Após a recuperação física e psicológica do desgaste provocado na Corrida dos Moinhos de Penacova aí temos o regresso das TARTARUGAS à "estrada".
Debeladas todas as mazelas, principalmente as do foro psíquico, nada como uma prova já tradicional para a preparação para a Meia Maratona de Portugal a realizar no próximo fim de semana e tendo como cenário a Ponte Vasco da Gama.
A Corrida do Destak (ou Corrida da Linha como também é conhecida) já entrou no lote das clássicas. Todos querem participar. De ano para ano é notória uma crescente adesão. E, facto positivo, também a organização melhorou. A confusão e o atraso na partida verificados no ano passado não se repetiram na edição de 2010. E, facto digno de registo e a seguir por outras organizações, fixar a hora de partida para as 9H30 é bem mais razoável do que para horas mais tardias. Principalmente enquanto a temperatura do ar ainda teima (e ainda bem) em não descer.
A altura do ano, com um clima propício às provas de estrada, bem como toda a envolvente paisagística, apelaram à participação. Mais novos e menos novos (sim porque nestes eventos não há lugar aos mais velhos ... de espírito) todos marcaram presença. Uns a correr, outros a andar, o que interessa era estar na marginal entre Carcavelos e Cascais.
No entanto não se entenda que esta era uma corrida fácil, só para cumprir calendário. Como já aqui foi referido no ano passado, nem sempre o que parece fácil o é, na realidade. Aparentemente o percurso até era bastante acessível. Mas, atenção, que a Marginal não é toda ela plana. Aquela subida após o Forte Velho tem que se lhe diga. E daí até à meta também não são necessariamente "favas contadas".
Foram perto de 2200 os atletas que cumpriram esta prova. Apenas um alerta para o final da corrida. O estrangulamento, e a algomeração dos atletas, logo após se cruzar a linha da meta poderia ter prejudicado a parte final da prova. Um aspecto a rever em futuras edições. Pensamos que a organização teve consciência deste pormenor com os constantes apelos aos atletas para descongestinarem aquela zona.
Enfim, mais uma corrida concluída.
E até um dos altetas decidiu retornar ao ponto de partida a ... correr. Foi um rebobinar do percurso e das emoções. Mas foi também uma forma de preparação para a Meia Maratona de Portugal que segue já no próximo fim de semana. "Há malucos para tudo".
Atletas que concluiram a prova: 2166
Vencedor: João Marques (Individual) - Tempo Oficial: 0:31:32
FREDERICO SOUSA
Classificação Geral: 1344º- Classificação no Escalão M45: 182º
Tempo Oficial: 0:58:01/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:56:52
Tempo médio/Km: 5m:41s <=> Velocidade média: 10,55 Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NESTA PROVA E NA DISTÂNCIA DE 10 KM
CARLOS TEIXEIRA
Classificação Geral: 1029º - Classificação no Escalão M50: 130º
Tempo Oficial: 0:54:22/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:53:16
Tempo médio/Km: 5m:20s <=> Velocidade média:11,61 Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NESTA PROVA
CARLOS GONÇALVES
Classificação Geral: 884º - Classificação no Escalão M50: 113º
Tempo Oficial: 0:52:48/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:51:42
Tempo médio/Km: 5m:51s <=> Velocidade média: 11,61Km/h (*)
MELHOR TEMPO INDIVIDUAL NESTA PROVA
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas para o mês de Setembro
"Eu votei CONTRA". Esta foi a frase que mais se ouviu durante este fim de semana no seio do grupo das Tartarugas e acompanhantes que se deslocaram à Região Centro para participarem na Corrida de Penacova.
Foi um fim de semana diferente do habitual na "rentrée" da temporada desportiva após um merecido e prolongado período de férias. E nada como começar logo com a participação numa prova integrada no Circuito Nacional de Montanha Salomon. E, juntando o útil ao agradável, a(o)s nossa(o)s acompanhantes também disfrutaram de um programa de actividade "outdoor" com a participação no "Passeio dos Caminheiros".
