Terça-feira, 24 de Novembro de 2015

CORRIDA D. DINIS

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 Com o nome de uma das mais  prestigiadas personagens da história de Portugal e de referência da cidade de Odivelas, disputou-se a 4ª Edição da corrida D. Dinis, que contou com uma representação dos Lebres e Tartarugas composta por Carlos Teixeira e Frederico Sousa. Estava uma manhã fresca e quando iniciámos o aquecimento até caíram alguns pingos de chuva, no entanto curiosamente quando se iniciou a corrida e durante a primeira metade da mesma o sol abriu e para o Frederico isso já representa muito calor, mas tudo acabou em bem para ele dado que quando cortou a meta já chuviscava novamente.

 

A corrida teve um percurso idêntico ao da 2ª edição em que também participámos com partida e chegada no pavilhão Multiusos, não é uma prova fácil dado que ao longo da mesma somos confrontados com algumas subidas sendo a mais difícil a que ocorre entre o km 8 e o 9 por ser mais extensa e ser já perto do final. Como a seguir às subidas existem sempre descidas por vezes este tipo de provas é melhor para realizar bons tempos do que as provas totalmente planas, mas as opiniões divergem e cada um de nós como em tudo tem as suas preferências. No caso dos dois tartarugas foi um dia bom pois ambos bateram os seus records pessoais nesta prova, fica mais uma vez comprovado que por vezes o fator temperatura é mais importante que a altimetria e para como eu participou recentemente na maratona do Porto ou presenciou a extensa reportagem que sobre esta a RTP2 fez, é capaz de estar de acordo com esta opinião.

 

Terminaram a 4ª Edição da Corrida D. Dinis 301 atletas.

[Crónica de Carlos Teixeira]

 

Aqui vai uma boa fotografia de como encaro um bom “aquecimento”… (Frederico Sousa)

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Atletas que concluiram a prova: 300

Vencedor: CARLOS CARDOSO - 0:33:26

 

FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº189)

Classificação Geral: 240º - Classificação no Escalão M5054: 18º

Tempo Oficial: 0:58:30/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:58:25

Tempo médio/Km: 5m:50s <=> Velocidade média: 10,27Km/h(*)

 

CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº188)

Classificação Geral: 117º - Classificação no Escalão M5559: 9º

Tempo Oficial: 0:46:56/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:46:51

Tempo médio/Km: 4m:41s <=> Velocidade média: 12,81Km/h(*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Corridas do Mês de Novembro

  • 8 - Corrida Farmacêutica (Lisboa) - 10 Km
  • 8 - Maratona do Porto - 42,195 Km
  • 14 - Trail de Ferreira do Zêzere (F. Zêzere) - 20 Km/35 Km => Não participámos
  • 15 - Corrida das Castanhas (Lisboa) - 10 Km
  • 22 - Corrida D. Dinis (Odivelas) - 10 Km
  • 29 - Corrida Juntos Contra a Fome (Lisboa) - 10 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 17:26

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Quinta-feira, 19 de Novembro de 2015

CORRIDA DAS CASTANHAS

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 O São Martinho já lá vai mas o Verão ainda cá ficou a gozar mais alguns dias extras para delícia de muitos Portugueses e para júbilo dos milhares de estrangeiros que nos visitam todos os dias. É normal que nesta altura do ano, e fazendo jus à lenda do S. Martinho, o tempo melhore desaparecendo a chuva e o vento e aumentando a temperatura. Nem sempre assim acontece mas, na nossa memória, só há espaço para os casos em que a tradição se mantem. Nos outros é “a excepção que confirma a regra”.

 

Lenda do verão de S. Martinho

 

Martinho antes de ser Santo foi soldado do Imperador. Uma vez ia montado no seu cavalo num dia tempestuoso de chuva e vento muito embrulhado na sua capa de soldado.  Surgiu-lhe num caminho um pobrezinho de mão estendida muito magra semi-nu a tremer de frio e também de fome. O Moço cavaleiro ficou abalado, e depois de dar umas moedas ao pobre desceu do cavalo e com a própria espada cortou a capa que trazia ao meio dando uma parte ao pobre, para ele se cobrir e ficando com a outra metade para si. Passados momentos o temporal amainou as nuvens foram desaparecendo, transformando-se a tempestade num dia de sol brilhante, raro na estação do Outono. Eis a Lenda do Verão de S. Martinho, Santo que é comemorado no dia 11 de Novembro, geralmente com um serão de família e amigos.  Diz o ditado. No dia de S. Martinho, prova o teu vinho.  Usança — Junta-se a família, convidam-se os amigos e todos se reúnem à lareira, ao redor de uma boa fogueira. É o tempo da apanhadas castanhas e nesse dia, assa-se uma grande porção num assador próprio, feito já para tal, em latão com buracos no fundo. Põe-se dependurado em cima da fogueira e enquanto assam, uns conversam, outros vão buscar o vinho.  As castanhas depois de assadas, deitam-se num cesto que se coloca ao centro, para todos lhe chegarem.

 

O Frederico e o Carlos Gonçalves tinham previsto para este fim-de-semana a participação no Trail de Ferreira do Zêzere. Tratava-se de um regresso ao ambiente que estes dois Tartarugas privilegiam e mais se sentem como “peixes na água”.

