Quase terminados os festejos das Cem Corridas em Equipa os atletas das LEBRES E TARTARUGAS regressaram à competição a três, começando o ataque às duzentas provas. O ponto alto dos nossos festejos terá lugar num jantar em casa do nosso atleta internacional Carlos Teixeira no rescaldo da Corrida do 1º de Maio.
Em 2013 realizou-se a 1º edição da Meia Maratona de Almada. Foi uma novidade à qual aderiram não só os atletas locais mas também corredores oriundos de outras paragens. Passado um ano Almada volta a ter na estrada a sua Meia Maratona. Não há muitas provas com esta dimensão no concelho de Almada. E também é bom que muitos venham à “Margem Sul” testemunhar que aqui não é um deserto, como muito convictamente afirmava, há um bom par de anos, um ilustre ministro para argumentar que o Aeroporto em Alcochete não era uma boa opção. A sul de lisboa também há gentes simpáticas e que recebem bem quem os quer visitar e conviver com elas.
A edição deste ano contou com um percurso renovado, com início e fim junto ao Almada Fórum, novo “ex-libris” do concelho. Porventura este ano o traçado foi mais difícil do que em 2013, mas foi, de certeza, muito mais agradável. A primeira metade da corrida foi disputada em grande ritmo atendendo ao facto de ser maioritariamente a descer, terminando com a passagem pelo Arsenal do Alfeite e pelas antigas instalações da Lisnave bem juntinho ao Rio Tejo. Cumpridos cerca de dez quilómetros inicia-se a segunda etapa praticamente sempre a subir. Desde Cacilhas até passarmos por cima da Auto-Estrada do Sul, através da ponte do Metro Sul do Tejo, os atletas quase não têm descanso. O que nos valeu foi o grande apoio popular. As pessoas que nos acompanhavam ao longo de grande parte da corrida não regatearam incentivos aos atletas levando-os a superarem com maior facilidade os obstáculos que iam tendo pela frente. E também temos de enaltecer a excelência da organização. Abastecimentos não faltaram. A cada três ou quatro quilómetros de corrida tínhamos a possibilidade de repormos as nossas energias. Desde as simples e muito saudadas garrafinhas de água, até aos copos, para quem quis parar por breves instantes, de líquidos energéticos e às bananas, houve de tudo. O calor quase não se fez sentir.
Não é fácil criar um percurso de Meia Maratona sem fugir muito do perímetro citadino de Almada. Mas, sem “inventar” muitos troços aparentemente desinteressantes, a organização conseguiu uma prova equilibrada. Podia, talvez, evitar a volta ao parque de estacionamento junto à estação de comboios do Pragal e estender um pouco a corrida por dentro do maravilhoso Parque da Paz. São opções. Mas certamente são escolhas que a organização poderá utilizar para a edição de 2015. No final da corrida encontrámos um dos elementos da organização interessado em ouvir a nossa opinião sobre a prova. Esperemos que as sugestões e as críticas, positivas ou negativas, sejam tomadas em linha de conta. Verificámos que houve um grande esforço quer para a presente edição quer para a preparação do futuro da Meia Maratona de Almada.
Como já referimos atrás esta foi uma Meia Maratona bastante dura, talvez só suplantada pela congénere de S. João das Lampas. Mas esperamos voltar em 2015.
Quanto ao desempenho dos atletas há os que se dão bem com o calor, os que se dão mal e os que "assim-assim". Por isso cada um comportou-se à altura dos seus objectivos e capacidade de adaptação ás condições meterológicas.
Transmitindo a opinião dos nossos atletas queremos deixar aqui uma palavra de agradecimento à nossa "treinadora/apoiante" Ana Luísa que, uma vez mais, e sempre que pode, marca presença nas nossas corridas. Também ela é já um elemento de corpo inteiro das LEBRES E TARTARUGAS como entusiástica "Caminheira" que complementa a nossa participação em qualquer evento.
