E vão seis Maratonas de Estrada que os dois representantes das LEBRES E TARTARUGAS concluíram neste primeiro fim de semana de Novembro. Esta é considerada por muitos como a melhor Maratona que se realiza em solo português, e especialmente indicada para quem quer realizar a sua primeira prova nesta distância. O percurso é bastante acessível e, acima de tudo, o apoio popular fica (para melhor) a anos luz do que é costume encontrarmos em provas que se realizam em Lisboa.
Apesar do Verão fora de época que tivemos nestas últimas duas semanas as previsões meteorológicas apontavam para um domingo mais frio e, sobretudo, chuvoso na zona do Porto. Mas nesse aspecto o S. Pedro até foi nosso amigo, principalmente para quem terminou a Maratona até cerca das quatro horas e trinta minutos. Já os TARTARUGAS tinham terminado a sua prova, e sofregamente “emborcado" duas imperiais, que, quando regressavam ao carro, começou a chover copiosamente acompanhado de alguns trovões. Bem pensámos nos desgraçados e nas desgraçadas que ainda se encontravam em prova. Provavelmente muitos até desistiram ou tiveram vontade disso perante o dilúvio que se abateu na região do Porto.
Às oito e trinta da manhã dá-se o encontro dos dois atletas. Antes de tomarem o respectivo lugar na Grelha de Partida ainda há tempo para a “mijinha” de última hora (os nossos leitores certamente nos perdoarão o termo mais vernáculo aqui utilizado) e para algumas fotos para ilustração do nosso blogue. Como sempre juntam-se muitos atletas no corredor de partida sendo, uma vez mais, batido o recorde de inscrições na prova da MARATONA.
Após o tiro de partida às nove em ponto os atletas tomam de assalto a “pista”. A confusão é de tal maneira grande que só mais de três minutos depois é que cruzamos a Linha de Partida. O congestionamento nos primeiros quilómetros é elevado fruto da primeira parte do percurso ser comum tanto para a Maratona como para a Family Race de dezasseis quilómetros.
Na habitual passagem pelo Estádio do Boavista, com a sua imponente Pantera a fazer de guarda às instalações desportivas do popular clube do Bessa, o nosso atleta mais novo – Carlos Texeira – quis deixar a sua marca com um aparatoso tombo sem danos de maior. Talvez estivesse a admirar o animal símbolo do Boavista Futebol Clube e não reparou onde colocou o pé direito torcendo-o e provocando mais uma queda a registar ao seu currículo nestas manobras. Tirando um ligeiro esfolão no cotovelo esquerdo e uma escoriação no joelho direito concluiu que estava em condições de levar esta aventura até ao fim. E desta vez sem ter partido o relógio, para grande preocupação do Carlos Gonçalves.
Ao longo das bermas vai-se aglomerando o público a incentivar os seus atletas com cartazes com as palavras de ordem mais adequadas. Mas um cartaz ilustrava a essência do que é uma prova de maratona para os que a encaram na “desportiva”:
Durante cerca de vinte e quatro quilómetros os dois TARTARUGAS foram juntos. Como os músculos da perna esquerda do Carlos Gonçalves começaram a dar sinais de recusa, a partir dessa altura transformaram-se em corredores solitários com o Carlos Teixeira a partir para uma maratona em grande nível, mas ainda assim abaixo da edição de 2013. Após o ponto de viragem do percurso começa a contagem decrescente até à meta. Os atletas vão buscar forças onde pensavam já não existirem.
Com a entrada na Avenida da Boavista surge a derradeira e ansiada marca dos 41 Km. Já falta pouco e fazem-se as últimas contas para os objectivos de tempos que cada um definiu à partida para esta Maratona. E como o cartaz, que volta a estar presente na parte final da corrida, os últimos metros são feitos mais com o coração do que com as Pernas e com a Mente.
TERMINOU.
Mais uma Maratona a figurar nas façanhas destes dois atletas amigos e que irão servir como tema de muitas histórias para contarem uma dia mais tarde aos seus netos. Mas também não precisamos de esperar tanto tempo pois temos os nossos colegas de trabalho para fazer corar de inveja quando orgulhosamente lhes relatarmos este feitos e quão serão igualmente úteis para a nossa vida profissional.
No dia oito de Novembro de 2015 regressaremos à cidade Invicta, com a promessa da companhia do Frederico, para disputarmos a décima segunda edição da Maratona do Porto.
Atletas que concluiram a prova: 4042
Vencedor: WORKNEH FIKRE SERBESSA (Portugal): 2:13:10
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº1985)
Classificação Geral: 2147º - Classificação no Escalão M50: 191º
Tempo Oficial: 3:55:27/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 3:52:29
Tempo médio/Km: 5m:31s <=> Velocidade média: 10,89Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº2006)
Classificação Geral: 2536º - Classificação no Escalão M55: 123º
Tempo Oficial: 4:03:06/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 4:00:06
Tempo médio/Km: 5m:41s <=> Velocidade média: 10,54Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Novembro
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