 

No rescaldo da participação do Carlos Gonçalves na Maratona do Porto o Frederico informou o seu colega de que não poderia, por motivos particulares, estar nesta prova. Apesar de tudo estas palavras até soaram bem pois o Carlos Gonçalves, tendo em consideração a atribulada Maratona do Porto, não se sentia em grandes condições para enfrentar uma dura prova de “Trail” numa distância de trinta e cinco quilómetros. Não estava em causa a distância mas a dureza e a exigência do percurso.

 

Assim o Frederico logo tratou de encontrar uma alternativa. E bem perto de sua casa, em plena Serra do Monsanto, disputava-se a Corrida das Castanhas. Com uma distância aceitável, e um percurso já conhecido destes atletas, esta afigurava-se como a corrida ideal, fosse para um treino dominical para manter alguma forma física, ou para recuperar de forma activa de outros esforços.

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Hoje em dia, para atletas mais experimentados, uma corrida de dez quilómetros pode ser avaliada como uma rotina, sem grandes dificuldades de maior, e como substituição de um normal treino, mas com companhia. E foi com este espírito que o Frederico e o Carlos Gonçalves abordaram a sua participação na Corrida das Castanhas. O facto de se desenrolar nas estradas da Serra do Monsanto traz-nos à memória a Lisbon Eco Marathon, local de onde guardamos boas recordações. Por outro lado, e contrariando o ditado de “tudo o que sobe tem de descer”, nesta Corrida tínhamos mais a descer do que a subir. Depois de uma primeira volta em torno da Alameda Keil do Amaral (estrada que anteriormente estava aberta à circulação automóvel) seguimos até à zona de Pina Manique bem pertinho do Estádio do Casa Pia e do local onde o Frederico, na Lisbon Eco Marathon, travou conhecimento com uma cobra e com uma raposa.

 

Uma descida prolongada deu-nos a  oportunidade desejada para recuperar um rimo que inicialmente talvez não tenha sido do nosso inteiro agrado. E como a subida para o Restaurante dos Montes Claros foi mais às curvas significa que a pendente do percurso não foi tão dura quanto seria expectável. E neste aspecto, e como o Frederico referiu tão a propósito, o facto de conhecermos sobejamente esta parte do percurso deu-nos alguma margem de manobra e abordagem positiva.

 

Bem perto da zona dos Montes Claros deparamo-nos com um atleta a dar apoio ao seu cão que o acompanhou ao longo de toda a corrida. A subida final terá exigido demais do fiel amigo que, prostrado, respirava ofegantemente e sorvia com grande avidez, e alguma dificuldade, a água que o dono lhe oferecia. Pior do que presenciarmos um atleta em dificuldade é ver um animal sofrer. É como se fosse uma criança. E custa muito mais…

 

Ultrapassado este obstáculo mais de índole psicológica somos avisados que nos restariam cerca de um quilómetro e meio sempre a descer até à meta. Mas nem sempre pudemos beneficiar desta vantagem. Alguns de nós tivémos de aguardar a passagem inesperada de uma coluna militar a Cavalo que barrou a passagem dos atletas. Indiferentes ao nosso desespero, os militares, do alto das suas montadas, olhavam com alguma sobranceria os vários atletas que aguardavam ansiosamente pelo fim daquele contratempo. Mostravam um ar superior mas certamente que nós, cá em baixo, nos divertíamos muito mais do aquelas máscaras impiedosamente frias e sem qualquer traço de alegria.

 

Terminados os dez quilómetros de uma corrida potencialmente sem história conseguimos, uma vez mais, darmo-nos por satisfeitos por mais uma nova aventura. Como diz um dos cânticos da claque sportinguista “só eu sei porque não fico em casa”. Esta é, seguramente, uma das raras vezes em que nós Benfiquistas até estamos de acordo com os nossos vizinhos do outro lado da 2ª Circular de Lisboa...

 

Atletas que concluiram a prova: 537

Vencedor: DAVID INÁCIO (Juventude Desportiva Almansor) - 0:33:14

 

FREDEICO SOUSA (Dorsal Nº591)

Classificação Geral: 471º - Classificação no Escalão M5054: 37º

Tempo Oficial: 0:59:35/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:59:05

Tempo médio/Km: 5m:54s <=> Velocidade média: 10,16Km/h(*)

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº592)

Classificação Geral: 228º - Classificação no Escalão M5559: 16º

Tempo Oficial: 0:49:30/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:49:00

Tempo médio/Km: 4m:54s <=> Velocidade média: 12,24Km/h(*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Corridas do Mês de Novembro

  • 8 - Corrida Farmacêutica (Lisboa) - 10 Km
  • 8 - Maratona do Porto - 42,195 Km
  • 14 - Trail de Ferreira do Zêzere (F. Zêzere) - 20 Km/35 Km => Não participámos
  • 15 - Corrida das Castanhas (Lisboa) - 10 Km
  • 22 - Corrida D. Dinis (Odivelas) - 10 Km
  • 29 - Grande Prémio de Atletismo da Mendiga  - 15,7 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 22:08

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Sábado, 14 de Novembro de 2015

