"Os Deuses devem estar loucos"...
Seguramente que sim, pelo menos aqueles que "comandam" a meteorologia.
Depois de um Inverno bastante ameno e pouco chuvoso não era expectável que, a um mês do início do Verão, viéssemos a ter temperaturas baixas e chuva com a intensidade que se fez sentir logo no início da corrida. Em três quilómetros de prova os atletas ficaram encharcados até aos ossos. Nada mau para aqueles que têm no sol o maior inimigo para as corridas.
Como fora previamente divulgado pela organização a Corrida Direito Rugby era bastante exigente. Com um traçado sinuoso, e com alguns troços bem inclinados e por isso mesmo desgastantes, só o cenário envolvente amenizou a dureza da prova. Mergulhados na diversidade e pureza da floresta de Monsanto os participantes na "Corrida dos Lobos" recuperam de uma semana de trabalho e esquecem momentaneamente o ambiente de crise que actualmente vivemos. Nem tudo afinal são desgraças e ainda temos motivos para sorrir e nos divertirmos.
Não foi uma corrida com grande adesão popular. Pouco mais de quatro centenas e meia de atletas compareceram à partida. E contrariamente ao que cada vez mais é regra desta vez a participação feminina foi muito escassa. Aonde param as nossas "LEBRES"? Assustaram-se com a dureza da corrida? Talvez a ainda grande quantidade de corridas existentes nesta altura disperse as concorrentes por outras paragens.
Quem já fez a Corrida da Árvore encontrou um cenário familiar. Não estamos em presença de uma corrida para bater recordes. O desnível não nos permite grandes veleidades. Quase sempre a subir só quando chegamos às imediações do Estabelecimento Prisional do Monsanto é que, finalmente, pudémos respirar de alívio. A partir desse ponto alto seria sempre a descer e em grande ritmo. Conseguiríamos recuperar o tempo gasto nas subidas? Talvez. Mas o declive também é perigoso a descer. Não podemos embalar descontroladamente sob pena de nos estatelarmos ao comprido e deitarmos tudo a perder. É a oportunidade de ultrapassarmos os que ousaram passar-nos nas anteriores subidas. O último quilómetro pesa nas pernas mas nele damos o nosso máximo. É o tudo ou nada para alcançarmos o melhor resultado e a melhor classificação possíveis.
Com a entrada no relvado do campo de Rugby avistamos a meta. Enfim mais uma corrida a juntar ao nosso rol. E esta época tem sido grande a quantidade de provas novas para o nosso currículo. Esta será seguramente uma corrida que repetiremos caso se venha a realizar no próximo ano.
No próximo compromisso largamos o alcatrão e abraçamos uma prova do Campeonato Nacional de Montanha. Cumpre-se o tão desejado e salutar propósito de diversificação de ambientes.
Atletas que concluiram a prova: 460
Vencedor: Sérgio Dias (Maratona CP): 0:32:59
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº638)
Classificação Geral: 258º - Classificação no Escalão M50: 31º
Tempo Oficial: 0:52:32/Tempo Cronometrado Individualmente: 0:52:18
Tempo médio/Km: 5m:14s <=> Velocidade média: 11,47Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº637)
Classificação Geral: 206º - Classificação no Escalão M55: 22º
Tempo Oficial: 0:51:05/Tempo Cronometrado Individualmente: 0:50:51
Tempo médio/Km: 5m:05s <=> Velocidade média: 11,80Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados individualmente
Calendário para o mês de Maio
Numa contínua procura de novos desafios estreámo-nos este fim de semana no TRAIL CASTELO DE ABRANTES. Não sabendo aquilo que nos esperava jogámos um pouco à defesa e optámos pela variante mais curta com cerca de quinze quilómetros. E jogámos à defesa duplamente. Por um lado considerámos que uma prova designada por "TRAIL" exige dos atletas um esforço muito superior ao de uma vulgar corrida, mesmo que em montanha. São inúmeros os obstáculos que nos surgem em cada momento, desde íngremes e "pedregosas" escaladas até às mais radicais e perigosas descidas onde todo o cuidado é pouco de modo a preservarmos a nossa integridade física. E, ainda por cima, numa semana em que o Verão decidiu mostrar o seu cartão de visita esperando nós um domingo quente e bem demolidor para qualquer prova. Felizmente que durante praticamente toda a prova o sol escondeu-se envergonhadamente por trás das núvens.
