Nunca antes as LEBRES E TARTARUGAS estiveram tão bem representadas numa prova de atletismo. Foram oito os nossos atletas que, numa manhã extremamente fria de Dezembro, se reuniram junto às instalações da antiga Feira Popular de Lisboa para cumprirem os dez quilómetros do 57º Grande Prémio do Natal de Lisboa. É certo que na nossa primeira participação na Corrida dos Moinhos de Penacova também inscrevemos oito nomes num mesmo evento. No entanto três atletas participaram na Corrida Principal e os restantes cinco elementos fizeram a Caminhada.
Em outras ocasiões a nossa equipa repartiu-se por diferentes provas. Agora oito atletas na mesma modalidade nunca antes acontecera. E, cumprindo o nosso propósito, contámos também com três atletas mais novos – Catarina, Pedro e Hugo – que, de alguma forma, dão corpo à nossa necessidade de lançar as sementes do futuro das LEBRES E TARTARUGAS.
Os mais rápidos e ambiciosos posicionam-se na primeira linha, quase se acotovelando uns aos outros para garantirem um início rápido e "limpo" de atletas mais lentos.
Às onze horas é dado o tiro de partida e cada um, no seu ritmo, toma de assalto a pista.
Cumprem-se os primeiros metros de aquecimento até à Praça do Duque de Saldanha. Invertido o sentido da marcha rumamos ao Campo Grande. Depois é aguentar enquanto se pode a longa subida, com dois túneis pelo meio, até chegarmos à Avenida Fontes Pereira de Melo e partirmos para a alucinante descida até aos Restauradores.
O Grande Prémio do Natal normalmente deixa-nos alguns amargos de boca. No primeiro ano em que participámos ficou-nos na memória o final da corrida com um estrangulamento dos atletas já com a meta à vista. Perdemos mais de cinco minutos até conseguirmos terminar a nossa corrida. Notamos que a organização se tem esforçado, de algum modo, para eliminar os erros que têm vindo a ser detectados. No entanto, e para uma prova que já vai na sua quinquagésima sétima edição, continua a nem tudo a correr sobre rodas. E não estamos a falar de uma qualquer organização supostamente amadora. O Grande Prémio do Natal de Lisboa é organizado pela Associação de Atletismo de Lisboa, o que, só por si, seria de esperar algum profissionalismo. Mas a edição deste ano não ficou, uma vez mais, isenta de reparos. Esquecendo o percurso delineado para a corrida – poder-se-ia ter facilmente “inventado” um trajecto bem mais interessante com a mesma distância de dez quilómetros – há que chamar a atenção para o único abastecimento de água previsto para a corrida por volta dos cinco quilómetros. Neste ponto as coisas não funcionaram nada bem. Os primeiros atletas mal tiveram condições para a recolha da retemperadora garrafinha de água. O abastecimento esteve concentrado num único local e de difícil acesso pelos atletas. Como a temperatura não era alta muitos até prescindiram do tão precioso líquido. Contudo os atletas mais atrasados, porventura aqueles que estavam a sofrer de maior desgaste físico, não tiveram sequer hipótese de se abastecerem. Quando chegaram ao ponto de abastecimento das garrafas de água só havia uma miragem.
Com a meta instalada mesmo à entrada da Praça dos Restauradores evitou-se o estrangulamento de anos anteriores. E, para surpresa de muitos, fomos encontrar água em abundância. A tal que faltou atrás no único ponto de abastecimento.
Pondo de lado estes pormenores menos abonatórios debrucemo-nos então sobre uma corrida em época festiva que atraiu um elevado número de participantes. Por que motivo mais de mil e seiscentos homens e mulheres decidiram desafiar um frio quase polar de uma manhã de Dezembro para comparecerem massivamente em frente à antiga Feira Popular de Lisboa? Mais do que o aspecto desportivo e competitivo estas pessoas mostraram acima de tudo que estão bem vivas e que privilegiam o convívio. É bem melhor percorrer o principal eixo da cidade lisboeta em ambiente de festa, alguns até com barretes do Pai Natal, do que ficar em casa no aconchego do lar.