MARATONA DO PORTO

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Passadas três semanas após a realização da Maratona de Lisboa tivémos pela frente a segunda e última corrida de estrada na mesma distância disputada este ano em Portugal. É certo que estamos num País pequeno. Mas será que não há espaço para, no mínimo, mais uma ou duas Maratonas neste cantinho “onde a Terra termina e o Mar começa”? Dizem os mais conformados que o nosso clima, com uma temperatura média bem alta, não propicia a realização de mais provas de longa distância, sem que o calor aperte em demasia , etc., etc., etc. …

 

Mas, se largarmos o asfalto, alguém sabe ao certo quantas Maratonas e Ultra Maratonas de Montanha ou de “Trail” se realizam todos os anos em Portugal? E que este número tem vindo a crescer ano após ano? E que o estafado argumento do calor que poderá afectar os maratonistas aqui já não se coloca? E, para os mais distraídos, relembro que é em Julho que se disputa todos os anos uma das mais duras, senão mesmo a mais desgastante, Ultra Maratona Melides/Tróia na qual os atletas, quais verdadeiros heróis da sobrevivência, são chamados a cumprir quarenta e três quilómetros sem qualquer sombra e, ainda por cima, em areia? É, provavelmente, a mais exigente maratona não só no domínio físico mas, principalmente, no aspecto psicológico. E ninguém apresenta como desculpa o calor. E quantas Ultra-Maratonas, com distâncias de cinquenta, setenta, cem e muitos mais quilómetros se realizam em Portugal ao longo de cada ano? Este é um mercado desportivo em expansão.

 

Será que ainda há desculpas para que ninguém se abalance a pôr de pé mais uma ou duas Maratonas de Estrada e que não caiam invariavelmente no último trimestre?

 

Findo este intróito debrucemo-nos então sobre a 12ª Maratona do Porto.

 

A Maratona do Porto tem sido habitualmente indicada como a melhor prova para quem se atreve a desafiar a mítica distância das corridas de fundo. O percurso relativamente fácil, agradável, e com um apoio popular espectacular, tornam esta prova como a mais apetecida para os principiantes.

 

A Maratona do Porto tem um lugar muito importante no currículo dos dois Carlos – Gonçalves e Teixeira – pois foi aqui que ambos se atreveram pela primeira vez a abraçar o desafio de cumprir uma Maratona de Estrada. E foi com tal sucesso que repetiram igual dose na Maratona de Lisboa. E, supremo desafio, temos contrariado aquela velha máxima de que um atleta não deve correr duas Maratonas num período de tempo inferior a seis meses. Pois no nosso caso têm sido duas Maratonas espaçadas por cerca de três a quatro semanas. No passado fim de semana completámos a nossa oitava Maratona de Estrada tendo como próxima meta atingirmos o bonito e redondo número de dez.

 

O S. Pedro tem sido nosso amigo nas Maratonas e reservou-nos um domingo bastante ameno sem chuva e com Sol em fartura. Nem pareceu que estávamos em Novembro com temperaturas a rondar os vinte e dois graus. Alguns falam no Verão de S. Martinho que habitualmente dá um abanão nas condições meteorológicas próprias para um mês em pleno Outono. No entanto nunca costumamos ter temperaturas desta ordem e bem consentâneas com uma Primavera já um pouco avançada e a cheirar a Verão. Foi bom mas lá que não é normal não é.

 

A edição de 2015 continha algumas alterações importantes. A começar pelo local de partida que foi desviado da zona do Palácio de Cristal, a meia distância da Praça da Boavista, sendo agora implantado dentro do Parque da Cidade. Pareceu-nos uma decisão acertada tantos em termos logísticos como de beleza do local. Em contrapartida a organização falhou ao juntar as partidas da Maratona e da Family Race no mesmo local e à mesma hora.

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Gerou-se logo ali um engarrafamento monumental que condicionou fortemente o início da prova. Os primeiros quilómetros, com incursão pelas ruas de Matosinhos, provocaram um desgaste desnecessário e inabitual nos atletas que cedo viram os seus objectivos de tempo ficarem logo pelo caminho.

 

“No melhor Pano cai a Nódoa”.

 

Mais cedo do que o habitual a maioria dos participantes começou a ceder devido ao esforço inicial. Com os primeiros quilómetros muito lentos foram despendidas energias suplementares para recuperar o nosso ritmo habitual. Com esta entrada a maioria dos atletas veio a pagar a factura bem antes do que é habitual. Mal passávamos pela marca da Meia Maratona cruzámo-nos com os primeiros classificados que já galgavam a última dezena de quilómetros para a meta. E se o líder da prova vinha em bom ritmo e aparentemente fresco, os que o precediam mostravam uns sinais de cansaço não habitual, principalmente em atletas africanos. Algo se passava de anormal. Provavelmente também eles se desgastaram mais do que é habitual na primeira parte da Maratona.

