Terminou a primeira fase da nossa época desportiva de atletismo do ano de 2011, antes do necessário e bem merecido período de férias. É certo que, em termos de actividade física, as TARTARUGAS não irão "pendurar as sapatilhas". Continuarão a treinar e a manter a boa forma física. Porque em Setembro temos o regresso nada mais nada menos com a Corrida dos Moinhos de Penacova. Mas será que as TARTARUGAS resistirão sem se inscreverem em qualquer corrida durante o mês de Julho? Em dois mil e dez tivémos a abrasadora Corrida dos 512 Anos da Santa da Misericórdia de Lisboa, porventura a nossa prova disputada sob a mais elevada temperatura. E neste ano o que teremos em vista?
Ontém, na nossa deslocação para Peniche, o nosso atleta mais veterano já começou a lançar alguns desafios: "Sabem que no próximo dia 9 de Julho há uma corrida de 10 Km em Santo André? Ainda por cima disputa-se ao fim da tarde e num Sábado"? Ao que a TARTARUGA mais nova, quiçá a mais condicionada em termos de fins de semana livres, logo adiantou: "É um caso a pensar ...". O terceiro TARTARUGA encolheu os ombros.
Repetindo as participações de 2009 e 2010 as TARTARUGAS voltaram à Corrida das Fogueiras. E, à semelhança dos anos anteriores, fizeram-se acompanhar de jovens "TARTARUGUINHAS" promessas. E para desenvolver o espírito de equipa até fomos todos juntos no "monovolume" de um dos Fundadores das LEBRES E TARTARUGAS. Com um primeiro ponto de encontro no Alto do Restelo, e uma segunda paragem na Quinta do Infantado em Loures, os atletas fizeram-se à estrada rumo a um dos paraísos dos Surfistas Portugueses, e não só. Peniche é também um dos destinos de eleição das mais singulares provas de atletismo de estrada. A Corrida das Fogueiras já vai na sua 32ª edição, e não dá sinais de querer interromper esta fórmula de sucesso.
Para desagrado de uns, e contentamento de outros, este ano as condições meteorológicas prenunciavam um tempo bem mais ameno. Em 2009 foi o dilúvio. No ano passado ficámo-nos apenas pelo frio. E em 2011, culminando uma semana de generalizada subida das temperaturas em Portugal Continental, aguardava-nos uma corrida bem mais quente.
Chegados a Peniche foram cumpridos os habituais rituais:
Logo de seguida separam-se os "fogueirinhas" dos "fogueiras" e cada grupo procura o melhor local para a partida dentro da confusão já instalada.
Partindo em primeiro lugar os inscritos na prova principal voltámo-nos a deparar com os problemas habituais. Desde o "tiro de partida" até à passagem efectiva pela linha de começo da prova demorámos mais de um minuto e meio. Depois foi a confusão habitual. Aos empurrões lá vamos vencendo os primeiros quilómetros. À passagem do quilómetro três, muitos murros no bidão, começamos a vislumbrar os primeiros atletas da Corrida das Fogueirinhas, também eles sujeitos àconfusão e aos empurrões do início.
O primeiro abastecimento de água foi uma grande confusão. Só após a primeira passagem junto ao local de início/fim da corrida, perto dos seis quilómetros, é que os corredores começam a definir posições e ritmos de andamento. Ultrapassado o sétimo quilómetro lançamo-nos definitivamente para a estrada e para a fase mais particular da corrida. E, facto insólito, um empregado de um Restaurante surge do nada e salta para a estrada com uma bandeja na mão oferecendo sardinhas assadas aos corredores. E não é que um dos nossos companheiros de luta logo se serve de uma sardinha e começa a tirar a espinha para iniciar o banquete? "Só falta o vinho", dizia ele ... Deixamos o centro urbano de Peniche mas não perdemos o apoio popular inexcedível. Eles gozam tanto como nós esta corrida. São um exemplo sempre a gritarem pelos "heróis" ao longo de todo o percurso.Uns dão vivas ao Porto, outros ao Sporting e outros, ainda que mais timidamente, ao Benfica. Em suma todos dão mas é vivas aos atletas. Começa a fase propriamente dita das Fogueiras.
Comparando com a Corrida das Fogueiras dos anos anteriores a deste ano foi muito mais compacta. Os atletas corriam integrados num grupo enorme. Não havia intervalos entre grupos de corredores. Foi uma corrida muito desgastante, aos altos e baixos, e sempre a um ritmo muito elevado.