Atletas que concluiram a prova: 625
Vencedor: NÉLSON CRUZ (Clube Pedro Pessoa Escola de Atletismo): 1:08:25
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº650)
Classificação Geral: 576º - Classificação no Escalão Vet 4: 64º
Tempo Oficial: 2:15 :18/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:14:46
Tempo médio/Km: 6m:23s <=> Velocidade média: 9,39Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº649)
Classificação Geral: 234º - Classificação no Escalão Vet 4: 28º
Tempo Oficial: 1:43:38/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:43:06
Tempo médio/Km: 4m:53s <=> Velocidade média: 12,28Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº651)
Classificação Geral: 364º - Classificação no Escalão Vet 5: 22º
Tempo Oficial: 1:52:54/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:52:21
Tempo médio/Km: 5m:20s <=> Velocidade média: 11,27Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas do Mês de Abril
Calendário para o Mês de Maio
Antes de me referir à 2ª etapa do Bes Run que se realizou no passado sábado em Sintra e no âmbito das comemorações do centenário das corridas em conjunto dos três fundadores dos Lebres e Tartarugas, gostaria de enviar um grande abraço para o nosso Tartaruga Hugo Ferreira que por razões profissionais está longe do nosso País. O HUGO correu também algumas corridas em conjunto connosco principalmente no último ano e já toda a equipa o considera como um elemento dos Lebres e Tartarugas (Até breve HUGO).
Depois da prova do centenário dois tartarugas participaram na corrida de Sintra, a primeira dificuldade foi conseguir estacionar o carro, S. Pedro é demasiado pequeno para uma prova com tantos atletas, mas aos poucos todos nos fomos safando com boa colaboração dos diversos participantes.
Ao aproximarmo-nos da partida o speaker avisava para os pontos críticos da prova, classificada como de dificuldade alta pela organização face às difíceis subidas da Serra de Sintra. A prova foi de facto duríssima e é na minha opinião a mais difícil que se disputa na zona de Lisboa em estrada para a distância dos 10 Kms. Após o tiro de partida em plena subida, rapidamente se começou a descer no sentido do centro da Vila de Sintra completamente inundada de turistas e num curto espaço de tempo o primeiro Km fica percorrido, de seguida seguem-se três Kms sempre a subir, as dificuldades só começam verdadeiramente a diminuir a partir dos 5 Kms, entre estes e os 8 Kms percorre-se a parte mais fácil da corrida e por fim a parte final na zona dos capuchos muito difícil por causa do piso “empedrado”, pela complexidade da subida longa e inclinada e por fim a descida a pique onde os menos aventureiros travam e os mais afoitos aceleram até à meta sem qualquer receio de caírem.
Terminaram a prova 2.123 atletas maioritariamente equipados com a bonita T-Shirt amarela entregue pela Organização, numa prova disputada num local paradisíaco,e debaixo de uma temperatura agradável.
Deixo uma nota final de parabéns ao meu colega Tartaruga Carlos Gonçalves pela brilhante crónica da corrida do centenário.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a prova: 2123
Vencedor: NÉLSON CRUZ (Clube Pedro Pessoa - Escola de Atletismo): 0:34:11
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº2185)
Classificação Geral: 1567º - Classificação no Escalão V50: 85º
Tempo Oficial: 1:08:39/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:07:22
Tempo médio/Km: 6m:44s <=> Velocidade média: 8,91Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº336)
Classificação Geral: 666º - Classificação no Escalão V50: 36
Tempo Oficial: 0:55:52/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:55:21
Tempo médio/Km: 5m:32s <=> Velocidade média: 10,84Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Abril
CEM é um número redondo e ao qual se atribui muitas vezes um significado muito especial. Em variados domínios associa-se o número CEM a algo inatingível ou a que muito dificilmente se consegue chegar. É por isso um número de referência.
CEM anos é considerada a vida de uma pessoa.
CEM metros é uma das disciplinas de eleição no Atletismo e reservada aos atletas de elite, com características muito particulares. Não está ao alcance de qualquer um, apenas dos melhores.
CEM mil quilómetros é, ou era pelo menos há uns anos, considerado como a "vida" de um automóvel. Afirmava-se que um veículo, ao atingir os cem mil quilómetros, "dava a volta".
Quando um futebolista ao atinge as CEM internacionalizações pelo seu País entra na galeria dos imortais.
A História está dividida em séculos, ou seja, compartimentada em blocos de CEM anos.
E poderia ficar aqui a apresentar mais exemplos que conferem ao número CEM um misticismo e uma aura que têm sido adoptados em diferentes mitologias.
Mas CEM significa também a quantidade de corridas que os atletas das LEBRES E TARTARUGAS completaram em simultâneo.
