À partida a boa disposição reinava. Após um primeiro encontro, mais complicado do que se previa, na Estação Fluvial de Alcântara, os atletas dirigiram-se para o local da partida na Praça da Portagem da Ponte 25 de Abril. Chegaram com cerca de uma hora e meia de antecedência. Havia assim todo o tempo para um bom aquecimento e mentalização para a distância que iriam ter pela frente. Tínhamos também a possibilidade de escolha de um bom local para a partida evitando, na medida do possível, os habituais atropelos e empurrões.
Em jeito de curiosidade há que referir que foi no ano passado, e exactamente nesta prova, que estes três antigos jogadores de Badminton se transformaram em corredores de provas de Fundo. Alguns já tinham participado isoladamente em outras corridas, mas nunca com a regularidade e empenho como nestes últimos doze meses. Foi aqui que tudo começou. E a partir deste ponto nunca mais pararam.
Todos estes artistas depositavam grandes esperanças nesta corrida tendo como grande objectivo não só melhorar os tempos anteriores mas também estabelecerem, quiçá, um tempo de referência, de preferência o melhor nesta distância. Todos eles têm um tempo recorde em meias maratonas registado no ano passado na "Meia Maratona dos Palácios". Mas esta prova teve um perfil muito próprio com um traçado longe de ser plano e com a particularidade de terminar a descer já em Queluz e no aproximar da meta. Por isso as nossas Tartarugas consideram que aqueles tempos não têm o mesmo significado que os obtidos em outras corridas de 21,0975 m.
Como sempre o amontoado de participantes junto à partida é enorme, iniciando-se a prova mais aos empurrões do que propriamente a correr. Toda a Ponte 25 de Abril é feita em grande congestionamento como se tratasse do trânsito em hora de ponta. Perante este cenário é fácil perceber que quem não parte logo nos primeiros lugares vê os seus tempos muito comprometidos. Facilmente se podem perder 5 ou mais minutos na travessia do rio Tejo. Até Alcântara, e mesmo sempre a descer, não há grandes oportunidades para se imprimirem andamentos mais vivos. Pode-se mesmo dizer que a corrida só começa a partir do primeiro abastecimento localizado perto do quinto quilómetro. Daqui para a frente, e até ao final, os atletas não têm descanso. O percurso sempre plano não ajuda. E as longas rectas, em alcatrão, são porventura um elemento um pouco desmotivador.
Como sempre a prova esteve bem organizada, com múltiplos abastecimentos de água, e com o público constantemente a aplaudir e a puxar pelos atletas. Uma vez mais foi forte a presença de estrangeiros, com destaque particular para "nuestros hermanos". E como é bastante agradável registar a diversidade de idades dos vários corredores.
Tudo estava a correr de feição com uma temperatura amena e sem elementos meteorológicos perturbadores para os atletas. Ora bem isto foi para a maioria. No entanto para os que sofrem com o calor a subida da temperatura e o desaparecimento das núvens revelou-se um grande adversário.
Mas com maior ou menor esforço todos lá foram terminando esta longa corrida. Uma meia maratona não é só o dobro da distância das habituais corridas de 10 quilómetros. Exige uma grande capacidade de sacrifício e uma boa gestão mental e física do esforço. Talvez se possa afirmar que é uma prova mais táctica do que de resistência.
As três Tartarugas mostraram o bom momento de forma que atravessam. Dois dos atletas deste nosso grupo melhoraram os tempos anteriormente registados na Meia Maratona de Lisboa. E só não estabeleceram um recorde nesta distância porque ao participarem na atrás referida corrida dos Palácios são detentores de um tempo melhor.
Apesar de à partida nos parecer que havia menos participantes na realidade terminaram 5475 corredores, tendo primeiro atleta cruzado a linha de meta com um tempo recorde de 0:58:23.
Para a memória futura fica o registo do desempenho dos três valentes corredores.
FREDERICO SOUSA
Classificação Geral: 5132º- Classificação no Escalão (M 4549): 592º
Tempo Oficial: 2:34:06/ Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:32:35
Tempo médio/Km: 7m:14s <=> Velocidade média: 8,30Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA
Classificação Geral: 3909º - Classificação no Escalão (M 4549): 501º
Tempo Oficial: 2:10:11/ Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:08:45
Tempo médio/Km: 6m:06s <=> Velocidade média: 9.83 Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES
Classificação Geral:2197º - Classificação no Escalão (M 5054): 196º
Tempo Oficial: 1:52:47/ Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:51:21
Tempo médio/Km: 5m:17s <=> Velocidade média: 11,37Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas para o mês de Março
Este mês de Março é, será, demolidor e um verdadeiro teste à capacidade física e psicológica das Tartarugas. No espaço de duas semanas é vê-las a participar em provas de alguma forma exigentes. À Corrida das Lezírias (15 Km) segue-se a Meia Maratona de Lisboa para terminar o mês em beleza com a Corrida de Salvaterra de Magos (12 Km). Com este corropio de provas nem há grande espaço para treinos ao fim de semana.