E quanto às LEBRES E TARTARUGAS? Espectacular. Além da reforçada equipa é de toda a justiça enaltecer o desempenho da nossa atleta mais nova. A Catarina, apesar de ainda júnior, intrometeu-se no meio dos nossos atletas mais veteranos e já começa a morder os calcanhares dos, por enquanto, mais rápidos. E no diálogo com as suas pares de escalão etário a Catarina posicionou-se em segundo lugar na classificação de Júniores Femininos.
Resta ainda uma palavra para a equipa com o seu 59º lugar no conjunto de 89 equipas que se classificaram no Grande Prémio do Natal.
O futuro é risonho e de esperança. As LEBRES E TARTARUGAS vieram para ficar…
Atletas que concluiram a prova: 1665
Vencedor: NÉLSON CRUZ (CLube Pedro Pessoa EA) - 0:30:28
CATARINA SANTOS (Dorsal Nº990)
Classificação Geral: 830º - Classificação no Escalão JUN F: 2º
Tempo Oficial: 0:51:14/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:50:02
Tempo médio/Km: 5m:00s <=> Velocidade média: 11,99 Km/h(*)
PEDRO ANTUNES (Dorsal Nº1370)
Classificação Geral: 1521º - Classificação no Escalão SEN M: 257º
Tempo Oficial: 1:05:43/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:04:33
Tempo médio/Km: 6m:27s <=> Velocidade média: 9,30 Km/h(*)
HUGO FERREIRA (Dorsal Nº1371)
Classificação Geral: 471º - Classificação no Escalão VET A: 78º
Tempo Oficial: 0:46:27/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:45:13
Tempo médio/Km: 4m:31s <=> Velocidade média: 13,27 Km/h(*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº989)
Classificação Geral: 1431º - Classificação no Escalão VET C: 473º
Tempo Oficial: 1:02:53/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:01:41
Tempo médio/Km: 6m:10s <=> Velocidade média: 9,73 Km/h(*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 988)
Classificação Geral: 491º - Classificação no Escalão VET C: 156º
Tempo Oficial: 0:46:43/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:45:31
Tempo médio/Km: 4m:33s <=> Velocidade média: 13,18Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº987)
Classificação Geral: 581º - Classificação no Escalão VET C: 180º
Tempo Oficial: 0:48:07/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:46:54
Tempo médio/Km: 4m:41s <=> Velocidade média: 12,79Km/h (*)
PEDRO JÚLIO (Dorsal Nº1373)
Classificação Geral: 1430º - Classificação no Escalão VET C: 472º
Tempo Oficial: 1:02:51/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:01:36
Tempo médio/Km: 6m:10s <=> Velocidade média: 9,74Km/h (*)
JOÃO VALÉRIO (Dorsal Nº1372)
Classificação Geral: 1040º - Classificação no Escalão VET C: 348º
Tempo Oficial: 0:54:38/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:53:24
Tempo médio/Km: 5m:20s <=> Velocidade média: 11,24Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Dezembro
Desde meados de Outubro que a equipa das LEBRES E TARTARUGAS não se fazia representar numa prova com os seus três fundadores. Devido a interesses diferentes nas provas em que cada um quer participar cada vez se tem tornado mais difícil reunir numa mesma corrida os três atletas Carlos Gonçalves, Carlos Teixeira e Frederico Sousa. Foram necessários cinco anos para que os três atletas completassem 100 Corridas em Equipa. Mas, por este andar, teremos de aguardar bastante mais tempo para dobrar as 200 provas em conjunto. A liberdade de escolha é assim. Um dos nossos compromissos assenta na liberdade de cada um escolher livremente as provas em que pretende participar. Ninguém se sente obrigado a nada. Apenas a disfrutar da melhor forma possível esta nova etapa desportiva da sua vida. E, mesmo estando ausentes, estamos sempre presentes no espírito de cada um de nós.
