Na senda de novas provas o Tartaruga Frederico Sousa abalançou-se corajosamente a esta prova (mais uma) a percorrer as já batidas ruas Lisboetas.
De facto este percurso foi já trilhado inúmeras vezes pelos vários Lebres e Tartarugas mas nunca com esta configuração – dos Restauradores à Torre de Belém. Aliás o único troço “virgem” foi mesmo a passagem pelo viaduto de Belém e remanescente percurso até à Torre de Belém.
A corrida desenvolveu-se pois da seguinte forma:
A prestação do Tartaruga oscilou entre o mau e o miserável… algo a que este atleta nos tem vindo a acostumar.
Ainda assim teve direito a uma fantástica recepção dos Tartarugas João Oliveira, Francisco e Marta que lhe trouxeram uma fantástica e refrescante limonada.
A prova em si não foi fascinante mas é sempre melhor do que não participar em corrida nenhuma.
Para a semana há mais.
Tenho dito!
[Crónica de Frederico Sousa]
Atletas que concluiram a prova: 843
Vencedor: PAULO PINHEIRO (SLB) - 0:29:53
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº875)
Classificação Geral: 662º - Classificação no Escalão M5054: 39º
Tempo Oficial: 1:02:40/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:01:58
Tempo médio/Km: 6m:12s <=> Velocidade média: 9,68 Km/h(*)
Corridas do Mês de Setembro
Calendário para o Mês de Outubro
Passada uma semana os tartarugas Frederico Sousa e Carlos Teixeira voltaram à Marginal desta vez acompanhados do filho deste último André Catela em detrimento do João Valério. Numa manhã de sol radioso os 3 tartarugas viajaram juntos para o local da partida, sendo a principal preocupação o calor que se iria sentir durante a corrida. De facto o verão despediu-se de forma excelente com uma manhã formidável e convidativa para dar uns últimos banhos de praia. Estacionada a viatura estrategicamente o mais perto possível da marginal de forma a facilitar o regresso, caminhamos perto de 1 km até chegar ao local da partida, onde previamente fizemos um curto aquecimento incentivado pelo tartaruga Carlos e com fortes protestos por parte do tartaruga Frederico. A corrida da linha em que os Lebres e Tartarugas estiveram representados em sete das oito edições tem um grau de dificuldade inferior ao da corrida do tejo, face à menor altimetria por um lado e ao significativo menor número de participantes, pelo que é uma boa prova para quem pretenda melhorar as suas marcas na distância dos 10Kms. O percurso não sofreu qualquer alteração em relação às edições anteriores, início muito rápido a descer aproximadamente 300 metros até à marginal, seguido de um percurso relativamente plano entre Carcavelos, Parede e S. Pedro Estoril, principal subida após São João do Estoril e antecedendo o Estoril, após a Igreja do Estoril a passagem pelo Monte Estoril e depois a entrada em Cascais a descer paralelamente à estação de comboios em direção ao centro até à meta final instalada em frente à câmara de Cascais, com a baía do lado esquerdo e o hotel com o mesmo nome do lado direito. Após a chegada os tartarugas confraternizaram com alguns familiares dos tartarugas Carlos e André, presenças habituais sempre que se disputam provas com chegada a Cascais. Seguiu-se o regresso a Carcavelos com os tartarugas a andar, a correr, a comer e um deles tomou mesmo um duche mesmo equipado (claro que foi o Frederico). Durante o regresso com a Marginal fechada ao trânsito foi interessante observar as diferentes atividades desportivas que se iam desenvolvendo ao longo da estrada abrangendo um variado número de desportos, cada vez mais felizmente os portugueses preocupam-se mais com a sua condição física.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a prova: 1750
Vencedor: CARLOS CARDOSO (GFD) - 0:31:39
ANDRÉ CATELA (Dorsal Nº1523)
Classificação Geral: 406º - Classificação no Escalão Masculinos: 383º
Tempo Oficial: 0:49:02/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:48:37
Tempo médio/Km: 4m:52s <=> Velocidade média: 12,34 Km/h(*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº1522)
Classificação Geral: 338º - Classificação no Escalão Masculinos: 318º
Tempo Oficial: 0:47:42/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:47:18
Tempo médio/Km: 4m:44s <=> Velocidade média: 12,68 Km/h(*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº1524)
Classificação Geral: 1320º - Classificação no Escalão Masculinos: 1110º
Tempo Oficial: 1:03:32/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:03:07
Tempo médio/Km: 6m:19s <=> Velocidade média: 9,51 Km/h(*)
Corridas do Mês de Setembro
Pela 8ª vez consecutiva as Lebres e Tartarugas marcaram presença nesta prova que regista uma tão grande adesão popular.