Os últimos quilómetros custam a passar. "Nunca mais aparece o quilómetro onze" . E o "doze" está lá tão longe. Ultrapassado número do azar (treze), a sorte bate-nos à porta. Estamos finalmente a reentrar na zona urbana de Peniche. As reservas já não são muitas. Mas, à entrada dos últimos mil metros, é tempo do tudo ou nada. Regressamos a uma zona já bem conhecida. A meta está próxima mas as últimas centenas de metros até são a subir. Aceleramos ao limite das nossas capacidades, ultrapassamos quem podemos. Finda a corrida procuramos uma barreira da vedação aonde nos poderemos apoiar, recuperar a respiração e executar os tãos necessários exercícios de alongamentos.
Consultando os nossos cronómetros verificamos, um pouco desoladamente, que não conseguimos bater os nossos melhores tempos. Mas, dever cumprido, acima de tudo temos a consciência de que demos o máximo. Este foi também o sentimento dos "TARTARUGUINHAS". Também eles ñão melhoraram os registos anteriores. Mas, e fica a dúvida no ar, se não tivesse sido aquela confusão inicial na partida muito provavelmente teriam feito bem melhor.
Como aspecto negativo desta edição da Corrida das Fogueiras/Fogueirinhas não podemos deixar de apontar que nos impossibilitaram o acesso aos balneários da Escola para o tão desejado e retemperador duche. Terminada a corrida vários foram os atletas que deram com o nariz na porta da Escola onde antes funcionara o Secretariado e, em anos anteriores, os balneários de apoio aos que pretendiam tomar banho. Só com a prestimosa ajuda de uma carro de patrulha da PSP conseguimos saber que poderíamos tomar banho em balneários improvisados no Quartel dos Bombeiros.
Da organização nem uma única palavra, nem sequer um aviso colocado à porta de entrada. Foi simplesmente LAMENTÁVEL... Será que muitos atletas, principalmente os estrangeiros, arriscarão a voltar em 2012? Talvez não. E deixamos também uma sugestão para quem da organização eventualmente consulte este blogue: Porque não criar também uma prova competitiva para as Fogueirinhas?
Apesar de tudo nós contamos voltar em 2012. Mas esperamos sinceramente, e de uma forma positiva e optimista, que as nossas palavras tenham eco.
Após o nosso tradicional jantar de convívio regressamos a casa. Uns mais acordados e outros (a maioria) quase a dormir... Já passam das três da manhã quando nos despedimos. Felizes e contententes por no dia seguinte ser domingo e podermos dormir até mais tarde.
CORRIDA DAS FOGUEIRAS
Atletas que concluiram a prova: 1856 (1848 em 2010)
Vencedor: José Maduro (Maduro Atletics) - Tempo Oficial: 0:47:32
FREDERICO SOUSA (Dorsal Nº 479)
Classificação Geral: 1813º - Classificação no Escalão M45: 266º
Tempo Oficial: 1:31:03/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:29:23
Tempo médio/Km: 5m:58s <=> Velocidade média:10,07Km/h (*)
CARLOS TEIXEIRA (Dorsal Nº 481)
Classificação Geral: 1702º - Classificação no Escalão M50: 207º
Tempo Oficial: 1:27:47/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:26:12
Tempo médio/Km: 5m:45s <=> Velocidade média: 10,44Km/h (*)
CARLOS GONÇALVES (Dorsal Nº 480)
Classificação Geral: 1068º - Classificação no Escalão M55: 72º
Tempo Oficial: 1:16:48/Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 1:15:15
Tempo médio/Km: 5m:01s <=> Velocidade média: 11,96Km/h (*)
CORRIDA DAS FOGUEIRINHAS
GONÇALO GONÇALVES
Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:32:22
Tempo médio/Km: 5m:24s <=> Velocidade média: 11,22Km/h (*)
ANDRÉ GONÇALVES
Tempo Cronometrado (Tempo do Chip): 0:31:04
Tempo médio/Km: 5m:11s <=> Velocidade média: 11,59Km/h (*)
(*) - O Tempo médio/Km e a Velocidade média foram calculados em função dos tempos cronometrados (tempo do chip)
Calendário para o mês de Junho
. GRANDE PRÉMIO DO ATLÂNTIC...
. CORRIDA SÃO SILVESTRE DE ...
. MEIA MARATONA DE S. JOÃO ...