O mês de Novembro não é pródigo em provas de atletismo pelo que o nosso grupo teve de procurar com algum afinco alguma corrida para se inscrever. Ultrapassada a Meia Maratona da Nazaré, e já em período de preparação para Maratona ou Meia Maratona dos Descobrimentos, necessitávamos de fazer pelo menos mais uma corrida ainda durante este mês.
Já tínhamos ouvido falar do Grande Prémio da Associação Recreativa Cultural e Desportiva da Mendiga e o facto de se realizar num cenário novo aumentou a nossa expectativa. No nosso já longo historial esta foi a nossa 56ª corrida diferente. Cada vez mais procuramos novos destinos e novos desafios. Começamos a ficar um pouco saturados de correr sempre nos mesmos locais. E esta corrida tinha ainda outra novidade: a distância do percurso cifrava-se nuns irregulares e únicos dezasseis quilómetros e trezentos metros. Nada de números redondos.
Num fim-de-semana já bastante invernoso partimos à descoberta da Mendiga. Sabíamos vagamente que esta simpática freguesia se situava algures no Parque Nacional das Serras de Aires e Candeeiros entre Alcanede e Porto de Mós. Para chegarmos ao nosso destino teríamos de tomar a A1 até Santarém e depois encontrar a estrada para Alcanede.
Após nos despedirmos da Auto-Estrada do Norte o nosso Guia de serviço – Carlos Gonçalves - deu as indicações que considerava correctas para chegarmos ao nosso destino. Mas mesmo os guias mais experimentados se enganam e a certa altura tivemos de dar meia volta pois tínhamos seguido pelo caminho errado. Íamos em direcção a Rio Maior o que nos afastava do nosso objectivo. De regresso aos arredores de Santarém encontrámos a estrada de Porto de Mós que procurávamos. Chegados a Alcanede alguém sugeriu uma breve paragem para tomar o pequeno-almoço ou mesmo um simples café, aproveitando-se ainda para satisfazermos alguma necessidade fisiológica mais premente. São os nervos a apoderarem-se dos atletas. Tem sido habitual. Enquanto terminávamos esta nossa refeição reparámos num cartaz que dizia o seguinte: “Aceitam-se encomendas de bolos para festas de Aniversário, Baptizados, Casamentos e … Divórcios”. Olhámos uns para os outros e questionámos se alguém faria uma Festa de Divórcio. Certamente que há gostos para tudo. E provavelmente para alguns o divórcio será porventura motivo de festa e alegria …
Antes de deixarmos o Café ainda perguntámos qual a direcção da Mendiga para nãos nos enganarmos de novo. Mal tínhamos formulado a pergunta e já um simpático senhor nos indicava com grande segurança qual o sentido que deveríamos tomar. Ficámos com a sensação que muitos outros atletas já tinham parado no mesmo local e feito a mesma pergunta.
E meia dúzia de quilómetros mais à frente vislumbrámos finalmente a placa sinalizadora da entrada na Mendiga.
A animação era grande. Muitos atletas já regressavam aos seus automóveis já na posse dos dorsais. Outros já realizavam alguns exercícios de aquecimento. E nós procurávamos por um lugar para estacionarmos. Para promover a animação ao evento assistimos à exibição de uma banda a actuar dentro do Pavilhão Desportivo e onde também se realizava uma mostra e venda de produtos regionais bem como a exposição de algumas bicicletas antigas impecavelmente restauradas. Os nossos olhos ficaram mesmo fixados em dois magníficos exemplares da tradicional “Pasteleira”.
A neblina presente não escondia totalmente a paisagem envolvente. E ficámos com a ideia que poderíamos ter um percurso bastante interessante. Os repetentes informavam-nos que era um pouco ao “sobe e desce” ainda que nenhuma subida fosse particularmente difícil.
Soado o tiro de partida cada um lançou-se como pôde, e como queria, à corrida. A confusão inicial foi a habitual embora não tão problemática como em muitas outras ocasiões. Vão-se formando os habituais pequenos grupos em que cada um se encaixa de acordo com o ritmo mais adequado. Continuamente ultrapassamos atletas mais atrasados assim como continuamente somos ultrapassados por outros mais rápidos. Por volta dos seis quilómetros e meio deixamos a estrada principal e entramos numa pequena localidade tendo de abordar a subida mais exigente de toda a prova. O ponto de inversão consuma-se após uma curta mas acentuada descida. Não se verificou o habitual cruzamento de atletas normal numa prova de “ida e volta”. Só os mais lentos, ou os menos rápidos, é que deram de caras com os atletas que seguiam na cabeça da corrida. Sem nos apercebermos começamos uma suave mas longa subida que se estenderá até perto dos quinze quilómetros. Com a placa de sinalização na entrada na freguesia da Mendiga apercebemo-nos de que o fim está próximo. E percebemos também que na realidade o percurso escolhido fora basicamente uma grande recta repetida nos dois sentidos. Foi a desilusão. Esperávamos por um traçado bem mais interessante. E oportunidades naturais não faltavam. Poder-se-iam inclusivamente utilizar pequenos troços em “terra batida” que nos dariam até um maior contacto com a natureza. Mas mesmo assim o balanço foi positivo.