Desta vez compareceram Frederico Sousa, Carlos Teixeira e João Valério.
Fruto do seu empenho e gosto pela modalidade o João Valério ameaça já figurar como o 4º Tartaruga com mais participações em provas. Talvez por isso mostra um fulgor cada vez mais rejuvenescido.
As condições metereológicas foram as ideais – nem muito frio, nem muito calor, nem muito vento, nem pouco vento, antes pelo contrário…
Depois da reunião inicial cada um deslocou-se para a sua porta de saída, o Carlos Teixeira nos menos de 50 minutos, o João Valério nos menos 55 minutos e o Frederico a figurar no escalão mais nobre – o das Tartarugas com mais de 55 minutos.
Dada a partida pontualmente às 10:00 iniciou-se a corrida no habitual estilo, devagar e com cuidado para não atropelar ou ser atropelado tal era a quantidade de gente.
Só podemos dizer que as vias começaram a ficar mais descongestionadas em Caxias depois da maior subida (e descida) do alto da Boa Viagem.
Chegados ao fim constatamos todos aquilo que já sabíamos - sendo o enquadramento muito agradável esta não é uma prova rápida nem fácil. Mas é mesmo assim que gostamos.
Contamos voltar pois para a 9ª participação.
Para a semana faremos o resto da Marginal na prova Medis.
[Crónica de Frederico Sousa]
Atletas que concluiram a prova: 7267
Vencedor: PAULO PINHEIRO (SLG) - 0:31:15
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº1489)
Classificação Geral: 1307º - Classificação no Escalão Veteranos: Não divulgado
Tempo Oficial: 0:49:50/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:49:05
Tempo médio/Km: 4m:55s <=> Velocidade média: 12,23 Km/h(*)
JOÃO VALÉRIO (Dorsal Nº1490)
Classificação Geral: 2643º - Classificação no Escalão Veteranos: Não divulgado
Tempo Oficial: 0:55:47/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:54:44
Tempo médio/Km: 5m:30s <=> Velocidade média: 10,93 Km/h(*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº1488)
Classificação Geral: 4957º - Classificação no Escalão Veteranos: Não divulgado
Tempo Oficial: 1:06:20/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:03:02
Tempo médio/Km: 6m:18s <=> Velocidade média: 9,52 Km/h(*)
Corridas do Mês de Setembro
“AVANTE CAMARADA, AVANTE. JUNTA A TUA À NOSSA VOZ …”
Não só juntou a voz mas também as suas pernas. Foi com este espírito que o único representante das LEBRES E TARTARUGAS participou neste primeiro Domingo de Setembro na Corrida da Festa do Avante. Enquanto os seus colegas participaram na Corrida do Jumbo, que se realizou na véspera no Autódromo do Estoril, o Carlos Gonçalves optou por colocar o seu esforço ao serviço de uma prova incluída no conjunto de iniciativas promovidas pelo órgão oficial do Partido Comunista Português.