 

Na Ponte D. Luís atravessamos pela primeira vez o Rio Douro. Em direcção à Afurada começam a aparecer os primeiros sinais de que alguns atletas já não estão bem. Começam a ver-se alguns deles a andar em vez de correrem, outros param para efectuar alongamentos e acalmar as cãibras que dão os primeiros sinais. Mal ou bem chegamos ao primeiro ponto de retorno e regressamos à Ponte D. Luís. No final somos obrigados a cumprir um pequeno troço em direcção à Ponte do Freixo. Se o Carlos Gonçalves já tinha quebrado com as cãibras a impedi-lo de correr, e mesmo a andar com alguma dificuldade, é por volta do quilómetro trinta que o seu companheiro também se ressente do esforço e cede um pouco no seu ritmo. O cansaço e o desgaste eram grandes. Mas a nossa forte determinação em terminar a Maratona superou alguma ténue vontade de dar por fim a corrida.

 

Desistir NUNCA. É este o nosso lema.

 

No Túnel da Ribeira somos brindados com imagens do filme Momentos de Glória. Ao som da música de Vangelis sentimo-nos momentaneamente recuperados e como que empurrados para os últimos quilómetros. Foi o incentivo de que precisávamos. Daí para a frente somos “bombardeados” pelo apelo de muitos cartazes de incitamento aos atletas. Pode não parecer mas são estes pequenos detalhes que nos ajudam quando as pernas já querem mas é andar para trás.

 

Chegados finalmente aos quarenta quilómetros obrigam-nos a dar mais uma voltinha para cumprir quilómetros. Aquela subidinha na Avenida da Boavista foi maléfica. Pior mesmo foi a entrada no Parque da Cidade e com a Meta à vista. Parece que estamos tão perto e, afinal, estamos tão longes. Valeu uma vez mais o incitamento da Aurora Cunha a puxar pelos mais atrasados e para os quais toda a ajuda é preciosa. E quando ela vem de uma lenda viva no nosso atleta então sentimos mesmo que todo o nosso esforço e sofrimento valeram a pena. É nestes pequenos pormenores que a Maratona do Porto suplanta a de Lisboa. E este comentário é feito e corroborado pelos muitos LIsboetas habitualmente presentes.

 

O nosso desempenho situou-se muito abaixo dos objectivos traçados inicialmente. Mas terminános e isso é o que interessa.

 

Dá-se o reencontro dos atletas com a sua claque de apoio. O Carlos Catela tinha chegado dentro das previsões mas com alguma margem de erro (mais de vinte minutos do que tinha conseguido em 2014). O Carlos Gonçalves é que foi a grande preocupação de todos. Para quem tinha fixado como objectivo um tempo na casa das quatro horas pulverizou essa marca mas para pior. Ultrapassou mesmo as cinco horas. A preocupação tinha-se instalado em toda a equipa porque nunca mais chegava nem respondia à chamadas para o telemóvel. Felizmente que tudo acabou em bem.

 

Já depois de recuperados (a imperial deu uma preciosa ajuda), e quando nos dispomos a regressar a casa, não podemos deixar de registar para a posteridade a celebração da conclusão da nossa oitava Maratona. E nada melhor do que termos por companhia o nosso futuro Maratonista Afonso. Mas como ainda não se consegue aguentar de pé contamos também com a colaboração da Mãe Catarina.

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E se para o Afonso ainda é cedo para pensar em Maratonas já ficou lançado o desafio ao Pai Pedro.

 

Com grande pena nossa sentimos alguma frustração por se ter estragado um percurso que nos era muito querido. Mas não é por isso que deixaremos de repetir a presença em 2016 e, se possível, com uma equipa mais alargada.

 

Atletas que concluiram a prova: 4402

Vencedor: GILBERT YEGON KOECH (Quénia) - 2:14:04

 

CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº3044)

Classificação Geral: 2798º - Classificação no Escalão M55: 137º

Tempo Oficial: 4:22:15/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 4:19:00

Tempo médio/Km: 6m:08s <=> Velocidade média: 9,77Km/h(*)

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº3043)

Classificação Geral: 4227º - Classificação no Escalão M55: 209º

Tempo Oficial: 5:19:09/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 5:15:54

Tempo médio/Km: 7m:29s <=> Velocidade média: 8,01Km/h(*)

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Corridas do Mês de Novembro

  • 8 - Corrida Farmacêutica (Lisboa) - 10 Km
  • 8 - Maratona do Porto - 42,195 Km
  • 14 - Trail de Ferreira do Zêzere (F. Zêzere) - 20 Km/35 Km => Não participámos
  • 15 - Corrida das Castanhas (Lisboa) - 10 Km
  • 22 - Corrida D. Dinis (Odivelas) - 10 Km
  • 29 - Grande Prémio de Atletismo da Mendiga  - 15,7 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 09:28

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Segunda-feira, 9 de Novembro de 2015

CORRIDA FARMACÊUTICA

100 Corridas.pngOs verdadeiros Lebres participaram corajosamente este fim de semana na Maratona do Porto o que é objecto de crónica à parte.

 

Enquanto isso o Tartaruga Frederico optou, uma vez mais, por não se meter em aventuras e participar numa prova mais ao seu alcance.

 

À falta de melhores alternativas decidiu-se pois inscrever na estreante Corrida Farmaceutica organizada já pela experiente Xistarca.

 

O traçado em si só apresentava a novidade de se desenvolver apenas pelo lado Sul da linha férrea mas não era assim tão apelativo – de trás para a frente entre Alcantara e Belém.

