É verdade que a Meia Maratona da Nazaré já não é o que era.
Organização pioneira em Portugal em corridas nesta distância, criou, como se constuma referir em marketing, uma "tendência". E quem cria uma tendência favorece inevitavelmente o surgimento de seguidores. Por isso temos hoje, um pouco por todo o País, várias "meias maratonas" donde, com uma oferta tão alargada, a escolha é, por vezes, difícil. Resultante deste cenário vimos a assistir, ano após ano, a uma perda do fulgor e da importância que a Meia Maratona da Nazaré teve noutros tempos.
A participação popular continua, todavia, a tentar adiar o mais possível a morte (anunciada) desta prova. Neste ano, apesar de uma previsão meteorológica adversa, ainda participaram e concluiram perto de mil e duzentos atletas. A esmagadora maioria reflectia nos rostos, e nas conversas que iam entabulando ao longo da corrida, o espírito de participação e de puro convívio. A Competição fica reservada para outros eventos.
O dia não se apresentava muito convidativo. Frio, vento e ameaças de chuva (que veio a marcar presença mas só no final) não constituiram obstáculo importante à troca de uma manhã de domingo no conforto do lar pela competição na rua. Para estes atletas o "conforto" está mesmo é na rua, a correrem seja em que condições forem.
E as nossas TARTARUGAS lá rumaram de manhã à Nazaré. Um estreante - Frederico - e dois outros com uma enorme vontade de apagarem o mau desempenho do ano passado.
Mantendo o mesmo traçado de 2009, foi com grande satisfação que os corredores encontraram em grande parte do percurso um forte apoio popular. E quando o público estava mais "calado" eram os atletas a puxar pelo público. Apenas um reparo a apontar à organização. No penúltimo abastecimento, por volta dos quinze quilómetros, nem todos chegaram a tempo de receber a "desejada" garrafinha de água. Porventura terão havido alguns abusos. Mas como o tempo não estava quente este problema acabou por ser menor.
Longe de ser uma prova rápida as TARTARUGAS melhoraram os tempos relativamente a 2009, estabelecendo marcas individuais acima do seu historial de participação em Meias Maratonas. Destaque para o Frederico que não só estabeleceu o seu melhor tempo individual como baixou, pela primeira vez, a fasquia das duas horas. "Ele anda a treinar em segredo ...".
E para o próximo ano a organização da Meia Maratona Internacional da Nazaré pode desde já voltar a contar com este trio.
Atletas que concluiram a prova: 1169
Vencedor: Luís Ginja (GDR Reboleira) - Tempo Oficial: 1:09:39
FREDERICO SOUSA
Classificação Geral: 989º- Classificação no Escalão M45: 181º
Tempo Oficial: 1:57:06/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:56:38
Tempo médio/Km: 5m:32s <=> Velocidade média: 10,85 Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA E NESTA DISTÂNCIA
CARLOS TEIXEIRA
Classificação Geral: 1070º - Classificação no Escalão M50: 159º
Tempo Oficial: 2:03:16/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:02:49
Tempo médio/Km: 5m:49s <=> Velocidade média:10,31 Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA
CARLOS GONÇALVES
Classificação Geral: 902º - Classificação no Escalão M50: 132º
Tempo Oficial: 1:52:39/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:52:15
Tempo médio/Km: 5m:19s <=> Velocidade média: 11,28Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NA PROVA
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas para o mês de Novembro
Como é bom SOFRER.
Quem se inscreve em Corridas de Montanha tem de estar essencialmente preparado e predisposto para passar por momentos menos bons, diremos mesmo desagradáveis. E é com o sofrimento que aprendemos a ultrapassar os dissabores e as agruras da nossa vida, seja ela analisada sob o prisma pessoal ou profissional.
Em desporto de competição os atletas treinam em condições extremamente exigentes e perante situações que porventura nem sempre encontrarão em prova. E quanto mais exigente for o treino melhor será a capacidade que o atleta adquire para enfrentar todo o tipo de adversidades.
Ora bem. É isto que as nossas ilustres TARTARUGAS procuraram ao iniciarem uma nova etapa com a inscrição em Corridas de Alta Montanha. À primeira correu bem. Foi a novidade. À segunda foi a confirmação de como é bom correr fora da Estrada. À terceira foi de vez. Nunca mais pararemos.
O nosso espírito é de praticar desporto competindo apenas connosco próprios.
É bom recordar o nosso lema: "Não ficar em primeiro nem em último lugar, para não dar nas vistas...". E uma vez mais foi cumprido. E acreditem que não é fácil, não foi fácil. Aqui encontramos atletas com um grau de preparação muito elevado.
É certo que momentaneamente passámos por momentos menos bons, ou até desagradáveis. Por vezes a vontade desistir pode ser enorme. Mas será que essa palavra tem lugar no nosso pensamento? Não. Sofrer sim, mas nunca desistir. E deste modo ficamos mais fortes.
O gráfico altimétrico deixava desde logo antever grandes dificuldades. Eram mais de quatro quilómetros sempre a subir. Aliás a partida começou com uma calçada bastante íngreme que nem deu para aquecer. Que aquecessem antes do sinal de partida.
E como suspeitámos logo na antevisão à corrida a segunda parte da prova - quatro quilómetros sempre a descer - não deveriam ser fáceis. Em provas de Montanha não há coisas fáceis. Não só o declive era elevado como entrámos naquilo que na gíria BTTista se denominam por "single treks". Troços sinuosos, estreitos e com terreno irregular. Muitos degraus naturais formados pelas raízes das árvores. Segundo a minha humilde opinião foi o mais belo troço da percurso. A adrenalina estava presente em todo o seu esplendor. O pensamento era "descer com cuidado, devagar ... mas o mais depressa possível". Acima de tudo evitar quedas e deixar passar os mais rápidos e mais afoitos. Ou talvez os mais malucos e inconscientes ...