Inicialmente este atleta não tinha nos seus planos a participação em qualquer prova, pelo menos de estrada, neste mesmo fim-de-semana. Por um acaso deu de caras com a divulgação da Corrida da Festa do Avante e que continha, no seu entendimento, três ingredientes importantes
Se recuarmos quarenta anos talvez não fosse muito normal que alguém que não fosse simpatizante do Partido Comunista viesse a contribuir para o êxito desta iniciativa desportiva. Passados estes anos todos chegamos à conclusão que realmente já temos, senão todos pelo menos a maioria, um verdadeiro espírito democrático e que nos leva a que, ainda que episodicamente, nos coloquemos ao lado do “inimigo” quando defendemos a mesma causa. E neste caso a nossa causa é a prática desportiva não competitiva e de puro lazer. São os “Sinais dos Tempos”. E ainda bem que assim acontece.
Logo de manhã cedo a Cidade de Amora acordava com um movimento não muito habitual para um pacato Domingo de Setembro. É certo que neste fim-de-semana realizava-se a Festa do Avante. Mas a Corrida com o mesmo nome contribuiu decisivamente para todo aquele frenesim. O “speaker” de serviço, estacionado junto à zona da partida, esgotava-se em informações úteis aos atletas e não se cansando de repetir que já se tinha ultrapassado o número de inscrições do ano anterior. Apesar das mesmas já estarem oficialmente encerradas a organização decidiu aceitar inscrições em cima do acontecimento não só para proporcionar a participação a mais atletas mas também (digo eu) para provar a grande capacidade de mobilização bem própria do Partido Comunista Português. Com esta confusão de última hora a organização pôs um pouco de lado o rigor a que o PCP nos habituou atrasando a partida da prova principal em cerca de um quarto de hora. Mas também não tínhamos qualquer tipo de pressa. O almoço ainda não estava à nossa espera. E também não tínhamos de ir apanhar o combóio, expressão tão popular que aplicamos a todos aqueles que surgem à nossa frente muito nervosos e apressados.
A manhã apresentava-se nas condições próximas das ideais para uma corrida de estrada. “Sol firme e Céu Azul”. E temperatura a condizer. A distância prevista era um pouco ortodoxa, bem à imagem do PCP, com uma distância anunciada de aproximadamente cerca de 10,4 quilómetros, que na realidade foram teve mais duzentos metros de "bónus".
A partida deu-se bem perto do Coreto de Amora. O percurso todo ele desenvolver-se-ia ao longo da bela Baía do Seixal e tendo Lisboa como cenário de fundo. Numa rotunda mais além, nas imediações da antiga estação ferroviária, e bem pertinho do Centro de Estágios do Sport Lisboa e Benfica, damos a volta e retomamos ao ponto de partida. Só que a corrida não terminaria aí mas um pouco mais à frente, já dentro do recinto da Festa do Avante. Havia que despertar a curiosidade e o interesse de todos os atletas e caminheiros para a FESTA. E todos aqueles que concluíssem a Corrida receberiam um diploma que, depois de preenchido com os seus dados, lhes franquiaria mais tarde a entrada na Festa do Avante sem ter de pagar bilhete. Nada foi feito ao acaso.
Sendo o percurso praticamente todo plano provou-ser uma vez mais que em corridas com este perfil não há lugar para momentos de descanso. É sempre a puxar. Mas também é bom para se conseguirem bons tempos. O maior problema das provas de estrada está exactamente no grande espírito de competição com que muitos atletas se apresentam à partida. Sofrem-se alguns empurrões do tipo “chega para lá” na ânsia de conseguirem um bom lugar na grelha de partida. Mas é mesmo assim.
Foi uma corrida interessante para eventualmente repetir e para aproveitar para fazer uma visita, não concretizada este ano, à Gloriosa FESTA DO AVANTE.
“E O SOL BRILHARÁ PARA TODOS NÓS”.
Atletas que concluiram a prova: 1596
Vencedor: NÉLSON CRUZ (Clube Pedro Pessoa) - 0:32:53
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº1249)
Classificação Geral: 581º - Classificação no Escalão Veteranos V: 59º
Tempo Oficial: 0:50:12/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:50:10
Tempo médio/Km: 4m:55s <=> Velocidade média: 12,20 Km/h(*)
Corridas do Mês de Setembro
No passado sábado ao fim da tarde os Tartarugas estrearam-se em mais uma nova corrida, mais precisamente a IIIª edição da Corrida do Jumbo.