Por outro lado o percurso também nos dispensava zonas bem refrescantes. Bem cedo tivémos oportunidade para refrescar os pés ao atravessarmos a primeira linha de água. E durante grande parte da prova corremos no meio da vegetação proporcionando-nos largos momentos de sombra. Contrariamente à maioria das provas "off the road" começámos a correr a uma cota mais baixa terminando no alto do Castelo de Abrantes. Tendencialmente foi sempre a subir. O gráfico altimétrico era simplesmente assustador. Nos últimos quinhentos metros tínhamos de vencer um desnível aproximado de 100 metros.
Mas é disto que nós gostamos. Pelo menos assim o entenderam os nossos dois atletas presentes. Fartos do cheiro e da aridez do alcatrão, bem como da monotonia e da poluição urbana, identificamo-nos cada vez mais com este tipo de provas. E mais do que corridas de montanha os "trails" são uma sucessão de obstáculos a vencer: umas vezes a correr, outras, muitas, a andar e algumas até quase a rastejar. Acima de tudo o que queremos é chegar ao fim nas melhores condições possíveis.
E como os abastecimentos não eram em grande quantidade os atletas tiveram de se precaver transportando consigo suplementos líquidos e sólidos que irão consumir a qualquer instante. Deste modo aumentam as nossas dificuldades com o transporte de um peso adicional.
Estas provas são simultaneamente de corrida/marcha e de orientação pelo que todo o cuidado é pouco. Não nos podemos distrair pois, quando nos damos conta, já nos perdemos. Nunca largar de vista as fitas e as placas sinalizadoras que estão propositadamente presentes ao longo de todo o percurso. E, mesmo com muita atenção, de vez em quando lá nos enganamos. E por vezes até chega a ser um engano em grupo. O pior é o que aconteceu com um de nós que fez praticamente todo o percurso em perfeita solidão sem a companhia de outros atletas. Desde o primeiro abastecimento até perto de Alferrarede que não via mais ninguém, tanto à frente como atrás. O que interessava era que continuava a ver as fitas sinalizadoras. Pelo menos estava só mas não PERDIDO.
O percurso até se revelou bem mais fácil do que seria de esperar. Com o Castelo de Abrantes em "linha de mira" só pensávamos em vencer mais este derradeiro, e porventura mais difícil, obstáculo. Esperavam-nos cerca de 500 metros sempre a subir num trilho que anteriomente já tínhamos vislumbrado do autocarro que nos levou desde Abrantes até ao ponto de partida em Casal das Mansas.
Apesar de dura a prova até não foi tão difícil quanto esperávamos. Fez-se relativamente bem, quer a andar quer a correr. E com maior ou menor esforço inscrevemos o nome das LEBRES E TARTARUGAS num novo evento. E já decidimos retornar a Abrantes em 2012, a menos que esta corrida venha a ser eliminada. E até talvez "alguém" (quem será???) se abalance à prova dos 35 quilómetros. Porque depois dos Trilhos do Almourol já estamos preparados psicologicamente para tudo. Ou para quase tudo ...
Com um número muito curto de atletas no "Mini-trail" (44 à chegada) o risco de chegar em último era muito grande. Mas ainda não foi desta que quebrámos o nosso lema:"Não ficar em primeiro nem último para não dar nas vistas". E ficámos globalmente bem posicionados na tabela classificativa.
Já temos no horizonte as próximas provas de montanha: "Corrida entre Serra e Mar" e"Escalada do Mendro". Decididamente que já não nos metem medo muito por força de já nos serem conhecidas.
Neste próximo fim de semana regressamos ao alcatrão.
Atletas que concluiram a prova: 44
Vencedor: Marco Franco: 1:20:06
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº52)
Classificação Geral: 32º - Classificação no Escalão M45: Não divulgada
Tempo Oficial: 2:24:08/Tempo Cronometrado Individualmente: 2:23:51
Tempo médio/Km: 9m:35s <=> Velocidade média: 6,26Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES(Dorsal Nº53)
Classificação Geral: 20º - Classificação no Escalão M55: Não divulgada
Tempo Oficial: 1:53:49/Tempo Cronometrado Individualmente: 1:53:34
Tempo médio/Km: 7m:34s <=> Velocidade média: 7,92Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados individualmente
Calendário para o mês de Maio
De novo em acção e justamente para a última Meia Maratona antes do "defeso" das férias de Verão.