Em 22 de Março de 2009 os três amigos, e antigos praticantes de Badminton, juntaram-se, quase por acaso, para correrem a Meia Maratona de Lisboa. Duas semanas depois seguiu-se a Corrida dos Sinos, um desafio também atirado um pouco para o ar e ao que os três futuros TARTARUGAS aceitaram. Participámos ainda na emblemática, e infelizmente desaparecida, Corrida do Metro, na Corrida do SLB, Corrida Del Monte, etc., etc., etc... Num curto espaço de três meses inscrevemos o nosso nome em 11 provas. Aquilo que foi um acaso transformou-se rapidamente numa rotina e num plano desportivo mais estruturado do que inicialmente imaginaríamos. E criámos o grupo das LEBRES E TARTARUGAS, com direito a um espaço próprio de reflexão e de publicação de resultados e classificações, o nosso tão adorado blogue lebresetartarugas.blogs.sapo.pt. Enfim passámos a ser mais do que um grupo de convivas e transformámo-nos, à nossa medida entenda-se, em atletas com propósitos bem definidos.
Desde logo que se instalou nas nossas mentes a participação, num dia muito longínquo, numa MARATONA. Bem mais cedo do que esperaríamos todos nós já cumprimos este sonho ...
E como a vida tem mais sentido quando colocamos novos e cada vez mais exigentes desafios, arriscámos a presença em corridas de montanha. Lembro-me da primeira vez que vimos o cartaz da Corrida do Monge alguém ter proferido algumas palavras pouco elogiosas para com aquele tipo de provas. Iríamos certamente, e perdooem-me a expressão, ser "sodomizados" dado que se tratava de um desafio para o qual não estávamos, pensávamos nós, preparados. Pois é. Em Maio o Frederico e o Carlos Gonçalves atiraram-se à Corrida do Guincho, disputada num ambiente em tudo semelhante. Em Outubro de 2010 as LEBRES E TARTARUGAS regressaram à Serra de Sintra para atacar a outrora odiada Corrida do Monge. Pelo meio marcámos o arranque da época 2010/2011 na Corrida dos Moinhos de Penacova.
E seguiram-se novos e novos desafios. A partir de certa altura metemos na nossa cabeça que deveríamos privilegiar novos cenários e novas localizações em vez de continuarmos a repetir sempre as mesmas participações. Fazendo o balanço já estivémos em 64 corridas diferentes e em 40 locais distintos.
Para a nossa memória, e a dos nossos seguidores, aqui fica o resumo das 100 Corridas em Equipa disputadas no período 2009/2014.
2009 | Corrida pela Inclusão Social - SCML | Meia Maratona de Lisboa |
Meia Maratona de Lisboa | Corrida dos Moinhos de Penacova | Estafeta Cascais Lisboa |
Corrida dos Sinos | Corrida do Destak | Corrida Liberdade |
Corrida do Metro | Corrida de Sesimbra | Meia Maratona de Setúbal |
Corrida do SLB | Corrida do Monge | Corrida do Guincho |
Corrida del Monte | Meia Maratona da Nazaré | Escalada do Mendro |
Corrida de Vendas Novas | São Silvestre de Lisboa | Corrida das Fogueiras |
Meia Maratona dos Palácios | Corrida da Lagoa de Sto. André | |
Corrida Contra a Obesidade | 2011 | Corrida dos Moinhos de Penacova |
Corrida do Oriente | Corrida S. Domingos de Benfica | Corrida da Água |
Corrida do Entroncamento | Grande Prémio do Fim da Europa | Corrida do Sporting |
Corrida das Fogueiras | Grande Prémio do Atlântico | Meia Maratona da Nazaré |
Grande Prémio José Araújo | Corrida da Árvore | GP ARCD Mendiga |
Corrida do Destak | 20 Km de Cascais | Grande Prémio de Natal |
Meia Maratona de Portugal | Meia Maratona de Lisboa | |
Corrida do Tejo | Estafeta Cascais Lisboa | 2013 |
Corrida Luzia Dias | Corrida do 1º de Maio | Corrida de S. Domingos de Benfica |
Grande Prémio de Natal | Meia Maratona de Setúbal | Grande Prémio do Fim da Europa |
São Silvestre de Lisboa | Corrida Cidade de Vendas Novas | 20 Km de Cascais |
Meia Maratona dos Palácios | Grande Prémio do Atlântico | |