 

No site da Xistarca registava-se, uns dias antes da prova que as inscrições já estavam esgotadas, mas das duas uma, ou era uma prova para muito poucos atletas ou é uma manobra publicitária para fazer crer que temos que lutar por uma presença (o que de facto acontece com algumas provas emblemáticas).

 

O verão de S. Martinho resolveu aparecer um pouco mais cedo e brindou-nos a todos com uma manhã quente e seca, óptima para a prática do veraneio mas decididamente não do agrado deste Tartaruga.

 

Concentração aprazada para as 10:00 horas e partida (da corrida às 10:30).

 

Sendo sempre plana a prova desenrolou-se serenamente, se bem que sempre com esforço deste miserável atleta que teima em não treinar.

 

Por volta dos 6 kms acendou-se uma luz vermelha no cockpit com sinais de inflamação/caimbra na perna direita. Não sendo a dor muito forte este corajoso rapaz decidiu moderar e adaptar a sua passada de forma a poupar esta perna do impacto.

 

Esta táctica produziu os seus efeitos e com isso conseguiu levar a prova até ao fim e dentro da hora.

 

Conclusão – prova a apenas repetir se não existirem outras alternativas.

[Crónica de Frederico Sousa]

 

Atletas que concluiram a prova: 532

Vencedor: RICARDO FIGUEIREDO (CAS) - 0:31:30

 

FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº486)

Classificação Geral: 404º - Classificação no Escalão Veteranos: Não Divulgado

Tempo Oficial: 0:57:57/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:57:36

Tempo médio/Km: 5m:46s <=> Velocidade média: 10,42 Km/h(*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Corridas do Mês de Novembro

  • 8 - Corrida Farmacêutica (Lisboa) - 10 Km
  • 8 - Maratona do Porto - 42,195 Km
  • 14 - Trail de Ferreira do Zêzere (F. Zêzere) - 20 Km/35 Km
  • 22 - Corrida D. Dinis (Odivelas) - 10 Km
  • 29 - Grande Prémio de Atletismo da Mendiga  - 15,7 Km

 

publicado por Carlos M Gonçalves às 22:55

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TRAIL NOCTURNO DE BUCELAS

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 GENIAL, DIVINAL, ESPECTACULAR. A REPETIR.

 

Foi deste modo que o Carlos Gonçalves, único representante das LEBRES E TARTARUGAS no Trail Curto de Bucelas, se manifestou por SMS aos seus colegas de equipa após ter concluído mais uma prova. De tal modo esfuziava de alegria que teve alguma dificuldade em encontrar palavras para traduzir o que lhe ia na alma. Pleno de satisfação por uma aventura inesquecível, aguarda ansiosamente pela próxima edição e, se possível, na companhia dos seus outros dois colegas.

 

Na prática até nem esteve sozinho pois a sua esposa, a nossa Treinadora Ana Luísa, acompanhou-o nesta odisseia participando na Caminhada por troca com a inscrição do Frederico que, à última hora, não pôde comparecer. Felizmente que a Organização converteu uma inscrição do Trail Curto na Caminhada. Assim contribuiu para a felicidade de duas pessoas e que, certamente, divulgarão este Trail Nocturno junto dos seus amigos.

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A Noite do Halloween, ou Noite das Bruxas como também é apelidada, apesar de ser uma importação recente, já é um marco principalmente junto do público mais jovem, nomeadamente as crianças. Vibram com esta noite como nós, mais velhos, vibrávamos com o Carnaval nos saudosos, mas não saudosistas, tempos de adolescentes.

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A vida é feita de aventuras e, se nada fizermos, nada teremos para preencher as nossas memórias que um dia mais tarde recordaremos com satisfação e com um tremendo orgulho que, de tanto inchados, correremos o risco de rebentar qual balão que se enche para além do limite. Por isso devemos estar sempre disponíveis para nos abalançarmos a novos desafios. E como gostamos de novos desafios perante qualquer acontecimento que nos surja, e que tenha algo de inovador, aí estamos nós prontos a dar a cara.

 

Em Setembro o Frederico, sempre ele, descobriu que se iria realizar o 1º Trail Nocturno de Bucelas no dia 31 de Outubro subordinado ao tema do Halloween. Além de ser uma prova de “trail” tinha como grande aliciante o facto de se realizar à noite. Assim juntava-se o útil ao agradável. A adrenalina de uma corrida de trilhos conjugada com a beleza de uma prova nocturna. E ainda por cima com o misticismo associado ao Halloween.

 

Perante estes ingredientes o Frederico e o Carlos Gonçalves não podiam deixar passar ao lado esta oportunidade. Consultada a página de divulgação do Trail Nocturno de Bucelas verificávamos que estavam reunidos os condimentos necessários a uma corrida com tudo para poder perdurar nas nossas memórias. A distância de quinze quilómetros não assustava qualquer um. Aliás para nos meter medo só mesmo as diversas figuras de terror que iríamos encontrar ao longo do percurso. Por outro lado o perfil topográfico também mostrava ser acessível. E uma Corrida Nocturna tem uma beleza que dificilmente encontraremos em provas diurnas. À noite os muitos Atletas e Caminhantes mais parecem um conjunto de pirilampos em fila indiana ao longo do percurso.