Em 2011 celebrámos em Setúbal as cinquentas provas em que conjuntamente estes três atletas participaram desde o início da aventura no já longínquo ano de 2009. A edição deste ano coincidiu com o cinquentésimo sexto aniversário da nossa tartaruga mais avançada na idade. E para celebrar esta data a equipa compareceu na sua máxima força na cidade do Sado.
A Meia Maratona Internacional de Setúbal não é uma corrida particularmente interessante em termos do percurso. No entanto não há muitas meias maratonas daí que seja importante aproveitar ao máximo as provas que teimosamente ainda se vão mantendo no nosso calendário, até porque as TARTARUGAS já não se satisfazem com meras corridas de 10 ou de 15 quilómetros. Ambicionamos mais ...
Depois de alguns fins-de-semana em que a meteorologia optou por contrariar as expectativas primaveris eis que neste primeiro domingo de Maio o Sol decidiu reaparecer em toda a sua plenitude. E logo nesta prova conhecida por ter um percurso bastante "árido" e sem sombras significativas. A chuva intensa de 2011 pertence ao passado. Todos aqueles atletas que sofrem com o calor tiveram certamente um domingo para esquecer.
Sendo praticamente plano por isso mesmo o percurso não deu grandes tréguas aos atletas. Até ao ponto de viragem, entre os onze e os doze quílómetros, é sempre a subir, depois de deixarmos a fase inicial dentro de Setúbal. Mas, à medida que vamos avançando na distância, cada vez mais os quilómetros parecem mais compridos. Principalmente quando reentramos na Avenida Luísa Todi, a cerca de três mil metros da meta, nunca mais vemos "o fundo ao tacho". É certo que as forças nos começam a faltar mas a ânsia por realizarmos um bom tempo dão-nos um maior desgaste tanto físico como psicológico. Principalmente para aqueles que estabeleceram metas muito ambiciosas para esta corrida. Desde melhorar o tempo de uma meia maratona até fixar como objectivo uma marca na casa da uma hora e quarenta e cinco minutos.
Mais um dever cumprido. Os nossos três atletas estiveram uma vez mais à altura dos seus pergaminhos. Contra tudo e contra todos lutaram até à exasutão e ao limite das suas forças.
O único reparo que temos de fazer à organização relaciona-se com o facto de terem permitido que se realizassem em simultâneo as partidas da meia maratona e da caminhada. Só por volta do primeiro abastecimento, junto ao glorioso Estádio do Bonfim, é que os semi maratonistas encontraram caminho livre para a sua corrida. É desejável que, à semelhança de outras corridas, partam em primeiro lugar os atletas da principal prova competitiva.
Atletas que concluiram a prova: 786 (723 em 2011)
Vencedor: Bruno Paixão (AC Portalegre): 1:06:45
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº482)
Classificação Geral: 728º - Classificação no Escalão M45: 103º
Tempo Oficial: 2:10:37/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:09:55
Tempo médio/Km: 6m:09s <=> Velocidade média: 9,74Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº595)
Classificação Geral: 578º - Classificação no Escalão M50: 54º
Tempo Oficial: 1:54:19/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:53:38
Tempo médio/Km: 5m:23s <=> Velocidade média: 11,14Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA E NA DISTÂNCIA DE MEIA MARATONA
CARLOS GONÇALVES(Dorsal Nº596)
Classificação Geral: 435º - Classificação no Escalão M55: 34º
Tempo Oficial: 1:45:45/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:45:05
Tempo médio/Km: 4m:59s <=> Velocidade média: 12,05Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA E NA DISTÂNCIA DE MEIA MARATONA
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o mês de Maio
Esquecida a corrida do SLB as TARTARUGAS voltaram a entrar em cena com a participação na Corrida Internacional do 1º de Maio em Lisboa. Apesar de encarnar o mesmo espírito da Corrida da Liberdade estivemos em presença de uma prova bem melhor organizada, fazendo jus à designação de “Corrida Internacional”.