Os nossos atletas apresentaram-se todos em boa forma numa prova em que o nível dos participantes foi quase exclusivamente “profissional. Como disse o Frederico ”a concorrência foi terrível”.
Atletas que concluiram a prova: 432
Vencedor: CARLOS SILVA(Sporting CP): 0:50:29
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 314)
Classificação Geral: 400º - Classificação no Escalão M45: 52º
Tempo Oficial: 1:32:12/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:32:02
Tempo médio/Km: 5m:39s <=> Velocidade média: 10,63Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 313)
Classificação Geral: 262º - Classificação no Escalão M50: 32º
Tempo Oficial: 1:16:16/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:16:05
Tempo médio/Km: 4m:40s <=> Velocidade média: 12,85Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº315)
Classificação Geral: 225º - Classificação no Escalão M55: 19º
Tempo Oficial: 1:13:43/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:13:33
Tempo médio/Km: 4m:31s <=> Velocidade média: 13,30Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
CLASSIFICAÇÃO POR EQUIPAS - Lebres e Tartarugas: 40º (em 48 equipas classificadas)
Corridas do mês de Novembro
Calendário para o mês de Dezembro
E DESTA VEZ A CHUVA ESTEVE AUSENTE
Nas edições em que anteriormente participámos tivémos a companhia de forte chuva, vento e frio. Se bem que as previsões meteorológicas apontassem para um domingo sem chuva ao sairmos de Lisboa pensávamos seriamente que esse prognóstico iria estar, infelizmente, errado. Quando entrámos na A8 os primeiros salpicos fizeram questão de nos lembrar que estávamos em pleno Outono. E o céu em direcção a Norte apresentava-se bastante carregado. Porém ao aproximarmo-nos das Caldas da Rainha não só o Sol apareceu com grande fulgar mas também ainda fomos presenteados com um espectacular e perfeito arco-íris afastando os nossos maiores temores. Afinal as previsões do Boletim Meteorológico pareciam estar certas.
Reunidos os três TARTARUGAS preparavam-se para participar na mais antiga, e primeira, Meia-Maratona de Portugal. De ano para ano esta prova tem vindo a perder participantes. Só mesmo os mais indefectíveis teimam em contribuir para que esta corrida não morra. Mas, talvez fruto da crise, muitas das caras conhecidas residentes na área metropolitana de Lisboa já não se deslocam para longe com a frequência que faziam há um ano atrás.
À chegada à cidade da Nazaré cumprem-se os habituais rituais. Em primeiro lugar é necessário encontrar um lugar para estacionarmos a nossa viatura, suficientemente perto do local de levantamento dos dorsais e da linha de partida. Mas também simultaneamente longe da confusão para nos permitir sair rapidamente em direcção a Lisboa.
Colocados os dorsais e "chips", e após darmos lugar à satisfação das necessidades fisiológicas de última hora,tínhamos pouco mais de 15 minutos para chegar até à linha de partida. O aquecimento foi feito no percurso entre o nosso carro e o local de início da prova. E constatámos que, apesar da chuva parecer ter definitivamente desparecido, um frio agreste associado a vento forte iria acompanhar-nos durante grande parte da corrida.
O percurso era sobejamente conhecido sem alteração relativamente às últimas edições. Assim só tínhamos que procurar o ritmo mais adequado aos nossos objectivos. E para os dois Maratonistas um objectivo claro estava na nossa mente: melhorar a marca do ano passado e, se possível, estabelecer um novo recorde pessoal na distância. Apesar de inicialmente encararmos as corridas como um momento de lazer e sem grande "stress" o que acontece actualmente é que, na prática, não damos descanso às nossas pernas e às nossas mentes. É sempre a sofrer. Mas esta atitude não é partilhada pela totalidade do nosso grupo. Fiel aos nossos princípios o Federico é o único que não cede um milímetro na estratégia inicialmente traçada. Cada corrida é para ser disfrutada ao máximo, sem grandes preocupações e sem grandes correrias. Uns estão no "oitenta" e o outro está no "oito". E qual tal aproximarmo-nos pouco?