Lamentavelmente por razões de saúde houve uma baixa de última hora e o Frederico Sousa não pode participar, a representação dos Tartarugas ficou assim entregue a Carlos Teixeira e João Valério que aos pouco começa a tornar-se um membro efetivo dos Lebres e Tartarugas. O Carlos Gonçalves por outro lado optou por participar na corrida do Avante que se disputou no dia seguinte.
Esta corrida tinha por aliciante o facto de todo o percurso se realizar na pista do carismático Autódromo do Estoril. Ás 19 horas em ponto deu-se o tiro de partida para um pelotão de atletas que englobava participantes na prova dos 10Kms e 5Kms, sendo a descer os corredores embalaram rapidamente na procura de obter as melhores marcas possíveis e aqueles com objetivos mais exigentes a colocarem-se em posições que lhes permitissem disputar a vitória na prova. O percurso consistiu em dar duas voltas à pista do autódromo sendo o mesmo dividido em retas e curvas sucessivas ora a subir ora a descer, ao contrário do que o signatário deste artigo pensava a pista não tem muito de plano. Face as caraterísticas do percurso foi visível a preocupação dos atletas em correrem pela parte de dentro da pista para evitarem correr muitos mts a mais que os 10kms previstos, mas mesmo assim acredito que a maior parte tenha ultrapassado aquela marca, por exemplo o João Valério percorreu 10,2 Km, já o tonto do Carlos Teixeira não foi possível já que deixou o seu relógio a carregar em casa!!!! A temperatura amena tornou a corrida e o espaço muito agradáveis facilitando a prova dos atletas e proporcionando um meio envolvente bonito. Incrível o facto de termos estado no Autódromo do Estoril sem vento algum!!!!! Os dois atletas chegaram ao final da prova batendo os objetivos que cada um tinha fixado durante a viagem entre o Restelo e o Autódromo o João Valério ficou abaixo dos 55 m que previu, tendo feito uma excelente prova e bateu inclusivamente o seu record pessoal e o Carlos Teixeira ficou também abaixo dos 50m que tinha fixado como o seu objetivo para esta prova.
É uma prova a repetir para o ano com os restantes tartarugas Carlos Gonçalves e Frederico Sousa.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a prova: 634
Vencedor: NÉLSON CRUZ (Clube Pedro Pessoa) - 0:31:15
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº496)
Classificação Geral: 207º - Classificação no Escalão V55: 11º
Tempo Oficial: 0:49:01/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:48:46
Tempo médio/Km: 4m:53s <=> Velocidade média: 12,30 Km/h(*)
JOÃO VALÉRIO (Dorsal Nº738)
Classificação Geral: 312º - Classificação no Escalão V60: 5º
Tempo Oficial: 0:52:52/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:52:37
Tempo médio/Km: 5m:16s <=> Velocidade média: 11,4 Km/h(*)
Corridas do Mês de Setembro
Está aberta a época de 2015/2016. Pelo menos para o atleta Carlos Gonçalves que, pelo quinto ano consecutivo, deu o tiro de partida para uma nova época na tradicional Corrida dos Moinhos de Penacova. Por diferentes razões este atleta teve de carregar sobre os seus ombros o nome e os pergaminhos das LEBRES E TARTARUGAS. Em oito edições desta prova estivemos presentes em cinco, e fomos medalhados por três vezes.
Inicialmente denominada de Corrida dos Moinhos de Penacova, veio, num passado mais recente, a adoptar uma designação mais em voga de Trilhos dos Moinhos de Penacova, seguindo a ainda recente tendência das Corridas de Montanha e para as quais é exigido, pelos seus participantes, um grau de dificuldade mais elevado. Mais do que uma “simples corrida de montanha” é necessário que possua um grau de dificuldade mais elevado e que o mesmo não se resuma apenas a umas quantas subidas longas e com pendente elevada. É também conveniente que os participantes desafiem algumas escaladas.
