A Meia Maratona de Lisboa EDP é, desde há longos anos, um daqueles eventos em que todos se querem inscrever para poderem orgulhosamente dizeraos amigos que estão na fotografia que mostra milhares de atletas a atravessar a Ponte 25 de Abril. Seja na prova principal de Meia Maratona, seja na jornada de convívio que é, sobretudo, a "Mini", de ano para ano têm vindo a ser estabelecidos recordes de participações. A edição deste ano não fugiu à regra com a organização a ter necessidade de fechar as inscrições quando se atingiu um redondo e bem gordinho número de 38000 participantes.
Uma das vítimas desta louca e desenfreada corrida às inscrições foi o nosso atleta Carlos Gonçalves que ficou literalmente "pendurado" sem ter conseguido o tão almejado dorsal para a Meia Maratona. Habitualmente tem beneficiado da oferta de inscrição pela empresa onde trabalha, patrocinadora da Corrida das Cadeiras de Rodas. Só que em 2014 as inscrições oferecidas pelos CTT a alguns dos seus colaboradores voaram sem que o "tartaruga" tivesse sido avisado que tinha ficado de fora. E quando se quis inscrever pelas vias normais já as mesmas estavam esgotadas. Valeu-lhe a desistência de um amigo que lhe passou o seu dorsal.
Chegado o dia da prova cumpriu-se o habitual ritual com a concentração dos três atletas em Lisboa e viagem até ao Pragal. Juntamente com o "trio maravilha" foram ainda dois amigos participantes na Mini Maratona - Joana e Pedro.
Um dos grandes inconvenientes desta prova é o facto da Partida e da Chegada acontecerem em locais distantes e não havendo transporte fácil até à margem Sul. Antigamente ainda deixávamos um carro em Belém e deslocávamo-nos noutro para perto do local da partida. No entanto a nossa experiência de anos anteriores disse-nos que era preferível apenas deslocar uma viatura e, no final, deixar o atleta "sulista" na estação de combóios de Campolide para efectuar o seu regresso até ao local onde tinha deixado o automóvel de manhã. Assim é mais fácil e, acima de tudo, mais económico. A nossa experiência também nos ensinou que não vale a pena ir muito cedo para a zona da partida sujeitando-nos a um longo e cansativo período de espera. É preferível atravessar a Ponte 25 de Abril o mais próximo possível da hora de encerramento ao tráfego já que com relativa facilidade encontramos estacionamento para o nosso automóvel.
A descida da Ponte do Pragal para o largo da Portagem processa-se separadamente para os participantes da Meia e da Mini Maratona. E, lá em baixo, também temos zonas de "parqueamento" separadas. Em princípio faz algum sentido levando tudo a crer que as partidas também seriam em separado. Mas não. Tal como em anos anteriores quando soa o sinal de partida abrem-se em simultâneo as duas "portas". Logo de início, quando nos preparamos para entrar na Ponte, deparamo-nos com uma grande quantidade de pessoas mais preocupadas em tirar fotografias e admirar a paisagem do que em correr. Sabemos que democraticamente todos temos os mesmos direitos. Só que os propósitos de cada grupo também são democraticamente diferentes. Por isto seria melhor que fosse dada a partida em primeiro lugar para os atletas da "competição" e só depois fosse aberto o acesso aos entusiastas da Mini Maratona. Após a separação em Alcântara começamos, finalmente, a ter algum espaço de manobra. Mas, fruto do elevado número de participantes, a Meia Maratona é quase toda ela corrida com uma grande densidade de atletas. Ok, estamos em boa companhia. E nos abastecimentos a confusão quase roça o caos. Sem novidades de monta no trajecto, após a viragem no Cais do Sodré os atletas encetam de "peito feito" a longa e tenebrosa (talvez nem tanto) "recta" até ao Dafundo. Por volta do quilómetro dezassete e meio, e quando as pernas começam a querer dizer não, iniciamos a contagem final. Já só faltam quatro quilómetros. Mais além só nos restam três, só faltam dois ... A meta está ao virar da esquina, após o último insuflável. Exaustos cada TARTARUGA dá por concluída a sua corrida. São 99 em equipa. Estamos perto do nosso "CENTENÁRIO". O calor que se fez sentir, apesar do agrado de alguns, fez mossa com influência directa nos tempos individualmente registados.
Prevendo uma maior confusão à chegada, a organização optou por introduzir algumas alterações na saída e escoamento dos atletas para fora da zona pós meta. No entanto esta medida dificultou o reencontro com os colegas e com familiares e amigos que habitualmente os aguardam e aplaudem na fase final da prova. É legítimo que a organização da Meia Maratona de Lisboa EDP queira ombrear com outros grandes eventos internacionais similares. É um facto que, de ano para ano, a adesão de atletas estrangeiros é cada vez maior. Só que para tudo há um limite, e, a partir de um determinado ponto, pode-se deitar tudo a perder. Como optimistas que somos fazemos "figas" para que em 2015 sejam tomadas as medidas que permitam manter o já elevado prestígio, aquém e além fronteiras, da MEIA MARATONA DE LISBOA EDP.
Esperamos ...
Atletas que concluiram a prova: 9636
Vencedor: BEDAM KARAOKI MUCHIRI (Quénia): 0:59:58
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº8351)
Classificação Geral: 8270º - Classificação no Escalão M50: 90º
Tempo Oficial: 2:28:13/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:20:59
Tempo médio/Km: 6m:41s <=> Velocidade média: 8,98Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº8352)
Classificação Geral: 3562º - Classificação no Escalão M50: 268º
Tempo Oficial: 1:55:17/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:48:18
Tempo médio/Km: 5m:08s <=> Velocidade média: 11,69Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº9361)
Classificação Geral: 5789º - Classificação no Escalão M55: ND
Tempo Oficial: 2:07:48/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 2:00:40
Tempo médio/Km: 5m:43s <=> Velocidade média: 10,49Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o Mês de Março
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