 

A animação era grande. O rebuliço cedo toma conta desta simpática vila de Bucelas a escassos quilómetros de Lisboa. Os PROS chegam cedo ao local da partida aí permanecendo em plena concentração para uma corrida cuja vitória poderá estar seu alcance. Os outros, mais pacatamente, tentam encontrar um lugar para estacionar o carro e procuram de imediato onde levantar o seu dorsal. Depois, já mais tranquilos, a prioridade é reforçarem-se de energias com um lanche mais lauto do que é normal. Pais e Filhos, Trailistas e Caminhantes, unem-se para uma Festa que todos pretendem disfrutar ao máximo. Os mais miúdos são os que mais vibram com esta Noite do seu imaginário fantasioso. Se para eles o Halloween já é uma tradição o que dizer de abrilhantarem esta sua celebração com uma Caminhada à luz das lanternas.

 

No Pavilhão do Clube de Futebol os Bucelenses, filial do mais conhecido Belenenses, juntam-se todos desde os participantes nas duas provas até aos elementos da Organização. Pelo aspecto não seriam mais duzentos os candidatos ao Trail Curto. E em igual número teríamos os Caminhantes.

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Muitas máscaras alusivas a esta noite desfilavam por entre esta massa humana. Havia prémios para as melhores máscaras pelo que os candidatos a esta competição esmeraram-se. E verificámos que alguns, ou algumas, também participaram no Trail tendo efectuado toda a prova nestes preparos. O ambiente era principalmente de Festa.

 

Feito o controlo “Zero” aguarda-se ansiosamente pelo “tiro de partida”. Antes ainda houve tempo para o habitual briefing com as muito úteis indicações sobre o percurso e sinalização. Além das comuns fitas plásticas de sinalização vermelhas e brancas a Organização implantou ao longo de toda a prova postes com luzes “led” verdes que permitiriam, até aos mais distraído, ver o caminho certo a seguir.

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Difícil mesmo era alguém perder-se. Mas com tantas bruxas e bruxos “à solta” tudo era teoricamente possível.

 

Dada a ordem de partida faz-se o assalto à estrada. As primeiras centenas de metros são feitas em alcatrão e com o acompanhamento de uma viatura não só para nos guiar mas, e principalmente, para cortar o trânsito automóvel e assim preservar a integridade dos atletas. Após algumas centenas de metros fica para trás a Vila de Bucelas entrando no primeiro troço já em terra batida e com a primeira subida. É aí que tudo verdadeiramente começa. Cinco minutos mais tarde arrancam os Caminheiros. O percurso inicial coincidiria com o da prova principal, não sendo muito exigente tanto em termos de declive como de irregularidade do terreno.

 

Cedo começa a separação dos atletas. Os primeiros desapareceram logo. E não foi pelo facto de ser noite mas simplesmente por imprimiram desde o início um ritmo próprio de quem luta pela vitória. Com as subidas um pouco, mas pouco, mais exigentes ficam logo para trás os menos habituados e preparados para as corridas de montanha. Consultado o perfil da prova verificava-se que basicamente teríamos três picos logo seguidos das inevitáveis descidas. Como dia o ditado “tudo o que sobe tem de descer”. Sensivelmente a meio chegamos ao ponto com cota mais alta. Nesse local estava montado o único abastecimento da corrida. Sentíamos, e tínhamos razão para tal, que o mais difícil já tinha ficado para trás.

 

De descida em descida, com algumas curvas pelo meio, aproximamo-nos, sem que o saibamos, do ponto de encontro com os nossos amigos Caminheiros que fizeram grande parte do nosso trajecto. Nos seus oito quilómetros foram poupados na ida ao ponto de altitude mais elevada dos “Trailistas”. Foi a fase mais bela de toda prova. Alguns que tinham familiares na Caminhada aproveitavam para revê-los, cumprimentá-los – “Olá Bruxinha” – e seguir rumo à meta. De tanta lanterna existente havia uma luminosidade ambiente que nos fazia esquecer que até era noite.

 

Finalmente entramos no alcatrão e aproximamo-nos vertiginosamente da meta.

 

Mais uma prova superada. Este solitário Tartaruga só aguardava pela chegada da sua cara metade. Depois de feitos os necessários e muito recomendados alongamentos o nosso atleta dirige-se para a entrada do Pavilhão e, finalmente, vislumbra o muito esperado blusão vermelho e com a luz frontal na cabeça.

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 Dava-se o reencontro deste casal que tinha partido à procura das Bruxas de Bucelas.

 

Esperava-nos o jantar. Uma malga de um delicioso Caldo Verde bem quentinho, uma Bifana e uma bebida: um Sumo ou uma não menos deliciosa Imperial. Durante a refeição cada um conta as suas peripécias deste noite originalmente bem passada.

 

Com o estômago mais ou menos recomposto Regressamos ao nosso carro para trocar de roupa. De volta ao Pavilhão dos Bucelenses verificamos que a fila para o Jantar já era longa estendendo-se para o exterior. Que boa opção a nossa em jantarmos primeiro e só depois trocarmos de roupa.