Este ano deu-se o regresso às origens voltando a adoptar a designação inicial.
A Corrida dos Moinhos de Penacova já passou por diversas fases. De início a distância total andou à volta dos treze quilómetros. Com a realização do Campeonato Nacional de Montanha, em simultâneo com a prova aberta, a edição de 2012 viu a distância total aumentar para vinte e cinco quilómetros. Nos anos seguintes, recuperando-se grande parte do percurso, a distância tem estabilizado à volta dos 18/19 quilómetros.
A edição deste ano voltou a manter os mesmos atributos dos anos mais recentes sendo que, na realidade, a distância final se ficou por cerca de 18,4 quilómetros, apesar dos vinte e um anunciados. Mas, nem por isso, perdeu o interesse e a preferência de todos aqueles que todos os anos se deslocam a Penacova no final, no início ou no meio das suas férias de Verão.
A organização soube manter todos os condimentos das outras edições de tal modo que se manteve o interesse de grande parte dos atletas. Como já afirmei na crónica do Benfeita Trail esta é uma das mais belas corridas de montanha em que participo todos os anos.
Não se ouviram grandes queixas da parte dos atletas. O espírito continua a ser o mesmo. Retirando aqueles que lutam por um lugar no pódio a maioria pretende é divertir-se e conhecer uma zona que lhes tem passado ao lado em termos de cultura turística do nosso Portugal. Quando atingimos o primeiro ponto alto da prova um dos atletas simplesmente deixou de lado a corrida e escalou um Mirador para tirar umas fotos para mais tarde recordar. Não se tinha enganado no percurso mas viu que daquele ponto podia captar algumas imagens para, decerto, fazer a inveja de alguns familiares ou amigos. O termo “inveja” talvez possa ser forte de demais. Mas a paisagem também é muito forte. “É ver para crer”. E aquele atleta viu e testemunhou o que de belo se pode encontrar neste cantinho lusitano, mais propriamente na Região Centro.
Para que fique claro ninguém me encomendou a promoção deste evento e desta região. Mas esta é uma das minhas provas de eleição.
Uma prova que não se inova tende a morrer. É imperioso introduzir novos focos de interesse. A Caminhada existente para os acompanhantes não satisfazia a necessidade de todos aqueles que não se sentem com coragem para desafiar uma prova de vinte e tal quilómetros em montanha. Mas a Caminhada também é muito pouco. Por se ter apercebido desta lacuna, ou através de algumas sugestões que foram recebendo, a organização decidiu introduzir em 2015 uma corrida alternativa, designada de “Mini-Trail, com 12,6 Km, cumprindo parte do início e do fim do percurso dos atletas da prova principal. Palmas para esta decisão. E certamente que aumentou o interesse para edições futuras da Corrida dos Moinhos de Penacova. E talvez se consiga repescar para o Trail de 2016 alguns atletas do Mini-Trail de 2015.
A partida estava marcada para as oito horas e trinta minutos. Por isso bem cedo o movimento junto à Praia do Reconquinho foi bem diferente do que é habitual a esta hora. Mas nem por isso a calma do local foi minimamente beliscada. O Rio Mondego, imune à azáfama matinal, manteve os condimentos necessários a quem quer começar bem, aliás MUITO BEM, o seu dia. A paisagem inspira tranquilidade.
Sem grande “stress” cada um resolve os seus problemas matinais. Há tempo para tudo desde o levantamento dos “kits” de participante até ao animador “Café da Manhã”, sem esquecer algumas passagens de urgência pelos WC do Café de Apoio à zona.
Como a ponte sobre o Rio Mondego se encontrava parcialmente destruída a partida foi dada no lado oposto ao que é habitual. Feito o controlo à entrada da ponte fluvial de madeira, os atletas são encaminhados para o novo local da partida. Com um atraso de cerca de quinze minutos é finalmente dada a larga dos atletas do Trail. É sempre a subir até à Vila de Penacova. Porventura esta será a subida com maior pendente de toda a prova. Mas já é algo que pelo menos os repetentes já conhecem. Após a primeira passagem pelas instalações de um Hotel já encerrado há alguns anos, os atletas enfrentam definitivamente o percurso “off-road”.
