"A seguir à tempestade vem a Bonança".
A seguir à demolidora Meia Maratona da Nazaré nada como uma Corrida tranquila.
Veio mesmo a calhar quer para a restabelecida tartaruga Frederico, a recuperar da Gripe A (?), quer para os outros nossos atletas que estiveram no fim de semana anterior na Nazaré.
A organização desta prova esteve à altura. Partida a horas, percurso interessante e bem assinalado. Só merece reparo a atuação da Polícia no controle do trânsito nos locais de passagem dos corredores. Por vezes foi necessário "fintar" e desviarmo-nos de alguns carros.
É impressionante constatar como qualquer prova consegue juntar facilmente meia centena ou mais de atletas. Por isso o atletismo de rua é cada vez mais uma modalidade altamente popular e com uma crescente adesão dos atletas amadores, principalmente os mais avançados na idade (ou os menos novos). Aqui a competição de cada um com é consigo próprio na tentativa de conseguir um tempo sempre melhor que na prova anterior.
As nossas Tartarugas estiveram em conformidade com os seus desempenhos anteriores não se tendo ressentido dos percalços das últimas semanas.
Para a história fica o registo dos nossos corredores numa prova concluída por 586 atletas e em que o melhor tempo foi de 0:31:38. Como curiosidade, e de acordo com informação de outros participantes, esta corrida teve uma distância de 10 Km e 100 metros ... Curioso.
FREDRICO SOUSA
Tempo Oficial: 1:04:24 Classificação Geral: 569º / Classificação no Escalão (M45): 75º
Tempo médio/Km: 06m:23 s <=> Velocidade média: 9,41 Km/h
CARLOS CATELA
Tempo Oficial: 0:54:54 Classificação Geral: 455º/ Classificação no Escalão (M45): 59º
Tempo médio/Km: 05m:26s <=> Velocidade média: 11,04Km/h
CARLOS GONÇALVES
Tempo Oficial: 0:51:40 Classificação Geral: 385º / Classificação no Escalão (M50): 46º
Tempo médio/Km: 05m:07s <=> Velocidade média: 11,73Km/h
Próximas Provas
DURO, DURO!!
Os nossos atletas já estão preparados para enfrentar adversidades. E nesta prova depararam-se com novos obstáculos.
O percurso nem se afigurava difícil. A maior subida aconteceu logo nos primeiros quilómetros, tendo servido para aquecimento, até porque não era muito inclinada e terminava com uma grande descida dentro da zona antiga da Nazaré. Parecia o prenúncio de uma prova acessível e propícia à obtenção de bons tempos.
Fruto da tradição, por ser pioneira em corridas nesta distância em Portugal, a 35ª Meia Maratona da Nazaré contou com forte adesão de atletas. Talvez já não tenha o fulgor de outros tempos, mas ainda continua a ser a "Meia-Maratona" de referência. Por isso os primeiros quatro/cinco quilómetros desenrolaram-se de forma compacta. Só após entrarmos no trajecto realizado em estrada aberta é que o grupo se começou a dispersar. E foi nesta fase que os atletas puderam comprovar que um percurso aparentemente plano não é sinónimo de facilidade. Longas rectas, com um ligeiro declive ascendente, mostraram como aquilo que por vezes parece fácil é na realidade dífícil. E se juntarmos um ventinho lateral então a situação ainda se torna mais complicada.
O ponto de inversão, algures entre os quilómetros 12 e 13, nunca mais chegava. Estava ali mais à frente. Já eram muitos os atletas que corriam em sentido contrário. Mas onde estava o tão psicologicamente desejado ponto de viragem? A seguir áquela curva? Não, ainda não. Seria a após a subida? Também não. E esta sucessão de sensações contribuia para aumentar ainda mais a ansiedade dos corredores. E não nos podemos esquecer que esta fase era o culminar de uma longa, ainda que suave, subida.
