Foi com grande pena que vimos anulada a edição deste ano desta Corrida emblemática. A crise espreita a cada esquina e começa a fazer sentir os seus efeitos. Como já tenho dito noutras ocasiões " crise não bate à porta: já entrou".
O Grande Prémio do Fim da Europa não é mais uma corrida. É antes a prova em que todos queremos participar por se revestir de características especiais e dificilmente igualáveis. Por isso o desânimo foi grande.
No entanto há quem não queira deixar morrer o espírito desta corrida. Um habitual participante, e organizador, Luís Milagres Sousa (SPORTSCIENCE) lançou o desafio de, à margem de qualquer organização, todos nos concentrarmos na data inicialmente prevista para esta corrida - 29 de Janeiro - e, embora de uma forma autónoma, convivermos e efectuarmos o percurso habitual do Grande Prémio do Fim da Europa. Esperam-se algumas centenas de apoiantes. E as TARTARUGAS também lá estarão.
Deste modo apelamos também a todos os que nos seguem para no próximo domingo se juntarem a nós em Sintra pelas nove horas e quarenta e cinco minutos sendo dado o tiro de partida às 10 horas. Como não haverá abastecimentos cada um deve prevenir-se com líquidos e algum alimento.
Será certamente uma manhã muito bem passada.
Até Domingo. Não vamos deixar morrer o GRANDE PRÉMIO DO FIM DA EUROPA.
Quem quiser pode fazer uma inscrição gratuita em:
http://www.honoris.pt/sportscience_pt/index.php?option=com_wrapper&view=wrapper&Itemid=73
Nunca se tinha assistido a uma "performance" tão boa das TARTARUGAS. Na mesma corrida todos os três atletas bateram os recordes pessoais numa distância, e logo em quinze quilómetros.
O parco calendário de provas para o mês de Janeiro levou-nos a esta terra ribatejana a fim de participarmos nos 15 KM de Benavente. Normalmente esta corrida realiza-se em Setembro. Este ano, com a realização do Campeonato Nacional de Estrada, a organização decidiu também realizar uma "prova aberta" destinada a todos aqueles que lutam por um melhor lugar em função dos resultados pessoais mas sem terem como objectivo prioritário a conquista de um qualquer título desportivo. Basta-nos superarmo-nos, corrida a corrida e bater as nossas próprias marcas, que já nos consideramos "CAMPEÕES".
A azáfama matinal era a habitual neste tipo de realizações desportivas. Acrescia ainda o ingrediente da realização de um Campeonato Nacional de Estrada para dar ainda mais animação a Benavente. Os "profissionais" estavam lá todos. E "nós a vê-los passar". Se bem que com espíritos diferentes todos alinhámos para dar maior colorido às ruas desta simpática localidade da Lezíria Ribatejana.
Cedo também verificámos que o número de atletas inscritos era substancialmente inferior ao que a numeração dos dorsais antevia. Será que era desta que corríamos o sério risco de um dos nossos atletas ficar em último lugar? Não. Afinal começávamos a encontrar algumas referências de outras "guerras", caras conhecidas que nos permitiam acalentar a esperança de manter o nosso lema: "Não ficar em primeiro lugar nem em último, para não darmos nas vistas".
Com a confusão habitual da partida os nossos atletas lançaram-se a percorrer um circuito de três voltas com o começo e a chegada exactamente no mesmo local. O nosso percurso era o mesmo dos atletas inscritos no Campeonato Nacional de Estrada. A primeira volta serviu para conhecer as características do traçado: maioritariamente plano e sem se criar a sensação de andarmos às voltas num perímetro relativamente curto. Após a segunda passagem pela linha da meta os atletas encontram o seu melhor ritmo e começam a consolidar as posições na classificação.
Cumprida a primeira volta e meia ouvimos no "speaker" de um carro da organização que se aproximavam os atletas competidores no Campeonato Nacional de Estrada. Estavam eminentes as primeiras "dobragens" e, portanto, deveríamos facilitar a tarefa daqueles que lutavam por outras metas. A nós, apesar de passarem como setas, ainda nos davam algum ânimo e até conseguiram que, pelo menos durante alguns momentos, aumentássemos o nosso ritmo de corrida. E até foi bom como se comprova nos nossos resultados finais.
