Mais do que uma corrida a Marginal à Noite é, antes de tudo, um evento predominantente social. Isto já foi dito e redito e continua na ordem do dia. Conforme amplamente divulgado pela organização esta trata-se da única corrida a realizar-se à noite na Marginal Lisboa/Cascais. E como nesta época do ano se espera uma temperatura mais amena, o que não aconteceu nas duas últimas edições, estava lançado o convite para as pessoas sairem das suas casas e virem passear ou correr em grande convívio.
Com uma tão grande adesão esta é sem dúvida uma das corridas com maior participação, se descontarmos as Meias Maratonas da Ponte 25 de Abril e Vasco da Gama. A Marginal à Noite está ao nível dos 20 km de Cascais, Corrida do Tejo e Corrida do Oriente. E em termos de participação de feminina então nem se fala ...
E esta prova tem ainda uma grande virtude. Apesar da confusão normal à partida, com os participantes na caminhada a misturarem-se com os da corrida propriamente dita, como começamos logo com uma subida em direcção a Paço de Arcos cedo arranjamos espaço para nos lançarmos numa louca e desenfreada cavalgada. Os "curtos" oito quilómetros instigam-nos a fazer praticamente toda a corrida ao "sprint". E uma vez mais conseguimos ritmos de corrida que normalmente não atingimos. Não há qualquer margem para descanso. Nem quase temos tempo para o abstecimento. E como a prova termina a descer o ânimo ainda é maior. Contudo sentimos uma ligeira quebra entre o quinto e o sexto quilómetros. Mas depressa recuperamos o ritmo diabólico.
Há dois anos fizémos um dose dupla com a participação de na Marginal à Noite e logo na manhã seguinte apresentámo-nos no Entroncamento para a corrida local. Por força da escassez da apoios esta prova não se realizou tanto em 2011 como em 2012. Mas este ano serviu para um dos nossos atletas se estrear nesta prova organizada e apoiada pela Câmara Municipal de Oeiras.
Mas como os nossos atletas já não se contentam com corridas de curtas distâncias decidimos regressar a Algès, onde deixámos os nossos carros e partimos de viagem até Oeiras de combóio, a correr. Foi o chamado descanso activo. Depois de uma breve pausa para recuperar o fôlego e matarmos a sede, e até ingerirmos uma banana, lançámo-nos de novo na Marginal para cumprimrmos o trajecto até Lisboa. Alguns dos atletas ou caminheiros mais atrasados ficavam um pouco intrigados à nossa passagem. Será que havia uma segunda "mão" da corrida e estes eram os "guias" da prova? Para nós serviu também de treino adicional e que incluímos no nosso plano de treino para a Maratona do Porto. Sim porque este ano vamos ter dois participantes na distância mítica das provas de fundo. Um vai repetir e tentar melhorar o tempo do ano passado mas o outro vai estrear-se nos 42 quilómetros e 195 metros.
Como nota final temos de salientar que, apesar das dificuldades de apoios, ainda bem que algumas Cãmaras continuam a apoiar estas corridas. Certamente que é cada vez com maior esforço que continuam a manter estas corridas emblema no calendário desportivo. Mas nós precisamos deste estímulos para nos esquecermos, momentaneamente dos momentos difíceis por que estamos a passar. Nem tudo, afinal, são desgraças. Ainda há bons momentos que nos conseguem mostrar muitos rostos carregados de felicidade.
Atletas que concluiram a prova: 2995 masculinos num total de 4617 (4196 em 2011)
Vencedor: João Vieira (Gabinete de Fisioterapia no Desporto): 0:24:04
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº4675)
Classificação Geral: 1036º - Classificação no Escalão M50: Não divulgado
Tempo Oficial: 0:40:07/Tempo Cronometrado Individualmente: 0:39:13
Tempo médio/Km: 4m:54s <=> Velocidade média: 12,24Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº4677)
Classificação Geral: 534º - Classificação no Escalão M55: Não divulgada
Tempo Oficial: 0:36:06/Tempo Cronometrado Individualmente: 0:35:13
Tempo médio/Km: 4m:24s <=> Velocidade média: 13,63Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados individualmente
Calendário para o mês de Junho
Esta prova confirmou aquilo que já vínhamos a constatar há algum tempo: os habituais corredores de estrada estão cada vez mais a aderir às provas "off the road", seja na vertente propriamente dita de Corrida de Montanha seja nos "Trilhos/Trail". Embora só tenhamos participado nesta prova em 2011 verificámos que desta vez a adesão era maior, confirmando-se a tendência igualmente manifestada na recente Corrida do Guincho - Entre Mar e Serra.