Finalmente inicia-se o percurso de retorno. Sempre a descer e com o vento favorável. Mas o que aconteceu ao vento, que antes servira de obstáculo, e que com o qual todos contariam para ajudar no regresso à Nazaré? Desapareceu. É mesmo inglório.
Foi nesta fase, após o reencontro entre as duas Tartarugas correndo em sentidos opostos, que Carlos Gonçalves começou, inexplicavelmente, a dar sinais de quebra física. Sem razões para tal, o cansaço mostrou que ali estava para impedir a conclusão da prova. O atleta já só pensava em terminar a corrida de forma digna, isto é ,sem parar de correr. Que se lixe o tempo. Desculpem o termo mas foi mesmo assim.
O que estaria a acontecer, perguntava para si? Seriam reflexos da lesão que antes atormentara esta Tartaruga e que chegara a equacionar a sua participação? Mas não, nem sinais de qualquer lesão. A única razão encontrada foi poder estar relacionada com a tomada de um ILVICO para debelar uma constipação que tinha aparecido. Foi o "estouro" quase total a que não está habituado.
Nos últimos cinco quilómetros esta Tartaruga literalmente arrastou-se pelo alcatrão. A "uma hora e cinquenta minutos" que o atleta se propunha atingir foram literalmente esquecidos. O objectivo era unicamente terminar a prova de uma forma digna, ou seja, sempre a correr, mesmo que muito lentamente. E essa foi talvez essa a força psicológica que animou este "zombie" no qual se tinha transformado.
Finalmente entrava-se na recta da meta. Era já ali. Afinal ainda era mais à frente. Mais um pouco e avistava-se meta. Mas qual meta? Era só mais uma barreira publicitária. Quando por fim se vilslumbra o ponto final da prova já nem sequer houve forças para o costumado e derradeiro "sprint". VITÓRIA. Apesar de tudo a prova foi superada.
A nossa outra Tartaruga (Carlos Catela) lá fez a corrida sempre dentro do seu ritmo, imune às adversidades encontradas e com o ritmo que lhé habitual. E assim honrou a imagem e tradição das Tartarugas. O cansaço também era grande. Mas ainda maior era a satisfação pela conclusão de uma corrida mítica a qual esteve longe de ser um simples passeio. E, no final, a tão prometida chuva apareceu com grande intensidade.
E para o ano há mais com o trio completo das nossas Tartarugas.
Terminaram 1039 atletas tendo sido de 1:09:26 a marca do vencedor. Como se vê nem foi um tempo espectacular.
CARLOS CATELA
Tempo Oficial: 2:12:42 Classificação Geral: 1004º
CARLOS GONÇALVES
Tempo Oficial: 2:06:13 Classificação Geral: 971º
Próxima Prova
Aí está a Grande Meia Maratona da Nazaré, considerada por muitos como a prova rainha nesta distância. É talvez mesmo a mais antiga meia-maratona que se realiza em Portugal.
As nossas Tartarugas irão estar presentes em mais uma prova emblemática do Calendário Competitivo do atletismo popular.
Temos uma baixa de "peso" com a ausência da Tartaruga Frederico Sousa cujo agregado familiar, e talvez ele mesmo, foi atacado pela tão "fashion" GRIPE A.
Outra Tartaruga - Carlos Gonçalves - está a contas com uma lesão muscular no gémeo esquerdo, lesão esta que poderá comprometer o seu desempenho na prova. Esperemos que esta contrariedade não o impeça de, pelo menos, participar neste grande evento.
Assim pesará sobre os ombros da Tartaruga Carlos Catela a obtenção de um bom resultado.
FORÇA TARTARUGAS (com muita chuva que vos aguarda amanhã).
E já agora VIVA PORTUGAL que muito sofridamente lá conseguiu ganhar à Bósnia-Herzegovina com um muito espremido 1-0. Ao menos não sofremos qualquer golo.
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