2010 | Corrida do Oriente | Corrida das Lezírias |
Corrida S. Domingos de Benfica | Corrida das Fogueiras | Meia Maratona de Lisboa |
Corrida do Camarnal | Corrida dos Moinhos de Penacova | Estafeta Cascais Lisboa |
Grande Prémio do Fim da Europa | Meia Maratona de Portugal | Corrida do Guincho |
Grande Prémio José Afonso | Corrida do Sporting | Escalada do Mendro |
20 Km de Cascais | Corrida do Tejo | Corrida D. Dinis - Odivelas |
Grande Prémio do Atlântico | Corrida do Monge | Lisbon Eco Marathon |
Corrida das Lezírias | Corrida D. Dinis - Odivelas | Corrida dos Moinhos de Penacova |
Meia Maratona de Lisboa | Grande Prémio de Natal | Meia Maratona dos Descobrimentos |
12 Km de Salvaterra de Magos | ||
Corrida dos Sinos | 2012 | 2014 |
Corrida do Metro | 15 KM de Benavente | Grande Prémio do Fim da Europa |
Corrida do 1º de Maio | Treino do Fim da Europa | Grande Prémio José Afonso |
Corrida Cidade de Vendas Novas | Grande Prémio de Mem Martins | Grande Prémio do Atlântico |
Corrida do Oriente | 20 Km de Cascais | 20 Km de Cascais |
Corrida do Entroncamento | Grande Prémio do Atlântico | Meia Maratona de Lisboa |
Corrida das Fogueiras | Corrida das Lezírias | Estafeta Cascais Lisboa |
… |
Ficamos à espera da próxima meta. 150? 200? Só o futuro o dirá. Sabemos que não será tão fácil nos próximos anos dobrarmos as duzentas corridas já que cada um começa a optar por caminhos diferentes. E já não participamos só por participar e por existir uma corrida num fim de semana livre. Estamos mais selectivos. Mas estamos decididamente melhores e mais de acordo com os nossos princípios.
Neste último domingo os atletas fundadores das LEBRES E TARTARUGAS reuniram-se de manhã cedo para participarem, uma vez mais, na Estafeta Cascais/Lisboa na modalidade de corrida inteira dos 20 Km. Mas do que uma participação, por sinal na mais antiga prova de estrada que se realiza em Portugal, os atletas preparavam-se para cumprir um objectivo que já perseguiam há algum tempo. Caso os três concluíssem esta prova assinalavam o redondo mas fantástico número de CEM corridas em simultâneo. Qualquer um de nós já conta no seu currículo com mais de uma centena de provas, a sós ou em grupo de dois. Mas, numa fase em que as nossas opções por diferentes tipos de provas e de ambientes começam a ser tendencialmente mais divergentes e fora do ambiente de unanimidade do início, torna-se cada vez mais difícil reunir os três companheiros e amigos no mesmo evento.
Desde o princípio do ano que começámos a tentar adivinhar qual seria a mítica centésima corrida. Uns pensavam que seria em Março, outros em Abril e até o mês de Maio foi equacionado.
Mas, finalmente, eis chegado o tão ansiado dia. Às oito horas da manhã os três atletas, com uma fotógrafa de serviço, reuniram-se no Bairro do Restelo para então partirem rumo ao Casino do Estoril. Ainda tínhamos de comprar os bilhetes de viagem e a tempo de apanhar o combóio certo que nos permitiria chegar em tempo útil ao local onde seria dada a partida da Estafeta Cascais/Lisboa. O Frederico improvisou uma pré-comemoração das cem corridas. Mas, para que surtisse efeito, era imperativo que nenhum dos atletas levasse uma camisola amarela. Portanto perto da meia-noite e meia, e quando muito provavelmente os outros atletas já estariam a descansar, enviou um SMS a avisar “Amanhã não levem t-shirt amarela”. Quando nos encontrámos o Frederico entregou a cada um três pedaços de pano amarelo com os algarismos do número cem e que deveríamos colocar na parte da frente da nossa camisola.
Estava desfeita a primeira surpresa do dia. O Carlos Gonçalves também tinha preparado algo para as comemorações mas que, fruto desta iniciativa, guardou muito em segredo para o final da corrida.