Os quilómetros nas pernas começam a dar frutos. É rara a corrida em que, pelo menos um dos Tartarugas, não consegue melhorar o seu tempo quer da prova quer da distância. Como vemos o esforço e a dedicação compensam. Para nós dez quilómetros começam a saber a pouco. Tempos vindo a procurar a distância para a qual nos sentimos como "peixe na água". Dez quilómetros já são curtos e, principalmente, muito rápidos. Estamos talhados para distâncias maiores. Alô Maratonas que se aproximam!
Foi uma experiência nova e num local diferente do habitual, cumprindo-se a nossa intenção de diversificação de provas na procura de novas experiências. Mas uma crítica fica no ar no tocante à organização da corrida. Estamos habituados, ao longo destes três anos de intensa actividade, a que na maioria das corridas os tempos sejam verificados através do recurso aos já famosos "chips"que possibilitam à organização a apresentação dos resultados finais tanto em termos da classificação - geral e por escalão - como registar as "marcas" de cada atleta. Aqui foi a desilusão total. Após cortarmos a linha de chegada era uma completa azáfama: uns a controlar os números dos dorsais e a encaminharem os atletas para o "funil" da chegada e no final alguém a coleccionar os dorsais a fim de estabelecer a ordem da clasifficação. Pensamos que isto é lamentável nos dias que correm e, ainda por cima, numa prova que serviu de base a um Campeonato Nacional. Será que nas outras edições dos 15 KM de Benavente as coisas já decorrem dentro da normalidade? É esperar pela próxima edição para vermos.
Atletas que concluiram a prova: 418
Vencedor: Pedro Gomes (Odimarq Alumínios): 0:49:42
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 478)
Classificação Geral: 366º - Classificação no Escalão M45: Não divulgado
Tempo Oficial: N.D./Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:23:42
Tempo médio/Km: 5m:35s <=> Velocidade média: 10,75Km/h (*)
MELHOR TEMPO NA DISTÂNCIA DE QUINZE QUILÓMETROS
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 479)
Classificação Geral: 322º - Classificação no Escalão M50: Não divulgado
Tempo Oficial: N.D./Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:17:45
Tempo médio/Km: 5m:11s <=> Velocidade média: 11,58Km/h (*)
MELHOR TEMPO NA DISTÂNCIA DE QUINZE QUILÓMETROS
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº480)
Classificação Geral: 265º - Classificação no Escalão M55: Não divulgado
Tempo Oficial: N.D./Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:13:25
Tempo médio/Km: 4m:54s <=> Velocidade média: 12,26Km/h (*)
MELHOR TEMPO NA DISTÂNCIA DE QUINZE QUILÓMETROS
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o mês de Janeiro
Este ano de 2012 não se perspectiva muito animador e temendo-se pela não realização de algumas das mais belas provas do calendário do atletismo popular. Depois de em 2011 não se terem realizado algumas corridas já com alguma tradição (Corrida do Metro, Corrida do Entroncamento), e já sem falar da Golden Marathon Carlos Lopes que parece estar moribunda no parco calendário de Maratonas que se realiza no nosso Pais, a anulação do Grande Prémio do Fim da Europa constitui um grande e duro golpe nas aspirações de todos aqueles que correm mais por prazer do que por classificações. Com o cenário de crise instalado (o ano de 2012 será porventura aquele em que todos irão sentir de forma mais acentuada e real o que é a CRISE), e com os cortes nos apoios considerados não prioritários (como por muitas vezes se olha para o desporto não profissional), desconfiamos que mais algumas corridas emblemáticas, suportadas em grande medida pelos patrocínios dos Municípios e Juntas de Freguesia, também venham a entrar num processo de hibernação até que melhores dias surjam no horizonte. Por isso temos de encontrar alternativas e continuar a mostrar que estas corridas são tão importantes do ponto de vista da saúde física e mental de todos nós.