Começando pela Corrida podemos afirmar que esta foi seguramente a prova mais exigente em que as Tartarugas participaram. Foram 13,7 Km de montanha pura e dura. Após um início equilibrado, com algumas subidas e descidas para aquecer, eis que por volta do quilómetro 3,8 (logo após o primeiro abastecimento de água) os atletas começam a perceber, e a sentir, o que é uma verdadeira corrida de montanha. Foram perto de quatro quilómetros sempre a "puxar" (e a sofrer) até aos "Moinhos de Gavinhos". Percurso longo e sinuoso, as curvas até ajudavam para não vermos o que nos esperava mais à frente, com constantes alterações de declive e de morfologia do terreno. Foi nesta fase que se começaram a definir posições e cada um a encontrar o seu ritmo. Ao longo desta "Subida do Inferno" os corredores fixavam na sua mente três objectivos:
E quando parecia que o fim estava próximo - entenda-se fim da subida - entramos em piso de alcatrão, teoricamente mais fácil. Um olhar furtivo e de soslaio para o céu e avistámos os "Moinhos de Gavinhos", tão imponentes lá no alto. Mas também percebemos de imediato que nos era exigido um esforço adicional até chegar lá ao alto onde também iríamos encontrar o segundo abastecimento de água. Mas com maior ou menor dificuldade lá chegámos. Era tempo de recuperar energias, física e anímica.
Mas, mais do que o esforço físico, foi necessária uma enorme força psicológica para vencer constantes barreiras. E é exactamente neste aspecto que se verifica a grande vantagem deste tipo de provas. Pode-se chegar, e por vezes chega-se, exausto. Podem contrair-se lesões e até passar por maus bocados. Mas a VONTADE DE VENCER e de SUPERAÇÃO sem dúvida que fortalecem o nosso espírito de sacrifício. Tornamo-nos mentalmente mais fortes e acreditamos mais em nós próprios e nas nossas capacidades.
Ultrapassada esta fase inicia-se então uma longa descida. Foi bom para descansar um pouco mas, atenção, que não significa que os atletas entrem em relaxe. Há que saber dominar as nossas tão fatigadas e desgastadas pernas e evitar qualquer descontrolo de movimentos com consequências bem graves. Um pé mal colocado, uma pedra que não se vê, e espreita-nos uma queda de consequências bastante desastrosas.
Parece que o pior já passou. Mas não. Aguardáva-nos um final de corrida extremamente complicado. No regresso a Penacova ainda teríamos de ultrapassar alguns lances de escadas logo quando as pernas teimavam em não nos querer obedecer. Chegados ao largo da Câmara sabíamos que a partir daí seria a descer para a meta. Mas seria? Não nos estaria reservada mais alguma surpresa, principalmente para quem não tinha participado nesta prova no ano passado e não conhecia o percurso? Com o fim ali tão perto ainda nos era exigida uma volta pelos caminhos do Parque Verde de Carrazedos. Bem víamos a meta lá em baixo mas ainda teríamos que vencer algumas "subidinhas" para então podermos dar por concluída esta corrida.
Mas a tudo resistem as Tartarugas. Uma vez mais cumpriu-se o nosso lema: "Não ficar em primeiro nem último lugar, para não dar nas vistas". Foi por pouco ... mas foi.
E até tivémos um atleta medalhado. Frederico Sousa classificou-se em 10º lugar no escalão M45. "O crime compensa" ...
Quanto à organização da Corrida uma frase diz tudo: CINCO ESTRELAS. Percurso bem delineado e bem marcado, equipas de apoio inexcedíveis. A beleza do trajecto leva-nos por vezes a cenários de puro isolamento da civilização. Para o ano cá estaremos. Ficámos clientes.
Cabe-nos também espaço para algumas considerações relativamente ao Passeio dos Caminheiros.
Se a Corrida foi cinco estrelas este passeio teve, vá lá, uma estrela. A ideia deste tipo de eventos é boa para dar alguma ocupação aos acompanhantes da Corrida. No entanto paira no ar um sentimento de fiasco. Parece forte o termo mas foi este o sentimento com que ficaram os nossos caminhantes. Percurso mal definido, diferente até do que estava programado.
O Guia que, segundo fora anunciado, estaria ali para efectivamente guiar e acompanhar os Caminheiros, evitando que alguém se perdesse, não fez um trabalho adequado à sua função. Mais parecia que havia alguma urgência em "despachar" este passeio.
Para esquecer. Espera-se que no próximo ano a organização desta actividade seja revista.
Atletas que concluiram a prova: 88
Vencedor: José Sousa (ARC Águias de Alvelos) - Tempo Oficial: 0:52:14
FREDERICO SOUSA
Classificação Geral: 86º- Classificação no Escalão M45: 10º
Tempo Oficial: 1:52:22/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:52:08
Tempo médio/Km: 8m:09s <=> Velocidade média: 7,37 Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA
Classificação Geral: 80º - Classificação no Escalão M50: 12º
Tempo Oficial: 1:38:59/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:38:45
Tempo médio/Km: 7m:10s <=> Velocidade média: 8,37 Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES
Classificação Geral: 78º - Classificação no Escalão M50: 11º
Tempo Oficial: 1:36:10/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:36:05
Tempo médio/Km: 6m:59s <=> Velocidade média: 8,60Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas para o mês de Setembro
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