Pelo quarto ano consecutivo os Lebres e Tartarugas estiveram representados em mais uma edição da Corrida do Destak com dois dos seus três atletas. O elemento que não participou ficou a preparar-se para a Maratona do Porto que se aproxima a passos largos.
Quando nos aproximávamos do local da partida percorrendo a marginal registámos como aspeto positivo o número de pessoas que já corriam, caminhavam ou andavam de bicicleta, sinal que os lisboetas cada vez mais incluem na sua rotina o desporto de forma a melhorar a sua qualidade de vida e esquecer, por alguns momentos, os problemas da crise. Ao aproximar-se a hora da partida a marginal encheu-se de camisolas vermelhas da Destak e, como já é tradicional, houve um período de aquecimento orientado pela Organização. Os dois tartarugas partiam com objetivos diferentes. Um queria baixar pela primeira vez a barreira dos 50 minutos, e o outro retomar a recuperação da sua forma física já atingida em períodos anteriores, sem esquecerem o principal lema deste grupo de amigos: participar e acabar as provas com divertimento e sem colocar em risco a integridade física.
Apesar da noite de chuva ter afastado muitos participantes ainda concluíram a prova 2343. A chuva não apareceu durante o percurso nos primeiros Kms e a temperatura ajudou-nos porque soprava uma brisa agradável do mar e o sol estava ainda a tentar romper as nuvens. Contudo ao longo do percurso, e principalmente já na parte final, o tempo começou a ficar abafado.
Os nossos atletas conseguiram cumprir os seus objetivos. Carlos Teixeira conseguiu baixar dos 50 minutos. O primeiro sinal que iria ser possível foi os 23m38s ao fim dos 5Km, aos 7km, um segundo abaixo de 33 minutos. Depois foi cerrar os dentes até à meta instalada na linda Baia de Cascais. Frederico Sousa fez também uma corrida dentro das expetativas, muito regular para quem está ainda a recuperar a forma física e não muito longe das melhores marcas na distância. E agora os tartarugas começam já a pensar e a preparar-se para a meia maratona de Portugal, no próximo fim de semana.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Atletas que concluiram a prova: 2343 (2920 em 2011)
Vencedor: Artur Santiago (NUCLEOEIRAS): 0:22:45
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº1813)
Classificação Geral: 1467º - Classificação no Escalão M4549: 199º
Tempo Oficial: 0:56:54/Tempo Cronometrado Individualmente: 0:56:16
Tempo médio/Km: 5m:38s <=> Velocidade média: 10,66Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº1812)
Classificação Geral: 605º - Classificação no Escalão M5054: 59º
Tempo Oficial: 0:48:04/Tempo Cronometrado Individualmente: 0:47:27
Tempo médio/Km: 4m:45s <=> Velocidade média: 12,64Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA E NA DISTÂNCIA DE 10 KM
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados individualmente
Calendário para o mês de Setembro
Ainda que só parcialmente recuperados da Corrida dos Moinhos de Penacova realizada uma semana atrás os dois atletas candidatos a realizarem a Maratona do Porto abalançaram-se pelo segundo ano consecutivo à Meia Maratona de S. João das Lampas. Por muitos considerada como a mais difícil corrida desta distância realizada actualmente no nosso País constitui um verdadeiro desafio às nossas capacidades e, acima de tudo, um teste ao nosso actual momento de forma integrando-se perfeitamente no nosso plano de preparação para a Maratona do Porto. Apesar de ainda sentirmos nas nossas pernas o desgaste da última prova de montanha lançámo-nos de corpo e alma aos 21,0975 quilómetros de constante "sobe e desce". Logo desde o início imprimimos um ritmo bastante intenso, talvez até demasiado forte para as nossas capacidades, e cujos efeitos se fizeram sentir lá mais para a frente. Um dos atletas quebrou ligeiramente por volta dos quinze quilómetros, necessitando de recorrer à ajuda de um "gel" retemperador para evitar arreliadoras cãibras que davam sinais de quererem aparecer. O outro aguentou um pouco mais mas cedeu entre o décimo sexto e o décimo oitavo quilómetros. Não obstante estes pequenos contratempos conseguimos superar os nossos tempos conseguidos em 2011. O "dorsal 501" retirou 5 minutos à marca do ano passado enquanto que o "dorsal 500" foi mesmo mais ousado: de 2 horas e 10 passou para a 1 hora e 55 minutos. Significa que o resultado do nosso longo plano de treino começa a dar frutos.
