechei os olhos. Mas se consegui dormir foi mesmo durante uns escassos minutos e já bem perto do fim da nossa viagem.

 

Já depois de “despejados” do autocarro aprontam-se os últimos preparativos para a grande Corrida. São as idas às Casas de Banho para encher os “cantis” ou despejar alguns extras “orgânicos”. E é também a fase em que reencontramos algumas caras conhecidas. Cada um fala dos seus objectivos para a prova e do que tem feito ultimamente ou do que virá a seguir.

 

Alguns atletas aquecem por si. Outros acompanham uma monitora que os guia ao longo de um conjunto de exercícios de aquecimento dos músculos e das articulações.

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É então que decido introduzir uma inovação nesta minha participação. Recorrendo ao WhatsApp, plataforma móvel para a troca de mensagens e fotografias muito popular entre os mais jovens e não só, vou dando notícias em directo sobre a minha prestação. O primeiro “post” é feito mesmo ali dentro do Parque de Campismo de Martinchel.

 

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“Está quase. A ver se este ano corre melhor.”

“Vai correr com certeza. Boa Prova. Responde-me a minha filha.

 Vou dando notícias, respondo eu.

 

Às dez da manhã inicia-se finalmente a aventura. O nervosismo já se tinha apoderado de todos. Todos nós ansiávamos pelo começo.

 

Atrás do carro da organização somos encaminhados até à Barragem do Castelo de Bode. São algumas centenas de metros a partir das quais nos tinham reservado cerca de oito quilómetros “novinhos” mas para “partir as pernas”, como nos tinha avisado um elemento da organização. Não é que fosse um percurso extremamente duro e com escaladas como tínhamos presenciado nos últimos anos. Mas o facto de ser em “sobe e desce” é o suficiente para causar grandes mazelas, principalmente de índole muscular.

 

Sem encontrarmos aquelas escaladas só transponíveis com o auxílio de cordas, e quiçá de um ou outro empurrão do atleta que nos precedia, mesmo assim ainda nos foram reservados alguns troços bem íngremes e feitos em fila indiana.

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Depois de devidamente “preparados” nestes primeiros oito quilómetros encontramos o Rio Nabão por um lado diferente do das anteriores edições. A chuva faz a sua primeira aparição acompanhando – nos ao longo de um “single trek” estreito, sinuoso e bem acidentado. Todo o cuidado é pouco para evitarmos uma queda de consequências mais gravosas. A ponte militar feita por barcaças é incontornável e serve de “passagem para a outra margem”. Estamos na foz do Rio Nabão. Poucos quilómetros mais à frente entramos no Trilho do Rio Zêzere que nos levará até Constância, local onde se inicia a prova do Trail 25K. É uma fase de algum repouso e beleza tendo sempre presente, ao nosso lado esquerdo, um dos maiores afluentes do Rio Tejo.

 

A certa altura avistamos um enorme viaduto. É o tabuleiro da A23. E um pouco mais à frente vemos a igreja e as primeiras casas da simpática vila de Constância, conhecida pela prática da canoagem e por ser a foz do Rio Zêzere.

 

Chego ao Ponto de Abastecimento. Aproveito para pegar no meu telemóvel e enviar mais uma mensagem via WhatsApp para tranquilizar os meus apoiantes.

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“Já cheguei a Constância. Só faltam 21. Estou bem.”

“Continuação de uma boa prova. Boa! Bom resto de Corrida.” (respondem-me)

 

A minha família acompanhava-me e torcia por mim com palavras de incentivo.

 

Faço as contas e verifico que afinal faltava um pouco mais do que os vinte quilómetros anunciados. Mas não fez mal.

 

Até ao próximo Ponto de Abastecimento repito o caminho dos últimos anos. Ao longo do Rio Tejo reina a calma, só ouvindo o barulho da água e de algum pássaro que transita pela zona. Num misto de areia com algumas pedras ensaio entrar em passo de corrida para tentar recuperar algum do tempo perdido para trás. Concentrado na minha missão aproximo-me de uma atleta que cumpria esta prova pela primeira vez. Aliás nunca tinha mesmo feito uma corrida tão longa. Do alto da minha experiência nos Trilhos do Almourol tento animá-la dizendo que o pior já tinha passado. A certa altura alguém me toca no ombro. “Amigo essa menina é a minha namorada.” Respondo-lhe que não faz mal pois sou casado e tenho a minha mulher à minha espera. “Eu estava a brincar. Eu gosto muito dela e julgo que ela também gosta muito de mim. Mas é só minha amiga e mais nada.”

 

Estamos numa fase mais de descompressão e de recuperação para o que ainda nos falta. Em Tancos temos mais um Ponto de Abastecimento. Avisam-nos que na próxima paragem, e se chegarmos a tempo, aguarda-nos um belo petisco: Porco no espeto. Animado com esta notícia parto de imediato enquanto os meus companheiros de corrida ficam a alimentar-se e a deliciarem-se com uma “mini” bem fresquinha.

 

Algumas centenas de metros mais à frente tenho a visita surpreendente de uma cãibra no quadricípede da perna esquerda. Mau. O fantasma do ano passado aparece no meu pensamento. Perante a minha momentânea incapacidade, alguém da organização avisa-me que ainda estou perto de um ponto no qual posso desistir. Não, vou lutar até ao fim. Dou algumas massagens e meto novamente na boca uma pastilha ISOSTAR com cálcio e potássio. A partir deste ponto não vou mais correr até me sentir mais recuperado. Felizmente que as maiores dificuldades desta fase final do percurso foram eliminadas.

 

Calmamente chego ao penúltimo Ponto de Abastecimento. “Ainda há Porco no espeto, pergunto?” Felizmente que sim. Pego numa sandes e vou à procura de uma cerveja. Mas também é tempo de colocar mais um “post” no Whatsapp.