"Não há mal que sempre dure nem bem que não acabe". Terminada a descida vertiginosa foi tempo de atacar o troço mais exigente de toda a corrida. E o pior nem foram aqueles 500 metros de elevada inclinação. Com a sinalização dos 9 quilómetros "sorri-nos" uma subida que mais parecia uma escalada. Correr era praticamente impossível. Não por que o declive fosse muito acentuado mas sim pela irregularidade do terreno. Um pé mal colocado e poderíamos ter um acidente de consequências bastante graves. Houve momentos em subimos com os pés e ... com as mãos no chão. O mais importante era não cair.
Pronto. Terminou este calvário de subida. Inicia-se a descida final para a meta. Para trás ficaram os sentimentos de cansaço. Haveria que aproveitar os quilómetros - cerca de três e meio - para correr até à meta. Foi tempo das últimas ultrapassagens e de consolidação de posições.
O cansaço, mas principalmente a felicidade, estava bem estampada nos rostos da maioria dos atletas. Apesar dos vários percalços julgo que todos deram como bem empregue o tempo que dedicaram nesta amena manhã de Outubro a uma prática desportiva mais original. As condições climatéricas foram praticamente as ideiais. Não choveu, não esteve nem calor nem frio, o vento nem se fez sentir. É certo que durante grande parte da corrida estivémos isolados do mundo no meio da mata e das árvores.
Por agora terminaram as provas "off the road". Em 2011 há mais. E lá estaremos concerteza.
E também estaremos agora mais disponíveis e confiantes para encarar uma prova que am 2009 não nos correu de feição: a mítica MEIA MARATONA DA NAZARÉ.
Entramos na recta final do ano de 2010.
Atletas que concluiram a prova: 129
Vencedor: Aires Sousa (F C Penafiel) - Tempo Oficial: 0:49:24
FREDERICO SOUSA
Classificação Geral: 116º- Classificação no Escalão M45: 21º
Tempo Oficial: 1:33:04/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:32:59
Tempo médio/Km: 8m:05s <=> Velocidade média: 7,42 Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA
Classificação Geral: 117º - Classificação no Escalão M50: 18º
Tempo Oficial: 1:33:20/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:33:15
Tempo médio/Km: 8m:07s <=> Velocidade média:7,40 Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES
Classificação Geral: 96º - Classificação no Escalão M50: 13º
Tempo Oficial: 1:26:48/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:26:43
Tempo médio/Km: 7m:32s <=> Velocidade média: 7,96Km/h (*)
Corridas realizadas no mês de Outubro
Calendário previsto para o mês de Novembro
Esta é uma daquelas provas em que a maioria das pessoas participa mais para estar presente e menos para competir. É impressionante a quantidade de atletas que, ano após ano, e já lá vão dez com a corrida deste ano, envereda todos os esforços para estar logo de manhã em Algés junto à Estação da CP. Aliás as incrições costumam esgotar-se num ápice. E mais impressionante ainda é o facto de ao longo de todo o trajecto, mesmo até à meta, a marginal se encontrar bastante "engarrafada" de corredores e de passeantes. Sim porque uma parcela considerável dos inscritos revela a disposição, e porque não dizer a coragem, de cumprir os dez quilómetros desde Algés até à zona do Forte de São Julião da Barra a andar. Se não podes correr então caminha. E é isto que torna a Corrida do Tejo tão popular. Em certa medida vem-nos também à memória a mítica "MARGINAL À NOITE".
E uma vez mais as Tartarugas também assinaram o "ponto". Foram duas e não as três habituais. Mas, como muito outros participantes, os nossos atletas dizem "sim" às corridas mais emblemáticas. Desta vez escolheram logo um bom local para a partida. O ano passado foi um desatino com os primeiros quilómetros, principalmente até à zona do Dafundo, a serem corridos em sobressalto com a única preocupação de não atropelarem nem serem abalroados por ninguém. Fruto da nossa estratégia seguida este ano estão as marcas conseguidas bem melhores que as de 2009.
Foi uma corrida sem qualquer história além do alegre convívio com perto de dez mil pessoas. E é isto que a maioria das pessoas procura neste tipo de eventos. É sem dúvida um bom escape para o desgaste psíquico de uma longa e, por vezes, extenuante semana de trabalho.
Pouco há também a dizer da organização da prova. Como costumamos referir em situações semelhantes foi "CINCO ESTRELAS". E o cenário também ajuda.
De salientar que após serem cumpridos os dez quilómetros oficiais da prova muitos foram aqueles que decidiram retornar a Algés novamente a correr. É certo que foi sem o fulgor do ritmo imprimido durante a corrida. Mas serviu também de treino suplementar e de "descanso activo". Na prática foi um treino muito agradável para provas de maior distância, principalmente já a pensar no próxima Corrida do Monge e na Meia Maratona da Nazaré.
Atletas que concluiram a prova: 9262
Vencedor: Rui Silva (Sporting Clube de Portugal) - Tempo Oficial: 0:29:12
CARLOS TEIXEIRA
Classificação Geral: 3919º - Classificação no Escalão M50: Não disponível
Tempo Oficial: 0:56:11/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:54:16
Tempo médio/Km: 5m:26s <=> Velocidade média:11,06 Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NESTA PROVA
CARLOS GONÇALVES
Classificação Geral:2608º - Classificação no Escalão M50: Não disponível
Tempo Oficial: 0:51:34/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:49:40
Tempo médio/Km: 4m:58s <=> Velocidade média: 12,08Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NESTA PROVA
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário previsto para o mês de Outubro
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