A primeira metade da prova era maioritariamente a subir pelo que antevíamos, após a inversão no sentido da prova (por volta do quilómetro treze), uma maior facilidade e um menor desgaste. Mas nem sempre o que parece é. À semelhança das edições anteriores o vento que soprava ligeiramente até parece que mudou repentinamente. Com grande intensidade e contrário ao sentido da nossa corrida tínhamos ali um obstáculo de peso. E quando entrámos na zona portuária aí é que ele ainda apertou mais. Alguns atletas escondiam-se atrás dos que seguiam à sua frente. Sempre conseguiam minorar um pouco esta adversidade.
Após o quilómetro vinte começámos a vislumbrar as mangas insfluváveis que marcam o final da corrida. Mas para os mais avisados não devemos esquecer que, apesar do fim parecer estar próximo, ainda temos um longo caminho a percorrer. Só no terceiro pórtico é que termina a corrida.
E o vento soprava com cada vez mais força. Não fossem os incentivos dos populares e talvez as forças nos faltassem. Pelo menos as acelerações e ultrapassagens finais foram em menor quantidade.
Cumprida mais uma prova, e após a necessária recuperação, tínhamos urgentemente de procurar abrigo na nossa viatura. O vento gélido ameaçava dar cabo de nós definitivamente. Procurávamos um caminho até ao parque através das ruas mais ensolaradas e mais abrigadas do vento.
Para trás ficava um cenário sem dúvida magnífico com o mar bastante agitado próprio para os "surfistas" mais arrojados.
Atletas que concluiram a prova: 1302 (1135 em 2011)
Vencedor: PEDRO CRUZ(J Cruz Irmãos): 1:09:42
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 738)
Classificação Geral: 1226º - Classificação no Escalão M45: 82º
Tempo Oficial: 2:12:01/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:11:25
Tempo médio/Km: 6m:14s <=> Velocidade média: 9,63Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 739)
Classificação Geral: 721º - Classificação no Escalão M50: 85º
Tempo Oficial: 1:46:14/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:45:40
Tempo médio/Km: 5m:01s <=> Velocidade média: 11,98Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA E NA DISTÂNCIA DA MEIA MARATONA
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº740)
Classificação Geral: 513º - Classificação no Escalão M55: 34º
Tempo Oficial: 1:40:25/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:39:52
Tempo médio/Km: 4m:44s <=> Velocidade média: 12,68Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA E NA DISTÂNCIA DA MEIA MARATONA
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o mês de Novembro
Não estando à altura de acompanhar as Tartarugas de Longo Curso na sua deslocação ao Porto, a terceira Tartaruga optou por marcar presença num clássico de Montanha tanto a seu gosto – a Corrida do Monge.
Com partida marcada para as 10:30 na Malveira da Serra lá se iniciou a prova com uma moldura humana similar às edições passadas.
A grande incógnita era ver se este ano tudo correria com normalidade ou se, como aconteceu no ano passado, a prova se transformaria num misto de prova de montanha e de orientação.
Depois da longa subida inicial em empedrado, alcatrão e terra, e assim que nos aventuramos pela serra acima, verificamos então que o percurso estava devidamente assinalado com membros da organização nas mudanças de direcção mais significativas.
Mas o que não conseguiram evitar foram os inúmeros cruzamentos com bicicletas e mesmo jeeps que transitavam pelos trilhos em que corríamos (ou antes andávamos). E chegou ao cúmulo de numa parte da corrida termos no mesmo trilho corredores alternados com bicicletas!!!
É o preço do sucesso no verdadeiro boom de actividades de exterior que se verifica no nosso país.
De realçar também que, fruto das condições climatéricas das passadas semanas, o piso de terra se encontrava particularmente enlameado o que tornava a ingreme descida ainda mais derrapante.
Por último passamos no nosso já bem conhecido muro ao km 8,5 (corta fogo da Ribeira da Mula) que desta vez até nem pareceu tão longo como nas edições anteriores.
Tendo registado uma distância final de corrida de 11,880 versus a anunciada de 11,450 pude então constatar que desta vez não se registaram percalços de maior na prova.
[Crónica de Frederico Sousa]
Atletas que concluiram a prova: 281
Vencedor: Aires Sousa (F C Penafiel): 0:51:13
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº238)
Classificação Geral: 254º - Classificação no Escalão M45: Não divulgada
Tempo Oficial: 1:41:35/Tempo Cronometrado Individualmente: 1:41:35
Tempo médio/Km: 8m:37s <=> Velocidade média: 7,03Km/h (*)
Corridas do mês de Outubro
Calendário para o mês de Novembro
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. 8ºTRAIL DOS MOINHOS SALOI...
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