Integrada no Circuito Nacional de Montanha da FPME (Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada) a Escalada do Mendro é uma das corridas mais acessíveis principalmente para os menos preparados. Começando dentro da Vila da Vidigueira é perto do terceiro quilómetro que deixamos o alcatrão e nos fazemos à montanha com uma primeira subida suave mas que serve de aviso de que esta prova não são só facilidades. Ultrapassado o primeiro abastecimento entramos numa zona de "sobe e desce" com os primeiros corredores a optarem por trocar o passe de corrida pela marcha. É uma forma de abordar as grandes inclinações sem provocar um grande desgaste. Muitos dos atletas que adoptam esta estratégia acabam mesmo por se cansarem bastante menos vindo a recuperar na descida seguinte as posições perdidas anteriormente. É sem dúvida uma das fases mais interessantes da corrida. A paisagem a perder de vista, trilhos largos e acessíveis sem termos de dedicar particular atenção onde colocamos os pés, só temos como senão o facto de praticamente não haverem sombras. Felizmente que o tempo até não esteve muito quente como seria de esperar para o Alentejo nesta altura do ano. Tivémos mesmo um pouco de tudo nesta corrida: chuva miudinha, sol e uma aragem refrescante. Reuniram-se os ingredientes para que os atletas (corredores e caminheiros) se sentissem plenamente satisfeitos.
Porém neste corropio de subidas e descidas nunca perdemos de vista as antenas colocadas lá bem no alto da Serra do Mendro, principal objectivo desta prova. E a nossa chegada a este marco até não se revelou como a fase mais difícil e complicada. A partir de então encetamos o regresso à terra onde nasceu o navegador Vasco da Gama. Uma sucessão de descidas mais ou menos vertiginosas convidava-nos a altas velocidades e foi palco de diversas e alternadas ultrapassagens. "Ora agora passas tu, ora agora passo eu". À passagem por uma pequena represa entramos na fase final maioritariamente plana. Foi a partir deste ponto que em 2011 começámos a encontrar e ultrapassar os Caminheiros. No entanto desta vez o percurso pedestre foi diferente, um pouco em sentido contrário ao do nosso pelo que só nos cruzámos com aqueles atletas já perto da meta, ou mesmo depois e já dentro do nosso tempo de descanso e de recuperação muscular.
A organização esteve muito perto da perfeição: o levantamento dos dorsais não gerou a confusão habitual e mesmo o primeiro controlo dos atletas, à entrada para o parque da piscina, esteve bem longe do caos verificado em 2011. Esta é seguramente uma prova a repetir nos próximos anos e a manter no nosso preenchido calendário. Mesmo a nossa Tartaruga que habitualmente "vota contra" este tipo de corridas ficou adepta da Escalada do Mendro.
Atletas que concluiram a prova: 333 (306 em 2011)
Vencedor: Paulo Gomes(Individual): 0:36:56
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº290)
Classificação Geral: 301º - Classificação no Escalão M45: 49º
Tempo Oficial: 1:13:24/Tempo Cronometrado Individualmente: 1:13:12
Tempo médio/Km: 6m:39s <=> Velocidade média: 9,02Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº289)
Classificação Geral: 256º - Classificação no Escalão M50: 30º
Tempo Oficial: 1:06:24/Tempo Cronometrado Individualmente: 1:06:04
Tempo médio/Km: 6m:00s <=> Velocidade média: 9,99Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº288)
Classificação Geral: 228º - Classificação no Escalão M55: 13º
Tempo Oficial: 1:22:08/Tempo Cronometrado Individualmente: 1:01:41
Tempo médio/Km: 5m:36s <=> Velocidade média: 10,70Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados individualmente
Calendário para o mês de Junho
É Junho e o calor começa a apertar. Já se sente no ar o cheiro dos festejos dos Santos Populares. E também já é conhecido das experiências anteriores que a Corrida do Oriente não é propriamente fácil. Um percurso "irritantemente plano", e com grandes linhas rectas, o terrível empedrado logo no início e algures a meio da corrida, são por si só grandes contribuintes para o desgaste dos atletas. Se associarmos ainda o facto de praticamente não termos zonas frescas (não se sentiu sequer uma, ainda que leve, brisa refrescante) estão reunidos todos os ingredientes para uma prova assaz demolidora. E aquele último quilómetro parece tão grande. Aliás quase não vimos ao longo de toda a corrida as marcas dos quilómetros percorridos.