O traçado e as dificuldades já não foram para nós uma surpresa. Sabíamos de antemão que aos cinco quilómetros teríamos o primeiro obstáculo com uma desgastante subida. Foram perto de mil metros nos quais os atletas tentam ir ao encontro do ritmo mais adequado às suas capacidades. Seguidamente deparam-se-nos cerca de 3 quilómetros de rolamento e de recuperação do desgaste inicial.
De regresso a S. João das Lampas passamos bem perto da meta. Mas também sabemos que ainda só cumprimos um pouco mais de metade da corrida. Foram treze quilómetros e que até ao final ainda teremos mais alguns "problemas" pela frente. Ultrapassado o quilómetro dezoito é tempo de acelerar até à meta. É o "sprint" possível e tempo para as derradeiras ultrapassagens, algumas delas bem em cima da linha de chegada. Apesar de tudo este ano a corrida até nos pareceu mais fácil.
Devemos também assinalar o constante apoio popular ao longo de praticamente toda a corrida. As palavras e as palmas de ânimo são literalmente "um empurrãozinho" muito importante quando as forças física, psíquica e anímica dão mostras de nos querer abandonar.
A organização também esteve uma vez mais à altura das exigências merecendo amplamente o apoio dos atletas materializado na sua comparência em força no início de mais uma época.
Atletas que concluiram a prova: 529 (421 em 2011)
Vencedor: António Sousa (Garmins CO Oeiras): 1:12:15
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº500)
Classificação Geral: 342º - Classificação no Escalão M5054: 34º
Tempo Oficial: 1:56:15/Tempo Cronometrado Individualmente: 1:55:57
Tempo médio/Km: 5m:30s <=> Velocidade média: 10,92Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº501)
Classificação Geral: 297º - Classificação no Escalão M5559: 18º
Tempo Oficial: 1:53:06/Tempo Cronometrado Individualmente: 1:52:49
Tempo médio/Km: 5m:21s <=> Velocidade média: 11,22Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados individualmente
Calendário para o mês de Setembro
E assim partimos para a aventura de uma nova época desportiva em termos de provas de corridas, sejam elas em estrada, em montanha ou até mesmo num registo mais radical com os denominados trilhos/"trail". De tudo um pouco será o próximo período competitivo 2012/2013.
E como já vem sendo hábito damos o nosso pontapé de saída na Corrida dos Moinhos de Penacova, nada mais nada menos do que uma exigente prova integrada no Campeonato de Montanha da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada. A edição deste ano tinha o aliciante de se disputar simultaneamente o Campeonato de Portugal de Corrida em Montanha.
Além da expectável presença de um lote bastante poderoso e competitivo de atletas esta prova tinha ainda o "aliciante" de ver aumentada a distância: dos habituais 14 quilómetros passámos para uns "agradáveis" vinte e três mil metros. Não só iríamos ter pela frente uma corrida mais longa (uma espécie de meia-maratona em montanha) mas também substancialmente mais exigente. E como se tratava de um Campeonato de Portugal já estávamos mentalmente preparados para uma dureza acrescida. Neste aspecto a organização excedeu-se e conseguiu mesmo ultrapassar as nossas expectativas. Para quem, em anos anteriores, tinha conseguido completar os Moinhos de Penacova sempre a correr foi a desilusão. Após a fase inicial da corrida, com a partida no mesmo local do ano passado, alterou-se o percurso. Iríamos subir mais cedo até aos Moinhos de Gavinhos. Só que não foi propriamente a subir mas antes a escalar. Impossível de realizar este troço sempre a correr (alguém o terá conseguido???) tivémos uma perfeita e dura escalada onde tínhamos de ter algum cuidado onde colocar os pés mas também de utilizar as nossas mãos para "rastejar" até ao ponto mais alto. Desvanecidas as intenções de manter sempre um ritmo de corrida foi a oportunidade para disfrutar ao máximo deste tipo de aventura. Foi, digamos, um pontapé na habitual rotina de algumas provas de montanha.
Esta primeira metade da prova fez lembrar um pouco os Trilhos do Almourol.
Para recuperar física e animicamente do desgaste inicial a organização reservou-nos a seguir uma fase muito interessante com uma constante alternância entre descidas e subidas. E verificou-se também uma constante alternância de ultrapassagens de atletas em grupos organizados espontaneamente. Os mais audazes aproveitavam as descidas para ganhar posições que depois viriam a perder para os mais adaptados à dureza das subidas e pequenas escaladas. No final far-se-iam as contas.