 

Os últimos cartuxos queimam-se com a entrega dos prémios. Em primeiro lugar foi a eleição das melhores máscaras, seguiram-se os atletas do Trail e por fim foi feito o agradecimento público a todos os membros da organização.

 

Tinha terminado a nossa aventura. Agora era tempo de regressar a casa e, uma vez mais, partilhar mais algumas particularidades do Trail/Caminhada Nocturno de Bucelas.

 

E para o ano há mais.

 

Atletas que concluiram a prova: 190

Vencedor: RUI MIGUEL PACHECO (Offtel Runners) - 1:00:34

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº48)

Classificação Geral: 134º- Classificação no Escalão V50: Não divulgado

Tempo Oficial: 1:40:34/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ND

Tempo médio/Km: 6m:42s <=> Velocidade média: 8,95 Km/h(*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Corridas do Mês de Outubro

  • 3 - Corrida da Água (Lisboa/Monsanto) - 10 Km
  • 11 - Corrida do Sporting (Lisboa) - 10 Km
  • 18 - Maratona de Lisboa (Cascais/Lisboa) - 42,195 Km
  • 25 - Corrida do Montepio (Lisboa) - 10 Km
  • 31 - Trail Nocturno de Bucelas - 15 Km

 

Calendário para o Mês de Novembro

  • 8 - Maratona do Porto - 42,195 Km
  • 8 - Corrida Farmacêutica (Lisboa) - 10 Km
  • 14 - Trail de Ferreira do Zêzere (F. Zêzere) - 20 Km/35 Km
  • 22 - Corrida D. Dinis (Odivelas) - 10 Km
  • 29 - Grande Prémio de Atletismo da Mendiga  - 15,7 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 22:19

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Domingo, 1 de Novembro de 2015

CORRIDA DO MONTEPIO

100 Corridas.png

 “Quem muito escolhe pouco acerta”. Este ditado pode ser perfeitamente usado para descrever a actual situação das previsões meteorológicas.

 

Há muito anos, quando todos nós ainda éramos umas inocentes e pacatas crianças, fomos habituados a que, depois do telejornal da única estação televisiva que existia na altura em Portugal, os nossos Pais escutassem com grande atenção a rubrica do Tempo apresentada por alguns elementos do Instituto Meteorológico Nacional. A credibilidade das previsões apresentadas era total, não só porque não havia outra alternativa mas também por invariavelmente estavam certas. Mesmo com o advento de novos canais de televisão as previsões continuavam a acertar com o que viria a acontecer, fosse no próprio dia ou fosse nos que imediatamente se seguiriam. É que a fonte continuava a ser a mesma. Hoje em dia qualquer telemóvel do tipo “smartphone” tem instalada, ou à disposição para ser instalada, pelo menos uma aplicação com previsões das condições atmosféricas que iremos ter durante um período mais ou menos alargado. Muitas destas previsões são feitas num qualquer País distante do nosso pelo que o grau de fiabilidade das mesmas baixa consideravelmente.

 

Toda esta conversa serve para registar o que se passou neste último fim de semana de Outubro para o qual estava marcada mais uma edição da Corrida do Montepio. Entrados em força no Outono era perfeitamente admissível esperarmos dias chuvosos e com alguma instabilidade ao nível meteorológico. Seguindo a generalidade das previsões iríamos ter um Sábado chuvoso com umas tréguas no dia seguinte voltando a chuva logo no início de mais uma semana de trabalho na última segunda-feira de Outubro. Pois bem, mas não foi nada disto o que aconteceu. O Sábado até foi parco em precipitação atmosférica. Só que no dia seguinte as contas do S. Pedro foram acertadas começando-se o dia logo com um tempo de invernia com chuva intensa e alguma descida da temperatura. E à hora de início de mais uma edição da Corrida do Montepio a chuva abateu-se impiedosamente e sem quaisquer escrúpulos sobre a cidade de Lisboa. Muito antes da hora da partida já a maioria dos atletas presentes no Rossio ou nas suas imediações se encontrava encharcada até aos ossos. Alguns ainda se conseguiram proteger da chuva vestindo um impermeável disponibilizado pela organização. Mas o mal já estava feito.

 

Feitos que nem pintos as atletas aguardavam pelo início da terceira edição da Corrida do Montepio. Dois Tartarugas – Frederico e Carlos Teixeira – aprontavam-se para mais uma corrida de estrada disputada na zona ribeirinha de Lisboa. Embora não estivesse nos seus planos o Carlos Gonçalves apareceu à última hora a juntar-se aos seus amigos para igualmente cumprir esta prova. O Pedro Antunes tinha dois dorsais disponíveis de dois amigos que não podiam participar. Assim convidou um amigo e o seu Sogro (Carlos Gonçalves, para os mais desatentos e desinformados) a fim de preencher aquelas vagas. De um modo não previsto deu-se o reencontro dos três fundadores das LEBRES E TARTARUGAS com o Carlos Gonçalves a correr com o dorsal do Ricardo Farinha. Aliás o Pedro tinha como recomendação do seu amigo Farinha dar o dorsal ao sogro para ficar com um tempo bem abaixo da uma hora para no próximo ano partir de um bloco mais adiantado.