Além do reencontro do núcleo fundador das LEBRES E TARTARUGAS recebemos de braços abertos o regressado das Arábias HUGO FERREIRA. Longe do calor do deserto o Hugo reencontrou o calor dos amigos. Sim porque correr com temperaturas ambientes a rondar os cinquenta graus não será fácil nem tão interessante como por estas paragens. E o Hugo, que se apresentou em grande forma, promete acompanhar as LEBRES E TARTARUGAS nos próximos eventos.
Uma Meia-Maratona já deixou, há bastante tempo, de ser uma aventura para todos nós. Habituados a desafios bem mais exigentes, encaramos esta distância como algo mais do que um simples treino sem fantasmas nem grandes temores.
A Meia Maratona dos Descobrimentos assume-se como a corrida mais importante na fase final do ano. Após a participação em duas Maratonas num curto espaço de um mês, por sinal as duas únicas Maratonas que se disputam em solo Luso, os atletas iniciaram um período de descompressão e de repouso activo para os desafios que se adivinham para os primeiros meses de 2015. Mas como não convém largar por completo a competição e os treinos esta prova reúne o melhor de dois mundos. Por um lado "obriga" os atletas a alguma, pouca, disciplina de treino. Por outro sempre é melhor participar numa Meia Maratona em competição com muitos outros atletas do que se dedicar a um treino mais longo mas, sobretudo, mais isolado. Muitos dos atletas populares têm por hábito treinar sozinhos e assim sentem-se em melhor companhia.
Os LEBRES E TARTARUGAS encararam esta sua participação na segunda edição da Meia Maratona dos Descobrimentos com os mesmos propósitos de sempre: acima de tudo cumprir os 21,0975 Km nas melhores condições tendo como principal meta chegar à META, vivos e em boa sanidade mental. Se pudermos bater recordes tanto melhor. O Hugo, o nosso atleta de fundo mais novo, não deixou os seus créditos por mãos alheias e cotou-se como o nosso melhor classificado. No lado oposto tivémos o Frederico que, porventura, é de todos nós o que encara estas participações com o melhor espírito. Para ele não há tempos a bater. Tão só basta-lhe terminar a corrida e aguardar pelos aplausos dos seus colegas de equipa. Sem "stress" e na melhor qualidade. Pelo meio temos os dois Carlos que, apesar de tentarem lutar contra isso, não resistem à adrenalina da competição e partem para estas corridas sempre na ânsia de melhorarem as suas prestações individuais. Mas é esta diversidade de estados de espírito que nos une.
Com o fim do ano já próximo, culminando com a nossa participação na São Silvestre de Lisboa, temos no próximo fim de semana o 57º Grande Prémio de Natal de Lisboa corrida na qual iremos estar representados na nossa máxima força, aliás uma FORÇA nunca antes atingida.
Atletas que concluiram a prova: 2426
Vencedor: LUÍS PINTO (SC Portugal) - 1:05:28
HUGO FERREIRA (Dorsal Nº2666)
Classificação Geral: 898º - Classificação no Escalão: ND
Tempo Oficial: 1:44:27/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:42:28
Tempo médio/Km: 4m:51s <=> Velocidade média: 12,35 Km/h(*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº2014)
Classificação Geral: 2365º - Classificação no Escalão: ND
Tempo Oficial: 2:27:25/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:25:26
Tempo médio/Km: 6m:54s <=> Velocidade média: 8,70 Km/h(*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº2244)
Classificação Geral: 1033º - Classificação no Escalão: ND
Tempo Oficial: 1:46:50/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:44:51
Tempo médio/Km: 4m:58s <=> Velocidade média: 12,07Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº2013)
Classificação Geral: 1144º - Classificação no Escalão: ND
Tempo Oficial: 1:48:37/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:46:38
Tempo médio/Km: 5m:03s <=> Velocidade média: 11,87Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Dezembro
. TRIATLO DE S. MARTINHO DO...
. 8ºTRAIL DOS MOINHOS SALOI...
. GRANDE PRÉMIO DO ATLÂNTIC...
. CORRIDA SÃO SILVESTRE DE ...