 

“Porco no espeto, acompanhado de uma mini. Só faltam 11,5 Km.”

 

Um elemento da organização disponibiliza-se para me tirar algumas fotos que servirão para ilustrar esta fase da minha aventura.

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 Recebo várias mensagens um pouco desorganizadas (no WhatsApp isto é normal).

 

“Já chegaste? Boa !!! Correu bem??? Ainda não acabou. Está num abastecimento (responde a Catarina ao Gonçalo). Ah okok. Falta muito?”

 

Esta última mensagem já não teve resposta da minha parte pois entretanto já tinha partido para atacar os últimos quilómetros. Sinto-me bem. Parece que as cãibras recolheram às “boxes”. Ao atravessar uma estrada informam-me que faltam dois quilómetros para o próximo abastecimento e seis para o final. Encho-me de ânimo e de confiança para esta fase.

 

Último abastecimento. Servem Caldo Verde num copo de plástico. Ainda me preparo para enviar mais uma foto. O cansaço e a ânsia de chegar ao fim dificultam os movimentos. E o meu telemóvel também não ajuda. Mesmo assim consigo registar este momento.

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“Último Abastecimento. Caldo Verde para atacar os últimos 4Km.”

“Está quase … Okok. Força então.” É o incitamento final dos meus apoiantes. Não os posso deixar desiludidos.

 

A parte final da Corrida é feita de muita lama. Aqui e acolá atravessamos, ou caminhamos ao lado da A23. Já cheira a Entroncamento. Ao longo desta parte final encontramos “placards” com informação dos quilómetros que faltam percorrer. É a altura de passarmos algumas ribeiras e molharmos/refrescarmos os nossos cansados pés.

 

Entrada no Parque do Bonito. Sei que pouco falta para cumprir mais uma etapa dos Trilhos do Almourol. O piso é bom e sempre plano. Uma última dificuldade pela minha frente. Tenho de atravessar uma ribeira. Várias raparigas da organização estão ali para ajudar os atletas. “A vossa presença aqui deixa no ar algumas suspeitas. Estarão aqui para me verem cair? Ou será que este último obstáculo é mesmo difícil?”.

 

Orgulhosamente prescindo da prestimosa ajuda de tão simpáticas pessoas. Fica para trás aquele curso de água e, com a ajuda dos pés e das mãos, e só não foram também os dentes, alcanço o alcatrão da estrada que me conduzirá até à meta.

 

A meta está próxima. Sempre a correr galgo as últimas centenas de metros.

IMG-20160404-WA0002.jpgA desilusão do ano passado ficou definitivamente resolvida.

 

Entro no Pavilhão e vejo a linha da Meta. E vejo também, para meu espanto e com uma profunda alegria, três personagens dispostos a testemunharem o fim de mais uma aventura: a minha filha Catarina, o meu Genro Pedro e o “mais que tudo” neto Afonso.

 

IMG-20160403-WA0003.jpg

 Neste momento passa para eles a responsabilidade de informarem, via WhatsApp, a conclusão desta Maratona.

 

Foram mais de oito horas e meia sempre em actividade. A minha pior marca de sempre nos Trilhos do Almourol. Mas foi seguramente a edição o em que me diverti mais e cheguei em melhores condições. Na memória fica a conclusão da minha primeira participação nos Trilhos do Almourol. Nessa altura não só cheguei profundamente exausto, quase não conseguia falar, como afirmava que não mais voltaria a esta prova. Agora já só penso na edição de 2017.

 

Vou ao meu carro buscar o saco com a roupa para tomar banho. Ainda pensei em almoçar primeiro e só depois tomar banho. Mas a razão ultrapassou o coração. Depois de um retemperador duche regresso à zona da meta para deglutir a merecida refeição misto de almoço e de lanche. A Catarina regressa a casa. O Pedro fica comigo e assume as funções de motorista. Até me sentia em condições para conduzir o meu carro. Mas assim foi melhor. Poderia descansar e até dormir um pouco. Durante o caminho de regresso a casa aproveito para pôr a conversa em dia. Falo à minha mulher e aos meus colegas Tartarugas. A satisfação era total. Não me canso de enaltecer as virtudes dos Trilhos do Almourol.

 

Como comentário final quero salientar dois aspectos muito importantes. Em primeiro lugar a edição deste ano foi bastante mais rápida do que as anteriores. O vencedor conseguiu um tempo ao nível de uma Maratona de Estrada. Menos de quatro horas, e ainda por cima com as dificuldades desta corrida é obra. Por outro é digno de realçar que um nosso anterior colega dos nossos tempos em que ainda jogávamos Badminton, José Lopes de seu nome, terminou os Trilhos do Almourol num brilhante terceiro lugar. PARABÉNS.

 

E para o ano há mais.

 

Atletas que concluiram a prova: 245

Vencedor: LUÍS FERNANDES (Trilhos dos Templários - Green Roc) - 3:55:54

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 246)

Classificação Geral: 232º - Classificação no Escalão M55: 9º

Tempo Oficial: 8:33:21/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): Não disponível

Tempo médio/Km: 12m:13s  <=> Velocidade média: 4,91Km/h (*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Calendário para o Mês de Abril

  • 3 - Trilhos do Almourol (Entroncamento) - 25/42 Km
  • 3 - Corrida dos Sinos (Mafra) - 15 Km
  • 10 - Corrida do SLB (LIsboa) - 10 Km
  • 17 - Cork Trail Running (Coruche/Erra)  - 23 Km
  • 17 - Estafeta Cascais/Lisboa - 20 Km
  • 24 - Montejunto Trail - 38 Km
  • 25 - Corrida da Liberdade (Lisboa) - 11 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 00:41

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