 

Como vem sendo prática habitual em provas com um elevado número de inscrições a organização decidiu criar blocos de partida diferenciados em função dos tempos expectáveis para cada atleta. Assim tivemos um primeiro grupo a partir à frente formado por atletas com um tempo abaixo dos quarenta minutos. Este era sem qualquer dúvida o grupo dos “craques” e dos favoritos à vitória final. Seguir-se-lhes-ia um segundo lote, dos denominados sub-50, com hora de partida desfasada do grupo inicial. O grupo dos sub-60, no qual se incluía o Frederico, o Carlos Gonçalves e o Carlos Teixeira, partiu com mais de dois minutos de diferença relativamente aos primeiros atletas. E finalmente tínhamos os +60 onde se integrava o Pedro e o seu amigo Gustavo. Esta foi uma decisão bastante acertada e nada penalizadora para todos os concorrentes dado que a classificação final iria ser feita em função dos tempos dos chips. Aliás este modelo já foi também adoptado na Corrida São Silvestre de Lisboa.

 

Esta corrida é essencialmente de confraternização e onde o factor competitivo fica um pouco relegado para segundo plano. Grande parte dos atletas presentes não tem grande experiência em corridas pelo que o espírito primordial é o de disfrutarem uma salutar prática desportiva em comunhão de esforço com os seus “pares” em igualdade de condições e de objectivos. E, apesar de já sermos atletas com uma larga experiência em provas de atletismo, integrámo-nos perfeitamente neste espírito. Se pudéssemos fazer um tempo melhor ainda bem. Mas se tal não acontecesse tudo bem também. A grande aglomeração de atletas tanto à partida como à chegada, bem como ao longo de toda a prova, fez-nos lembrar um pouco o ambiente reinante no Grande Prémio de Natal e, sobretudo, da São Silvestre de Lisboa.

 

Durante toda a prova, e para extrema felicidade do Frederico, a chuva não nos largou. De tal modo que os dois abastecimentos de água previstos até nem foram utilizados por alguns atletas. Como a temperatura não apertava, o Sol não marcava presença, e tínhamos água em abundância vinda do céu, nem todos sentiram necessidade em ingerir qualquer suplemento líquido. Aliás água era o que não faltava em nosso redor. Ela estava em todo o lado.

 

No final da corrida, e apesar de terem combinado como local de reencontro as arcadas do lado Poente do Terreiro do Paço junto ao antigo Ministério do Exército, de facto o reagrupamento da nossa equipa não se consumou. A confusão era grande. E o facto do Carlos Gonçalves ter ficado à espera do Pedro e do seu amigo Gustavo teve como consequência o não reencontro do grupo. Como a chuva continuava a cair de forma copiosa e determinada, tendo como aliado algum frio mais parecendo que estávamos em Dezembro, cada um seguiu o seu caminho de regresso aos seus carros estacionados algures perto do Rossio. As esplanadas do Terreiro do Paço, normalmente preenchidas por muitos dos Turistas que habitualmente visitam a bela cidade de Lisboa, estavam desabitadas muito por culpa das condições meteorológicas. Por breves instantes serviam de local de recuperação de alguns atletas e também para registo para a posteridade após a sua prova.

IMG_0119.JPGNão tendo sido possível juntar o nosso grupo para a fotografia de conjunto fica apenas registada a foto de família Carlos Gonçalves/Pedro Antunes.

IMG_0121.JPG

Atletas que concluiram a prova: 4878

Vencedor: EMANUEL ROLIM (Sport Lisboa e Benfica) - 0:30:39

 

FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº54\4)

Classificação Geral: 2679º/Classificação no Chip: 2874º - Classificação no Escalão V50: 197º

Tempo Oficial: 0:56:52/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:56:04

Tempo médio/Km: 5m:36s <=> Velocidade média: 10,70 Km/h(*)

 

CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº5415)

Classificação Geral: 1010º/Classificação no Chip: 997º - Classificação no Escalão V50: 74º

Tempo Oficial: 0:47:37/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:46:52

Tempo médio/Km: 4m:41s <=> Velocidade média: 12,80 Km/h(*)

 

CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº485)

Classificação Geral: 1358º/Classificação no Chip: 1373 - Classificação no Escalão V50: não considerado

Tempo Oficial: 0:49:30/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:48:41

Tempo médio/Km: 4m:52s <=> Velocidade média: 12,32 Km/h(*)

 

PEDRO ANTUNES (Dorsal Nº750)

Classificação Geral: 4405º/Classificação no Chip: 4471 - Classificação no Escalão Sénior M: 922º

Tempo Oficial: 1:10:21/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:09:31

Tempo médio/Km: 6m:57s <=> Velocidade média: 8,63 Km/h(*)

 

(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)

 

Corridas do Mês de Outubro

  • 3 - Corrida da Água (Lisboa/Monsanto) - 10 Km
  • 11 - Corrida do Sporting (Lisboa) - 10 Km
  • 18 - Maratona de Lisboa (Cascais/Lisboa) - 42,195 Km
  • 25 - Corrida do Montepio (Lisboa) - 10 Km
  • 31 - Trail Nocturno de Bucelas - 15 Km
publicado por Carlos M Gonçalves às 19:40

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