A Corrida das Lezírias serviu para os atletas deixarem a distância de 10 Km a que já estão muito habituados e para a qual já só pensam em estabelecer novos recordes.
Prova bastante bem organizada, percurso agradável com um misto de alcatrão e de terra, e plano o quanto baste.
Os primeiro quilómetros, corridos maioritariamente em empedrado e dentro de Vila Franca de Xira, serviram de aquecimento, para logo atacarem a primeira subida cruzando o Rio Tejo. Ultrapassada a travessia da Ponte Marechal Carmona deixamos para trás o alcatrão e faz-se a incursão pela Lezíria. Até à viragem, por volta dos 7,5 Km, os corredores depararam-se com um piso em terra batida, com algumas irregularidades e pedras à mistura. A atenção deveria ser redobrada até porque estavam reunidas condições para quedas mais ou menos aparatosas. Que o diga uma atleta que sentiu verdadeiramente na pele, braços, pernas, etc. quão traiçoeiro pode ser correr nestas condições.
Após a inversão do percurso aproximámo-nos do rio encontrando um piso bem mais agradável, mole, o quanto baste, Foi, talvez, a parte mais agradável da Corrida. Por um lado deixou de se deixar de ouvir com tanta insistência o bater dos sapatos no piso mais irregular. Por outro surge silêncio típico das margens dos rios. Sentiu-se que os vário atletas aproveitaram para aumentar o ritmo da prova e para ganharem alguns lugares que, porventura, terão deixado escapar na primeira parte da prova.
Ultrapassado o segundo abastecimento é o derradeiro ataque ao último terço da corrida. A velocidade aumenta não só porque a meta começa a estar nas nossas mentes mas também porque reencontramos o alcatrão. Menos agradável mas mais rápido.
Vencida a última descida digna desse nome, após nova travessia do Tejo, regressamos à simpática localidade Ribatejana. Apesar do empedrado qeu dificulta o esforço dos atletas é tempo para o "sprint" final. Até porque a Meta já está ali tão perto.
Apenas podemos apontar uma pequena falha à organização; a inexistência das habituais placas sinalizadoras das distâncias. Mas até pode ter funcionado pela positiva para evitar grandes alterações de ritmo. Talvez deste modo a gestão do esforço seja mais racional.
Para além da beleza de correr em plena Lezíria foi bonito encontrar em cada esquina um verdadeiro Campino montado no seu garboso Cavalo. E não podemos deixar de elogiar todo o trabalho de sinalização do percurso e de orientação assegurado pelo vários Escuteiros que, à sua maneira, embelezaram a Corrida das Lezírias.
Como nota final há que realçar o grande momento de forma dos nossos atletas, com destaque para Carlos Texeira que não só pulverizou o tempo conseguido em 2009 como estabeleceu um novo máximo pessoal na distância dos 15 Km.
Concluiram a prova 1388 atletas, sendo o tempo do vencedor de 0:47:48.
FREDERICO SOUSA
Classificação Geral: 1312º- Classificação no Escalão (M 4549): 170º
Tempo Oficial: 1:33:28/ Tempo Cronometrado: 1:33:16
Tempo médio/Km: 6m:13 s <=> Velocidade média: 9,65Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA
Classificação Geral: 977º - Classificação no Escalão (M 4549): 132º
Tempo Oficial: 1:19:28/ Tempo Cronometrado: 1:19:23
Tempo médio/Km: 5m:18s <=> Velocidade média: 11,34Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES
Classificação Geral:926º - Classificação no Escalão (M 5054): 139º
Tempo Oficial: 1:18:27/ Tempo Cronometrado: 1:18:15
Tempo médio/Km: 5m:13s <=> Velocidade média: 11,50Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas para o mês de Março
A Meia Maratona de Lisboa já está à nossa espera.
" The Turtles striked again". As Tartarugas voltaram a atacar.
Muitos corredores à partida, mil e trinta e sete a cruzarem a linha da meta, com o primeiro classificado a registar um tempo de 0:33:57.
Como habitualmente salientam-se os desempenhos dos nossos Atletas/Tartarugas.
FREDERICO SOUSA
Classificação Geral: 893º- Classificação no Escalão (M 4549): 110º
Tempo Oficial: 0:59:15/ Tempo Cronometrado: 0:58:22
Tempo médio/Km: 05m:50 s <=> Velocidade média: 10,28Km/h (*)
CARLOS CATELA
Classificação Geral: 667º - Classificação no Escalão (M 4549): 82º
Tempo Oficial: 0:53:21/ Tempo Cronometrado: 0:52:30
Tempo médio/Km: 05m:15s <=> Velocidade média: 11,43Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES
Classificação Geral:615º - Classificação no Escalão (M 5054): 88º
Tempo Oficial: 0:52:18/ Tempo Cronometrado: 0:51:27
Tempo médio/Km: 05m:09s <=> Velocidade média: 11,66Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Corridas para o mês de Março
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