A prova em si não teve nada de novo. O mesmo percurso, o grande número de participantes e a existência de duas corridas em simultâneo: a prova em linha e a Estafeta. Desta vez as partidas seriam dadas com trinta minutos de intervalo. Deixámos no ar a hipótese de, numa próxima edição, participarmos na Estafeta. Temos de arranjar um quarto elemento e até podemos na mesma, como verificámos em anos anteriores, fazer toda a extensão da corrida só nos preocupando com as transmissões dos testemunhos nos locais próprios.
Felizmente que este ano as condições meteorológicas estiveram perto do ideal. Sem sol, sem vento e sem chuva, só tínhamos de percorrer vinte quilómetros num cenário dos mais encantadores de Portugal. Encantador mas falsamente fácil. Parece que é todo plano mas, além da escalada até ao Alto da Boa Viagem, vários foram os troços em que, sem que quase déssemos por conta, estávamos a subir. A começar logo na fase inicial mal entrámos na Marginal Cascais/Lisboa. Talvez por já conhecermos sobejamente este trajecto, e também por estarmos melhor preparados sobretudo ao nível mental, este ano até nos pareceu fácil. Sós os últimos quatro quilómetros, entre o Dafundo e Belém, continuam a ser aterradores e desgastantes. Como dizia o Carlos Catela “até parece que os ténis se colam ao alcatrão”. E talvez tenha alguma razão. Como se trata de uma via com muitos acidentes, considerada como uma das estradas mais perigosas da Europa, muito provavelmente que o alcatrão será mais aderente dando assim alguma lógica à ideia do atleta.
À chegada aguardam-nos alguns familiares, os do costume. Depois de descansados e recuperados tiramos a fotografia da consagração, ostentando cada um orgulhosamente o número cem que nos acompanhou ao longo de toda a corrida.
E, finalmente, foi revelada a surpresa do Carlos Gonçalves. Sem que os outros dois amigos o soubessem, ou sequer imaginassem, tinha preparado para cada atleta uma camisola técnica específicamente para relembrar o que acabávamos de alcançar. Na parte da frente assinalam-se as 100 Corridas em Equipa no período 2009/2014.
Nas costas temos a lista de todas as provas realizadas pelos três nestes cinco anos.
Já refeitos de todas as emoções regressámos ao local da partida onde tivemos a oportunidade de brindar, com limonada, ao feito que tínhamos conseguido.
Agora partimos para as duzentas corridas em equipa. Certamente que vamos demorar mais tempo a alcançar a nova marca. Mas os Tartarugas ainda vão andar por cá mais alguns, muitos, anos. “Estão para lavar e durar”…
Atletas que concluiram a prova: 751
Vencedor: FILIPE JANUÁRIO (Individual): 1:10:16
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº1325)
Classificação Geral: 658º - Classificação no Escalão M50: Não divulgado
Tempo Oficial: 2:03:05/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:02:45
Tempo médio/Km: 6m:08s <=> Velocidade média: 9,78Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº1320)
Classificação Geral: 287º - Classificação no Escalão M50: Não divulgado
Tempo Oficial: 1:39:36/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:39:16
Tempo médio/Km: 4m:58s <=> Velocidade média: 12,09Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº1318)
Classificação Geral: 419º - Classificação no Escalão M55: Não divulgado
Tempo Oficial: 1:46:13/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:45:53
Tempo médio/Km: 5m:18s <=> Velocidade média: 11,33Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Abril
Enquanto os dois tartarugas todo o terreno se divertiam na lama de Almourol, o tartaruga de estrada participou na 32ª edição da corrida dos sinos. Como habitualmente o tempo em Mafra estava encoberto e bastante fresquinho, propício para os atletas correrem depressa e superarem as suas marcas. Depois do levantamento dos dorsais e do chip houve a tradicional compra de bolinhos nas bancadas em frente para repor as calorias no final da corrida. Ao soar do badalão os atletas arrancaram da partida situada na parte de fora do complexo desportivo de mafra, em direção ao centro da vila contornando o carismático e imponente convento de Mafra, alternando o piso de alcatrão com o sempre desagradável empedrado. Alcançada a localidade da Paz surge a primeira subida e depois segue-se a sempre animada passagem pelo sobreiro onde ao som de música pimba se começa a descer até à localidade da achada. Nesta localidade e aproximadamente ao km 8,5 dá-se início ao retorno e um Km após começa a subida mais difícil da prova até perto do Km 11. Segue-se os derradeiros Kms que nos conduzem novamente ao complexo desportivo de Mafra, com a sempre agradável chegada em pista.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a prova: 1516
Vencedor: CARLOS SILVA (Grupo Desportivo Recreativo da Reboleira): 0:48:36
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº292)
Classificação Geral: 590º - Classificação no Escalão V50: Não Divulgado
Tempo Oficial: 1:12:41/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:12:34
Tempo médio/Km: 4m:50s <=> Velocidade média: 12,40Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Abril
“Hoje não mexo, doem-me os músculos todos, mesmo aqueles que não conhecia" ...