Esta é uma prova com grande adesão popular. De ano para ano cresce o número de participantes. A edição de 2012, de acordo com as informações do animador de serviço, bateu mesmo o recorde de inscrições, tanto na corrida de 10 quilómetros como na caminhada. E sentiu-se bem este pormenor logo na partida. No entanto alguns atletas devem-se ter perdido algures dado que à chegada se registou um número um pouco inferior ao do ano passado ...
O avolumar de atletas junto à linha de partida dificultou a progressão ao longo das primeiras centenas de metros. E, ainda por cima, logo após o tiro de início da prova pouco mais à frente registava-se a primeira inversão de 180 graus no sentido da corrida causando maiores constrangimentos no andamento. Mais do que correr a prioridade era em não atropelar alguém.
Ultrapassada a fase inicial lá nos lançámos à procura de recuperar, o mais rapidamente possível, o tempo gasto nos metros iniciais. No caso entre o tiro de partida e a passagem efectiva pelo insuflável gastámos mais de 48 segundos, o que, desde logo, nos obrigou a imprimir um ritmo muito vivo à nossa corrida. Uma corrida de dez quilómetros não nos dá qualquer descanso. É sempre a "bombar", melhor dizendo a "acelerar". Sem dúvida um bom treino para as corridas mais longas.
A história da Corrida do Oriente repete-se a cada ano. As mesmas dificuldades, os mesmos atractivos. E, uma vez mais, a parte mais interessante, já no Passeio dos Heróis do Mar, é simultaneamente bela e penosa. Aquele troço final em terra batida parce nunca mais acabar. Debaixo de um Sol de certo modo já escaldante anseamos por vislumbrar finalmente o insuflável da meta. É o derradeiro esforço ainda na esperança de batermos os nossos melhores tempos. Se não conseguirmos um recorde absoluto na distância pelo menos que façamos melhor que nas anteriores Corridas do Oriente. É o sentimento do "dever cumprido".
E este sentimento tem sido uma constante ao longo desta época que começou no longínquo mês de Setembro. Este ano temos vindo a, com alguma inquietante regularidade, pulverizar os nossos recordes. É o corolário do nosso treino e empenho.
Atletas que concluiram a prova: 1724 (1769 em 2011)
Vencedor: Hermano Ferreira (GDR Conforlimpa): 0:30:24
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº435)
Classificação Geral: 935º - Classificação no Escalão M50: 112º
Tempo Oficial: 0:52:33/Tempo Cronometrado Individualmente: 0:51:45
Tempo médio/Km: 5m:11s <=> Velocidade média: 11,59Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº436)
Classificação Geral: 629º - Classificação no Escalão M55: 54º
Tempo Oficial: 0:48:32/Tempo Cronometrado Individualmente: 0:47:44
Tempo médio/Km: 4m:46s <=> Velocidade média: 12,57Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados individualmente
Calendário para o mês de Junho
Foi precisamente nesta prova que há dois anos nos aventurámos pela primeira vez na difícil modalidade das corridas de montanha. Seis meses antes já tínhamos equacionado a participação na Corrida do Monge, mas os relatos de outros participantes assustaram-nos e incutiram-nos algum receio de que não estaríamos ainda suficientemente preprarados para dar este salto.