E o resto é tudo aquilo que já presenciámos nas últimas edições.
A Corrida dos Moinhos do Penacova não é um “Trail Puro e Duro”. Não. Mas também não é uma simples corrida em piso de terra e com algumas rampas mais ou menos “agrestes”. É uma prova que mantém os seus fiéis seguidores e que vai ganhando novos participantes.
Aos Altos e Baixos percorrem-se os vinte e um quilómetros anunciados, mas com direito a um “desconto” de cerca de três mil metros. A andar, a escalar, ou a correr, cada atleta encara a corrida na medida das suas possibilidades e dos seus objectivos. Sempre a correr decerto que será apenas para os “eleitos”. Os outros vão andando e gerindo a corrida como podem, ou como querem.
Uns passam para serem, logo mais à frente, ultrapassados. Os abastecimentos estão previstos para os momentos em que mais deles precisamos.
Com a vila de Penacova à vista encontro um atleta um pouco desgastado e muito desanimado, sentado num dos degraus da última grande subida. Tento animá-lo dizendo só faltam cerca quatro quilómetros e meio. “Tanto ?”, responde-me. Felizmente que, afinal, só faltavam pouco mais de um quilómetro até à meta.
Chegados a Penacova “só “ temos de dar mais uma volta pelo antigo Hotel, em sentido contrário ao do início da corrida. Depois é sempre a descer. Mas atenção pois o declive é acentuado e todo o cuidado é pouco. Depois de atravessar a estrada só pergunto se a meta é antes ou depois do Rio Mondego. Há que preparar a última fase.
A chegada à Praia do Reconquinho é feita pela existente, mas algo degradada, ponte em madeira. Só temos de avisar os miúdos que nós vamos passar e para adiarem, por breves instantes, os seus saltos para o rio.
Mais uma prova terminada. A recuperação da maioria dos atletas é feita em imersão total no Rio Mondego. Como a água fria faz bem aos músculos. Saímos lá de dentro “sãos que nem um pêro”.
É urgente tomar o retemperador duche e prepararmo-nos para o almoço preparado para todos os participantes e acompanhantes. Programado para as treze horas bem antes formou-se uma longa fila, e por que não dizer bicha, tanto para a recolha das duas sandes a que cada um tinha direito, como para “imperiais” à borla que íamos ingerido.
Isto não é para atletas. Um verdadeiro atleta bebe água, ou alguma bebida isotónica, própria para a recuperação. Mas há também há aqueles que não seguem as regras e se entregam ao deleito puro e de saciação da sua sede. Uma imperial até faz bem e é retemperador. Agora seis ou sete, ou talvez mais de que já não me lembro bem, pode parecer despropositado e nada aconselhável. Mas lá que soube bem isso é incontornável. E até não me tinha de preocupar com a condução de regresso pois a “Treinadora” estava também lá para isso. E não só mas também …
Quando começa a entrega de prémios aumenta a emoção de poder voltar a receber uma medalha do escalão. Mas de novo fiquei a “chuchar no dedo”.
Mas não são medalhas que nós procuramos mas antes a diversão pura. E isso foi conseguido.
Penacova. Adeus e até para o próximo ano.
Atletas que concluiram a prova: 204
Vencedor: JOSÈ CARVALHO (Clube Atlético de Mogadouro) - 1:26:12
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº149)
Classificação Geral: 139º - Classificação no Escalão M55: 13º
Tempo Oficial: 2:41:19/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): ND
Tempo médio/Km: 8m:46s <=> Velocidade média: 6,84 Km/h(*)
Corridas do Mês de Agosto
Calendário para o Mês de Setembro
. 8ºTRAIL DOS MOINHOS SALOI...
. GRANDE PRÉMIO DO ATLÂNTIC...
. CORRIDA SÃO SILVESTRE DE ...