E como também já é habitual em provas longas e duras constata-se que, tirando aqueles que lutam pelos lugares cimeiros, começar muito rápido e muito forte nem sempre produz os melhores resultados. É preferível fazer uma corrida mais calma no início e adoptar um ritmo mais constante. Normalmente os frutos desta estratégia surgem no último terço da prova. A chamada "corrida de trás para a frente" acaba por reflectir-se quando as forças começam a escassear.
E cada atleta deve adaptar o seu ritmo em função do que pretende obter no final. Acima de tudo é imperativo gozar ao máximo este evento "outdoor". Se for possível correr sempre ainda bem. Se for necessário nos troços mais exigentes optar pela marcha em detrimento da corrida, e poupar algumas importantes energias, siga-se essa estratégia. E se for necessário parar mesmo, sentar-se para descansar as pernas e a cabeça, e recuperar algum fôlego, ainda melhor. O mais IMPORTANTE é terminar mas em condições óptimas, senão físcas pelo menos anímicas. E disfrutar do passeio. Deve ser um prazer e não um sacrifício. Nesta nossa fase da vida, e porque não dizer nesta idade, ninguém nos obriga a nada. E muitas vezes abrandar um pouco o ritmo tem a recompensa final. É como "dar um passo atrás para em seguida dar dois em frente".
À medida que nos aproximávamos do fim da corrida começam-se também a levantar algumas dúvidas quanto à distância total da prova. Conhecendo a parte final do percurso apercebemo-nos que o que nos faltava cumprir era na realidade mais do que a distância oficial previa. Após cortarmos a linha da meta o vários relógios com medição de distâncias indicavam não vinte e três mas sim vinte e cinco quilómetros. Mas não é nada a que não estejamos também habituados. Ao longo da época passada várias foram as corridas em que a distância foi adulterada em face do inicialmente divulgado pelas organizações.
A contrastar com a dureza do percurso sabíamos que os últimos quilómetros seriam maioritariamente a descer. Antes do regresso a Penacova ainda tínhamos de "engolir" uma malvada escadaria com dois troços iniciais de vinte e quatro degraus cada e um último de oito. E quando nos preparávamos psicologicamente para encetar a descida para o Rio Mondego ainda nos fizeram mais uma maldade, obrigando-nos a dar uma volta pelo Hotel. Finalmente temos a esperada descida para a Praia do Reconquinho. Mas todo o cuidado era pouco. A inclinação era grande e com alguns degraus ainda pelo meio. Mas, para os mais audazes (porque não dizer "malucos"), é a derradeira oportunidade de se conseguirem algumas ultrapassagens mesmo "in extremis". Por um lugar se perde e por um lugar se pode ganhar uma medalha.
Enfim vem o nosso lugar comum: Exaustos mas felizes. Talvez este sentimento não seja partilhado por todos ... Nem todos votam sempre a favor das Corridas de Montanha. Mas a maioria seguramente que já tem na mente voltar em 2013.
E, embora por por pouco, ainda não foi desta vez que furámos o nosso lema: "Não ficar em primeiro nem em último, para não dar nas vistas". E convém também salientar que, à semelhança da nossa participação em 2011, voltámos a ter um atlteta medalhado - CARLOS GONÇALVES - marcando presença no pódio dos dez primeiros no escalão M55.
No próximo fim de semana repetiremos a participação numa das mais duras Meia-Maratonas que se realizam em Portugal.
Atletas que concluiram a prova: 149 (114 em 2011)
Vencedor: Abílio Pereira (ARC Águias de Alvelos): 1:51:07
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº218)
Classificação Geral: 147º - Classificação no Escalão M45: 17º
Tempo Oficial: 4:48:55/Tempo Cronometrado Individualmente: 4:48:41
Tempo médio/Km: 11m:33s <=> Velocidade média: 5,20Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº219)
Classificação Geral: 122º - Classificação no Escalão M50: 14º
Tempo Oficial: 3:24:54/Tempo Cronometrado Individualmente: 3:24:40
Tempo médio/Km: 8m:11s <=> Velocidade média: 7,33Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº220)
Classificação Geral: 108º - Classificação no Escalão M55: 8º
Tempo Oficial: 3:10:11/Tempo Cronometrado Individualmente: 3:09:57
Tempo médio/Km: 7m:36s <=> Velocidade média: 7,90Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados individualmente
Calendário para o mês de Setembro
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