Para recuperar do desgaste e das inquietações de uma semana inteira de trabalho não há melhor receita do que nos refugiarmos no meio da natureza e recarregarmos as nossas baterias para as novas etapas que iremos ter pela frente. Seguindo à letra este princípio uma formação alargada das LEBRES E TARTARUGAS partiu este fim-de-semana à conquista dos Trilhos do Almourol, repetindo assim a sua participação de anos anteriores.
Às seis e um quarto da manhã já os Tartarugas se encontravam em Lisboa para a partida rumo à grande aventura. O Frederico, como sempre, perguntava por que estava ali. Mas ele é, sem dúvida, o impulsionador destas “loucuras”. O Carlos Gonçalves, a Ana Luísa, a Catarina e o Pedro acomodaram-se, e aconchegaram-se, no monovolume do Frederico. O Entroncamento era o nosso destino. E o rol de emoções que nos aguardava criava em nós um nível de adrenalina típico dos grandes desafios.
Antes das oito da manhã chegávamos à “terra dos fenómenos”. O horário era apertado para assegurar o levantamento dos “kits” de participantes e dar ainda alguma margem de manobra para as necessidades fisiológicas de última hora. E havia ainda que cumprir a hora de partida para cada uma das provas. Às 8 e 45 partia o autocarro dos Maratonistas. Cinco minutos depois os Caminheiros seguiam para estação da CP a fim de apanharem o combóio que os iria levar até ao seu ponto de partida. Às nove em ponto, finalmente, arrancariam os autocarros com os participantes na prova do Trail de 25 Km.
Às horas marcadas cada grupo seguiu o seu destino. O nosso reagrupamento só se faria mais tarde. Muito mais tarde, mesmo, atendendo a que o nosso Maratonista tinha uma longa jornada pela frente.
Longe do bulício da grande cidade, e confundindo-se, por vezes, com o extenso lamaçal presente em grande parte dos percursos a que cada um se candidatou, esquecemo-nos momentaneamente dos nossos problemas e “submergimos” num mundo novo. Submergimos, sim, porque, por vezes, quase que fomos engolidos quer pela lama existente quer pelos cursos de água que fomos obrigados a atravessar.
Seja na Maratona, no Trail de 25 Km ou na prova dos Caminheiros, a organização preparou-nos uma refeição completa com todos os ingredientes necessários a que saíssemos dali com vontade de repetir a aventura. É certo que, em determinados momentos, quase quisemos protestar contra os obstáculos que nos colocaram propositadamente e talvez não nos tenha faltado vontade de dizer que não regressaríamos a este palco. Mas são estes desafios que nos tornam mais confiantes e preparados para enfrentar os nossos obstáculos diários, sejam a nível pessoal ou sejam ao nível profissional.
A Corrida entrou definitivamente na moda. E quem cá anda há alguns anos começa a procurar novas emoções que as provas de alcatrão já não propiciam. Homens ou Mulheres, mais novos ou menos novos, todos perderam os complexos de que estas aventuras são apenas, e tão só, para os “pros”, bem preparados e que buscam essencialmente as vitórias. Agora os verdadeiros heróis também são os outros. Devemos tirar o chapéu áqueles que, não lutando pelos primeiros lugares, estão em actividade durante seis, sete, oito ou mais horas. Com grande sacrifício lutam para vencer obstáculos, não desistir e para levar até ao fim a sua aventura. E muitas vezes com o “Fantasma” de entrarem já fora do tempo limite estipulado para a conclusão da corrida.
