ESPECTACULAR, DIVINAL, ÉPICO!!!
Estes adjectivos traduzem o sentimento com que as Tartarugas presentes terminaram os 13 Km do Guincho.
Esta foi a nossa primeira incursão em provas "Off the Road". Depois desta participação nada ficará com dantes. De tal maneira que os dois atletas concluiram, no regresso a casa, que têm de repensar a escolha futura das provas em que se inscreverão. Já em Outubro passado chegou a estar "em cima da mesa" a presença na CORRIDA DO MONGE. No entanto a dureza esperada assustou os atletas tendo desistido da ideia. Agora verificámos o que perdemos. Até porque, segundo a revelação de uma atleta, a Corrida do Monge foi menos dura que a de agora.
Ninguém duvida que as Corridas de Montanha, nomeadamente as que integram o CIRCUITO NACIONAL DE MONTANHA SALOMON, exigem um esforço acrescido e uma capacidade de sofrimento largos furos acima do das corridas de estrada. No entanto este esforço suplementar é largamente recompensado pelo meio envolvente e pelas condições em que se desenrolam estas provas.
Ao deixarmos o alcatrão e entrarmos na mata até parece que passamos para uma outra dimensão. Por momentos esquecemo-nos da civilização.
Em cada momento da corrida a concentração tem de ser total. A atenção ao piso é uma prioridade. Longe da regularidade do alcatrão é preciso ver onde colocamos os pés e onde estão os mais escondidos acidentes. Um simples erro pode provocar a mais aparatosa queda e, quem sabe, uma lesão mais grave. E há ainda que atender às constantes mudanças de piso. Facilmente transitamos da terra para a areia, desta para troços pedregosos e com constantes degraus.
E depois também podem surgir surpresas como aquela subida em alcatrão depois de atravessarmos a estrada do Guincho, logo após o segundo abastecimento. Foi uma verdadeira "Parede de Escalada". Além de fortemente inclinada, pode-se dizer que era quase a "pique", era longa o suficiente para anular qualquer veleidade de ultrapassá-la em passo de corrida. Duvida-se mesmo que alguém tenha conseguido vencer este obstáculo sempre a correr. E mesmo a andar não foi fácil.
Após o quilómetro dez atinge-se o ponto mais alto da corrida iniciando-se a descida em direcção à meta. Mas todo o cuidado era pouco. Se os mais de três quilómetros a subir não foram fáceis a súbita e final descida também exigia um cuidado acrescido. Ao falar-se em "ponto alto" referimo-nos especifica e unicamente em termos de altitude. Sim, porque "PONTO ALTO" foi toda a prova.
Enfim terminámos a prova. O cansaço era grande. Extenuados os atletas ainda foram encontrar energias para o "sprint" final incitados pelas palmas e gritos do público presente.
Agora uma coisa é certa. Depois dos 13 KM do Guincho a cabeça ficou muito mais limpa. É por isto que vale a pena viver e não ficar na cama numa qualquer manhã de fim de semana.
O bichinho despertou as Tartarugas. Quem sabe se, doravante, o nosso Calendário de Provas não passará a ser maioritariamente constituído por Corridas de Montanha.
Foi uma experiência INESQUECÍVEL!!!
Atletas que concluiram a prova: 235
Vencedor: José Sousa(A.R.C. Águias de Alvelos) - Tempo Oficial:0:48:16
FREDERICO SOUSA
Classificação Geral: 220º - Classificação no Escalão (M45): 43º
Tempo Oficial: 1:41:04/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:40:56
Tempo médio/Km: 8m:18s <=> Velocidade média: 7,23Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES
Classificação Geral: 152º - Classificação no Escalão (M50): 17º
Tempo Oficial: 1:21:23/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:21:17
Tempo médio/Km: 6m:41s <=> Velocidade média: 8,98Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
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