E esta corrida, como por mais de uma vez já referido, tem o grande aliciante de começar e terminar na Pista de Atletismo do Campo de Futebol do renovado Estádio 1º de Maio. É o momento de glória de todos os atletas ao concluírem a prova após terem efectuado uma “meia volta” de honra à pista fazendo-nos momentaneamente sonhar que estamos a completar e a vencer uma corrida dos Jogos Olímpicos do nosso imaginário. Mesmo que não haja muito público a torcer por nós interiormente ouvimos o Estádio todo em pé a aplaudir-nos. Também é bom sonhar …
De ano para ano a adesão popular é cada vez maior, o que constitui um bom sinal nos tempos que correm. Sem grande novidade no percurso relativamente às edições anteriores sabíamos desde logo que a primeira metade da corrida era predominantemente a descer até perto do Terreiro do Paço. Portanto tínhamos de aproveitar este balanço e aumentar o ritmo para amealharmos alguma vantagem que se viria a revelar muito útil quando tivéssemos de enfrentar os cerca de três quilómetros de subida ao longo da Almirante Reis até à Praça do Areeiro/Francisco de Sá Carneiro. Estranhamente desta vez até foi fácil, ou mais fácil do que poderíamos esperar. Já por mais de uma vez que percorremos este troço, mormente na Maratona de Lisboa. E por estarmos, porventura, melhor preparados psicologicamente para este obstáculo ele até deixou de ser o grande “papão” de edições anteriores. Esta longa subida acabou por ser resolvida praticamente ao mesmo ritmo das Avenidas Fontes Pereira de Melo e da Liberdade. E como corolário desta abordagem os tempos finais foram bastante bons.
No entanto, apesar de bem organizada, a Corrida do 1º de Maio teve alguns pontos negativos dos quais se salienta um primeiro abastecimento de água muito tarde, entre o sexto e o sétimo quilómetro, e deficiente indicação dos quilómetros da corrida. Até parece que alguns desapareceram. Como facto positivo registamos a grande presença de elementos afectos à Organização ao longo de todo o percurso quer para darem indicações importantes como por onde deveríamos seguir mas também para nos incentivarem e aplaudirem o nosso esforço. Parece-nos também que o percurso ficou encurtado em cerca de trezentos metros. Provavelmente, e à semelhança do ano passado, dever-se-ia ter chegado ao Terreiro do Paço e não cortado antes. Fica no ar a dúvida.
Aprendemos no ano passado que não é boa estratégia partir logo na linha da frente pois deste iríamos passar grande parte da corrida a ser ultrapassados. Assim este ano escolhemos um lugar mais recatado o que também nos permitiu, de alguma forma, fugir à confusão e aos atropelos que normalmente acontecem.
A chuva apareceu com grande intensidade uns minutos antes do “tiro de partida” e acompanhou-nos até ao final do troço da avenida da República. Depois desapareceu como que por encanto. Já nos tinha encharcado em demasia permitindo-nos realizar grande parte da prova sem mais este contratempo.
Fruto da grande adesão de atletas estivemos sempre bem acompanhados até ao “sprint” final. Num derradeiro esforço, e sem sequer olhar para o cronómetro, fixamos o nosso olhar na linha da meta e concentramo-nos em ultrapassarmos todos aqueles que estiverem ainda ao nosso alcance.
Mais uma vez podemos utilizar uma das nossas frases feitas: “cansados mas felizes”. Muito felizes dado que, após consulta aos nossos cronómetros, verificamos que fizemos um tempo “canhão” comparativamente com as nossas anteriores prestações em corrida de quinze quilómetros. Dois novos recordes individuais foram estabelecidos. É acima de tudo o resultado da nossa intensa preparação ao longo destes últimos meses desde que regressámos à actividade depois das férias de Verão.
Atletas que concluiram a prova: 1442 (1207 em 2011)
Vencedor: Dadi Fikru (Etiópia): 0:44:29
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº1051)
Classificação Geral: 776º - Classificação no Escalão M50: 102º
Tempo Oficial: 1:14:26/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:14:08
Tempo médio/Km: 4m:57s <=> Velocidade média: 12,14Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA E NA DISTÂNCIA DE 15 KM
CARLOS GONÇALVES(Dorsal Nº1052)
Classificação Geral: 545º - Classificação no Escalão M55: 56º
Tempo Oficial: 1:10:02/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:09:43
Tempo médio/Km: 4m:39s <=> Velocidade média: 12,91Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA E NA DISTÂNCIA DE 15 KM
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o mês de Maio
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