Seja devido às condições meteorológicas dos últimos meses, seja por razões de outra índole, a Organização introduziu grandes alterações nos vários percursos relativamente à edição do ano passado. Basicamente foram “inventados” novos trilhos mantendo-se apenas os troços emblemáticos e que importa preservar. Aliás já tinha sido assim em 2013. E podemos mesmo afirmar que, comparando as nossas três participações, esta foi decididamente a melhor edição. A mais dura foi com certeza. Mas também foi a mais interessante sem nunca termos aquela estranha sensação de “andar às voltas só para cumprir quilómetros”, como diz e detesta o Carlos Gonçalves.
E lama, muita lama. Na partida da Maratona o “speaker” bem nos avisou do que nos iria esperar. E afirmou que a lama não faltaria.
Partindo de um ponto diferente, Martinchel em vez da Aldeia do Mato, começámos praticamente na Barragem do Castelo do Bode. Felizmente que nos pouparam à tremenda escadaria dos anos anteriores e que nos conduzia até à margem do rio Zêzere. Passados poucos quilómetros temos o primeiro engarrafamento. Estranho e pouco conveniente atendendo a que ainda não precisávamos de dar descanso às nossas pernas. À medida que avançávamos na fila de espera tomávamos contacto com a primeira escalada da prova. Era o cartão de visita das várias subidas a pulso que iríamos encontrar ao longo dos Trilhos do Almourol. E ninguém se queixava. Todos se entreajudavam sem pressas e sem querer ganhar vantagens pontuais. Este enorme grupo era constituído por atletas que apenas queriam confraternizar, e … cansarem-se um bocadinho. Os atletas da competição já há muito que tinham desaparecido. Aliás só os vimos mesmo no controlo da partida e durante o “briefing”. Depois voaram e nunca mais os vimos. Esfumaram-se, não diremos no meio da poeira do caminho, mas provavelmente entraram num buraco da lama e só de lá saíram perto da meta. Aliás até nos esquecemos deles.
Os primeiros vinte e um quilómetros da Maratona Trail foram, uma vez mais, os mais duros, mais exigentes e mais desgastantes. E, felizmente, não nos retiraram a travessia no rio Nabão, com a habitual ponte militar das barcaças.
Ao longe já vemos a bela vila de Constância. Como o nosso relógio GPS só marca 18 quilómetros então ainda teremos de dar algumas voltinhas até chegarmos à foz do rio Zêzere e entrar no percurso do Trail de 25 Km. Até aqui alguns ainda pensam, hipoteticamente, em desistir. Falta mais do que percorremos. A partir deste ponto tudo muda. Começamos a contar a distância ao contrário, em contagem decrescente. Se isto nos servia de ânimo também nos lembrávamos, quer da apresentação do percurso quer das anteriores edições, que o pior já tinha passado. Algumas escaladas estavam reservadas mas essencialmente teríamos como maior companhia a lama em todo o seu esplendor. Como me lembrava bem do Frederico e de como se estaria a divertir À GRANDE.
A certa altura os Trailistas encontravam os Caminheiros.
Confraternizavam, tiravam fotografias e seguiam o seu caminho.
Mais quilómetro menos quilómetro, mais obstáculo menos obstáculo, mais lama e ainda mais lama, o fim aproximava-se.
O tema de conversa de um grupo de atletas mais atrasado andava à volta da existência de um tempo limite para a conclusão da corrida. Alguém se lembrava de ter lido que o controlo fechava sete horas e meia após a hora da partida. Por este andar já chegaríamos demasiado tarde e fora da classificação. Seria uma tremenda injustiça depois de tanto esforço.
No último abastecimento ainda perguntei se seria o último da corrida mas responderam-me que não. E decidi também que, se no último controlo me informassem que estava fora do tempo, continuaria até ao fim mesmo sem entrar na classificação. Felizmente que os meus receios foram por água abaixo. No último grande obstáculo, perto de uma casa abandonada, um colega vociferava os maiores impropérios contra a organização e o percurso escolhido. Ele estava exausto ao nível muscular. Eram cãibras por todos os lados. Dizia que aqui nunca mais. Respondi-lhe que esse tinha sido o meu desabafo aquando a minha primeira participação nos Trilhos do Almourol. E ainda voltei mais duas vezes. E se tudo correr bem para o ano repetirei esta tremenda experiência. Para quem não fez tropa esta é a minha “recruta anual”.