Mas ainda bem que decidimos arriscar e inscrevemo-nos em 2010 na Corrida do Guincho. Descobrimos um mundo novo de emoções e temos mesmo vindo a concluir que este é na realidade o tipo de corridas que melhor preenchem a nossa necessidade de evasão ao fim de semana como forma de nos libertarmos das tensões acumuladas ao longo de uma semana de trabalho. Longe da poluição e da confusão citadina, e verdadeiramente engolidos pela natureza, é neste ambiente que nos sentimos mais à vontade. Pelo menos alguns de nós ... E este sentimento é partilhado por um número crescente de habituais "corredores do asfalto". Em 2010 terminaram 235 atletas. Em 2011 este número subiu para 280. E este ano atingiu uns expressivos 435 atletas que cruzaram a linha da meta. Logo de manhã cedo, ao chegarmos às imediações da Aldeia de Janes verificámos um movimento de pessoas bem maior do que o normal dos anos anteriores. Pressentimos de imediato que iria haver um significativo acréscimo de participantes. E como também temos vindo a constatar a média etária é cada vez mais elevada. Já não são só os mais novos, e potencialmente mais aptos, a marcarem presença nas corridas de montanha. Os "séniores" também querem mudar e experimentar novas sensações e novos desafios.
Contrariamente à maioria das provas do Campeonato Nacional de Montanha, pelo menos naquelas em que temos participado, a Corrida do Guincho começa a descer praticamente logo desde o início. O percurso era basicamente o mesmo das edições anteriores com a supressão, como em 2011, da passagem pelas dunas da praia. Talvez por razões ambientais a organização tenha decidido, ou mesmo sido obrigada, a retirar este troço. No resto a beleza, e a dureza, da prova mantiveram-se e não foram minimamente beliscadas. Como ponto alto lá tivémos aquela "escalada" por volta dos oito quilómetros. Uma terrível subida com cerca de 500 metros, toda ela em alcatrão mas com um declive de cortar a respiração. Mesmo a descer não é brincadeira nenhuma, quanto mais a subir. Só a andar, e mesmo assim bem devagar, é que o grosso do pelotão consegue vencer este obstáculo.
Mas este ano dois dos nossos atletas desafiaram tudo e todos e até conseguiram fazer este meio quilómetro sempre a correr, para espanto da maioria. Ouviam-se mesmo alguns comentários, que até nos animavam ainda mais, "que finalmente alguém faz esta subida a correr". Foi a correr devagarinho mas foi a correr. Há malucos para tudo. A partir deste ponto entramos na melhor e mais agradável parte da corrida. É praticamente sempre a descer até à meta e completamente mergulhados na vegetação da Serra de Sintra. Só temos mesmo é de nos acautelarmos na descida final, já no empedrado, nos quais cumprimos os últimos metros rumo à meta. A inclinação da estrada, e um pé mal colocado, podem deitar tudo a perder e provocar um acidente de consequências incalculáveis. Enfim, mais uma prova superada.
Esta fase da nossa época desportiva aproxima-se rapidamente do fim. A famosa e bem concorrida Corrida do Oriente espera por nós.
Atletas que concluiram a prova: 453 (280 em 2011)
Vencedor: Custódio António(Asas do Milénium/O Praticante): 0:45:11
BARTOLOMEU CASSIANO (Dorsal Nº359)
Classificação Geral: 211º - Classificação no Escalão Sub 23: 5º
Tempo Oficial: 1:13:46/Tempo Cronometrado Individualmente: 1:13:14
Tempo médio/Km: 6m:06s <=> Velocidade média: 9,83Km/h (*)
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº356)
Classificação Geral: 380º - Classificação no Escalão M45: 57º
Tempo Oficial: 1:28:10/Tempo Cronometrado Individualmente: 1:27:25
Tempo médio/Km: 7m:17s <=> Velocidade média: 8,24Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº357)
Classificação Geral: 281º - Classificação no Escalão M50: 26º
Tempo Oficial: 1:19:01/Tempo Cronometrado Individualmente: 1:18:19
Tempo médio/Km: 6m:32s <=> Velocidade média: 9,19Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº358)
Classificação Geral: 191º - Classificação no Escalão M55: 10º
Tempo Oficial: 1:12:29/Tempo Cronometrado Individualmente: 1:11:47
Tempo médio/Km: 5m:59s <=> Velocidade média: 10,03Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados individualmente
CLASSIFICAÇÃO POR EQUIPAS - Lebres e Tartarugas: 30º
Corridas do mês de Maio
Calendário para o mês de Junho
. CORRIDA DO FIM DA EUROPA ...
. TRIATLO DE S. MARTINHO DO...
. 8ºTRAIL DOS MOINHOS SALOI...
. GRANDE PRÉMIO DO ATLÂNTIC...
. CORRIDA SÃO SILVESTRE DE ...