Numa manhã fria (muito fria) mas ensolarada cerca de 900 atletas fizeram-se à rua para darem o pontapé de saída para mais um ano de intensa actividade desportiva, no que às provas de atletismo diz respeito. Marcaram encontro para as dez horas no Largo do Jardim Zoológico para, com o apoio dos antigos olímpicos Aurora Cunha e Carlos Lopes, cumprirem a 5ª edição da Corrida de São Domingos de Benfica. O percurso já era conhecido da maioria dos concorrentes sendo acessível e para todos os gostos: longos trajectos planos e com o ponto de dificuldade mais alto entre o quinto e o sétimo quilómetros, sempre a subir. Com a entrada na Rua dos Soeiros começa uma bem vinda descida de aceleração para os dois últimos quilómetros antes da meta. Como dizia um colega no final da corrida "nunca conseguimos recuperar nas descidas o que perdemos nas subidas". Mas é bom continuar na ilusão e pensar que aquela frase não é verdade. E também há quem considere que uma corrida toda ela plana é bem mais desgastante que outra de sobe e desce. Cada um que avalie e decida por si.
Cumprida a primeira etapa do nosso "Circuito de 2012" já temos no horizonte a corrida aberta de 15 quilómetros, que se disputa em Benavente em simultâneo com o Campeonato Nacional de Estrada de 2012, e também já na nossa máxima força.
Atletas que concluiram a prova: 901 (766 em 2011)
Vencedor: Nélson Cruz (GDR Praia da Salema): 0:30:13
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 920)
Classificação Geral: 508º - Classificação no Escalão M50: 58º
Tempo Oficial: 0:50:24/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:50:11
Tempo médio/Km: 5m:01s <=> Velocidade média: 11,96Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA E NA DISTÂNCIA
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº919)
Classificação Geral: 411º - Classificação no Escalão M55: 37º
Tempo Oficial: 0:48:30/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:48:18
Tempo médio/Km: 4m:50s <=> Velocidade média: 12,42Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o mês de Janeiro
Em virtude da ausência nesta prova do habitual cronista coube a um dos outros TARTARUGAS - Carlos Teixeira - a tarefa de passar ao papel as sensações e experiência da edição de 2011 da São Silvestre de Lisboa.
A S.Silvestre de Lisboa está directamente ligada aos lebres e Tartarugas dado que a sua primeira edição se realizou em 2008 ano em que este trio se lançou aos desafios desta exigente e atraente modalidade que é o atletismo. Assim, como não podia deixar de ser estivemos representados por dois tartarugas uma vez que o nosso maratonista Carlos Gonçalves foi passar o réveillon para a cidade invicta. Pela primeira vez esta prova realizou-se à tarde e não como nos últimos 3 anos em que a prova se realizou à noite na bonita Lisboa decorada com as habituais iluminações do período de festas, mas que este ano devido à crise não existiram. Como participante nas 4 edições desta prova esta foi sem dúvida a mais difícil devido a alteração do percurso que acrescentou à subida da Avenida da Liberdade a da Fontes Pereira de Melo, por outro lado o facto de se ter realizado à tarde possibilitou ver melhor os buracos da rua do Arsenal, permitindo percorrer esse quilómetro com maior velocidade. Pela primeira vez nesta prova os homens bateram as mulheres, foi portanto por diversas razões uma edição diferente de uma prova que é sempre bonita de participar por se disputar no centro da nossa capital, num ambiente de festa pela altura do ano em que se disputa e com muitos atletas e espectadores.
Com esta prova os lebres e tartarugas encerraram o seu terceiro ano de participação em provas de atletismo sendo que em 2011, merece especial destaque o facto do nosso tartaruga Carlos Gonçalves ter disputado as suas primeiras duas maratonas, por outro lado continuamos a alargar a nossa participação a novas provas de estrada, mas também do circuito nacional da montanha, embora não seja o principal objectivo deste trio foi também possível melhorar algumas das nossas marcas pessoais nas diferentes distâncias em que participámos. Para 2012 esperamos fundamentalmente continuar a participar no maior número de provas possíveis, e que a crise não afecte a realização de algumas provas como já é o caso conhecido da corrida do Fim da Europa que não se vai realizar e que era uma prova muito bonita e que todos gostávamos de participar.
Bom ano de 2012 para todos que como nós participam nestas provas de atletismo com o objectivo saudável de fazer desporto.
[Crónica de Carlos Teixeira]
Calendário para o mês de Janeiro
. TRIATLO DE S. MARTINHO DO...
. 8ºTRAIL DOS MOINHOS SALOI...
. GRANDE PRÉMIO DO ATLÂNTIC...
. CORRIDA SÃO SILVESTRE DE ...