À chegada aguardavam-me os meus companheiros das LEBRES E TARTARUGAS. E também me acompanhou nas últimas centenas de metros um tal de Pimenta, que me confidenciou ser o responsável pelo desenho do traçado de toda a prova. Ele foi o “inventor da lama”. E, depois de cumprir a prova dos Caminheiros, ali estava ele a dar as boas vindas aos últimos heróis fazendo questão de correr connosco a parte final e de nos entregar a merecida medalha de “finisher”. Só por ele voltarei em 2015.
No fim tudo dói. Aparecem cãibras em todos os lados. Como diria mais tarde a minha filha Catarina: “Hoje não mexo, doem-me os músculos todos, mesmo aqueles que não conhecia. Tenho que começar a treinar para a próxima”.
RESULTADOS FINAIS DA MARATONA TRAIL
Atletas que concluiram a prova: 348
Vencedor: NUNO SILVA(Desnível Positivo): 3:40:59
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº408)
Classificação Geral: 340º - Classificação no Escalão M55: Não divulgada
Tempo Oficial: 9:23:15
Tempo médio/Km: 12m:48s <=> Velocidade média: 4,69Km/h (*)
RESULTADOS FINAIS DOS 25 KM TRAIL
Atletas que concluiram a prova: 311
Vencedor: MARCO MARQUES (União FCI Tomar): 2:02:00
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº791)
Classificação Geral: 265º - Classificação no Escalão M45: Não divulgada
Tempo Oficial: 4:19:21
Tempo médio/Km: 10m:22s <=> Velocidade média: 5,78Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Abril
No passado Domingo em Cascais iniciou-se a 2ª edição do BES RUN CHALLENGE este ano com a novidade de englobar um conjunto de 4 provas, que em termos de quilómetros irão corresponder no seu total à distância de uma maratona. Às provas de 10 Kms disputadas o ano passado em Cascais, Sintra e Lisboa, vamos ter a novidade este ano da Costa da Caparica, por outro lado a prova inicial realizada em Cascais teve a distância de 12,195 kms. O dia convidava mais a ficar na cama do que em participar numa corrida de atletismo à chuva anunciada juntou-se o vento e o frio, e muitos atletas optaram por ficar em casa dos 3.000 anunciados pela organização só cortaram a meta 2.417. O percurso não trouxe grandes novidades para quem como os tartarugas já participaram em diversas provas em Cascais, a partida e chegada tiveram lugar em frente à Baía e a maior parte da corrida desenrolou-se na estrada para o Guincho. Os dois tartarugas que participaram na prova encontraram-se como sempre na estátua do Rei D. Pedro I junto à Câmara de Cascais e depois cada um partiu para a sua manga, depois da habitual saudação dos Lebres e Tartarugas. Após o sinal de partida os atletas seguiram em direção ao quartel de Cascais parte do percurso ligeiramente a subir, passando de seguida pelo Parque Marechal Carmona, Hipódromo e seguindo em frente em direção à estrada do Guincho, o primeiro objetivo foi chegar a meio da prova que se situava ao pé do Forte de Oitavos, contudo quando retornarmos enfrentamos o vento de frente o que tornou mais difícil manter o ritmo de corrida, seguiu-se a parte mais difícil do percurso a subida do farol da Guia e por fim a parte das descidas sempre muito agradável até à meta. No final da prova um dos tartarugas juntamente com mais meia dúzia de atletas participou debaixo de uma intensa chuva nos alongamentos promovidos pelo Homes Place, enquanto esperava ansiosamente pela chegada do outro tartaruga que teve uma prova com todos os condimentos que gosta.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a prova: 2417
Vencedor: NÉLSON CRUZ (Clube Pedro Pessoa - Escola de Atletismo): 0:38:10
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº2185)
Classificação Geral: 1627º - Classificação no Escalão V50: 104º
Tempo Oficial: 1:11:05/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:09:44
Tempo médio/Km: 5m:43s <=> Velocidade média: 10,49Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº336)
Classificação Geral: 535º - Classificação no Escalão V50: 44º
Tempo Oficial: 0:58:09/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:57:41
Tempo médio/Km: 4m:44s <=> Velocidade média: 12,68Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas do Mês de Março
Calendário para o Mês de Abril
. TRIATLO DE S. MARTINHO DO...
. 8ºTRAIL DOS MOINHOS SALOI...
. GRANDE PRÉMIO DO ATLÂNTIC...
. CORRIDA SÃO SILVESTRE DE ...